Augusto Jimenez, psicólogo e especialista em
carreiras, aponta os melhores caminhos
Tendinite, síndrome do Túnel do Carpo, Dedo em
gatilho: doenças comuns causadas pela repetição dos movimentos. Quem nunca
escutou falar de alguém que tinha essas moléstias, geralmente ocasionadas nos
locais de trabalho, em meados dos anos 90/2000. Com o advento das máquinas,
entre elas o computador, o trabalho repetitivo veio acompanhado com esses
sintomas físicos em muitos trabalhadores. Em contraponto, de 2010 para 2019, o
"boom" das doenças no trabalho são relacionadas a mente dos
indivíduos.
Tendinite teve uma diminuição da década de 90 para cá - Já as síndromes mentais aumentaram |
Isso aconteceu porque as máquinas e materiais que
as pessoas utilizam para exercer as suas atividades laborais evoluíram dos anos
90 para essa década. Os computadores ficaram mais "leves", trabalhos
repetitivos manuais foram substituídos por outras formas de montagem, entre
outros, e por isso houve uma queda do registro das lesões por esforços
repetitivos, conhecido como LER.
Entretanto, com a evolução da tecnologia, as
pessoas, em um geral, estão mais expostas a uma quantidade robusta de
informações. E isso também acontece no ambiente de trabalho em que ficamos de 8
a 10 horas por dia. Acompanhada dessa evolução tecnológica e melhoria nos
equipamentos de trabalho veio o excesso de responsabilidade para a maioria dos
profissionais. Ainda, agravando esse quadro, muitas empresas estimulam uma
competitividade não saudável.
Basta abrir as redes sociais e portais
especializados em mercado profissional para ter acesso a uma gama de relatos de
pessoas que sofrem com problemas psíquicos como depressão, ansiedade, bipolaridade,
entre outros. É fato que muitos deles tem origem química e também influência
genética, entretanto os ambiente competitivos, independente do tipo da
carreira, tem contribuído e muito para o desenvolvimento de patologias mentais.
Seguindo nesse contexto, a síndrome de Burnout,
descrita pelo médico americano Freudenberger, vem crescendo nos brasileiros.
" A problemática dessa síndrome é que ela pode ser confundida com outros
problemas psíquicos. E no começo, ela parece ser algo "leve e temporário",
porém em poucos dias pode agravar o quadro do funcionário com uma depressão
profunda", explica Augusto Jimenez, psicólogo e especialista em carreiras
da rede Minds Idiomas.
A Síndrome de Burnout é um estado físico, emocional
e mental de exaustão extrema e acontece pelo excesso de trabalho e ambientes
insalubres. Traduzindo do inglês - Burn (queima) e Out (exterior). Alguns
sintomas dela são: Insônia, sentimento de incompetência ( Que não irá conseguir
cumprir com os afazeres diário, dentro e fora do trabalho), tonturas, problemas
gástricos, entre outros. O tratamento envolve psicólogo e alguns casos
psiquiatra para receitar remédios como antidepressivos e ansiolíticos.
30% dos brasileiros sofrem a Síndrome de Burnout (Isma- International Stress Management Association) |
" Temos 70 escolas de inglês no brasil. Nelas
são mais de 10 mil estudantes em que aconselhamos também profissionalmente. Os
relatos de problemas no trabalho só vem crescendo ano após ano. Ter hobbies e
estudar outra língua alivia essa tensão do dia a dia. Percebemos isso conforme
o aluno vai se desenvolvendo no curso", explica Augusto Jimenez que
acompanha os estudantes de perto ao longo de 15 anos.
Para ajudar você a manter uma qualidade de vida no
trabalho e evitar a síndrome de Burnot, Augusto Jimenez, psicólogo da Minds
Idiomas, rede de escolas que aconselha mais de 10 mil pessoas sobre carreira e
mercado de trabalho, separou 5 dicas para aplicar hoje mesmo na sua rotina:
1) Faça atividades físicas regulares
De acordo com o cardiologista, Carlos Alberto
Pastore, o excesso de informações que temos, no trabalho e fora dele, pode
causar danos á memória e também na tomada de decisões. A nossa mente tem um
limite para tomar decisões e com o excesso de atividades e responsabilidades
pode-se tomar decisões ruins e o pior não priorizar as mais importantes. A
prática de atividades físicas aliviam a tensão cerebral e faz com que o
indivíduo se "desliguem" no momento do exercício das
responsabilidades. Conclusão: a mente fica em um estado mais relaxado e por
isso consegue tomar decisões melhores e lidar melhor com a pressão no trabalho.
Afastando a síndrome de burnout.
2) Defina objetivos a curto prazo
Aqui vale escrever mesmo! Escreva as suas metas
mensais, tanto profissionais quanto pessoais, aliviará a sua tensão diária no
trabalho. Afinal, trabalhamos para viver e não o contrário. Perceber que se
está trabalhando para um objetivo de vida faz com que a tensão seja mais
dissipada. Equilibre as suas metas/objetivos entre lazer e responsabilidade. A
chave é o equilíbrio.
3) Faça atividades que fujam da rotina
É importante incluir na sua semana pelo menos duas
atividades que não tenham a ver com a sua carreira. Aprender um novo idioma
para viajar e planejar a viagem são metas que sempre incentivamos na Minds
idiomas em nossos estudantes e também colaboradores. Outras atividades podem
ser: ler, ir ao cinema, joga video game, enfim! Aprenda algo novo e divertido.
4) Converse com o seu gestor
5) Diminua o uso da tecnologia
Chegamos em casa temos a televisão, no trabalho temos o computador, e 24 horas temos os alertas no celular sobre o tempo, acidentes, clima, trânsito, notícias do brasil e do mundo. É claro que é importante saber do que acontece ao nosso redor, mas mais importante é saber o que acontece dentro de você e como você lida com isso. O uso excessivo do smartphone e outros aparatos tecnológicos tem causado doenças e dependência. Limite a quantidade de tempo que irá ficar exposto a eles. Caminhe um pouco, tenha contato com a natureza, e fique próximo de pessoas positivas.
Importante: Caso você apresenta os sintomas descritos nesse material procure o SUS. Há atendimento gratuito e com qualidade pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Desde o diagnóstico até a parte medicamentosa.
www.mindsidiomas.com.br
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