Pesquisar no Blog

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Cirurgias minimamente invasivas também podem resolver o desconforto na coluna

 Especialista cita quais são os procedimentos inovadores que ajudam a otimizar os resultados e reduzir o impacto no paciente


Um levantamento da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) revelou que as cirurgias de coluna no Brasil tiveram um aumento de 20% nos primeiros nove meses de 2021 em comparação com o mesmo período de 2019, antes da pandemia de Covid-19. Além disso, com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros para 80 anos (mulheres) e 74 anos (homens) em 2019, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), surgem diversas implicações, incluindo a necessidade de cuidados de saúde para essa população que está vivendo mais. A dor na coluna se destaca como uma das principais preocupações nesse cenário.

De acordo com o ortopedista Bruno Fabrizio, especialista em cirurgias de coluna, “a evolução da medicina e da tecnologia tem permitido que os procedimentos cirúrgicos na coluna ofereçam uma gama diversificada de benefícios nos dias de hoje”. Em um panorama abrangente, essas intervenções variam desde a completa cura de problemas específicos de determinados pacientes até a busca por alívio das dores e desconfortos cotidianos.

Atualmente, a cirurgia de coluna conta com técnicas inovadoras e minimamente invasivas que buscam otimizar os resultados e reduzir o impacto no paciente. Essas abordagens incluem a microdiscectomia, na qual uma pequena incisão é feita para remover parte do disco intervertebral pressionando os nervos, diminuindo assim a necessidade de cortes extensos. Além disso, a cirurgia assistida por endoscopia permite que os profissionais realizem procedimentos com a ajuda de câmeras de vídeo e instrumentos especializados, minimizando a necessidade de grandes incisões.

Embora algumas intervenções mais complexas possam apresentar desafios, principalmente quando o tema são os pacientes idosos, é importante ressaltar que há um leque de opções disponíveis que visam a mitigar as dificuldades associadas à idade avançada, mas também proporcionar uma notável melhoria na qualidade de vida das pessoas mais velhas. Por meio de técnicas avançadas e abordagens inovadoras, os especialistas em cirurgia de coluna têm alcançado resultados cada vez mais promissores, atendendo às necessidades variadas de pacientes de diferentes faixas etárias.

Outra técnica inovadora é a fusão intervertebral com parafusos pediculares percutâneos, que envolve a fixação de vértebras com parafusos implantados por pequenas incisões, promovendo estabilidade e alinhamento da coluna. Essas abordagens buscam uma redução do tempo de recuperação, menor risco de infecções ou desconforto pós-operatório, representando avanços significativos para esse tipo de cirurgia.

Nesse contexto, a expertise do Dr. Bruno Fabrizio assume um papel fundamental. Sua vasta experiência e profundo conhecimento no campo das cirurgias de coluna contribuem para a contínua expansão das opções terapêuticas, trazendo alívio e esperança para indivíduos que buscam soluções eficazes para os desafios relacionados à saúde. Como destaca o especialista, “a abordagem personalizada e a constante atualização das técnicas são essenciais para oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes”.

Num cenário dinâmico e promissor, a colaboração entre os avanços médicos e as habilidades dos cirurgiões continua a moldar um futuro mais saudável e confortável para aqueles que buscam melhorias importantes na saúde da coluna e, como consequência, na qualidade geral de vida.


Bruno Fabrízio - formado pela Faculdade de Medicina de Petrópolis e possui residência em Ortopedia e Traumatologia. É especializado em cirurgia endoscópica da coluna vertebral e procedimentos minimamente invasivos para o tratamento da dor. Foi chefe do serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Municipal Lourenço Jorge 2019-2023 e diretor médico do Hospital do Amparo Feminino entre 2020 e 2022. Atualmente, é diretor médico da Clínica Dr Bruno Fabrizio desde 2007. Para mais informações, acesse https://www.instagram.com/drbrunofabrizio/

"Não existe guerra contra drogas no Brasil", diz psiquiatra

Especialista em Saúde Pública, Ana Cecilia Marques afirma que políticas públicas antidrogas brasileiras estão equivocadas quando a maior parte do orçamento é direcionado principalmente na repressão ao tráfico. A psiquiatra e o advogado Piti Hauer discutirão o assunto durante o Congresso da ABEAD

 

“Não existe guerra contra drogas no Brasil há muito tempo. Aqui existem até locais abertos de uso de drogas onde nem traficante vai preso”. Com essa declaração, a doutora em Neurociências, psiquiatra e especialista em Saúde Pública e Saúde Mental Ana Cecilia Petta Roselli Marques resume o que vem acontecendo no país, nos últimos anos. Segundo ela, hoje a legislação brasileira sobre combate às drogas privilegia a repressão ao tráfico, para onde vai a maior parte dos recursos e isso tem se mostrado ineficaz. “Só algumas políticas públicas recebem subsídios para implantação. O conjunto de medidas para equilibrar os outros dois braços - a redução da demanda e o do controle da oferta – não são lembrados. Essas medidas devem ser construídas a partir de uma avaliação de necessidade e de recursos disponíveis e fundamentadas em evidências científicas. Quando implantadas, devem priorizar a intersetorialidade e seguir um planejamento sustentável e equânime, além de ser avaliada, continuamente. E se não for assim, não funciona”, afirma.

Isso leva também a outros problemas: os outros dois eixos básicos das políticas públicas antidrogas - prevenção e tratamento - estão sucateados porque faltam recursos e por não verem o usuário como pessoa, diz o advogado Piti Hauer, membro do Núcleo Estadual de Políticas Sobre Drogas (NEPSD) do Paraná. “Não adianta políticas públicas sobre drogas se pensarmos só no objeto e não nas pessoas. E se não pensarmos em desenvolvimento social, em reinserção de usuários à sociedade, nada vai mudar. A reinserção social é um grande buraco negro nas políticas. Oferece um tratamento e depois? Pessoas cumprindo pena que foram usuárias, além de levar o estigma de usuário, ainda tem o estigma do apenado. Tem que começar a repensar a maneira de fazer políticas públicas no Brasil, se não ela vai continuar uma gestão de recursos para os amigos”, garante.   

Ana Cecília e Hauer são dois dos especialistas que participarão do XXVII Congresso da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Drogas (ABEAD), que será realizado a partir do próximo domingo (3), em São Paulo. A psiquiatra coordenará o Fórum de Prevenção, que acontece no dia 5, das 14 às 18 horas. Hauer será o coordenador do I Encontro de Juristas e Outros Operadores do Direito, que acontece dia 6, das 9 às 12 horas.

Para a psiquiatra, o Brasil está “engatinhando” sobre o tema. “Continuamos trazendo experiências internacionais e ‘tentando aculturá-las por aqui’, quando a nossa realidade é muito diferente dos países desenvolvidos, cujas estratégias queremos sempre copiar...e aí, nunca vai dar certo”. Segundo ela, parece retórica, mas é preciso “começar do começo”. “E começo significa diagnóstico das necessidades e dos recursos que já temos, e garantir o financiamento do que falta. E mais, regionalizar as estratégias, pois é fácil de entender que tudo é tão diferente entre o Norte e o Sul do país, que as políticas devem ser diferentes também”, aponta.

O direcionamento da maior parte das verbas públicas para as Secretarias de Estado de Segurança Pública combater o tráfico não é uma forma eficaz de trabalho, segundo a psiquiatra. “Esse modelo já se mostrou ineficaz em muitos países e no Brasil também. É preciso distribuir os recursos em pelo menos um tripé: prevenção, tratamento e mais uma medida de controle da oferta, como por exemplo, no aumento da idade para obter o produto. Outro exemplo, existe o SUS, mas não existe prevenção na atenção primária à saúde; existe o CAPS AD, mas não aplicam boas práticas, o melhor tratamento disponível, que é baseado em evidências científicas, e assim por diante”, afirma.


Hauer concorda e diz que a prevenção hoje, no Brasil, está baseada em campanhas educativas. “Aqui só ficarmos com as campanhas, algumas dão certo, outras não.  A grande maioria não dá. A campanha tem que ser inteligente, bem fundamentada em pesquisas e ir ao ponto do que se deseja atingir. Estão muito aquém do que se poderia desejar”, diz. Além disso, ele diz que se espera retornos rápidos, mas que isso não é possível. “Veja o caso da Islândia que aplicou metodologia de prevenção nas escolas e deu resultados depois de 10 anos. O país que era um dos maiores consumidores de álcool entre adolescentes e jovens e hoje o consumo é quase zero nessa faixa”, afirma.

Para ele, é preciso investir em prevenção de drogas dentro do currículo escolar, em uma formação constante, inclusive nas férias. “Hoje temos o Proerd, um programa que leva palestras periódicas às escolas. Mas qual o resultado disso? A prevenção tem que estar na grade curricular de todos os anos letivos”, afirma.

Nos últimos anos, o país reduziu drasticamente o orçamento para as políticas públicas antidrogas e isso já está trazendo consequências. Em termos de repressão, as Secretarias de Estado de Segurança Pública dependem de leilões de veículos apreendidos com o tráfico para equipar as polícias, como é o do Paraná, que não tem um orçamento próprio para isso. “Mas não é o único. A grande maioria dos estados é assim, não interessa em que secretaria esteja o departamento responsável sobre o assunto. A meu ver, esse também é um grande erro. Deveria haver uma Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas ligadas à Casa Civil, com orçamento próprio”, afirma Hauer.

Para Ana Cecília, os efeitos dos cortes no orçamento, que já era pequeno, já está sendo sentido. “Já vem ocorrendo um aumento do consumo e suas consequências, como o uso precoce; a violência; a gestação na adolescência; a contaminação por DSTs; a evasão escolar; a incapacidade e a mortalidade precoces; a escalada para um padrão de múltiplas substâncias de abuso; os acidentes fatais no trânsito; o aumento da incidência de transtornos mentais graves e do suicídio; o aumento de doenças crônicas não transmissíveis; o enfraquecimento da família, entre outros impactos”, aponta.

“Precisamos otimizar as informações que temos, oriundas de pesquisas de qualidade sobre aspectos diversos relacionados ao tema, capacitando os formuladores de políticas para que as medidas venham da nossa necessidade e sejam direcionadas, no caso das políticas preventivas, para a família brasileira, cujo infante vai receber um modelo de proteção bem cedo na vida. Prevenção começa em casa, continua na escola e se estende para a comunidade. Já existe uma ciência da prevenção e aplicar seus princípios pode mudar o destino de um ser em formação. É uma ação complexa, mas se salvar uma vida já valeu a pena!”, afirma a psiquiatra.


Congresso da ABEAD

O XXVII Congresso da ABEAD começa no próximo domingo (dia 3), no Centro de Convenções Rebouças em São Paulo (SP). Com uma extensa programação e mais de 170 palestrantes, o congresso traz, este ano, o tema “Diversidade: Eu, Tu, Eles…É Nós” para enfatizar que a adicção não é um problema apenas do usuário, mas de toda a sociedade e que é necessário uma soma de esforços para alcançar o objetivo comum: garantir políticas públicas coerentes e modernas, com assistência de qualidade às pessoas com transtornos por uso de substâncias e comportamentais e a seus familiares.

Confira a programação completa no site


ABEAD
abead.com.br

 

Autoestima não pode estar associada somente ao fator estética

Infelizmente é utópico, achar que somos bonitas com dor ou depressão, o corpo pode até ser, mas nós não", revela especialista


Quando falamos de autoestima e estética, sempre pensam que queremos um corpo bonito. Queremos sim, mas a maioria de nós mulheres, o que quer é se sentir bem, e feliz com nosso corpo, pois isto deixa nossa mente leve!

Doenças incapacitantes como endometriose, que nos faz sentir dores, muitas vezes intensas, miomas e adenomioses que fazem a menstruação parecer uma hemorragia, TPM e menopausas que nos deixam irritadas e/ ou depressivas, alterações tiroidianas que mexem no nosso acúmulo de gordura.  Estas e outras patologias são realmente os maiores vilões que roubam nossa autoestima.

 A menopausa, que traz consigo um estigma de “morte do ser mulher”, afinal, se você menopausou, não é mais ninguém. Isto sim é preocupante e mexe na nossa autoestima,.

 Hoje temos tratamentos, que retiram as dores, diminuem ou cessam nossos sangramentos, melhoram nosso humor e libido e porque não, melhoram nossa musculatura e nosso corpo. A medicina traz cada vez mais conhecimento e tecnologia, que nos permite estar bem e cada dia “mais jovens e de bem com nossa estética”.

 Sim, existem exageros, mas isto não deve impedir que possamos utilizar o que existe para viver melhor.

 Um exemplo, é a terapia Hormonal da menopausa, que retira os fogachos, (esses calores e suores incômodos e que nos deixam envergonhadas de suar e pedir para ligar e desligar ar condicionado, frio e calor, ufa!!) ou nos devolve o libido, não apenas sexual, mas de ver a vida mais colorida. Nos retira a dor de uma vagina ressecada no ato sexual.  Não tem auto estima que resista a esses problemas. Como dizem minhas pacientes “isto não é de Deus”

 E se a terapia hormonal pode melhorar minha musculatura, apenas estética? Não !! Eu preciso dos músculos para o equilíbrio e até para sentar, e me mover sozinha. Minha postura e meu corpo melhoram e minha mente feliz de me sentir independente e ter autonomia. Posso ser idosa na idade, mas não necessito ser “velha”.

 Hoje o que gostaria, é que todas as mulheres pudessem ter os tratamentos para se sentirem bem e bonitas. A beleza pode ser roliça, magra, ter cicatrizes, pois ela está no sorriso, no brilho do olhar, no movimento de ser feliz e estar se sentindo bem e saudável.

 Infelizmente é utópico, achar que somos bonitas com dor ou depressão, o corpo pode até ser, mas nós não. Podemos e devemos ser felizes e procurar tudo aquilo que possa nos ajudar nesta jornada. Se “isto não é de Deus”, vamos tratar e viver como merecemos!!!

 

Dra. Consuelo Callizo Genes - Ginecologista, Obstetra e Diretora Médica do CEPARH e das Clínicas Elsimar Coutinho.

 

Produtos eletrônicos e eletrodomésticos lideram as buscas para Black Friday no e-commerce

Além desses, startup Nubimetrics também indica que itens de beleza e voltados para a casa também são procurados nesta data

 

Uma das datas mais esperadas pelo e-commerce está chegando, e de acordo com uma pesquisa realizada pela Globo, apesar de 62% dos consumidores terem informado que a situação financeira não está tão boa, 50% dos entrevistados já estão se preparando para a Black Friday de diversas formas, como se inscrever em listas VIP ou baixando aplicativos para receber ofertas para a data. Com isso a Nubimetrics, plataforma que empodera sellers com dados inteligentes, traz as principais tendências dos artigos que estão em alta para esse dia, como smart TVs e caixas de som. Veja abaixo.

 

1. Eletrônicos: TVs e caixas de som

Assim como no ano passado, os televisores são um dos eletrônicos que estão em alta para a data. A palavra-chave "tv smart" lidera as buscas na categoria, enquanto  TV de 32 polegadas é o modelo com maior tendência de demanda, e a marca mais procurada é a Samsung.

 

Já na parte de áudio, a categoria registrou picos de busca em novembro de 2022 e tem tudo para repetir o sucesso em 2023. As caixas de som da marca LG, por exemplo, foram as mais pesquisadas pelos compradores. Com a aproximação da Black Friday deste ano, a palavra chave “caixa de som lenoxx” está crescendo rapidamente na demanda, enquanto as marcas JBL e Yamaha são as mais pesquisadas até o momento. 



2. Eletrodomésticos: ares-condicionados e ventilação

“Em setembro, começa a temporada da alta procura desta categoria, que segue em crescimento até o mês de janeiro. A Black Friday é uma data onde os compradores aproveitam as ofertas para comprar de eletrodomésticos deste tipo, isso porque todos sabemos que o verão é a época em que esses produtos são inflacionados, e por isso, esse pode ser o momento perfeito para investir em um ar condicionado ou ventilador mais potente.” diz Juliana Vital, CRO da Nubimetrics.

 

Em novembro do ano passado, as buscas da categoria foram por ares-condicionados portáteis e ventiladores de parede. Para 2023, as buscas são por artigos desse tipo que possuem  tecnologia inverter e de 12000 e 9000 BTUs. As palavras-chaves “ventilador de coluna” e “ar condicionados de janela” também estão crescendo no ranking de pesquisa dos compradores. 


 

3. Beleza e perfumaria: 

Em 2022, os meses de novembro e dezembro foram períodos de grande concentração de demanda, marcados pela Black Friday e pelo Natal. Algumas das buscas mais populares foram sobre o perfume Malbec e o Kit Lily da marca Boticário. Para 2023, as palavras chaves  perfume Malbec e Malbec tradicional se destacam como as mais procuradas pelos compradores. 

 

Um dado interessante da categoria Perfumes e Fragrâncias é que as buscas por kits estão em alta na categoria na maioria dos meses, com as palavras chaves “kit perfume masculino” ou “kit perfume feminino”. 


 

4. Produtos para o lar

“A categoria Casa, Móveis e Decoração teve uma boa performance durante a Black Friday de 2022. As prateleiras, os espelhos para o banheiro e as araras para roupas estavam entre os produtos mais pesquisados na categoria.” completa Juliana.

 

Para este ano, as palavras-chave relacionadas aos nichos de Cozinha e  Organização para casa, como “organizadores de gaveta”, “ porta açucar”, “cesta pão de queijo” e  “pratic box 50 litros” estão entre as mais procuradas até o momento.

 

Nubimetrics


Violência contra profissionais e pacientes de MSF ameaçam atendimentos na República Centro-Africana

Desde o início do ano, equipes já foram atacadas 16 vezes por criminosos na região de Batangafo


Profissionais humanitários, pacientes e seus acompanhantes estão enfrentando níveis insustentáveis de violência, perpetrada por grupos armados locais, enquanto se deslocam na cidade de Batangafo, no norte da República Centro-Africana (RCA), alerta Médicos Sem Fronteiras (MSF). Em menos de uma semana, ocorreram dois incidentes graves. A situação está comprometendo nossa capacidade de fornecer cuidados de saúde na região. MSF apela aos grupos armados para que respeitem e assegurem a proteção de pacientes e profissionais.

Até o momento, em 2023, as equipes de MSF sofreram pelo menos 16 incidentes em Batangafo, geralmente nos arredores da cidade. Os últimos ocorreram nos dias 26 e 30 de agosto. Os ataques consistem principalmente em roubos violentos. Eles são perpetrados por grupos de homens armados que atacam motociclistas durante o transporte de pacientes; agentes comunitários de saúde que fornecem cuidados em áreas rurais; ou comboios com profissionais a caminho de atividades realizadas nas comunidades.

Além disso, em duas ocasiões, em março e agosto deste ano, os incidentes envolveram violência sexual contra uma profissional de MSF e acompanhantes de pacientes.

"Estamos indignados com a violência cometida contra pacientes, seus acompanhantes, nossa equipe e motociclistas, atacados enquanto se deslocam claramente identificados como pertencentes a uma organização humanitária", diz Gisa Kohler, coordenadora de operações para a República Centro-Africana. "Nossas equipes são roubadas à mão armada constantemente, e as respostas evasivas fornecidas por grupos armados locais, que sempre atribuem as ações a elementos descontrolados para evitar qualquer responsabilidade, são inaceitáveis".

Os incidentes sofridos por profissionais de MSF e pacientes perto de Batangafo envolveram uma série de grupos armados.

“Embora o conflito na RCA possa não estar no centro das atenções, a violência contra a população local está acontecendo o tempo todo aqui. Essas pessoas são as primeiras a serem impactadas”, diz Kohler. “Os repetidos ataques que afetam MSF colocam em risco a continuação de nossas atividades médicas na região de Batangafo. Se formos forçados a sair, isso limitará severamente o acesso a cuidados de saúde para as pessoas nas áreas rurais".

Após esses incidentes, MSF está suspendendo temporariamente as movimentações para centros de saúde apoiados pela organização nos arredores de Batangafo e o encaminhamento de pacientes que vivem em áreas entre Batangafo e Ouogo, onde ocorreu um dos últimos ataques.

“Estamos comprometidos em ficar aqui para salvar vidas em uma área que é bastante negligenciada, mas não podemos fazer isso a qualquer custo, colocando nossos pacientes e equipes em risco”, continua Kohler. "Pedimos a todos os grupos armados que respeitem e assegurem a proteção de profissionais humanitários, pacientes e seus acompanhantes".

No ano passado, MSF foi forçada a fechar nosso projeto em Kabo, no norte da RCA, após 16 anos, devido a um ataque contra um comboio em janeiro de 2022. Encerramos o projeto porque não era possível garantir a movimentação segura de nossas equipes nessa área instável do país.

MSF está presente em Batangafo desde 2006. Atualmente, nossas equipes estão administrando um hospital e apoiando uma rede de agentes comunitários de saúde treinados para tratar malária e casos moderados de diarreia. Também apoiamos dois centros de saúde nos arredores da cidade com visitas regulares. Entre janeiro e julho de 2023, realizamos aproximadamente 115 mil consultas médicas e encaminhamos mais de 2 mil pacientes de áreas rurais para receber cuidados mais especializados no hospital da cidade.

 

Dia Mundial da Alfabetização: dicas para ajudar as crianças nesse process

No Dia Mundial da Alfabetização, especialistas falam da importância dos estudantes dominarem as habilidades de leitura e escrita. O empenho da escola é fundamental, mas os pais também podem estimulá-las. Confira algumas dicas


Comemorado em 8 de setembro, o Dia Mundial da Alfabetização lembra uma etapa primordial na vida de uma criança em idade escolar, pois abre caminhos não apenas para a leitura e escrita em si, mas também para a vida em sociedade, principalmente quando se consegue interpretar o que se lê e escreve. Dados da pesquisa “As Múltiplas Dimensões da Pobreza na Infância e na Adolescência no Brasil”, lançada pelo UNICEF, utilizando dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), mostram o quanto a alfabetização foi impactada pela pandemia. Em 2022, o percentual de crianças privadas do direito à alfabetização dobrou em relação a 2020: passando de 1,9% para 3,8%. Alfabetizar todas as crianças até no máximo o 3° do Ensino Fundamental é a meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE) que deve ser atingida até 2024.

Mas a criança começa dar os primeiros passos rumo a esses conhecimentos na Educação Infantil, a partir dos 4 anos, quando, de forma lúdica, vai tendo contato com as várias formas da linguagem que vai se concretizar nos anos iniciais do Ensino Fundamental. “Nessa fase, o aluno é incentivado a explorar o mundo por meio do tato, das cores, das formas e dos sons e a socializar, apropriando-se da aquisição da linguagem”, explica a professora Marina Arnone, gestora da Educação Infantil do Colégio Positivo - Júnior. De acordo com a especialista, na Educação Infantil trabalham-se qualidades decisivas da alfabetização como autoestima, autoconfiança e segurança emocional, por exemplo. 

Segundo a professora Kaline Mazur, também gestora da Educação Infantil do Colégio Positivo - Júnior, as metodologias voltadas para esse contexto não devem se restringir à apropriação da leitura e da escrita, mas é fundamental que elas abranjam a formação de cidadãos críticos. "A função dos educadores é abrir caminhos para que os próprios alunos descubram, de forma consciente, as estratégias de assimilação desse conhecimento”, afirma.

Quanto mais lúdico, mais fácil será o aprendizado

A linguagem que as crianças mais dominam é a das brincadeiras. Isso significa que o aprendizado da leitura e da escrita deve ser envolvido pela surpresa e pela diversão. "Explorar materiais concretos que envolvam o estudante em vivências e experiências é super importante para as etapas subsequentes do seu desenvolvimento”, afirma a professora Shirley Cristiane Szeiko, coordenadora da Educação Infantil e Anos Iniciais (1° ao 3° ano) do Colégio Positivo - Londrina.

Para a educadora, a criatividade deve ser sempre cultivada nas atividades propostas para se ter um bom resultado na alfabetização. “Ouvir, criar e contar histórias, observar fotografias e outras imagens, além de explorar recursos musicais, brincar com as palavras, passear, dão oportunidade de ampliar o repertório cultural e pedagógico dos pequenos. Por isso, é muito importante que não apenas os professores, mas também a própria família desempenhem esse papel tão fundamental nesse processo”, sugere Shirley. Os familiares também podem contribuir especialmente na organização da rotina dentro de casa. Determinar um espaço para que a criança possa criar e estudar é um bom exemplo. “Além disso, estimulando o exercício de pequenas tarefas e ensinando o cuidado com pertences individuais, os pais ajudam no florescer da autoconfiança em seus filhos – qualidade essencial para a aceitação de erros e para a compreensão de que as tentativas fazem parte da aprendizagem”, explica a professora.

Muitos pais questionam sobre qual a idade ideal para aprender a ler e a escrever. Segundo os especialistas, cada ser humano segue um ritmo próprio de desenvolvimento e aprendizado. Mas para que esse processo tenha início, é necessário que a criança conquiste habilidades importantes. “A Educação Infantil é a etapa do percurso escolar em que o pequeno é preparado para a aprendizagem da leitura e da escrita”, endossa Kaline. "A alfabetização em si é iniciada de forma gradual por volta dos seis anos, no primeiro ano do Ensino Fundamental, e espera-se que as crianças estejam aptas para ler e a escrever entre oito e nove anos de idade, ou até o fim do terceiro ano do Ensino Fundamental", detalha a professora.


Como ajudar as crianças no processo de alfabetização

A família desempenha um papel fundamental no processo de alfabetização das crianças. A professora Shirley Cristiane Szeiko listou algumas dicas para que os pais e familiares possam contribuir nesse processo. Confira a seguir:

- Estimule a leitura de livros infantis desde cedo, pois eles despertam na criança o prazer pela leitura.

- Proponha brincadeiras explorando palavras, como jogos de palavras, incentivando o desenvolvimento da linguagem.

- Utilize músicas e ritmo, pois eles trazem significado e entusiasmo às palavras.

- Ofereça contato com diferentes tipos de textos, como jornais, cartas e revistas. Eles mostram a função social da escrita no dia a dia.

- Aproveite a Educação Infantil como uma oportunidade de estimular a criança a conhecer o mundo de maneiras diversas, explorando o entorno e relacionando-se socialmente.


Etapas do processo de alfabetização

De acordo com a teoria da Psicogênese da Língua Escrita, desenvolvida por Emília Ferreiro e Ana Teberosky, a criança passa por quatro fases até alcançar a alfabetização completa. São elas:

Pré-silábica: nessa fase, a criança percebe as representações gráficas, como desenhos e escrita, mas ainda não relaciona as letras aos sons da língua falada. É comum a mistura de desenhos, símbolos, letras e números na tentativa de escrita.

Silábica: a criança começa a perceber o som das letras, relacionando cada uma a uma sílaba da palavra. Ela interpreta as letras individualmente, atribuindo valor de sílaba a cada uma. Exemplos: to (gato), clo (cavalo), oi (boi).

Silábico-alfabética: essa fase mistura a lógica silábica com a identificação de algumas sílabas corretas em palavras. A criança pode escrever a mesma sílaba de forma diferente em palavras diferentes. Exemplos: Riegrai (refrigerante), bolio (bolinho), epadina (empadinha).

Alfabético: nessa fase, a criança compreende o sistema de escrita, percebendo que cada letra possui um valor sonoro menor que a sílaba. Mas ainda é comum ocorrerem erros ortográficos. Exemplos: copreender (compreender), fasso (faço), penssamento (pensamento).


Pesquisa inédita revela que impacto ambiental, experiência do consumidor, saúde e tecnologia irão guiar futuro da alimentação globa

Estudo inédito do grupo TBWA faz parte da série "Future of", que busca entender e antecipar mudanças para auxiliar empresas a se prepararem para o futuro


A alimentação, atualmente, é um elemento fundamental na forma como o ser humano se relaciona com o planeta e com diferentes culturas, mantendo vivos diversos costumes e heranças. Nesse sentido, a Backslash, centro de pesquisa e tendências culturais da TBWA, coletivo global com mais de 305 agências em 98 países diferentes, desenvolveu o Future of Food 2023, uma pesquisa inédita sobre o futuro da alimentação global, que destaca o uso de Inteligência Artificial para descoberta de ingredientes sustentáveis, a mentalidade de sobrevivência como motivação para cultivar seus próprios alimentos, a interação na gastronomia requintada, entre outros fatos que impactam o meio ambiente e detalham a experiência do consumidor na indústria alimentícia.

“É extremamente importante que as marcas que buscam ascensão e desejam se manter em relevância estejam alinhadas com a forma como as pessoas consomem seus produtos, pensam a respeito do setor no qual estão inseridas e em como isso afeta a relação delas com as empresas. A pesquisa é uma ferramenta muito útil para guiar esse caminho”, explica Marco Sinatura, Chief Strategy & Innovation Officer da iD\TBWA, agência que combina dados, criatividade e inovação para desenvolver plataformas de crescimento para os seus clientes.



Para além da estética

Uma expressão que cresce cada vez mais e que, provavelmente, todos já ouviram falar é o adjetivo “Instagramável” para se referir a elementos que ficam bons em fotos compartilhadas nas redes sociais - e, no caso das comidas, não é diferente. Muitos chefs de cozinha estão se adequando a esse cenário, entretanto, o estudo do grupo TBWA notou outros pontos que cresceram juntos a essa busca estética. A primeira questão abordada pela pesquisa observa a preocupação com o impacto ambiental gerado pelo alimento.

“Existe um desejo de olhar para a comida como uma fonte de bem-estar e isso vai desde a questão estética até sentir que se está fazendo algo positivo pelo planeta, sem o sentimento de culpa. Há um claro desejo de equilibrar necessidades coletivas e desejos individuais de uma forma que se adeque à maioria das pessoas, e isso afeta demais o consumo geral”, comenta Marco.

Segundo os dados expostos, a alimentação está cada vez mais em desacordo com os objetivos climáticos. As emissões de gases com efeito estufa provenientes da produção de alimentos, - principalmente da carne, laticínios e arroz - irão, por si só, quebrar o principal objetivo internacional de não deixar que o aquecimento global ultrapasse um aumento de 1,5°C em relação ao século 19, se não forem controladas.

Nesse sentido, nos últimos anos, segundo um estudo da ADM’s Brad Schwan, quase dois terços dos consumidores passaram a comprar de marcas que revelam mais do que apenas ingredientes e informação nutricional. E a preocupação vai para além do rótulo: quase um terço dos consumidores globais (30%) optou por boicotar uma marca alimentar devido às suas credenciais éticas. Além disso, os direitos dos trabalhadores são também uma prioridade crescente, já que 40% afirmam buscar marcas que tratam os agricultores e os produtores de forma ética.

E não para no impacto ambiental: o relatório também notou uma forte preocupação com a origem cultural dos pratos, respeitando tradições e julgando representações vazias. Nesse sentido, chefs de cozinha e criadores de conteúdo estão sendo cada vez mais criticados por não reconhecerem devidamente as origens culturais das receitas.



A experiência do consumidor elevada a outros níveis

Outra tendência revelada pelo estudo é a busca ativa por experiências alimentícias que alteram o papel do cliente, saindo de um simples consumidor para uma função mais ativa. O Yelp, empresa voltada à avaliação de estabelecimentos comerciais, relatou uma explosão de novos conceitos de restaurantes experimentais, e, em 2022, houve um aumento de 75% nas aberturas de cafés temáticos e de 200% na inauguração de clubes de jantar.

A dificuldade de abastecimento durante a pandemia é uma das fontes dessa nova tendência, que vem promovendo um perfil mais auto suficiente de público. “As idas aos restaurantes diminuíram significativamente, logo, as pessoas querem experiências diversificadas ao saírem de casa. Nesse cenário, uma alternativa para as marcas do setor, indo além das experiências interativas, é adotar um perfil de professoras desses consumidores que estão embarcando no universo da gastronomia. Num futuro em que cada vez mais pessoas adquirem os seus próprios alimentos, isso pode ser uma alternativa para se destacar no meio”, afirma Marco.



Alimentação saudável e precisa

A soma da busca por bem-estar ao interesse por saber mais sobre os alimentos resulta também em um novo padrão de consumo. Para além das dietas e da simples preocupação entre a quantidade de comida, de calorias e o peso da balança, cada vez mais as pessoas estão buscando rotinas alimentares personalizadas de acordo com seus biotipos. 

Desde a perda de peso até o aumento da imunidade, a nutrição tem sido historicamente relacionada à melhoria da saúde física. Entretanto, um número crescente de estudos tem mostrado que existe ligação entre o intestino e o cérebro, dando aos alimentos um novo papel na promoção do bem-estar mental. “Isso promove um padrão de consumo alimentar muito mais preciso, relacionando a comida com o objetivo a ser alcançado, não apenas fisicamente, mas também mentalmente”, completa Marco.



Cozinha da tecnologia 

Alimentos criados em laboratório, receitas criativas com o auxílio de Inteligência Artificial e otimização das sobras. Após décadas de resistência, a tecnologia está sendo vista como a chave para um futuro alimentar mais inteligente, com menos desperdício e extremamente criativo.

A influência da IA é inegável, e a tecnologia se tornou pauta de diversas conversas e discussões mundo afora. E se engana quem pensa que essa discussão fica restrita ao universo cibernético: os novos programas de IA estão se mostrando como verdadeiros parceiros para aqueles que desejam se aventurar no universo da culinária.

“Nesse cenário, as marcas precisam ter a mente aberta. A tecnologia não é apenas uma tendência nesse cenário, mas também uma ferramenta essencial para que estejam alinhadas com todas as tendências que estamos enxergando daqui para frente”, finaliza o executivo.

A pesquisa faz parte da série “Future of”, que acompanha as categorias mais relevantes de acordo com o interesse do público e qual o possível caminho que cada uma delas vai seguir pelos próximos anos. Com o auxílio de mais de 42 empresas participantes e o apoio de mais de 15 escritórios da TBWA, os estudos buscam entender e antecipar mudanças para auxiliar seus clientes a se prepararem para o futuro. Nesse levantamento, os respondentes trazem a experiência de seus trabalhos com algumas das maiores empresas de alimentos do mundo - como McDonald's, Pladis, Albert Heijn, Lipton, Kibon, Alliz e Mondelli.

 

iD\TBWA - agência de Branding, Performance, Experiência Digital e Inovação do grupo internacional TBWA.


10 dicas para ensinar planejamento financeiro para os filhos

Especialista em finanças pessoais destaca que o aprendizado sobre dinheiro e gastos deve acontecer durante a infância para que o conhecimento seja aprimorando na fase adulta

 

Larissa Manoela, que enfrenta problemas para acessar seu dinheiro, que sempre foi administrado pelos pais. Por confiar em seus responsáveis, a artista acabou não se preocupando tanto com questões financeiras quando era mais nova, o que coloca em discussão a importância dos pais ensinarem aos filhos a cuidarem do dinheiro desde cedo.

De acordo com o especialista em finanças pessoais, João Victorino, é muito importante que as crianças sejam incentivadas a entender o funcionamento da dinâmica de administração do orçamento doméstico, ainda que de maneira mais lúdica e menos detalhada no primeiro momento, mas que evolua para o uso de outras ferramentas à medida que avançam em idade e conhecimento.

Segundo João, essa ação terá um impacto significativo. “Preparar os filhos desde cedo para aprenderem sobre administração de dinheiro e gastos não apenas os capacita a tomar decisões financeiras mais sensatas e coerentes com as circunstâncias, mas também os empodera para construir um futuro financeiro mais estável e bem-sucedido. Assim, o objetivo consiste em contribuir para a construção de autonomia financeira no futuro”, diz.

Diante deste cenário, João Victorino fez uma lista com 10 dicas sobre como pais e demais responsáveis podem ensinar sobre planejamento financeiro para os filhos durante a infância, com o objetivo de ajudá-los a desenvolver uma compreensão saudável sobre dinheiro:

  1. Converse sobre dinheiro abertamente e seja transparente: desde cedo, crie um ambiente para que as crianças possam fazer perguntas sobre dinheiro e compreender como funciona na vida cotidiana. Inclusive, se a família estiver com o orçamento apertado, isso deve ser falado para todos. Não podemos perder a chance de ensinar em momentos de escassez.
  2. Dê exemplo: as crianças aprendem muito observando os adultos ao seu redor. Demonstre hábitos financeiros saudáveis, como realização de um orçamento, busca pela economia de gastos e realização de compras conscientes.
  3. Defina uma mesada ou ‘dinheiro de bolso’: Isso permite que as crianças aprendam a gerenciar uma quantia de dinheiro. Explique que a mesada deve ser usada para gastos pessoais e ensine sobre as escolhas que precisam fazer. Mostre o conceito de deixar de comprar alguma coisa hoje para poder comprar algo melhor no futuro. Esse conceito é fundamental na compreensão de criar reservas, economizar, planejar.
  4. Estabeleça metas de poupança: ajude as crianças a definirem metas para o que desejam economizar. Pode ser um brinquedo, um jogo, uma roupa ou qualquer outra coisa que desejem. Criar uma tarefa no lar que esteja atrelada ao recebimento da mesada pode ajudar muito seu filho no aprendizado de como a vida funciona. Precisa avaliar qual a idade melhor para isso, possivelmente a partir dos 10 a 12 anos já funciona bem.
  5. Mostre a diferença entre necessidades e desejos: ensine a diferença entre itens essenciais e itens desejados. Isso ajuda a construir um entendimento sobre prioridades financeiras.
  6. Ensine sobre orçamento: mostre como fazer um orçamento simples, listando renda (mesada, presentes) e despesas (compras, economias). Isso ajuda a visualizar quanto dinheiro está disponível e como ele pode ser alocado.
  7. Incentive a economia: explique como economizar parte do dinheiro recebido em vez de gastar tudo de uma vez. Isso pode ser feito usando um cofrinho ou uma conta poupança.
  8. Aproveite as lições da vida cotidiana: quando surgirem situações que envolvem dinheiro, como ir ao supermercado ou fazer escolhas sobre atividades, use essas oportunidades para discutir decisões financeiras.
  9. Leitura e jogos educativos: utilize livros, jogos de tabuleiro e aplicativos educativos que abordem conceitos financeiros de maneira divertida e interativa.
  10. Recompense a responsabilidade financeira: reconheça e recompense as boas escolhas financeiras das crianças. 

 

João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

Detran-SP alerta: setembro é o mês de licenciar veículos com placas terminadas em 5 e 6

Caminhões com finais de placa 1 e 2 também devem efetuar obrigatoriamente o procedimento neste mês; documento que libera a circulação é exigido em todo o país e é 100% digital

 

Os donos de veículos com placas final 5 e 6, além dos caminhões com placas terminadas em 1 e 2, devem regularizar o licenciamento anual obrigatório até o dia 30 de setembro no estado de São Paulo.

 

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) ressalta que é possível realizar todo o procedimento de maneira digital, por meio do sistema bancário. O valor da taxa para licenciar o veículo é de R$ 155,23, independentemente do tipo de veículo.

 

O motorista não precisa ir a uma unidade de atendimento Detran-SP ou Poupatempo para emissão anual eletrônica do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV-e), documento de porte obrigatório, que permite a circulação do veículo. Para os proprietários de caminhões e caminhões-trator, o cronograma obrigatório se inicia em setembro, e vai até dezembro.

 

Quem não regularizar a documentação no prazo estabelecido - considerada infração gravíssima - pode ser punido com sete pontos na CNH, multa de R$ 293,47, além de remoção do veículo ao pátio.

 

Como Licenciar

 

Para realizar o licenciamento do veículo é preciso informar o número do Renavam e pagar os débitos do veículo, como por exemplo: IPVA, possíveis multas exigíveis e a taxa de licenciamento.

 

O pagamento poderá ser feito via internet banking, aplicativo ou caixa eletrônico nos bancos conveniados (Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Safra, Itaú, Caixa Econômica Federal) e nas Lotéricas.

 

Após quitar a taxa de licenciamento e eventuais débitos do veículo, o serviço será processado de forma automática e o CRLV-e estará disponível em meio digital no aplicativo para celular Carteira Digital de Trânsito – CDT para pessoas físicas. O CRLV-e também estará disponível em meio digital para o download no portal do Detran-SP, Poupatempo ou ainda no portal de serviços da SENATRAN (Secretaria Nacional de Trânsito). Caso prefira portar o documento impresso, a impressão deverá ser realizada em folha A4 branca.

 

Calendário de Licenciamento do Estado de São Paulo para veículos de passageiros, ônibus, reboque e semirreboque

 


 Calendário de Licenciamento no Estado de São Paulo para veículos registrados como caminhão



Processos bem executados reduzem o estresse da equipe que atua em BPO Financeiro

Alocação adequada de tarefas pode evitar o retrabalho e o acúmulo de atividades durante o fechamento mensal de contas


A complexidade das operações financeiras faz com que empresas de todos os tamanhos busquem maneiras de otimizar seus recursos e focar em suas atividades principais. O BPO financeiro, por exemplo, é um conceito que tem se destacado como uma estratégia eficaz para delegar tarefas contábeis e financeiras a especialistas, permitindo que as organizações concentrem seus esforços em outros pontos. 

No entanto, um dos momentos críticos para os profissionais durante esse processo é o fechamento mensal que, quando executado de forma ineficiente, pode levar a um aumento significativo nos níveis de estresse.

De acordo com a Dra. Kélen Abreu, especialista em BPO financeiro, gestão e reestruturação de empresas, a implementação de processos bem executados desempenha um papel crucial na redução do estresse associado ao fechamento mensal no BPO financeiro. “Quando bem definidos e padronizados, os processos garantem que cada etapa do fechamento seja realizada de maneira consistente. Isso minimiza a chance de erros e simplifica a identificação de problemas, permitindo uma abordagem mais direcionada à resolução de questões específicas”, relata.

A especialista acredita que o excesso de trabalho está diretamente ligado à falta de adesão aos processos corretos, dificultando e atrasando o fechamento mensal no BPO financeiro. “Costumo ver algumas pessoas relatando que estão trabalhando 10, 12 ou até mesmo 15 horas por dia. Isso não é saudável e não deve ser bem visto por nenhum de nós. Quando os profissionais se encontram sobrecarregados devido a um volume excessivo de tarefas e prazos apertados, a tendência de improvisar etapas aumenta significativamente, deixando a execução dos processos de lado. Essa abordagem pode levar a erros, omissões e imprecisões nas informações contábeis, resultando em retrabalho e estresse adicional”, alerta.

A definição clara do fluxo de trabalho e a alocação adequada de tarefas otimizam o uso do tempo e dos recursos disponíveis. “Isso reduz a pressão de prazos apertados, uma vez que as etapas são executadas de forma ordenada e eficiente. Além disso, processos bem documentados facilitam a comunicação entre profissional de BPO e empresa, ajudando a evitar mal-entendidos e a garantir que todas as partes envolvidas estejam alinhadas quanto às expectativas e aos resultados esperados”, pontua a especialista.

Para a Dra. Kélen, a automação de tarefas rotineiras e a adoção das tecnologias adequadas podem simplificar a execução do fechamento mensal. “Esse movimento não apenas reduz a carga de trabalho manual, mas também minimiza a chance de erros humanos, contribuindo para a precisão e confiabilidade das informações”, revela.

Kélen acredita que o fechamento mensal no BPO financeiro é um processo crítico, que pode gerar altos níveis de estresse se não for executado de maneira eficiente. “Ao adotar os princípios citados, as empresas podem garantir que esse momento do mês seja uma atividade mais tranquila, precisa e benéfica para todos, contribuindo para a saúde financeira e o bem-estar das empresas e profissionais”, finaliza.



Dra. Kélen Abreu - especialista em Reestruturação Financeira e BPO Financeiro há mais de dez anos, também é mentora e referência em gestão de empresas. Realiza consultorias e treinamentos para formar BPOs Financeiros pelo Brasil. Com experiência no Brasil, Estados Unidos e em Angola focada em construir negócios lucrativos. Empreendedora serial, também coordena a equipe do Gerente Financeiro Online e Lucros Reais, empresas que prestam serviços de BPO Financeiro para diversas empresas de forma totalmente remota. É fundadora do Iuli, uma plataforma de gestão financeira que dá o poder da clareza e simplicidade nas finanças e veio para que a planilha financeira seja abandonada para gerenciar os negócios dando segurança e rastreabilidade aos dados.Além de ser doutora em educação, mestre em administração estratégica pela UDESC, especialista em BSC, mapeamento de processos e finanças, é também graduada em administração pela UFSC.
https://drakelenabreu.com.br/
drakelenabreu


A semana de quatro dias e os impactos para empregadores e empregados

Jornada de trabalho reduzida é um modelo que tem despertado interesse e discussões no âmbito jurídico

 

Recentemente tem ocorrido um aumento nas notícias envolvendo a prática da redução da jornada semanal de trabalho, dos habituais cinco dias, para quatro dias.

A ideia da semana de trabalho de quatro dias não possui uma origem específica ou singular. Ao longo do tempo, diferentes teóricos, pesquisadores e movimentos sociais discutiram e propuseram a redução da jornada de trabalho como uma forma de melhorar as condições de vida dos trabalhadores.

A jornada de trabalho de quatro dias é um modelo que tem despertado interesse e discussões no âmbito jurídico. Essa proposta consiste em reduzir a semana de trabalho para apenas quatro dias, reduzindo a carga horária do trabalhador, sem, entretanto, reduzir a sua remuneração.

A organização 4 Day Week Global, em parceria com pesquisadores da Cambridge University e Boston College, juntamente com pesquisadores locais de cada região, vem realizando ao longo dos últimos anos, estudos juntamente com diversas empresas ao redor do mundo para a experimentar a semana de trabalho de quatro dias, principalmente como um esforço para melhorar a produtividade, a satisfação dos funcionários e promover um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Entre junho e dezembro de 2022, o Reino Unido foi o mais recente participante da iniciativa da semana de quatro dias, o qual contou com 61 empresas e aproximadamente 2.900 trabalhadores. Ao final do experimento, 92% das empresas participantes optaram por manter definitivamente a semana de quatro dias, sendo que das cinco que não mantiveram, duas optaram por estender os testes e três o pausaram indefinidamente. Esta mesma iniciativa será testada no Brasil, a partir de novembro de 2023, se estendendo até o mês de abril de 2024.

As razões para a manutenção da iniciativa da semana de quatro dias se dão em razão dos benefícios decorrentes desta, sejam para as empresas, seja para os trabalhadores.

Para o empregado, a redução do tempo de trabalho permite uma melhor conciliação entre vida pessoal e profissional, proporcionando mais tempo para atividades pessoais, descanso e convívio familiar, o que pode resultar em maior satisfação do empregado na realização de suas atribuições.

Entre as consequências decorrentes, há o aumento da produtividade e qualidade das atribuições dos empregados beneficiados pela redução da jornada semanal, havendo menor incidência de doenças relacionadas ao trabalho, como burnout, ansiedade e distúrbios do sono.

Assim como os inúmeros benefícios trazidos para os trabalhadores, a realização de labor ao longo de somente quatro dias durante a semana também pode trazer benefícios significativos para as empresas.

Para o empregador, estudos demonstram que além do aumento das receitas decorrentes da maior produtividade dos trabalhadores, há também redução de desligamentos voluntários, de faltas ao trabalho, bem como de ausências ao trabalho durante o período de expediente para a resolução de problemas pessoais.

Ainda, os resultados obtidos pelos estudos da organização 4 Day Week demonstram que 63% das empresas que aderiram a semana com quatro dias de trabalho possuem mais facilidade para atrair e reter talentos em seus quadros, de forma que as empresas se tornam mais atraentes para os trabalhadores, possibilitando, também, a geração de novos empregos, principalmente naquelas empresas que em razão da atividade econômica exercida, não podem funcionar somente por quatro dias, podendo, assim, implicar na diminuição do welfare state (estado de bem-estar social).

Também há que se falar no aumento da criatividade e inovação decorrentes do maior tempo livre dos colaboradores, o que pode gerar mais receitas.

A implementação da semana de quatro dias pode eventualmente envolver alguns ajustes na organização do trabalho, de forma que pode resultar em economia de custos operacionais para a empresa. Menos dias de trabalho podem levar a uma diminuição do consumo de energia, manutenção de equipamentos e uso de recursos físicos, como água e eletricidade.

Assim, diante de todos os benefícios trazidos com a eventual implementação de uma semana de quatro dias, a empresa deve tomar precauções em razão dos efeitos que a redução da jornada semanal traz.

Com a diminuição de dias laborados, há uma diminuição da carga horária semanal, o que altera o divisor aplicável e consequentemente, aumenta o valor da hora de trabalho de cada empregado, o que aumentaria o valor de eventuais horas extras pagas, assim como a incidência de reflexos.

Da mesma forma, é aconselhável que esta implementação seja realizada por meio de negociação coletiva, junto ao sindicato dos empregados, sendo possível o retorno, sem prejuízo a empresa, ao status quo anterior, na hipótese de retorno a jornada semanal de cinco dias laborados.

Acaso a implementação ocorra por meio de acordo individual, haveria a incorporação da condição mais benéfica ao contrato de trabalho do empregado.

Por fim, também há que se falar no aspecto ambiental da redução. Com a redução do número de dias laborados, há uma redução no deslocamento diário dos funcionários, resultando em menor consumo de combustíveis fósseis nos deslocamentos. Menos viagens de carro ou transporte público significam menos emissões de dióxido de carbono (CO2) e outros poluentes, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

Em suma, o crescente interesse na redução da jornada semanal de trabalho de cinco dias para quatro dias reflete uma busca por melhores condições de vida dos trabalhadores, além de benefícios significativos para as empresas e meio ambiente, não podendo serem esquecidos os ônus inerentes a tais mudanças.

 

José D’Almeida Garrett Netto - advogado do departamento trabalhista da Andersen Ballão Advocacia.

Posts mais acessados