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sábado, 13 de maio de 2017

Mulheres devem redobrar o cuidado com o coração



Com a rotina corrida, muitas deixam de lado cuidados básicos com a saúde e podem não perceber sintomas de problemas graves, como infarto

Já não é novidade que as mulheres estão assumindo cada vez mais funções importantes no mercado de trabalho. E mesmo em meio à correria, muitas ainda conciliam a vida profissional atribulada com as tarefas da maternidade. Na mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% dos lares entrevistados possuem uma mulher como “chefe” da casa e, delas, 34% possuem um cônjuge. Nesse cenário, muitas vezes, a saúde da mulher pode ficar comprometida.

Entre os principais problemas que demandam atenção constante, principalmente para quem tem histórico familiar, são os ligados ao coração. De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, no ano passado, quatro em cada 10 mortes causadas por infarto são de mulheres. Nesse cenário, a médica cardiologista do Hospital Cardiológico Costantini, Carmen Weigert, explica que as mudanças no estilo de vida das mulheres podem ser um fator de risco. “Com a correria do dia a dia, muitas mulheres que trabalham e ainda precisam cuidar dos filhos e da casa, podem deixar de lado cuidados básicos com alimentação saudável, prática de exercícios físicos e os check-ups periódicos”, afirma a cardiologista.

Além disso, é preciso ficar atento aos sintomas de infarto, que podem apresentar diferenças entre homens e mulheres. “Elas podem ter sintomas como dor na boca do estômago, náuseas e fadiga intensa, o que, na rotina intensa, pode acabar sendo considerado fruto do estresse. A dor no peito e formigamento no braço esquerdo, sintomas mais frequentes de angina ou infarto em ambos os sexos, nas mulheres costumam ser subestimados ou atribuídos a causas psicológicas”, alerta Carmen. Por isso, segundo a cardiologista, é tão importante diferenciar a dor torácica de causa cardíaca da não cardíaca, a fim de direcionar corretamente a conduta médica a ser seguida. 

Segundo a médica, a melhor maneira de se prevenir é priorizar a saúde em meio à correria e seguir uma rotina de cuidados. “Os hábitos são modificados com vontade e determinação. Por isso, mesmo com trabalho e casa para chefiar, as mulheres devem procurar conciliar os afazeres com um tempo só para elas. 
Praticar pelo menos meia hora de atividades físicas sob orientação multiprofissional, manter um cardápio diário saudável, rico em frutas verduras e legumes e agendar check-ups cardiológicos periódicos são atitudes que podem fazer a diferença para uma vida mais saudável”, indica a cardiologista.




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