Tudo que está
escondido tem mais dificuldade de ser tratado e, como consequência, de ser
curado. Por isso, segundo o fisioterapeuta Sérgio Bastos Jr, o trabalho de
encontrar memórias traumáticas pode ser um ótimo caminho para uma vida mais
plena e feliz.
“É preciso
ter coragem para buscar dentro de si as memórias de situações que nos marcaram,
muitas vezes de forma traumática e sofrida”. A frase é do fisioterapeuta Sergio
Bastos Jr, especialista em saúde integrativa e que usa a Microfisioterapia como
uma das técnicas para tratar dores e doenças, especialmente as crônicas ou
recorrentes. Segundo ele, encontrar esses registros pode ser o começo de um
caminho de cura, já que só é possível traçar uma estratégia e tratar aquilo que
reconhecemos. “Ao invés de pensar no que aconteceu na sua vida como algo
trágico e triste, comece a mudar seu olhar e a entender essas memórias como um
incrível potencial de cura”, enfatiza Sergio.
Nossas mentes e nosso corpo são depositários de um
mapa riquíssimo de experiências que falam sobre quem somos e o que vivemos, as
nossas memórias. Sergio explica: “claro que muitas delas são tristes e
preferíamos não ter que revivê-las, por isso mesmo são chamadas memórias traumáticas.
Mas imagine um ferimento que não é limpo ou medicado. Tempos depois, talvez a
cura seja mais difícil ou a negligência renda, inclusive, um membro amputado,
não é mesmo?”.
Parece radical demais, mas é assim que acontece com
as nossas dores da alma. Quando elas acontecem, muitas vezes não temos
consciência e elas ficam lá, registradas em algum lugar escondido. Algumas, se
ultrapassam a barreira do que consideramos suportável, podem ficar marcadas em
lugares específicos nos tecidos do corpo. Desencavar essas memórias é papel da
Microfisioterapia, uma das técnicas que usamos para começar a limpar nossos
registros e tentar zerar o jogo contra os sofrimentos vividos.
A memória que fica lá, guardada, porque não
queremos reviver, pode evitar que você use todo o seu potencial mental e
emocional. “Ela pode dirigir, silenciosamente, por uma crença limitante criada
pelo medo, suas ações e decisões”, lembra Sergio. Já pensou nos motivos pelos
quais você pode ter medo do novo, medo da mudança, medo de tomar iniciativas,
medo de amar? Talvez, lá atrás, você tenha feito isso tudo e tenha sofrido.
Mas essa autoproteção precisa ter limite, ou vira
empecilho para o crescimento: “Como ficam as novas experiências, os novos
conhecimentos, as novas pessoas que precisam chegar nas nossas vidas, se
evitamos o novo para nos proteger? Por isso, é preciso parar de fazer das
memórias traumáticas um inimigo a ser combatido”, lembra o fisioterapeuta. Para
ele, as memórias traumáticas são um mapa: “elas podem ser aliadas em um processo
de cura que vai aliviar o peso do que foi vivido e abrir espaço para o novo,
mas é preciso procurar ajuda para entende-las e ressignificá-las”, finaliza
Sergio.
Biointegral Saúde
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