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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Psicóloga dá dicas para ajudar a reconhecer quando a ansiedade é patológica



Você acha que é uma pessoa ansiosa? Em grandes centros urbanos, como São Paulo, é difícil encontrar alguém que não se considere pelo menos um pouco ansioso. Afinal, trânsito, violência urbana, pressão no trabalho, problemas familiares e financeiros podem mesmo gerar estados ansiosos.

Segundo a psicóloga Fernanda Queiroz, o que muitas pessoas não sabem é que a ansiedade está ligada à nossa evolução e servia como um alerta para o organismo de nossos ancestrais sobre a aproximação de animais ferozes ou de tribos rivais, por exemplo.

“No mundo moderno, não precisamos mais fugir de mamutes nem de tigres, mas precisamos cumprir horários, pagar contas, desempenhar nosso trabalho em um mundo corporativo cada vez mais competitivo, cuidar da casa, dos filhos, da saúde. Portanto, é normal sentir-se ansioso em algumas ocasiões”, explica Fernanda. 
 

Ansiedade Normal x Ansiedade Patológica
Entretanto, a ansiedade em excesso pode ser um sinal de alerta. “Não é normal viver ansioso, apreensivo ou extremamente preocupado, com situações que não são concretas ou com problemas simples do cotidiano. Mais importante ainda é quando a ansiedade interfere no trabalho, nos estudos e nos relacionamentos de modo negativo”, explica a psicóloga.

“Quando a ansiedade está presente na maioria dos dias, por mais de seis meses e gera prejuízos da vida profissional, acadêmica ou nos relacionamentos afetivos, ela é considerada uma doença, chamada de Transtorno da Ansiedade Generalizada (TAG). Nestes casos, é preciso procurar um médico para diagnosticar e tratar o transtorno”, afirma Fernanda.

De acordo com a psicóloga, o diagnóstico da ansiedade patológica é só o primeiro passo no tratamento. “O tratamento medicamentoso pode ajudar a controlar alguns sintomas. Porém, o mais importante é investigar a causa e o que mantém a doença, para tratá-la e isso é feito por meio da psicoterapia. As causas da TAG são complexas e exigem uma avaliação bem detalhada, mas podem estar ligadas a traumas, ritmo de vida, ambiente e histórico familiar”.

“Também há um fator biológico importante. Alguns estudos mostram que quando há alteração na produção da serotonina e no ácido gama-aminobutírico (GABA), existe maior predisposição em desenvolver a ansiedade, já que esses neurotransmissores têm papel essencial no controle da ansiedade”.

Com a ajuda da equipe da Clínica Psicologia Integrada, elaboramos uma lista de sinais que podem indicar que é preciso avaliar se a sua ansiedade está fora de controle. Confira:
 
  1. Coisa de família: Se a ansiedade está lhe causando problemas, procure investigar se alguém da sua família já teve esse diagnóstico. Isso porque pesquisas já comprovaram que há uma característica genética da doença, ou seja, a TAG pode estar presente em membros de uma mesma família.  
  2. Memória fraca: O cérebro de uma pessoa ansiosa realiza milhões de conexões desnecessárias entre os neurônios. O nível de estresse é elevado e os pensamentos são muito rápidos. O cansaço gerado pela ansiedade pode causar perda da memória, esquecimentos e dificuldade em assimilar novos conhecimentos.
  3. Cadê meu sono? Claro que uma pessoa ansiosa tem dificuldade para dormir, já que o organismo está constantemente excitado. A insônia é um dos principais sintomas da TAG.
  4. Sintomas físicos sem causas orgânicas: É comum que o ansioso patológico consulte vários médicos em busca de um diagnóstico para sintomas como dores musculares, dores de cabeça, estômago, cólicas intestinais e até dores no peito. Porém, quando não há nenhuma causa física para esses sintomas, é provável que a ansiedade os esteja provocando.
  5. Cansaço sem outra explicação: A ansiedade patológica leva o organismo à exaustão, já que faz o corpo trabalhar em ritmo acelerado. Com isso, mesmo que a pessoa não tenha feito nenhuma atividade, pode se sentir constantemente cansada.

Para Fernanda, a ansiedade pode ser necessária, mas se estiver prejudicando as atividades diárias e causando sofrimento, é preciso procurar ajuda profissional.



O sonho do filho pode estar mais perto do que muitos imaginam




Direito a tratamento de fertilização pode ser garantido na Justiça



Muitos casais sonham em ter um filho e completar a família, mas infelizmente este desejo pode esbarrar em barreiras naturais, como a dificuldade para engravidar e a endometriose, por exemplo.

Apesar da existência de tratamentos que possam reverter a situação, o alto custo deles pode assustar e acabar afastando os casais deste sonho.

A boa notícia é que, dependendo do contrato do convênio médico, é possível obter o direito de ter o tratamento coberto integralmente pelo plano através da Justiça.

"Muitos contratos excluem a inseminação artificial, o que complica a argumentação em processos judiciais", explica a advogada Gabriela Guerra, especialista em direito da saúde do escritório Porto, Guerra & Bitetti. "Contudo, muitos contratos não citam fertilização in vitro, considerado um procedimento diferente da inseminação artificial". 

Segundo publicação feita pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), entende-se que os dois procedimentos são reproduções assistidas.

A diferença é que, enquanto a inseminação artificial consiste na introdução do esperma no canal genital feminino, a fertilização in vitro é a fecundação fora do corpo feminino em meio artificial adequado.
Por isso, nos casos em que o contrato não exclui explicitamente a fertilização in vitro, o direito de constituir família, garantido pelo artigo 35 da Lei Federal 9.656, pode ser utilizado como argumento.

"A maioria dos contratos é omisso em relação a esse tratamento", afirma Gabriela. "Temos muitas ações em que obtivemos êxito de casos de cobertura integral de fertilização in vitro quando argumenta-se em cima da obrigação dos convênios no atendimento de planejamento familiar e o direito de constituir família".

Outra argumentação citada pela advogada é que a gravidez interrompe os efeitos da endometriose e ameniza a situação após o parto.

Dessa forma, a fertilização in vitro pode ser entendida como parte do tratamento para essa doença. Garantida a cobertura integral pela justiça, o convênio precisa cobrir o tratamento até que o sucesso seja obtido.

"Temos um caso em que a pessoa está na sexta tentativa, e o plano está pagando. Pedimos todo o tratamento na Justiça, até a mulher engravidar", afirma a advogada, que lembra que, caso a cartilha de profissionais do plano não possua profissionais capacitados na área, o convênio deve pagar médicos especializados.

"A infertilidade atinge um número muito grande de pessoas e, por se tratar de uma doença muito comum, deveria ser coberta pelos planos", avalia Gabriela. "Tanto a inseminação quanto a fertilização in vitro deveriam estar incluídas no rol de procedimentos".





Gabriela Guerra - advogada no escritório Porto, Guerra & Bitetti Associados
Av. Giovanni Gronchi, 1294 - Morumbi
Cep. 05651-001 São Paulo/SP
Tel: (11) 9 55808791 / 2649 5712





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