CRIANÇA SEGURA lança
Campanha para prevenção de afogamentos
e alerta para o perigo desse acidente
A cada ano mais de 1.100 crianças são vitimas de afogamento no Brasil
A ONG CRIANÇA SEGURA lança
uma campanha de prevenção contra afogamentos de crianças e adolescentes. Esse
acidente ocupa o segundo lugar no ranking de mortes de crianças por acidentes
no Brasil, até 14 anos. A divulgação será através de nossas redes sociais e
assessoria de imprensa.
O objetivo da campanha é
ensinar os pais e responsáveis sobre maneiras de evitar esse acidente tão
comum. Com a chegada do calor, as pessoas procuram passeios para se refrescar e
refrescar aos pequenos. Dependendo da região, praias, cachoeiras e piscinas são
as opções mais procuradas. Porém, é preciso lembrar que lagos, rios e represas,
também são uma opção de lazer para muitos. Dentro de casa também é muito
importante ficar atento ao acesso das crianças a baldes, banheiras com água e
vasos sanitários.
Todos os anos no Brasil, mais de 1.100
crianças morrem vítimas de afogamentos. Em 2011, segundo informações do
Datasus, banco de dados do Sistema Único de Saúde, 1.115 crianças de 0 a 14
anos morreram e 293 foram hospitalizadas. Sendo que a maior incidência de
mortes foi entre crianças de 1 e 4 anos com 422 casos, representando 37% do
total, e em segundo lugar, as crianças de 10 a 14 anos, que representaram 36%
dos casos, 407 registros.
Estes afogamentos acontecem principalmente em aguas naturais e
abertas, com 424 mortes (38%). A região mais afetada foi a Nordeste, com 397
fatalidades (35%). Na região Sudeste, foram 297 mortes (26,6%), no Norte 200
(17,9%), no Sul 122 (10,9%) e no Centro-Oeste 99 (8,9%). Porém, ao analisar as
regiões do Brasil por taxa, a região Norte foi a mais afetada com 4 mortes a
cada 100.000 habitantes.
Os estados mais afetados por número absoluto foram São Paulo,
com 132 mortes (11,8%), Bahia 105 (9,4%), Minas Gerais 91 (8%). Analisando por
taxa, a Bahia foi o estado mais afetado com 3 mortes a cada 100.000 habitantes.
Observa-se ainda uma grande
diferença entre os meninos, que representaram 66% das mortes, com 755 casos
registrados, enquanto as meninas representaram um número menor. Foram 360 casos
que representaram 34% do total de vítimas.
Outro
problema que tem preocupado são as piscinas. O número de mortes,
comparativamente, não é tão significativo, 89 mortes, neste mesmo ano. Porém, o
que mais chamou atenção da mídia no ano de 2014, foram as mortes envolvendo os
ralos das piscinas. As crianças ficaram presas por partes do corpo ou pelo
cabelo.
Segundo estudos do Dr. David Szpilman, Médico,
especialista em afogamento e Chefe da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital
Municipal Miguel Couto; e Sócio Fundador, e atual Diretor Médico da Sociedade
Brasileira de Salvamento Aquático – SOBRASA; a maioria dos
afogamentos acontece em águas naturais, doces e abertas.
A facilidade com que este acidente pode ocorrer agrava-se devido
a duas características principais do afogamento. Geralmente ele é rápido e
silencioso. Por este motivo, a adequação no ambiente e a supervisão do adulto
são essenciais para evitar este risco. Em casa, por exemplo, é importante
lembrar que apenas três dedos de água em um balde esquecido na cozinha já
representam perigo significativo para uma criança que está começando a andar.
Elas têm cabeça mais pesada e gostam de brincar com água, podem se virar e não
conseguem voltar. Apenas 10 segundos são suficientes para que a criança fique
submersa na banheira; 2 minutos são suficientes para que a criança, submersa,
perca a consciência e de 4 a 6 minutos para que a criança fique com danos
permanentes no cérebro.
A CRIANÇA SEGURA também apoia a Campanha PISCINA + SEGURA,
lançada em janeiro deste ano, desenvolvida pela SOBRASA, Sociedade Brasileira
de Salvamento Aquático, que tem por objetivo minimizar em até 95% as mortes de
crianças por afogamento em piscinas e mostrar que pequenas ações podem evitar
acidentes e salvar vidas. Para mais informações sobre esta campanha, acesse o
link: http://www.sobrasa.org/piscinamaissegura
PREVENÇÃO
Além da supervisão
total do adulto, outras medidas podem evitar este acidente: usar colete
salva-vidas, esvaziar e armazenar em locais altos os baldes, bacias e banheiras
após o uso, fechar vasos sanitários e banheiros, tampar ou esvaziar os tanques,
esvaziar piscinas infantis e tampar com lona bem presa as piscinas “regan” após
o uso.
As piscinas
devem ser protegidas com cercas de pelo menos 1,5 m, alertas sonoros de
movimento também podem ser usados e os ralos cobertos com tampa especial para
evitar a sucção de partes do corpo.
Outras
formas de prevenção, também importantes, são ensinar a criança a nadar a partir
dos quatro anos e os responsáveis aprenderem técnicas de primeiros socorros em
caso de uma emergência.
“Prevenção é
melhor que qualquer vacina”, alerta a Dra. Simone Abib, cirurgiã pediatra e
presidente do Conselho da CRIANÇA SEGURA. Outra boa dica para evitar riscos é
ensinar os pequenos sobre as condutas de segurança e ser o exemplo. “Crianças
aprendem pelo modelo”, complementa a doutora.
ACIDENTES
Os afogamentos
e todos os outros acidentes somados representam a primeira causa de morte e a
terceira de hospitalização de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. O acidente é
uma séria questão de saúde pública que pode ser solucionada em 90% dos casos
com ações de prevenção como a disseminação de informações sobre o tema, mudança
de comportamento, políticas públicas que assegurem infraestrutura e ambientes
seguros para o lazer, legislação e fiscalização adequadas.
Segundo
dados do Ministério da Saúde, 126.623 crianças foram hospitalizadas vítimas de
acidentes e 4.727 morreram (2011). Ao sofrer um acidente grave, a criança pode
ter sua vida interrompida ou seu desenvolvimento saudável totalmente
comprometido. No mundo, 830 mil crianças morrem, anualmente, vítimas de acidentes
segundo o Relatório Mundial sobre Prevenção de Acidentes com
Crianças e Adolescentes, da Organização
Mundial da Saúde e UNICEF que também relata que milhões de crianças vítimas de
acidentes não fatais necessitam de tratamento hospitalar intenso e adquirem
sequelas físicas, emocionais e sociais; por toda a vida.
A
CRIANÇA SEGURA
A CRIANÇA SEGURA é uma Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público, dedicada à prevenção de acidentes com
crianças e adolescentes de até 14 anos. A organização atua no Brasil desde 2001
e faz parte da rede internacional Safe Kids Worldwide, fundada em 1987, nos
Estados Unidos, pelo cirurgião pediatra Martin Eichelberger.
Para cumprir sua missão, desenvolve ações
de Políticas
Públicas – incentivo ao debate e participação nas
discussões sobre leis ligadas à criança, objetivando inserir a causa na agenda
e orçamento público; Comunicação –
geração de informação e desenvolvimento de campanhas de mídia para alertar e
conscientizar a sociedade sobre a causa e Mobilização – cursos a distância,
oficinas presenciais e sistematização de conteúdos para potenciais
multiplicadores, como profissionais de educação, saúde, trânsito e outros
ligados à infância, promovendo a adoção de comportamentos seguros.
A ONG conta com a contribuição de parceiros institucionais, como Johnson & Johnson e parceiros de programas, como Ministério da Saúde, FEDEX, Abrapur – Associação Brasileira de Produtos Infantis, Anglo American, Ace, Ariel, Downy e Portal Rede Social.
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