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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Transmissão do Zika vírus via transfusão de sangue é evento raro, segundo Associação de Hematologia





ABHH se pronuncia sobre os riscos de contaminação do vírus via transfusão de sangue

A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) orienta a população, doadores e receptores de sangue e do público em geral sobre os riscos de contaminação do Zika vírus via transfusão de sangue, evento raro, assim como para demais arbovírus como dengue e Chikungunya.
“A transmissão transfusional do vírus Zika é evento raro da mesma forma que a transmissão transfusional dos vírus Dengue e Chikungunya. Não existem, atualmente, testes laboratoriais de diagnóstico da infecção pelo vírus Zika que sejam registrados ou adequados para a triagem laboratorial de doadores de sangue”, explica Dimas Tadeu Covas, presidente da ABHH.
Além disso, medidas de segurança e proteção relacionadas à transfusão de sangue baseiam-se na triagem clínica e epidemiológica dos doadores de sangue e são eficientes para identificar doadores sintomáticos ou com história clínica sugestiva da infecção e devem ser reforçadas juntos aos serviços de hemoterapia, em conformidade com a Nota Técnica 094/2015 da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde (CGSH/MS).
Ainda segundo Covas, que também é professor Titular de Hematologia e Hemoterapia/Universidade de São Paulo, testes de biologia molecular “caseiros” (in house) não são testes validados ou registrados pelas autoridades sanitárias e seu uso não é recomendado pela ABHH para a triagem laboratorial de doadores de sangue, a não ser em protocolos de estudos aprovados por Comitês de Pesquisa institucional.
“Diante destas considerações e das evidências científicas disponíveis, a ABHH não reconhece que os estoques de sangue do Brasil, neste momento, estejam submetidos a riscos acrescidos que justifiquem a adoção de medidas adicionais (testes laboratoriais ou quarentena de hemocomponentes) em adição às medidas de triagem clínica e epidemiológica já mencionadas”, ressalta o hemoterapeuta.

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