Situação
é preocupante já que casos secundários podem se manifestar de forma mais grave1
Segundo
a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que cerca de 396 milhões de
pessoas são infectadas pelo vírus da dengue ao redor do mundo por ano1.
Dessas, apenas 96 milhões apresentam os sintomas da doença e aproximadamente
294 milhões têm dengue assintomática, ou seja, não manifestam os sinais e
sintomas e nem chegam a saber que foram infectadas pelo vírus por meio do
mosquito Aedes Aegypti ¹.
“Essa
situação é alarmante, pois há possibilidade do indivíduo infectado pela segunda
vez ter mais chance de desenvolver a forma grave da doença, que pode levar ao
óbito”, explica a Diretora Médica da Sanofi Pasteur, Sheila Homsani. São quase
300 milhões de pessoas - mais do que toda a população brasileira – que correm maior
risco de, em uma infecção secundária, desenvolver dengue grave, sem nem saberem
que já foram contaminadas pelo vírus uma primeira vez1, 2.
Diferença
entre dengue clássica e grave
Segundo a classificação da
OMS, a dengue pode ser classificada como: clássica com ou sem sinais de alarme
e dengue grave³. A doença sem sinais de alarme apresenta sintomas como febre
alta (acima de 38º), enjoo, manchas avermelhadas na pele, dor de cabeça e
muscular, diminuição de leucócitos no sangue - células de defesa do nosso
organismo - e “teste do torniquete positivo”, ou seja, fragilidade dos vasos
capilares3. Já com sinais de alarme, o paciente manifesta também
vômito persistente, dor abdominal, acúmulo de líquidos, edemas (inchaço),
sangramento de mucosas e aumento da concentração de células vermelhas no sangue
com concomitante queda de plaquetas, o que pode aumentar os sangramentos3.
Já o paciente que
desenvolve dengue na forma grave, apresenta também sangramento intenso, choque
e disfunção de órgãos3.
Segundo Sheila Homsani,
circulam de forma imprevisível pelo mundo quatro tipos de vírus da dengue
(sorotipos 1, 2, 3 e 4). “Não há correlação entre gravidade e sorotipo da
dengue. Um indivíduo que seja infectado por qualquer um dos 4 sorotipos pode
desenvolver a forma grave da doença”, explica.
Não há tratamento
específico contra o vírus da dengue, apenas os sintomas podem ser tratados com
medicação específica, além de repouso e hidratação3. O melhor
caminho no combate à doença é a prevenção3.
Referências:
1. World
Health Organization (WHO). Dengue and severe dengue. Fact sheet No. 117. [Internet] Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs117/en/index.html.
Acesso em: 2017 Jul 25.
2. Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). População do Brasil. [Internet] Disponível em: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/.
Acesso em: 2017 Jul 25.
3. World
Health Organization (WHO). Dengue: Guidelines for diagnosis, treatment,
prevention and control. [Internet]
Disponível em: http://www.who.int/tdr/publications/documents/dengue-diagnosis.pdf.
Acesso em: 2017 Jul 25.
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