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quinta-feira, 23 de maio de 2024

SOBREVIVER AO SILÊNCIO: CONHECIMENTO E PREVENÇÃO CONTRA O CÂNCER DE OVÁRIO ‍

No mês de maio, Instituto ACCO reforça a importância da detecção precoce e da educação para salvar vidas    ‍

 

Durante o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de ovário, o Instituto ACCO - Associação de Combate ao Câncer de Ovário, lança uma campanha intensiva para alertar sobre uma das ameaças mais silenciosas à saúde feminina. Este tipo de câncer, notório por seu diagnóstico frequentemente tardio, continua a ser uma das principais causas de mortalidade entre os cânceres ginecológicos no Brasil. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de ovário ocupa a segunda posição como causa de morte por câncer ginecológico, superado apenas pelo câncer de colo do útero. Fernando de Lima, presidente do Instituto ACCO, cuja motivação para fundar a organização veio após a perda de sua mãe para esta doença, salienta a urgência de aumentar a conscientização e o acesso a informações precisas sobre os sintomas e o diagnóstico precoce.
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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de ovário ocupa a segunda posição como causa de morte por câncer ginecológico, superado apenas pelo câncer de colo do útero. A detecção em estágios iniciais, contudo, permanece um desafio, pois a doença raramente mostra sinais claros até que esteja avançada.
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A Dra. Luísa Marcella Martins, especialista em ginecologia oncológica, explica que o maior desafio no diagnóstico precoce do câncer de ovário é a ausência de sintomas específicos nos estágios iniciais. “Muitas vezes, os sintomas são vagos e inespecíficos, como distensão abdominal, desconforto pélvico, e alterações no hábito intestinal, o que colabora com o diagnóstico tardio,” afirma. Atualmente, a comunidade médica está investindo em pesquisa e desenvolvimento de biomarcadores e tecnologias de imagem avançadas, como ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética, para detecção precoce. 

Os avanços no tratamento também têm sido significativos, melhorando o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes. “Cirurgias mais precisas e a introdução de terapias alvo e inibidores de PARP são exemplos de inovações que têm prolongado a sobrevida e reduzido a recorrência,” destaca a Dra. Luísa Marcella.


Estratégias de prevenção e detecção precoce 

Apesar de não existirem exames de rastreamento específicos para o câncer de ovário como existem para o câncer de mama e de colo do útero, medidas preventivas podem ser tomadas, o Instituto ACCO recomenda algumas estratégias:     ‍
 

  • Histórico Familiar: Conhecer sua genealogia é crucial. Mulheres com histórico familiar de câncer de ovário ou de mama devem considerar aconselhamento genético para verificar mutações nos genes BRCA, que podem aumentar o risco de desenvolver a doença.     ‍
     
  • Consultas Regulares: Visitas periódicas ao ginecologista são essenciais para a detecção de quaisquer anormalidades na região pélvica ou nos ovários.     ‍
     
  • Contraceptivos Orais: O uso prolongado de contraceptivos orais tem sido associado a uma redução no risco de desenvolver câncer de ovário, embora essa decisão deva ser tomada sob orientação médica.     ‍
     
  • Estilo de Vida Saudável: Adotar uma dieta equilibrada e manter uma rotina regular de exercícios contribui para a saúde geral e pode ajudar a diminuir o risco de várias doenças, incluindo o câncer.     ‍
     

Juliana Carelli, que inclusive criou o blog "Super Juliana contra o câncer de ovário", compartilha sua jornada desafiadora desde o diagnóstico aos 29 anos até a remissão, há 13 anos. "Os primeiros sinais foram dores abdominais intensas e uma sensação de desconforto que foram inicialmente mal diagnosticados como intoxicação alimentar e prisão de ventre," relembra. Após enfrentar cirurgias e ciclos de quimioterapia, Ana ressalta a importância de se expressar e buscar apoio. “Escrever sobre minha luta foi terapêutico e me ajudou a conectar com outras mulheres passando pela mesma situação,” diz. Ela também destaca a dor emocional de enfrentar a possibilidade de perder a fertilidade, uma realidade dura para muitas mulheres em idade reprodutiva diagnosticadas com a doença. A rede de apoio formada por familiares, amigos e conexões online foi fundamental em sua jornada de cura.
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"A conscientização é o primeiro passo para a mudança. Este mês de conscientização sobre o câncer de ovário é uma chamada à ação para todas as mulheres para serem proativas em relação à sua saúde. Cada mulher que aprende sobre os sinais e sintomas do câncer de ovário é um passo em direção a salvar mais vidas”, finaliza Fernando de Lima.


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Unindo Forças no Combate ao Câncer de Ovário 

Além de campanhas educativas, o Instituto ACCO realiza uma série de eventos ao longo do ano, como a "Virada Oncológica", um evento nas redes sociais com lives consecutivas sobre o câncer de ovário. Também são organizados grupos de suporte, que oferecem um espaço para pacientes compartilharem suas experiências e encontrarem apoio mútuo.


Instituto ACCO
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fernando@acco.ong.br


Tireoide: glândula alterada pode afetar várias funções do corpo, incluindo a saúde mental


Ansiedade e síndrome do pânico são algumas delas 

25 de maio – Dia Internacional da Tireoide

 

A tireoide é uma pequena glândula em forma de borboleta localizada na parte da frente do pescoço e desempenha papel crucial na regulação de várias funções corporais através da produção de hormônios. Entre as funções da tireoide, estão:

 

Regulação do Metabolismo: A tireoide produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que são responsáveis por controlar a velocidade do metabolismo. Esse processo afeta o funcionamento de quase todas as células do seu corpo.

 

Desenvolvimento e Crescimento: Durante a infância e adolescência, os hormônios tireoidianos são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento do corpo, incluindo o desenvolvimento do cérebro.

 

Saúde do Coração: A tireoide influencia o ritmo cardíaco e garante que o coração apresente um ritmo saudável.

 

Quando a tireoide não funciona corretamente, pode resultar em dois tipos principais de distúrbios: o hipotireoidismo e o hipertireoidismo, que podem causar diversas disfunções no organismo, inclusive a saúde psíquica.

 

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que as duas doenças quando não diagnosticadas e tratadas ou se o paciente estiver usando a dosagem errada da medicação, podem levar à depressão, crise de pânico, estresse, irritabilidade e ansiedade.

 

“Nos casos em que a medicação não é suficiente, está indicada a cirurgia para a retirada da glândula tireoide e o radioiodo, tratamento com iodo radioativo, que destrói a glândula”, explica Dra. Lorena.

 

Hipotireoidismo - torna o metabolismo e o raciocínio mais lentos, causando sonolência, falta de ânimo, cansaço, discreto ganho de peso e inchaço. O tratamento é feito com a reposição do hormônio tireoidiano chamado levotiroxina, medicação de baixo custo, disponível em todas as farmácias e que não provoca efeitos colaterais.

 

Hipertireoidismo - está associado a aceleração do metabolismo, causando irritabilidade, perda de peso significativa, insônia e palpitação. O tratamento é feito com medicamentos chamados antitireoidianos, que têm como objetivo diminuir a produção do hormônio da tireoide. 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
Site: https://endocrino.com/ e www.amato.com.br
Instagram: https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


26/5 - Dia Nacional de Combate ao Glaucoma: saiba como se prevenir da doença silenciosa

Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz enfatiza sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce
 

O próximo domingo, 26 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, data que visa conscientizar a sociedade sobre a silenciosa e irreversível doença que acomete até 2,5 milhões de brasileiros acima de 40 anos, segundo dados da SBO (Sociedade Brasileira de Oftalmologia).

Principal causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é a lesão crônica no nervo óptico, responsável pela transmissão de informações visuais ao cérebro, que gera alteração e dificuldade na visão.

Segundo a Dra. Ione Alexim, oftalmologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a realização do diagnóstico precoce é fundamental e pode prevenir a evolução da doença que geralmente apresenta sintomas apenas nos estágios mais avançados.

Os fatores de risco associados ao surgimento do glaucoma envolvem questões hereditárias, idade superior a 40 anos, alto grau de miopia (acima de seis), diabetes e córnea fina. “É crucial que todas as pessoas consideradas dentro do grupo de risco mantenham acompanhamento médico oftalmológico ao menos uma vez ao ano”, aponta a médica. 

Existem quatro tipos diferentes de glaucoma, de acordo com a médica:

  • Glaucoma crônico de ângulo aberto: é o tipo mais comum, os pacientes são assintomáticos, a perda visual ocorre de forma lenta e progressiva, sendo identificada em fases mais avançadas da doença. Afeta principalmente a visão periférica lateral.
  • Glaucoma de ângulo fechado: segunda manifestação mais recorrente, ocorre quando há um embaçamento visual, ocasionado pelo aumento súbito da pressão intraocular, além de dor exacerbada na região.
  • Glaucoma congênito: pode acontecer nos primeiros meses de vida, é raro e ocorre quando a criança já nasce com a doença devido má formação, exigindo tratamento imediato após o diagnóstico.
  • Glaucoma secundário: é causado por fatores externos que elevam a pressão intraocular, como hipertensão arterial, diabetes, uso excessivo de medicamentos, como corticosteroides, além de tumores e inflamações. 

Sintomas como perda gradual da visão lateral, dor súbita na região, visão piorada, olhos vermelhos e inchados, náuseas, dores na testa, lacrimação, sensibilidade à luz, nebulosidade na parte frontal do olho e aumento de um ou ambos os olhos podem surgir, indicando a necessidade de acompanhamento médico para evitar a progressão da condição.


Diagnóstico e tratamento

A Dra. Ione Alexim enfatiza a importância de procurar o oftalmologista regularmente para avaliar a condição dos olhos. “Consultas e exames anuais auxiliam no diagnóstico precoce e permitem intervenções, que podem retardar o avanço do glaucoma, ajudando a evitar a cegueira irreversível, além de auxiliar os pacientes a manterem a independência e autonomia”, afirma a médica.

Conforme a especialista, o tratamento clínico pode ser realizado com o uso de colírios e laser, a fim de diminuir os níveis de pressão intraocular. Porém, dependendo do quadro clínico do paciente, pode ser avaliado a realização de procedimento cirúrgico.

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – Link


Interrupção de tratamentos com medicamentos de uso contínuo traz riscos à saúde

Especialistas do Iamspe apontam os impactos e fazem orientações aos pacientes


As recentes enchentes no Sul do país criaram vários problemas. Entre as questões de saúde, uma das mais graves é a interrupção dos tratamentos com medicamentos de uso contínuo para o controle de doenças crônicas. Pacientes com diabetes, problemas cardíacos, hipertensão, HIV e outras condições crônicas dependem de uma administração rigorosa de seus medicamentos para evitar complicações sérias. 

A médica infectologista Dra. Marli Sassaki, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) de São Paulo, orienta que nos casos de suspensão da terapia antirretroviral para tratamento do HIV o tratamento deve ser retomado o mais breve possível para controlar a carga viral, preservar a função imunológica, prevenir a progressão da doença e a transmissão do vírus. Ela complementa que, em caso de sintomas, o profissional médico deve ser procurado para avaliação e tratamento. 

No caso de tratamentos psiquiátricos, há o risco de recaídas severas nas pessoas com doenças mentais, além de mal-estar e sintomas de abstinência da medicação. Já os pacientes com hipertensão e problemas cardíacos podem enfrentar crises hipertensivas, infartos e acidentes vasculares cerebral (AVCs) que podem ser fatais. “Pessoas com doenças coronarianas que já infartaram e fizeram angioplastia correm perigo se pararem o medicamento que evita a formação de coágulo dentro das coronárias. Assim,  haverá  o entupimento do Stent, levando a um novo infarto agudo do miocárdio, causando sério risco de morte”, alerta o Dr. Ney Valente, cardiologista do Hospital do Servidor.  

De acordo com Evandro Souza Portes, endocrinologista do HSPE, pessoas diabéticas que são dependentes de insulina e os que têm insuficiência adrenal primária e secundária e fazem uso de glicocorticoide correm o risco de entrar em coma em poucos dias com a descontinuidade do tratamento. “A medicação garante a sobrevivência desses pacientes”, afirma. 

Os médicos são unânimes em orientar que os pacientes que interromperam seus tratamentos entrem em contato, caso seja possível, com o médico que faz o acompanhamento do seu quadro ou que procurem um serviço de saúde o mais rápido possível para obter novas receitas e, assim, retomar as medicações que já fazem uso. Nos municípios do Rio Grande do Sul há médicos visitando os abrigos e é possível relatar essa questão para que eles auxiliem na resolução e também no tratamento de sintomas.  

Em resposta à crise, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma resolução excepcional e temporária que flexibiliza o receituário para medicamentos de uso controlado em municípios do Rio Grande do Sul. Também foi publicada uma nota técnica pelo Ministério da Saúde flexibilizando a retirada de antivirais para PreP, Hepatites e HIV.

 

Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo – Iamspe


Infecção urinaria: entenda quando ela pode ser grave

A infecção do trato urinário (ITU) é comum, mas pode ser grave.

 

"As infecções simples do trato urinário podem ser gerenciadas pelo seu clínico geral, mas quando elas se tornam complexas, levando a outras questões ou problemas, deve-se procurar os cuidados de um especialista", explica o Dr. Mitchell Humphreys, urologista da Mayo Clinic no Arizona.


O que é uma ITU?

O sistema urinário ajuda o corpo a eliminar resíduos, excesso de água e sal. Ele engloba os rins, ureteres, bexiga e uretra. As bactérias podem entrar em qualquer parte do sistema, causando uma infecção.


Quais são os sintomas de uma ITU?

Uma ITU pode causar sintomas, mas nem sempre. Os sintomas mais comuns são:

  • Um forte desejo de urinar. Mesmo depois de usar o banheiro, essa sensação de "ir" pode não desaparecer.
  • Sensação de ardor ou desconforto ao urinar.
  • Urinar frequentemente, passando apenas pequenas quantidades de urina.
  • Sangue na urina. O sangue na urina pode ser vermelho, mas também pode ser rosa ou marrom.
  • Urina turva ou com cheiro forte.
  • Dor pélvica. As mulheres, em particular, podem sentir dor e pressão em torno do osso púbico.

Os sintomas também podem depender de qual parte do trato urinário foi afetada. Se você está sentindo dor nas costas ou na lateral, isso pode estar sendo causado por uma infecção renal. Se houver dor na parte inferior da barriga, uma infecção na bexiga pode ser a culpada.

Especialmente em idosos, uma ITU pode gerar sintomas de delírio ou confusão mental.


Quais são os fatores de risco de uma ITU?

"Normalmente, nosso sistema imunológico é ótimo para combater e prevenir infecções do trato urinário, mas há várias situações e certos indivíduos que podem ser mais propensos a esses tipos de infecções", diz o Dr. Humphreys.


  • Anatomia feminina: As mulheres têm maior risco de ITUs. Como a uretra de uma mulher é mais curta que a de um homem, as bactérias podem entrar mais facilmente no sistema urinário. A menopausa também aumenta o risco de ITUs nas mulheres.
  • Atividade Sexual: As ITUs não são infecções sexualmente transmissíveis, mas a atividade sexual aumenta o risco de ITUs. A relação sexual pode fazer com que as bactérias entrem na uretra.
  • Alguns métodos anticoncepcionais: Diafragmas e espermicidas, por exemplo, aumentam o risco de ITUs.
  • Utilização do cateter: Os cateteres podem ser usados por pessoas no hospital, por pessoas com paralisia ou com outros problemas neurológicos que dificultam a micção.

"Um cateter é um corpo estranho e pode servir como caminho para permitir que as bactérias tenham acesso à bexiga", diz o Dr. Humphreys.

  • Procedimento urinário recente: A cirurgia urinária ou um exame com instrumentos médicos podem aumentar o risco de ITU.
  • Outros problemas de saúde: As pessoas nascidas com problemas no trato urinário ou aquelas que têm pedras nos rins, problemas de próstata ou no sistema imunológico suprimido são mais vulneráveis às ITUs.

Com o tratamento imediato, as ITUs raramente causam complicações. Mas sem tratamento adequado, as ITUs podem ser graves. As complicações podem incluir danos renais permanentes ou uma septicemia, que pode ser potencialmente fatal.


Quais são os tratamentos para a ITU?  

As ITUs são tipicamente tratadas com antibióticos. Certifique-se de tomar a medicação conforme indicado.


O que ajuda a prevenir ITUs?

  • Beba muito líquido. O consumo de água dilui a urina, fazendo com que você urine com mais frequência e elimina as bactérias.
  • Limpe de frente para trás. Depois de urinar ou de ter um movimento intestinal, limpe de frente para trás para ajudar a prevenir a propagação de bactérias.
  • Urine logo após o sexo.
  • Evite produtos potencialmente irritantes. O uso de sprays ou pós desodorantes na área genital pode irritar a uretra.
  • Mude seu anticoncepcional. Considere métodos anticoncepcionais que não sejam diafragma ou espermicida, por exemplo, que possam contribuir para o crescimento bacteriano.

Infecção urinaria: entenda quando ela pode ser grave

Mayo Clinic

A infecção do trato urinário (ITU) é comum, mas pode ser grave.

"As infecções simples do trato urinário podem ser gerenciadas pelo seu clínico geral, mas quando elas se tornam complexas, levando a outras questões ou problemas, deve-se procurar os cuidados de um especialista", explica o Dr. Mitchell Humphreys, urologista da Mayo Clinic no Arizona.


O que é uma ITU?

O sistema urinário ajuda o corpo a eliminar resíduos, excesso de água e sal. Ele engloba os rins, ureteres, bexiga e uretra. As bactérias podem entrar em qualquer parte do sistema, causando uma infecção.


Quais são os sintomas de uma ITU?

Uma ITU pode causar sintomas, mas nem sempre. Os sintomas mais comuns são:

  • Um forte desejo de urinar. Mesmo depois de usar o banheiro, essa sensação de "ir" pode não desaparecer.
  • Sensação de ardor ou desconforto ao urinar.
  • Urinar frequentemente, passando apenas pequenas quantidades de urina.
  • Sangue na urina. O sangue na urina pode ser vermelho, mas também pode ser rosa ou marrom.
  • Urina turva ou com cheiro forte.
  • Dor pélvica. As mulheres, em particular, podem sentir dor e pressão em torno do osso púbico.

Os sintomas também podem depender de qual parte do trato urinário foi afetada. Se você está sentindo dor nas costas ou na lateral, isso pode estar sendo causado por uma infecção renal. Se houver dor na parte inferior da barriga, uma infecção na bexiga pode ser a culpada.

Especialmente em idosos, uma ITU pode gerar sintomas de delírio ou confusão mental.


Quais são os fatores de risco de uma ITU?

"Normalmente, nosso sistema imunológico é ótimo para combater e prevenir infecções do trato urinário, mas há várias situações e certos indivíduos que podem ser mais propensos a esses tipos de infecções", diz o Dr. Humphreys.

  • Anatomia feminina: As mulheres têm maior risco de ITUs. Como a uretra de uma mulher é mais curta que a de um homem, as bactérias podem entrar mais facilmente no sistema urinário. A menopausa também aumenta o risco de ITUs nas mulheres.
  • Atividade Sexual: As ITUs não são infecções sexualmente transmissíveis, mas a atividade sexual aumenta o risco de ITUs. A relação sexual pode fazer com que as bactérias entrem na uretra.
  • Alguns métodos anticoncepcionais: Diafragmas e espermicidas, por exemplo, aumentam o risco de ITUs.
  • Utilização do cateter: Os cateteres podem ser usados por pessoas no hospital, por pessoas com paralisia ou com outros problemas neurológicos que dificultam a micção.

"Um cateter é um corpo estranho e pode servir como caminho para permitir que as bactérias tenham acesso à bexiga", diz o Dr. Humphreys.

  • Procedimento urinário recente: A cirurgia urinária ou um exame com instrumentos médicos podem aumentar o risco de ITU.
  • Outros problemas de saúde: As pessoas nascidas com problemas no trato urinário ou aquelas que têm pedras nos rins, problemas de próstata ou no sistema imunológico suprimido são mais vulneráveis às ITUs.

Com o tratamento imediato, as ITUs raramente causam complicações. Mas sem tratamento adequado, as ITUs podem ser graves. As complicações podem incluir danos renais permanentes ou uma septicemia, que pode ser potencialmente fatal.


Quais são os tratamentos para a ITU?  

As ITUs são tipicamente tratadas com antibióticos. Certifique-se de tomar a medicação conforme indicado.

O que ajuda a prevenir ITUs?

  • Beba muito líquido. O consumo de água dilui a urina, fazendo com que você urine com mais frequência e elimina as bactérias.
  • Limpe de frente para trás. Depois de urinar ou de ter um movimento intestinal, limpe de frente para trás para ajudar a prevenir a propagação de bactérias.
  • Urine logo após o sexo.
  • Evite produtos potencialmente irritantes. O uso de sprays ou pós desodorantes na área genital pode irritar a uretra.
  • Mude seu anticoncepcional. Considere métodos anticoncepcionais que não sejam diafragma ou espermicida, por exemplo, que possam contribuir para o crescimento bacteriano.


Mayo Clinic


Densitometria, ressonância ou tomografia: qual delas é mais eficaz para diagnosticar a densidade óssea?

 

“A densitometria óssea é altamente reconhecida pela sua precisão e confiabilidade como método diagnóstico para avaliar a densidade mineral óssea nas diversas populações, incluindo mulheres pós-menopáusicas, idosos e pacientes com condições médicas específicas. A densitometria continua sendo a principal escolha na maioria dos cenários clínicos não apenas pela sua precisão, mas também pela disponibilidade baixo custo”, conta Dr. José Ricardo Anijar, médico reumatologista e radiologista membro da ABRASSO, Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo , que esclarece abaixo algumas das principais dúvidas sobre este método diagnóstico.

 

Qual a precisão e confiabilidade da densitometria óssea como método diagnóstico para avaliar a densidade mineral óssea nas diversas populações?

A precisão do método da densitometria é sustentada pela capacidade de oferecer resultados consistentes, reprodutíveis, geralmente expressos por um baixo erro técnico de medição. Essa precisão é vital para identificar variações na densidade mineral óssea entre diversos grupos populacionais e para diagnosticar precocemente condições como a osteoporose.

 

A confiabilidade da densitometria é respaldada por décadas de pesquisas e uso clínico bem-sucedido, sendo amplamente utilizada tanto em estudos clínicos quanto na prática médica usual. A técnica é validada por uma variedade de condições médicas que afetam a saúde óssea, como doenças endócrinas, renais e reumáticas. Embora altamente precisa e confiável, a densitometria também tem suas limitações, como a incapacidade de fornecer informações detalhadas sobre qualidade óssea ou levar em consideração outros fatores de risco para faturas, como queda e fragilidade.

 

A tomografia e ressonância magnética não servem para avaliar a densidade óssea, já que esses exames parecem mais completos?


A densitometria óssea, a DXA, que é duplo feixe de raio-x, é frequentemente comparada com outras técnicas de imagem, como a tomografia computadorizada quantitativa, que é a QCT, e a ressonância magnética, tanto em termos de precisão, na avaliação da densidade mineral óssea e na detecção de osteoporose.

 

A densitometria DXA, usada no dia a dia, é considerada o padrão ouro para medição da densidade mineral óssea, devido à sua ampla disponibilidade, baixo custo, baixa exposição à radiação e uma excelente precisão na quantificação da densidade mineral óssea.

 

Tanto a tomografia computadorizada quantitativa (QCT) quanto a ressonância magnética também têm suas próprias vantagens e limitações. A QCT fornece uma imagem tridimensional do osso com alta resolução espacial, que pode ser útil na avaliação da arquitetura óssea e na detecção de fraturas vertebrais. Entretanto, envolve uma exposição significativa à radiação e é menos possível em comparação com a densitometria.

 

Já a ressonância magnética não utiliza radiação ionizante e oferece uma excelente resolução de tecidos moles, sendo útil na detecção de lesões ósseas e de partes moles. Porém é mais cara, menos amplamente disponível e pode ser menos precisa na medição da densidade mineral óssea em comparação com a densitometria DXA usada no dia a dia.

 

A densitometria DXA identifica risco de fratura?


A densitometria DXA identifica um aumento significativo no risco de fraturas vertebrais e não vertebrais. A correlação entre a densitometria e o risco de fratura é influenciada por outros fatores de risco, como idade, sexo, histórico de fraturas prévias, composição corporal, atividade física e uso de medicamentos. Por exemplo, mulheres pós-menopáusicas têm maior risco de fratura em relação com homens da mesma faixa etária, mesmo quando ajustadas para a mesma densidade. Então, elas fraturam mais do que os homens, e a densitometria consegue detectar isso.

Além disso, em pacientes com condições médicas que afetam a saúde óssea, como doenças endócrinas ou reumáticas, a relação entre a densitometria e o risco de fratura pode ser, então, modificada em função dessas doenças.

 

Em resumo, a densitometria é uma ferramenta valiosa na avaliação do risco de fratura e uma variedade de populações, incluindo pacientes com osteopenia, osteoporose, condições médicas que afetam a saúde óssea. No entanto, é importante reconhecer que outros fatores, além da densidade mineral óssea, influenciam o risco de fraturas e uma abordagem multifatorial é essencial para uma avaliação completa desse risco de fraturas em pacientes individuais.

 

Fatores genéticos, estilo de vida e fatores ambientais podem influenciar os resultados da densitometria óssea?


Esses fatores desempenham papéis cruciais na saúde óssea e influenciam os resultados da densitometria óssea e a interpretação dos dados clínicos, especialmente em populações onde esses fatores têm maior relevância.

 

Variantes genéticas afetam a formação óssea e a suscetibilidade à osteoporose, enquanto o estilo de vida, incluindo nutrição, atividade física e hábitos como tabagismo e consumo de álcool impactam diretamente na densidade mineral óssea.

 

Além disso, fatores ambientais como exposição à luz solar e poluição também desempenham um papel importante. Então, considerar esses elementos é fundamental ao interpretar os resultados da densitometria óssea e ao desenvolver estratégias de prevenção e tratamento da osteoporose, especialmente nos grupos étnicos específicos ou áreas com condições ambientais diferentes. 

A densitometria óssea é um dos pilares da programação científica do 11º BRADOO, o Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo, que será realizado de 21 a 24 de agosto em Brasília.


 ABRASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo,

Instagram: https://www.instagram.com/abrassonacional/
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Podcast (Spotify): https://bit.ly/3ZGGbQc
Casa Segura - https://abrasso.org.br/casa-segura/


11º BRADOO

Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo

21 a 24 de agosto

Local: CICB - Centro Internacional de Convenções do Brasil

Endereço: St. de Clubes Esportivos Sul Trecho 2 Conjunto 63, Lote 50 - Asa Sul, Brasília



O que é puberdade precoce e como tratá-la

Frequência dos casos de puberdade precoce aumentou aproximadamente três vezes no período de bloqueio pandêmico em comparação com a mesma duração pré-pandemia

 

Crescimento rápido, odor axilar, acne. Esses podem ser alguns sinais do surgimento da puberdade precoce, que aparece antes dos oito anos em meninas e dos nove anos em meninos. A disfunção é causada pela exposição precoce aos hormônios sexuais que pode ocorrer pela produção antecipada ou pela exposição a hormônios externos, como os usados em medicamentos.

As principais consequências da puberdade precoce são: baixa estatura quando adulto, maior risco de obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças cardiovascularesr1,. A incidência global de precocidade sexual é estimada em 1:5.000 a 1:10.000 crianças, sendo que a proporção de mulheres para homens é de aproximadamente 10:1. Estudos apontam que o número de casos aumentou consideravelmente durante o período da pandemia e que houve, provavelmente, um efeito ambiental para esse aumento1. Fatores que podem estar envolvidos são alimentação mais calórica, sedentarismo e estresse. “A identificação da puberdade precoce por cuidadores e pediatras e o posterior tratamento efetivo são muito importantes, pois desta maneira conseguimos prevenir complicações que impactam física e emocionalmente a criança”, afirma o diretor médico do Aché, Stevin Zung.


Sintomas, prevenção e tratamento

Os sintomas que definem a puberdade precoce são: o aparecimento do broto mamário nas meninas, e aumento do crescimento do tamanho do testículo nos meninos. Outros sintomas também podem estar presentes como, aparecimento de pelos, odor axilar e maior velocidade de crescimento.

A doença é considerada rara e é detectada por meio de exames clínicos, exames de imagem e de sangue. Na investigação deve-se atentar também para a possível exposição das crianças a medicamentos que contenham hormônios. Para o tratamento da puberdade precoce, são indicados medicamentos que inibem a liberação dos hormônios sexuais. 

Em casos de suspeita de puberdade precoce, os cuidadores devem procurar um endocrinologista pediátrico.

 


Aché Laboratórios


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REFERÊNCIAS
1. [Has the Frequency of Precocious Puberty and Rapidly Progressive Early Puberty Increased in Girls During the COVID-19 Pandemic?] Link

 

Os efeitos do abraço no organismo

O Dia do Abraço é uma data especial que nos convida a refletir sobre a importância e os benefícios de um gesto tão simples, mas tão poderoso: o abraço. Comemorado em 22 de maio no Brasil, o Dia do Abraço, tem suas raízes em uma campanha de "free hugs" (abraços grátis) iniciada na Austrália, em 2004, quando o australiano Juan Mann, sentindo que o mundo estava se tornando cada vez mais distante e individualista, decidiu espalhar abraços para desconhecidos em um shopping de Sydney. Seu objetivo era quebrar barreiras emocionais e fortalecer os laços entre as pessoas.

Segundo os noticiários da época, Mann estava passando por uma crise pessoal, seus pais haviam se divorciado, seu noivado havia terminado abruptamente, e ele via a sociedade de forma excessivamente mecanizada. Com um cartaz que anunciava "abraços gratuitos", Mann esperou cerca de 15 minutos até que uma senhora, que havia perdido seu cão, se aproximasse dele com os braços abertos. Esse gesto quebrou o gelo e inspirou outros frequentadores do local a aceitarem os abraços de Mann. O movimento ganhou projeção global quando um vídeo editado por um amigo de Mann foi publicado no YouTube tornando-se viral.

O abraço vai além de um simples contato físico. É uma manifestação de afeto, empatia e conexão humana que traz uma série de benefícios, tanto para quem dá, quanto para quem recebe. Eles reforçam as conexões sociais e melhoram os relacionamentos interpessoais, transmitindo apoio, compreensão e aceitação. Um simples abraço pode expressar mais do que palavras, demonstrando solidariedade em momentos de alegria ou de dor.

Estudos científicos mostram que abraçar pode ter um impacto positivo na saúde física e emocional. Quando abraçamos, nosso corpo libera oxitocina, também conhecida como o "hormônio do amor" - que ajuda a reduzir os níveis de cortisol, que é o hormônio do estresse, promovendo uma sensação de calma e bem-estar. Além disso, abraçar libera dopamina e serotonina, neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e felicidade, o que significa que pode instantaneamente melhorar o humor e criar uma sensação de contentamento. O ato de abraçar também pode fortalecer nosso sistema imunológico, pois o contato físico frequente e afetuoso tem sido associado ao aumento na produção de glóbulos brancos, essenciais na defesa do nosso organismo contra doenças.

Abraçar também tem efeitos positivos na saúde do coração. Pesquisas indicam que pessoas que recebem abraços regulares tendem a ter menor pressão arterial e frequência cardíaca, contribuindo para a saúde cardiovascular a longo prazo. Para crianças, especialmente, o contato físico através de abraços contribui para o desenvolvimento emocional, ajudando a construir uma base segura de confiança e autoestima.

No Dia do Abraço, celebre o poder do toque humano. Ofereça um abraço caloroso para seus amigos, familiares e até para você mesmo, caso precise. Em um mundo, que muitas vezes pode ser solitário e estressante, um abraço pode ser a cura silenciosa para muitas das nossas angústias. Vamos espalhar o carinho e lembrar que, às vezes, um simples gesto pode fazer toda a diferença.

Patrícia Rondon Gallina Menegassa - farmacêutica, mestre em ciências farmacêuticas, professora do curso de Farmácia do Centro Universitário Internacional Uninter. 


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