Data de conscientização sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) mobiliza profissionais da saúde, organizações, agências governamentais e pacientes de todo o mundo para divulgar medidas preventivas contra a doença, uma das principais causas de morte em todo o mundo.
O tema do Dia Mundial da DPOC deste ano, "Respirar
Conhecimento", estimula a divulgação de ações efetivas para melhorar a
saúde respiratória, antes ou depois do diagnóstico da DPOC. O evento deste ano
coincide com o lançamento da Estratégia Global 2017 para o Diagnóstico, Gestão
e Prevenção da DPOC, relatório que auxilia os profissionais de todo o mundo na
luta contra a doença.
DPOC é uma condição pulmonar que compreende a bronquite
crônica e o enfisema. Na maioria das vezes, é conseqüência de anos de uso do
cigarro, mas outras exposições como forno a lenha ou gases tóxicos no ambiente
do trabalho também podem causar essa morbidade.
Como a lesão pulmonar causada pelo cigarro acontece
lentamente, a DPOC costuma afligir pessoas idosas. O principal sintoma é a dispneia,
falta de ar, que aparece ao realizar atividades físicas. No início apenas
grandes esforços como subir escadas, ladeiras ou carregar peso desencadeiam o
sintoma, mas conforme a doença progride, o desconforto pode aparecer mesmo nas
tarefas básicas do dia a dia.
Diagnóstico e Conscientização
A DPOC é diagnosticada por meio do teste de
espirometria, que deve ser realizado em todos os que apresentam sintomas como
falta de ar, cansaço ao realizar esforços ou atividades cotidianas e tosse por
mais de 8 semanas, com ou sem secreção. O exame mede a função do pulmão em
relação às pessoas da mesma idade, sexo e altura.
“Os sintomas da DPOC aparecem em pessoas com mais de 40
anos de idade com histórico de exposição a fatores de risco, sendo o tabagismo o
mais comum deles. No entanto o dano que leva à doença pode começar na vida
intrauterina. Prematuridade e baixo peso ao nascer são fatores de risco para
desenvolver a DPOC. Assim como infecções respiratórias na infância e conviver
com fumantes em casa na infância e adolescência”, explica o pneumologista Dr.
Frederico Leon Arrabal Fernandes, Coordenador da Comissão Científica de DPOC da
SBPT.
Cuidar da DPOC é importante porque, à medida em que ela
piora, o paciente fica cada vez mais ofegante e sem fôlego para realizar
atividades cotidianas. O tratamento é mais efetivo quando iniciado cedo, no
entanto, há possibilidade de melhorar os sintomas e obter a qualidade de vida
em todas as fases da doença.
Para retardar ou impedir o progresso da doença, é
fundamental reduzir a exposição a fatores de risco e parar de fumar. É
importante enfatizar que quem fuma cigarro eletrônico ou narguilé também está
exposto às doenças.
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