Associação das
Advogadas, a ASAS, quer as Delegacias de Defesa da Mulher abertas
ininterruptamente em todo o Estado de SP
Entidade diz
que a violência contra a mulher não cessa nos finais de semana quando as DDMs
ficam fechadas
A ASAS – Associação das Advogadas,
Estagiárias e Acadêmicas do Estado de São Paulo – impetrou oficio junto à
Secretaria de Segurança Pública do Estado solicitando que determine o
funcionamento ininterrupto das Delegacias de Defesa da Mulher, as conhecidas
DDMs que estranhamente permanecem fechadas durante os finais de semana.
A presidente da entidade, a advogada
Rosana Chiavassa, classifica como absurda e inexplicável o sistema de trabalho
das DDMs. “A mulher não sofre violência nos finais de semana”, pergunta Chiavassa.
“A mulher é vitima ou corre risco de segunda a segunda”, afirma.
Já está comprovado estatisticamente
que alguns tipos de crimes contra a mulher, tais como estupro, atentado
violento ao pudor, sedução e outros, são cometidos à noite e de madrugada e
majoritariamente nos finais de semana. “Justamente quando as DDMs estão de
portas fechadas”, enfatiza a presidente da ASAS. Como consequência, a mulher
agredida e humilhada fica sem a devida e necessária assistência e o agressor
livre, literalmente. “Não podemos permitir a continuidade desta situação. Urge
que o secretario de segurança tome providências e determine que as DDMs fiquem
abertas também aos sábados e domingos”, explica Chiavassa.
A ASAS, como entidade que defende os
direitos de igualdade das mulheres e luta contra a violência de que são
vitimas, sobretudo em seus lares e não raro de seus próprios companheiros,
reconhece a importância e, consequentemente, a papel da DDMs também como
instrumento preventivo, por isso insistirá junto as autoridades para que estas
delegacias atuem de forma ininterrupta. “Acreditamos que o Secretario da
Segurança Pública reconhecerá como justa a nossa solicitação e deferirá o nosso
pedido”, afirma a presidente da ASAS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário