“A densitometria
óssea é altamente reconhecida pela sua precisão e confiabilidade como método
diagnóstico para avaliar a densidade mineral óssea nas diversas populações,
incluindo mulheres pós-menopáusicas, idosos e pacientes com condições médicas
específicas. A densitometria continua sendo a principal escolha na maioria dos
cenários clínicos não apenas pela sua precisão, mas também pela disponibilidade
baixo custo”, conta Dr. José Ricardo Anijar, médico reumatologista e
radiologista membro da ABRASSO, Associação Brasileira de Avaliação Óssea e
Osteometabolismo , que esclarece abaixo algumas das principais dúvidas
sobre este método diagnóstico.
Qual a
precisão e confiabilidade da densitometria óssea como método diagnóstico para
avaliar a densidade mineral óssea nas diversas populações?
A precisão do
método da densitometria é sustentada pela capacidade de oferecer resultados
consistentes, reprodutíveis, geralmente expressos por um baixo erro técnico de
medição. Essa precisão é vital para identificar variações na densidade mineral
óssea entre diversos grupos populacionais e para diagnosticar precocemente
condições como a osteoporose.
A confiabilidade
da densitometria é respaldada por décadas de pesquisas e uso clínico
bem-sucedido, sendo amplamente utilizada tanto em estudos clínicos quanto na
prática médica usual. A técnica é validada por uma variedade de condições
médicas que afetam a saúde óssea, como doenças endócrinas, renais e reumáticas.
Embora altamente precisa e confiável, a densitometria também tem suas
limitações, como a incapacidade de fornecer informações detalhadas sobre
qualidade óssea ou levar em consideração outros fatores de risco para faturas,
como queda e fragilidade.
A
tomografia e ressonância magnética não servem para avaliar a densidade óssea,
já que esses exames parecem mais completos?
A densitometria óssea, a DXA, que é duplo feixe de raio-x, é frequentemente comparada com outras técnicas de imagem, como a tomografia computadorizada quantitativa, que é a QCT, e a ressonância magnética, tanto em termos de precisão, na avaliação da densidade mineral óssea e na detecção de osteoporose.
A densitometria
DXA, usada no dia a dia, é considerada o padrão ouro para medição da densidade
mineral óssea, devido à sua ampla disponibilidade, baixo custo, baixa exposição
à radiação e uma excelente precisão na quantificação da densidade mineral
óssea.
Tanto a tomografia
computadorizada quantitativa (QCT) quanto a ressonância magnética também têm
suas próprias vantagens e limitações. A QCT fornece uma imagem tridimensional do
osso com alta resolução espacial, que pode ser útil na avaliação da arquitetura
óssea e na detecção de fraturas vertebrais. Entretanto, envolve uma exposição
significativa à radiação e é menos possível em comparação com a densitometria.
Já a ressonância
magnética não utiliza radiação ionizante e oferece uma excelente resolução de
tecidos moles, sendo útil na detecção de lesões ósseas e de partes moles. Porém
é mais cara, menos amplamente disponível e pode ser menos precisa na medição da
densidade mineral óssea em comparação com a densitometria DXA usada no dia a
dia.
A
densitometria DXA identifica risco de fratura?
A densitometria
DXA identifica um aumento significativo no risco de fraturas vertebrais e não
vertebrais. A correlação entre a densitometria e o risco de fratura é
influenciada por outros fatores de risco, como idade, sexo, histórico de
fraturas prévias, composição corporal, atividade física e uso de medicamentos.
Por exemplo, mulheres pós-menopáusicas têm maior risco de fratura em relação com
homens da mesma faixa etária, mesmo quando ajustadas para a mesma densidade.
Então, elas fraturam mais do que os homens, e a densitometria consegue detectar
isso.
Além disso, em
pacientes com condições médicas que afetam a saúde óssea, como doenças endócrinas
ou reumáticas, a relação entre a densitometria e o risco de fratura pode ser,
então, modificada em função dessas doenças.
Em resumo, a
densitometria é uma ferramenta valiosa na avaliação do risco de fratura e uma
variedade de populações, incluindo pacientes com osteopenia, osteoporose,
condições médicas que afetam a saúde óssea. No entanto, é importante reconhecer
que outros fatores, além da densidade mineral óssea, influenciam o risco de
fraturas e uma abordagem multifatorial é essencial para uma avaliação completa
desse risco de fraturas em pacientes individuais.
Fatores
genéticos, estilo de vida e fatores ambientais podem influenciar os resultados
da densitometria óssea?
Esses fatores
desempenham papéis cruciais na saúde óssea e influenciam os resultados da
densitometria óssea e a interpretação dos dados clínicos, especialmente em
populações onde esses fatores têm maior relevância.
Variantes
genéticas afetam a formação óssea e a suscetibilidade à osteoporose, enquanto o
estilo de vida, incluindo nutrição, atividade física e hábitos como tabagismo e
consumo de álcool impactam diretamente na densidade mineral óssea.
Além disso, fatores ambientais como exposição à luz solar e poluição também desempenham um papel importante. Então, considerar esses elementos é fundamental ao interpretar os resultados da densitometria óssea e ao desenvolver estratégias de prevenção e tratamento da osteoporose, especialmente nos grupos étnicos específicos ou áreas com condições ambientais diferentes.
A densitometria óssea
é um dos pilares da programação científica do 11º BRADOO, o Congresso Brasileiro de Densitometria,
Osteoporose e Osteometabolismo, que será realizado de 21 a 24 de agosto em
Brasília.
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Podcast (Spotify): https://bit.ly/3ZGGbQc
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11º BRADOO
Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e
Osteometabolismo
21 a
24 de agosto
Local:
CICB - Centro Internacional de Convenções do Brasil
Endereço:
St. de Clubes Esportivos Sul Trecho 2 Conjunto 63, Lote 50 - Asa Sul, Brasília
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