Além de treinar a Matemática, Física, Química e outras disciplinas, é essencial estar atento à linguagem e seus detalhes. Créditos: divulgação/ Colégio Positivo |
Em
meio à preparação para as provas, vestibulares e ENEM, os alunos do Ensino
Médio já começam a imaginar os conteúdos que podem ser tema da tão temida
redação. Mas dominar o assunto central do texto não é a solução para uma
escrita perfeita. Além de treinar a Matemática, Física, Química e outras
disciplinas, é essencial estar atento à linguagem e seus detalhes.
De
acordo com o professor de Língua Portuguesa do Colégio Positivo Master (Ponta
Grossa - PR), Claudinei Fernando Lichoveski, erros de acentuação e vírgula são
alguns dos mais comuns na hora de fazer a redação. “A desatenção em relação à
acentuação provoca problemas como a grafia de palavras inexistentes. Já nos
sinais de pontuação, nenhum é tão utilizado e ao mesmo tempo responsável por
tanto erros quanto à vírgula”, explica.
Para ajudar na hora de produzir um texto, o professor
Claudinei dá algumas dicas:
- Não
confunda “mas” com “mais”
Uma
confusão bastante comum é utilizar “mais” (palavra que geralmente indica soma,
maior quantidade ou superioridade) no lugar de “mas” (conjunção que indica
oposição). "As pessoas precisam prestar mais atenção para não cometerem mais esses erros. Parece
difícil, mas
é fácil se você ficar atento. Não pega bem trocar um termo por outro,
geralmente o leitor vai notar o erro. Pode não ser o deslize mais comum, mas está presente em
várias redações escolares. Preste atenção: 'mas' é sinônimo de 'porém, contudo,
entretanto, no entanto'. E nunca
mais erre
seu uso!", brinca o professor.
- As
terminações “eia” e “oia” não recebem acento
O
último Acordo Ortográfico retirou o acento gráfico dos ditongos abertos “éi” e
“ói” nas paroxítonas (palavras em que a penúltima sílaba é a tônica). Nesse
grupo, estão palavras como “heroico” (herói,
uma oxítona, continua acentuada), mas as palavras mais recorrentes são aquelas
terminadas em “eia” e “oia” como: Coreia,
paranoia, assembleia, joia, ideia, jiboia...
não as acentue.
- “Afim”
é uma coisa e “a fim de” é outra
A expressão
mais comum é “a fim de”, que significa “com a finalidade de” (trabalhamos muito
a fim de
deixar tudo pronto hoje, ou seja, com a finalidade de deixar tudo pronto). Ela
não deve ser confundida com “afim”, expressão que indica afinidade e geralmente
é utilizada no plural (temos ideias afins).
- Isso
ou isto?
Longe
de esgotar as possibilidades de uso dos pronomes demonstrativos (isto, isso,
aquilo), lembre-se de que utilizamos “isso” para retomar o que já foi dito e “isto”
para antecipar algo que ainda será revelado. "Isso é algo
aparentemente simples, mas muito importante, e merece a sua atenção. Portanto,
use 'isso' para o que foi dito e 'isto' para o que ainda vai dizer”, reforça.
- Ele
tem, ele vem. Eles têm, eles vêm
O
acento diferencial está mantido e de deve ser utilizado nas formas plurais dos
verbos ter e vir quando conjugados na terceira pessoa do tempo presente. Ele tem, ele vem. Mas eles têm e eles vêm.
- Há
ou a?
“Há
dez dias” ou “A dez dias”? Essa é uma dúvida recorrente na produção de textos,
mas para facilitar, basta lembrar que: há
(forma do verbo haver) é usado quando indica tempo passado ou como sinônimo de
existir, como nas expressões “há muito tempo” e “há vagas de emprego”. Já a
expressão daqui a serve
para indicar tempo futuro, como em “daqui a cinco minutos”.
- A
vírgula
A
primeira dica é não exagerar nas vírgulas. Use apenas quando realmente
necessário. Jamais separe o sujeito do seu verbo (é comum problemas como “os países
mais ricos do mundo, crescem em ritmo acelerado” – aquela vírgula ali deve ser
eliminada) e sempre separe o vocativo (expressão usada para chamar o
interlocutor) do resto da frase (“queridos amigos, aonde vocês estão indo?”,
“eu te amo, querida”).
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