quarta-feira, 19 de março de 2014




Associação das Advogadas, a ASAS, quer as Delegacias de Defesa da Mulher abertas ininterruptamente em todo o Estado de SP

               Entidade diz que a violência contra a mulher não cessa nos finais de semana quando as DDMs ficam fechadas

A ASAS – Associação das Advogadas, Estagiárias e Acadêmicas do Estado de São Paulo – impetrou oficio junto à Secretaria de Segurança Pública do Estado solicitando que determine o funcionamento ininterrupto das Delegacias de Defesa da Mulher, as conhecidas DDMs que estranhamente permanecem fechadas durante os finais de semana.

A presidente da entidade, a advogada Rosana Chiavassa, classifica como absurda e inexplicável o sistema de trabalho das DDMs. “A mulher não sofre violência nos finais de semana”, pergunta Chiavassa. “A mulher é vitima ou corre risco de segunda a segunda”, afirma.

Já está comprovado estatisticamente que alguns tipos de crimes contra a mulher, tais como estupro, atentado violento ao pudor, sedução e outros, são cometidos à noite e de madrugada e majoritariamente nos finais de semana. “Justamente quando as DDMs estão de portas fechadas”, enfatiza a presidente da ASAS. Como consequência, a mulher agredida e humilhada fica sem a devida e necessária assistência e o agressor livre, literalmente. “Não podemos permitir a continuidade desta situação. Urge que o secretario de segurança tome providências e determine que as DDMs fiquem abertas também aos sábados e domingos”, explica Chiavassa. 

A ASAS, como entidade que defende os direitos de igualdade das mulheres e luta contra a violência de que são vitimas, sobretudo em seus lares e não raro de seus próprios companheiros, reconhece a importância e, consequentemente, a papel da DDMs também como instrumento preventivo, por isso insistirá junto as autoridades para que estas delegacias atuem de forma ininterrupta. “Acreditamos que o Secretario da Segurança Pública reconhecerá como justa a nossa solicitação e deferirá o nosso pedido”, afirma a presidente da ASAS.  

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