Compramos algo, pagamos antes e acreditamos que será entregue. Colocamos o dinheiro no banco e estamos seguros de que o valor estará lá quando necessitarmos. Ingerimos um medicamento e o fazemos certos de que nos curará da doença. Comemos alimentos acreditando serem diet. Confiamos que, ao brecar carro a 120 km /hora, o sistema de freios vai funcionar; ou que o piloto do avião está habilitado, dormiu bem na noite anterior e está apto a pilotar.
Para funcionar, o sistema criou e cria constantemente regras de condutas e padrões de desempenho, ou processos e métodos para garantir essa confiança. Mas, sem que haja um comportamento orientado para a ética e o caráter, o sistema não funciona.
Porém, às vezes, para evoluir é preciso quebrar regras, destruir crenças. Mas isso é outra coisa, bem diferente do que estamos tratando aqui. Vivemos esse conflito de seguir regras e quebra-las para dar saltos e melhorar as coisas. Mas é preciso ter sabedoria para diferenciar as situações.
Vivemos hoje uma crise de confiança nas autoridades, nos políticos, nos planos de saúde e nas empresas de telefonia. A crise atinge, igualmente, médicos, advogados, arquitetos e designers de interiores, muito embora não sejam farinha do mesmo saco (em comparação com os políticos)!
Embora sejamos crentes, desconfiar é parte importante do nosso sistema de sobrevivência. E o Google nos ajuda nisso porque nos traz informação boa e ruim de forma instantânea e permite que possamos tomar decisões com mais segurança.
Arquitetos e designers de interiores ofertam algo intangível, o que complica ainda mais esse quadro. Esses profissionais vendem uma promessa. Se não tiverem argumentos concretos, que transfiram credibilidade, o cliente não compra ou paga pouco para reduzir o risco e, assim, ter um álibi para comprar.
São as regras e as condutas que produzem mais confiança e transparência na relação dos agentes econômicos com o mercado. Como fazer isso:
a) Deixe claro para o cliente através de documentos quais são suas responsabilidades ao ser contratado. Explicite as etapas do trabalho, a duração e a forma de envolvimento do cliente no processo.
b) Defina com clareza quais limites existem na relação do trabalho (projeto) e como o cliente deve se comportar em relação às aprovações.
c) Apresente como é o seu método de trabalho e quais instrumentos você usa para produzir com qualidade: questionário para o levantamento de necessidades, um modelo de projeto executivo, relatório de acompanhamento de obra, planilhas para orçamentação e controle de pagamentos a fornecedores etc.
d) Estabeleça de forma cristalina a sua politica diante do recebimento (ou não) de comissões vindas dos fornecedores.
e) Tenha um formulário de pesquisa de satisfação para ser respondido pelo cliente ao final da relação.
Ações e atitudes como esta passam a ser
essenciais e indispensáveis em qualquer profissão onde a confiança é a base do
relacionamento com o cliente.
Formado em Comunicação Social com especialização em Relações Públicas e Jornalismo, Ricardo Botelho, diretor da empresa, realizou diversos cursos e estudos nas áreas de Marketing (com foco em Estratégia, Posicionamento e Relacionamento, Data Base Marketing, One to One e Web Marketing) e Vendas (Liderança, Motivação e Gestão). Durante 15 anos foi executivo no Grupo BASF nas áreas de Comunicação e Marketing.
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