Especialista do Hospital Alemão Oswaldo
Cruz enfatiza sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce
O próximo domingo, 26 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao
Glaucoma, data que visa conscientizar a sociedade sobre a silenciosa
e irreversível doença que acomete até 2,5 milhões de brasileiros acima de 40
anos, segundo dados da SBO (Sociedade Brasileira de Oftalmologia).
Principal causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é a
lesão crônica no nervo óptico, responsável pela transmissão de informações
visuais ao cérebro, que gera alteração e dificuldade na visão.
Segundo a Dra. Ione Alexim, oftalmologista do Hospital Alemão
Oswaldo Cruz, a realização do diagnóstico precoce é fundamental e pode prevenir
a evolução da doença que geralmente apresenta sintomas apenas nos estágios mais
avançados.
Os fatores de risco associados ao surgimento do glaucoma envolvem questões hereditárias, idade superior a 40 anos, alto grau de miopia (acima de seis), diabetes e córnea fina. “É crucial que todas as pessoas consideradas dentro do grupo de risco mantenham acompanhamento médico oftalmológico ao menos uma vez ao ano”, aponta a médica.
Existem quatro tipos diferentes de glaucoma, de acordo com a
médica:
- Glaucoma crônico de ângulo aberto:
é o tipo mais comum, os
pacientes são assintomáticos, a perda visual ocorre de forma lenta e
progressiva, sendo identificada em fases mais avançadas da doença. Afeta
principalmente a visão periférica lateral.
- Glaucoma de ângulo fechado: segunda manifestação mais recorrente, ocorre quando há um
embaçamento visual, ocasionado pelo aumento súbito da pressão intraocular,
além de dor exacerbada na região.
- Glaucoma congênito: pode acontecer nos primeiros meses de vida, é raro e ocorre
quando a criança já nasce com a doença devido má formação, exigindo
tratamento imediato após o diagnóstico.
- Glaucoma secundário: é causado por fatores externos que elevam a pressão intraocular, como hipertensão arterial, diabetes, uso excessivo de medicamentos, como corticosteroides, além de tumores e inflamações.
Sintomas como perda gradual da visão lateral, dor súbita na região,
visão piorada, olhos vermelhos e inchados, náuseas, dores na testa, lacrimação,
sensibilidade à luz, nebulosidade na parte frontal do olho e aumento de um ou
ambos os olhos podem surgir, indicando a necessidade de acompanhamento médico
para evitar a progressão da condição.
Diagnóstico e tratamento
A Dra. Ione Alexim enfatiza a importância de procurar o
oftalmologista regularmente para avaliar a condição dos olhos. “Consultas e
exames anuais auxiliam no diagnóstico precoce e permitem intervenções, que
podem retardar o avanço do glaucoma, ajudando a evitar a cegueira irreversível,
além de auxiliar os pacientes a manterem a independência e autonomia”, afirma a
médica.
Conforme a especialista, o tratamento clínico pode ser realizado
com o uso de colírios e laser, a fim de diminuir os níveis de pressão
intraocular. Porém, dependendo do quadro clínico do paciente, pode ser avaliado
a realização de procedimento cirúrgico.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz – Link
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