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sábado, 13 de maio de 2017

4 MULHERES COM FALÊNCIA OVARIANA ENGRAVIDAM APÓS TRATAMENTO DE REJUVENESCIMENTO DO OVÁRIO



Especialistas do IVI, grupo espanhol de reprodução humana, apresentam resultados da pesquisa realizada em colaboração com o Hospital La Fe de Valência

Permitir que um ovário envelhecido seja capaz de ovular novamente poderia ser a solução para engravidar no caso de menopausa precoce, uma complicação que afeta 1% das mulheres jovens impedindo que a gravidez aconteça de forma natural.  

 
Pacientes com casos de falência ovariana podem renovar a esperança de engravidar com óvulos próprios a partir dos resultados positivos de 4 gestações naturais conseguidas com a aplicação do estudo realizado em colaboração entre o Hospital La Fe de Valência e o Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI).  Sobre o tema, duas linhas de pesquisa científica foram apresentadas pelo professor Antonio Pellicer, presidente fundador do IVI, no workshop prévio ao 7º Congresso Internacional IVI, na Espanha.

Atualmente nas clínicas de reprodução humana da Europa, metade dos tratamentos para engravidar são realizados com óvulos doados. “A idade média das pacientes mundialmente é de 39 anos, algo muito parecido com a realidade na nossa clínica no Brasil”, explica Drª Genevieve Coelho, diretora da clínica IVI Salvador e parte do grupo que realizou as pesquisas. “Este estudo poderá ajudar não apenas as pacientes com falência ovariana precoce, mas também aquelas com idade próxima aos 40 que foram perdendo a capacidade de ovular naturalmente”.

Como é possível rejuvenescer o ovário?

Para reverter o processo de envelhecimento ovariano duas técnicas estão em desenvolvimento com o mesmo objetivo: Ativar os “óvulos adormecidos”, que são aqueles que permanecem no ovário em estágio de pré-desenvolvimento dentro dos folículos ovarianos, mas não se desenvolvem mesmo quando estimulados com os medicamentos hormonais que são utilizados nos tratamentos de fertilidade. As técnicas são:

1-    Fragmentação do tecido ovariano (OFFA) – Esta técnica é atualmente oferecida às pacientes do IVI Valência como última alternativa antes de partir para o tratamento com recepção de óvulos doados. O tratamento consiste em obter por laparoscopia uma amostra do tecido ovariano, fragmentar o tecido e devolvê-lo novamente ao seu local de origem. Uma técnica um pouco incômoda, mas que permite a alta da paciente no mesmo dia.

2-    Aplicação de células-tronco na artéria ovariana (BMDSC) – Esta técnica piloto que consiste na aplicação de células-tronco nas artérias do ovário, se mostrou prometedora por ter conseguido que as pacientes engravidassem naturalmente após o transplante de medula óssea.

Por que é difícil engravidar após os 40?

Antes mesmo de nascer as mulheres já possuem seu estoque de óvulos para a vida inteira. Centenas de óvulos se perdem antes mesmo da mulher atingir a puberdade e, quando inicia a vida fértil, o corpo feminino prioriza liberar primeiro os melhores óvulos, enquanto os considerados de menor qualidade permanecem e vão envelhecendo, o que afeta ainda mais sua capacidade de gerar um bebê saudável. Os resultados dessa seleção natural são menos chances de engravidar na medida em que a idade avança e aumento do risco de aborto ou problemas genéticos nos descendentes.


Sobre o IVI - RMANJ
Com sede em Valência, na Espanha, o Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI) possui mais de 70 clínicas em 13 países, incluindo Brasil, e é referência mundial em medicina reprodutiva. O grupo conta com uma Fundação, um programa de Docência e Carreira Universitária e recentemente realizou a fusão com o grupo norte-americano RMANJ elevando ainda mais sua relevância mundial.



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