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quinta-feira, 20 de julho de 2023

Abordagem tradicional não atende demandas atuais de cibersegurança


Proteger os dados contra invasores enquanto cumpre a Lei Geral de Proteção de dados é um grande desafio para os CISOs. Nos últimos seis meses acompanhamos diversas empresas sofrerem com violação de dados. E o motivo é fácil de enxergar. O problema que a maioria das empresas enfrenta é ter uma abordagem tradicionalista da segurança de informação, sendo falha e desatualizada.

 

Neste contexto, os CISOs dedicam muito do seu tempo com foco em endpoints, perímetros e firewall, deixando a segurança dos dados em segundo plano, até que uma violação aconteça.

 

Essas medidas de segurança tradicionais, apesar de manter conformidade e tranquilizar o gerenciamento, estão mascarando os problemas que são expostos quando um incidente acontece ou mesmo quando a lei de proteção de dados exija uma mudança de foco.

 

Nesse ponto, colocar a segurança de dados em ordem pode parecer uma tarefa árdua e difícil de saber por onde começar. Por isso, neste artigo, vamos mostrar porque a abordagem tradicional é falha, e apresentar um roteiro de cibersegurança preciso e como implementá-lo.

 

Os tempos mudaram

 

Ao planejar e definir uma estratégia para proteção de dados, muitas empresas tendem a cartilha tradicional. Esse manual aborda a segurança de fora para dentro, com foco em dispositivos externos e tenta impedi-los de acessar seus dados. Isso inclui proteção de endpoints, SIEM e Firewalls.

 

Essa abordagem funcionou por um tempo, quando as empresas armazenavam todos os seus dados em suas próprias máquinas, servidores gerenciados localmente ou datacenter locais. Mas a forma como as organizações criam, armazenam e acessam seus dados mudou. Principalmente com o aumento do trabalho remoto e híbrido.

 

Hoje os dados são armazenados em diferentes locais, nuvem e SaaS. Todos abrigando e processando diferentes versões desses dados. Por isso, essa cartilha tradicional não é mais eficaz.

 

Um CISO não pode proteger os dados sem saber que um funcionário da contabilidade inscreveu a equipe em SaaS não provisionado. Isso torna os dados vulneráveis e a abordagem tradicional não poderá fazer nada para proteger esses dados.

 

Mais que um problema de tecnologia

 

Diante de um cenário como este, a culpa não é inteiramente do funcionário da contabilidade.

 

A organização é composta por humanos com suas próprias prioridades, responsabilidades e falhas. Essas pessoas fazem escolhas de como desejam trabalhar e em relação aos objetivos que devem ou querem alcançar. Por isso, se faz necessário abordar a segurança de dados como mais que uma demanda de tecnologia.

 

Na maioria das vezes, quando falamos sobre cibersegurança, focamos em aplicativos, bancos de dados e APIs. O que é uma grande parte disso, mas não mostra o quadro completo. As pessoas em sua organização desempenham um papel igualmente importante e muitas vezes podem representar ainda mais riscos do que a tecnologia.

 

As políticas de privacidade são um ótimo exemplo. A assinatura de um documento não significa que a pessoa realmente irá aderir a essa política.

 

Outro problema, é que grandes quantidades de dados são criadas diariamente em todos os departamentos da empresa e é necessário ficar por dentro do que todos estão criando, editando, armazenando e acessando.

 

Por exemplo, um arquivo com dados confidenciais, como saber quem pode acessar esse documento? No primeiro dia, apenas uma pessoa pode ter acesso, ficando em conformidade com a política de privacidade.

 

Então, essa pessoa compartilha esse documento com um colega de equipe diferente, que em seguida compartilha com um grupo maior, sem saber que aquelas informações são confidenciais. Em seguida, alguém da equipe usa esses dados em uma apresentação de vendas. Nesse ponto não há mais conformidade com a política de privacidade.

 

Situações como essa podem surgir facilmente e podem parecer impossíveis de se prevenir. O primeiro passo é entender que não existe uma solução pronta. A realidade é que a empresa continuará gerando novos dados, adicionando pessoas e, infelizmente, também removendo pessoas das equipes.

 

Por isso, o manual tradicional não vai funcionar. É necessário mudar a tática e adotar uma abordagem de dados em primeiro lugar. Ou seja, identificar aqueles que já estão em risco para protegê-los e implementar estruturas e ferramentas que façam isso automaticamente

 

Carlos Rodrigues - vice-presidente Latam da Varonis


Como a IA pode ser utilizada corretamente na educação básica?

 

Quando educamos uma pessoa, o objetivo é formar um indivíduo capaz de interpretar o mundo à sua volta para tomar decisões e fazer escolhas diante dessa realidade. No entanto, de tempos em tempos convivemos com transformações tão profundas que a maneira como o processo educacional é construído precisa passar por uma revisitação. E esse movimento está acontecendo neste exato momento. Impulsionado pela celeridade no desenvolvimento e difusão da inteligência artificial, temos observado claros gestos de readequação em vários setores.

Na educação básica, por exemplo, temos visto um enorme temor principalmente pelo impacto da ferramenta na questão avaliativa dos alunos. Isso porque, o estágio atual da IA, popularizada sobretudo pelo ChatGPT, já permite que, em poucos comandos, o estudante tenha em suas mãos uma ferramenta capaz de resolver problemas ou exercícios escolares de forma imediata. 

No entanto, a verdade é que isso é o menor dos problemas pensando no processo de aprendizagem. Mesmo porque, condutas controversas voltadas à driblar os mecanismos de avaliação já existem desde que era uma criancinha. O que deve acontecer, assim como já ocorreu anteriormente, tal como na época da popularização do Google, é uma readaptação.

O grande cerne passa realmente pelo desenvolvimento de um novo método de estudos e pesquisas. Até porque, toda a forma de relacionamento do estudante com o conteúdo já está sendo totalmente transformada perante o avanço da IA. Atraídos pela facilidade e o alto nível de assertividade das respostas disponibilizadas pela tecnologia, os alunos tendem a deixar o seu crivo crítico de lado para utilizá-las praticamente de forma automática. Isso porque as narrativas construídas pelas ferramentas são expostas de tal forma que será, ou melhor, já está sendo difícil criar qualquer tipo de resistência. 

Já existe até mesmo uma definição teórica que dá nome ao fenômeno. Trata-se do “dadoísmo”. Mencionado pela primeira vez em 2013, pelo jornalista David Brooks, o conceito descreve como os insumos gerados pelas ferramentas tecnológicas geram padrões comportamentais na sociedade, e como ela acaba se utilizando dessas informações para guiar a sua vida, ainda que de forma involuntária.

Sendo assim, o grande desafio do momento na educação passa pela preparação dos alunos em relação à interpretação e análise de todas as narrativas expostas pelo ecossistema à sua volta. Quando digo isso, vale ressaltar, não falo somente relacionado a qualidade dos conteúdos, o que já é uma dificuldade e tanto, mas sobre a veracidade dos mesmos.

Afinal, não podemos esquecer que a IA apresenta uma capacidade de produção em massa de conteúdo, alavancando tanto a criação de concepções positivas, como também para a elaboração de conteúdos falsos - as chamadas deepfake. Além disso, vale reforçar que a atual capacidade técnica das IAs, especialmente o Chat GPT, ainda apresenta algumas ‘alucinações’, fenômeno em que ela não identifica uma resposta adequada para a solicitação do usuário e acaba entregando dados e informações aleatórias para solucionar a dúvida.

Nesse sentido, o combo entre a absorção praticamente sem qualquer crivo por parte dos alunos e os perigos existentes dentro dos conteúdos reproduzidos pelas plataformas, sobretudo na questão da genuinidade, traz uma ameaça pela formação de uma geração pouco autônoma em suas decisões. Sem uma regulamentação sobre o conteúdo reproduzido, ou uma discussão maior sobre o uso das IAs na formação educacional, corremos o risco de impulsionar a narrativa gerada artificialmente como uma verdade absoluta a ser seguida.

Por outro lado, há de se ressaltar também o potencial benéfico, se bem utilizada, que acompanha a tecnologia, sobretudo na própria educação. Um exemplo prático é a construção de narrativas antagônicas entre si e a criação de discussões para que os estudantes possam exercitar o seu pensamento crítico perante diferentes pontos de vista.

Prós e contras a parte, o surgimento de uma nova ferramenta de tamanho potencial, como é o caso da IA, traz consigo uma possibilidade de alavancar ainda mais os métodos de ensino e de formação de toda uma geração. Nesse caso, é preciso que o ecossistema escolar deixe o saudosismo de lado e utilize tudo aquilo que já aprendemos, mesmo que por meio de metodologias mais arcaicas, para decidir qual o melhor caminho a ser seguido neste novo mundo. Até porque a educação segue e continuará sendo a base mais importante para uma sociedade emocionalmente saudável.

 

Jaime Ribeiro - CEO e cofundador da Educa. Ele é considerado um dos principais empreendedores da área da educação no Brasil. autor de inúmeros livros que abordam as competências socioemocionais, liderou projetos comerciais, de marketing e transformação de negócios em grandes empresas como Pearson Brasil e Ambev.


quarta-feira, 19 de julho de 2023

DIA DO AMIGO: 6 em cada 10 pessoas afirmam que a infidelidade é contagiosa entre amigos

Pesquisa do site de relacionamentos Second Love revela que o ambiente de convivência pode ser um impulso para a traição

 

A infidelidade pode ser contagiosa? O Dia do Amigo, comemorado no Brasil dia 20 de julho, já se aproxima e nos convida a uma reflexão sobre os aspectos positivos e negativos da amizade. Parece que a velha frase "diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és", muito comum entre os brasileiros, parece fazer sentido inclusive no contexto de relacionamentos.

6 em cada 10 pessoas afirmaram que experimentaram um menor comprometimento em seu relacionamento atual e mais desejo de buscar por relações e parceiros extraconjugais quando em seus ambientes de convívio social ocorreram situações e comportamentos semelhantes. Os dados são de uma pesquisa recente desenvolvida pelo principal site de relacionamentos em toda América Latina, o Second Love.

A pesquisa mostra que um contexto em que a infidelidade se torna aceitável pode levar pessoas do mesmo círculo a comportamentos semelhantes. Portanto, se alguém é vulnerável à traição ou tem oportunidades de infidelidade, o ambiente pode ser um impulso adicional, contribuindo para as pessoas deixarem de lado os valores morais e partirem para suas aventuras.

Os dados indicam ainda que a maioria das pessoas prefere ter relações extraconjugais com alguém que não pertença ao seu círculo social próximo ou de convívio diário, pois consideram que assim preservam a sua intimidade e a do seu parceiro. A maioria dos usuários pesquisados confessou que quando a relação de infidelidade conjugal acontece com um estranho, fica mais fácil de manter o sigilo e também menos complicado caso optem por acabar com o romance. 63% das pessoas entrevistadas disseram, ainda, evitar ter os amigos como amantes, o que foi seguido por vizinhos (23%), colegas de trabalho (9%) e companheiros de estudos (5%).

Ao todo, mais de 2.400 pessoas entre homens e mulheres participaram anonimamente da pesquisa. Para mais informações, acesse o site Second Love.

 

Butantan amplia centros de pesquisa para identificar variantes da Covid-19, dengue e influenza no Brasil

O projeto CeVIVAS tem como objetivo sequenciar os vírus circulantes no país para melhorar o desenvolvimento de vacinas pelo instituto

 

Após bons resultados no sequenciamento genômico do vírus da SARS-CoV-2, o Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde, estende seu trabalho para envolver o acompanhamento e sequenciamento dos vírus da dengue e influenza no Estado de São Paulo e no Brasil.  

Este é o objetivo principal do Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica (CeVIVAS), um dos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs-SP) apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), com sede no Instituto Butantan. Estes dados auxiliarão nos estudos sobre a história evolutiva desses vírus e conhecer quais são as variantes virais nas regiões estudadas.  

Para conhecer a capacidade protetora das vacinas empregadas, o CeVIVAS investigará se os soros de indivíduos vacinados neutralizam a infecção das variantes circulantes e como é a resposta celular frente à linhagem viral usada na imunização e frente às variantes circulantes na população. 

“Faz todo sentido ampliar esse mapeamento para os vírus estratégicos, do ponto de vista de portifólio vacinal do Butantan. Isso vai trazer uma robustez à instituição na discussão de quais são as atualizações necessárias para as vacinas que atendem o país. Nós temos uma ligação importante com o SUS e com a saúde pública a nível nacional”, diz Sandra Coccuzzo, coordenadora do CeVIVAS. 

Por meio desse sequenciamento é possível identificar quais eventuais variantes podem surgir e a partir de uma base de dados do CeVIVAS, checar se as vacinas desenvolvidas pelo Butantan protegem a população contra essas novas variantes.

 

Sobre o CeVIVAS 

Criado em 2022, os primeiros passos para a elaboração do CeVIVAS foram dados durante a pandemia da Covid-19, quando a equipe liderada pela diretoria do Centro de Desenvolvimento Científico realizou mais de 50 mil sequenciamentos do vírus SARS-CoV-2 no estado de São Paulo, expondo qual era o cenário pandêmico e as novas cepas encontradas em cada região paulista.  

Além do monitoramento dos vírus, o CeVIVAS também tem como missão checar se as pessoas vacinadas com o imunizante disponível estão protegidas dessas novas variantes encontradas. A análise dos sequenciamentos vai ajudar o instituto a atualizar seus produtos. “O projeto permite que o Butantan conheça, de fato, o que está circulando no país e tenha o domínio do conhecimento para poder melhorar suas vacinas”, comenta Maria Carolina Sabbaga, investigadora principal do CeVIVAS. “Este projeto de pesquisa vai diretamente ao encontro da Missão do Instituto Butantan: estar sempre a serviço da Saúde Pública do Estado de SP e do país”, complementou Coccuzzo.

 

Reconhecimento 

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Rede de Alertas das variantes do SARS-CoV-2, do CeVIVAS, até maio de 2023 já foram identificadas dez variantes da ômicron no país, são elas: BQ.1.1, BQ.1.1.14, CL.1, BQ.1.1.19, XBF, XBB.1.13, XBB.2.3, XBB.1.5.4, XBB.1.9.2, FH.1., oriundas dos Estados Unidos, Europa, Ásia e Austrália

O Instituto Butantan também identificou a circulação de 2 novas sublinhagens da variante delta, classificadas como AY.43.1 e AY.43.2 derivadas da variante AY.43. Essas sublinhagens foram definidas pelas mutações não sinônimas características ORF1ab:A4133V e ORF3a:T14I para o AY.43.1 e ORF1ab:G1155C para o AY.43.2. Uma análise realizada pelo CeVIVAS indicou que elas podem ter tido uma provável origem brasileira


Brasil participará de estudo internacional de nova vacina mRNA contra influenza

Com previsão para final de julho, o estudo com imunizante da Pfizer baseado em plataforma de mRNA será realizado em seis estados do País

 

 

O Brasil fará parte de estudo internacional para avaliar eficácia e segurança da nova vacina da Pfizer contra Influenza que utiliza a plataforma mRNA. Programada para final de julho, a pesquisa de Fase 3 do novo imunizante, randomizado e com observador em caráter cego, contará com voluntários de 65 anos ou mais e será realizada no estado da Bahia, além de Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Atualmente, já participam do estudo cerca de 60 mil participantes da África do Sul, Argentina, Chile, Estados Unidos, Filipinas e Nova Zelândia.

 

Além do fator idade, o estudo conta com alguns critérios de saúde para a seleção de voluntários, dentre eles, a limitação dos participantes não terem recebido vacina contra Influenza até 6 meses antes do estudo; não realizarem tratamento antiviral contra Influenza de forma contínua e não terem recebido doses contra COVID-19 até 14 dias antes do estudo.

 

O novo imunizante é fruto da nova geração de vacinas, desenvolvido na plataforma de mRNA mensageiro, mesma tecnologia utilizada no desenvolvimento das vacinas contra a COVID-19. Os imunizantes baseados nessa tecnologia requerem apenas as sequências genéticas dos vírus, permitindo uma fabricação mais rápida e flexível, o que pode levar a uma melhor correspondência de cepas e a oportunidade potencial de melhorar a eficácia das vacinas atuais contra a gripe.



FDA aprova Nirsevimabe para proteger bebês contra o Vírus Sincicial Respiratório

Nirsevimabe é o primeiro anticorpo monoclonal aprovado para proteger todos os bebês durante sua primeira temporada de vírus sincicial respiratório (VSR)

Uma única dose de Nirsevimabe apresentou eficácia consistente e sustentada contra o VSR, além de um perfil de segurança favorável   

Além da aprovação para prevenção do VSR em recém-nascidos e bebês nascidos durante, ou no início, da primeira temporada de VSR, a aprovação também inclui o uso para crianças de até 24 meses de idade que permanecem vulneráveis à infecção grave por VSR durante a sua segunda temporada de circulação do vírus

 

A agência reguladora americana, Food and Drug Administration (FDA), aprovou Nirsevimabe da Sanofi e da AstraZeneca para a prevenção da infecção do trato respiratório inferior (ITRI) causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR) em recém-nascidos e bebês nascidos durante, ou no início, da primeira temporada de VSR, e para crianças de até 24 meses de idade que permanecem vulneráveis à infecção grave por VSR durante sua segunda temporada de circulação do vírus. As empresas planejam disponibilizar Nirsevimabe nos EUA antes da próxima temporada de VSR 2023-2024. 

O VSR é a principal causa de hospitalização em bebês com menos de um ano de idade nos EUA, com média 16 vezes maior do que a taxa anual de influenza.1,2 A cada ano, estima-se que 590.000 casos de infecção por VSR em bebês menores de um ano requeiram cuidados médicos, incluindo consultas, atendimentos de emergência e internações.3 

 

Thomas Triomphe  

Vice-presidente executivo, Vacinas, Sanofi 

“A aprovação de hoje marca um momento sem precedentes para a proteção da saúde infantil nos EUA, após uma temporada de VSR que teve um impacto recorde em bebês, suas famílias e no sistema de saúde do país. Nirsevimabe é o único anticorpo monoclonal aprovado para imunização passiva para fornecer proteção segura e eficaz para todas as crianças durante sua primeira temporada de VSR. Estou orgulhoso de que, ao priorizar esse potencial divisor de águas, estamos prestes a trazer Nirsevimabe para as famílias americanas.” 

 

Iskra Reic  

Vice-presidente executivo, vacinas e imunoterapias, AstraZeneca 

“Nirsevimabe representa uma oportunidade para uma mudança de paradigma na prevenção de doenças respiratórias graves devido ao VSR em uma ampla população infantil nos EUA. A ciência em que Nirsevimabe se baseia demonstra a liderança contínua da AstraZeneca em atender às necessidades das populações mais vulneráveis e reduzir a carga sobre os sistemas de saúde.” 

 

A decisão da FDA segue a recomendação positiva do Comitê Consultivo de Medicamentos Antimicrobianos da FDA e foi baseada no extenso programa de desenvolvimento clínico de Nirsevimabe. Em todos os desfechos clínicos, uma dose única de Nirsevimabe demonstrou eficácia consistente contra ITRI por VSR, estendendo-se por pelo menos cinco meses, uma temporada típica de VSR.  

Nirsevimabe teve um perfil de segurança favorável que foi consistente em todos os estudos clínicos. As taxas gerais de eventos adversos foram comparáveis entre Nirsevimabe e placebo e a maioria dos eventos adversos foi de gravidade leve ou moderada. Os eventos adversos mais comuns foram erupção cutânea e reações no local da injeção. 

A administração única de Nirsevimabe foi desenvolvida para ser aplicada no início da temporada de VSR para bebês nascidos antes ou durante a temporada de VSR. Em estudos clínicos, Nirsevimabe ajudou a proteger uma população infantil de ITRI por VSR que requer cuidados médicos, incluindo bebês nascidos saudáveis a termo ou prematuros, ou com condições de saúde específicas, que os tornam vulneráveis à infecção grave por VSR. A infecção por VSR que requer cuidados médicos, incluiu consultas médicas, atendimentos de emergência e hospitalizações.  

Nirsevimabe, desenvolvido em conjunto pela Sanofi e AstraZeneca, foi aprovado na União Europeia em outubro de 2022, na Grã-Bretanha em novembro de 2022 e recentemente recebeu aprovação no Canadá em abril de 2023. Os pedidos regulatórios também estão em revisão na China, Japão, Brasil, e vários outros países. 

 

Sobre o VSR 

O VSR é um vírus muito contagioso que pode levar a infecções respiratórias graves em bebês, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).4 Os sintomas do VSR podem incluir coriza, tosse, espirros, febre, diminuição do apetite e chiado no peito.5 Dois em cada três bebês são infectados com VSR durante o primeiro ano de vida e quase todas as crianças são infectadas até o segundo aniversário.5,6 Nos EUA, o VSR é a principal causa de hospitalização em bebês com menos de 12 meses, com média 16 vezes maior que a taxa anual para influenza.1,2 Aproximadamente 75% dos bebês hospitalizados por VSR nascem saudáveis e a termo, sem outras complicações.7 A cada ano nos EUA, cerca de 590.000 casos de doença por VSR em bebês menores de um ano requerem cuidados médicos, incluindo consultas médicas, atendimentos de emergência e hospitalizações.3 

 

Sobre Nirsevimabe 

Nos EUA, Nirsevimabe é um anticorpo monoclonal de ação prolongada em dose única, desenvolvido para proteger todos os bebês durante a sua primeira temporada de VSR. Nirsevimabe também é indicado para crianças de até 24 meses de idade que permanecem vulneráveis à doença grave por VSR durante sua segunda temporada de VSR. 

Nirsevimabe, aplicado em dose única diretamente a recém-nascidos e bebês, oferece proteção rápida por meio de um anticorpo para ajudar a prevenir a ITRI causada pelo VSR, sem exigir ativação do sistema imunológico.8 A administração de Nirsevimabe pode ser planejada para o início da temporada de VSR.  

Em março de 2017, a Sanofi e a AstraZeneca anunciaram um acordo para desenvolver e comercializar Nirsevimabe. Sob os termos do acordo, a AstraZeneca lidera as atividades de desenvolvimento e fabricação e a Sanofi lidera as atividades de comercialização e registra receitas. Sob os termos do acordo global, a Sanofi fez um pagamento inicial de € 120 milhões, pagou marcos regulatórios e de desenvolvimento de € 55 milhões e pagará até € 440 milhões adicionais após o cumprimento de certos marcos regulatórios e relacionados a vendas. As duas empresas compartilham custos e lucros em todos os territórios, exceto nos EUA, onde a Sanofi consolida 100% dos benefícios econômicos em suas receitas operacionais de negócios. 

Nirsevimabe recebeu designações especiais para facilitar o desenvolvimento acelerado por várias agências reguladoras em todo o mundo. Estes incluem designação de terapia inovadora e designação de revisão prioritária pelo Centro de Avaliação de Medicamentos da China sob a Administração Nacional de Produtos Médicos; Designação de Terapia Inovadora da Food and Drug Administration dos EUA; acesso concedido ao PRIority MEdicines (PRIME) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e à avaliação acelerada da EMA; Designação de Medicina Inovadora Promissora pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido; e foi nomeado “um medicamento para desenvolvimento prioritário” no Projeto de Seleção de Medicamentos para Promover o Desenvolvimento de Novos Medicamentos em Pediatria pela Agência Japonesa de Pesquisa e Desenvolvimento Médico.  

Nirsevimabe recebeu autorização de comercialização na União Europeia, Grã-Bretanha e Canadá para a prevenção de infecção do trato respiratório inferior por VSR em recém-nascidos e bebês desde o nascimento até a primeira temporada de VSR e está atualmente passando por revisão regulatória na China, Japão e vários outros países. No Canadá, o Nirsevimabe também está aprovado para crianças de até 24 meses de idade que permanecem vulneráveis à infecção grave por VSR durante a segunda temporada de circulação do vírus e essa indicação está sendo revisada no nível da EMA. 

 

Sobre os estudos clínicos 

O estudo de Fase 2b foi um estudo randomizado, controlado por placebo, desenvolvido para medir a eficácia de Nirsevimabe contra a infecção do trato respiratório inferior (ITRI) que requer atendimento médico, causada pelo VSR, até 150 dias após a dose em bebês prematuros saudáveis de 29 a 35 semanas de gestação (n=1.453). Os bebês foram randomizados (2:1) para receber uma única injeção intramuscular de 50 mg de Nirsevimabe (n=969) ou placebo (n=484), independentemente do peso no início da temporada de VSR. O desfecho primário foi alcançado, reduzindo significativamente a necessidade atendimento médico de ITRI por VSR em 70,1% (95% CI: 52,3, 81,2; P<0,001) em comparação com o placebo. Em um desfecho secundário pré-especificado, Nirsevimabe reduziu a necessidade de atendimento médico por ITRI por VSR em 78,4% (95% CI 51,9, 90,3) versus placebo. 

O regime de dosagem de Nirsevimabe foi determinado com base na exploração adicional dos dados da Fase 2b e foi usado em ensaios subsequentes como uma dose única de 50 mg para aqueles que pesam menos de 5 kg ou uma dose única de 100 mg para aqueles que pesam 5 kg ou mais. Uma análise post-hoc do estudo de Fase 2b que aplicou a dose recomendada de 50 mg em um subgrupo de bebês com peso inferior a 5 kg mostrou que a eficácia de Nirsevimabe contra ITRI por VSR que requer atendimento médico e hospitalização foi de 86,2% (95% IC 68,0, 94,0) e 86,5% (95% CI 53,5, 96,1), respectivamente. 

O estudo MELODY de Fase 3 foi um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, conduzido em 21 países, desenvolvido para determinar a segurança e a eficácia de Nirsevimabe contra a infecção do trato respiratório inferior com necessidade de atendimento médico, causada por VSR, em bebês com condições saudáveis e prematuros (idade gestacional de 35 semanas ou mais) entrando em sua primeira temporada de VSR, incluindo eficácia contra infecções graves, como hospitalização, até 150 dias após a administração. O resultado primário foi alcançado, reduzindo a incidência de ITRI por VSR com necessidade de assistência médica em 74,9% (95% CI 50,6, 87,3; P<0,001) em comparação ao placebo. A eficácia de Nirsevimabe contra o desfecho secundário de hospitalização foi de 60,2% (95% CI: -14,6, 86,2).  

MEDLEY foi um estudo de Fase 2/3, randomizado, duplo-cego, controlado por palivizumabe com o objetivo principal de avaliar a segurança e a tolerabilidade de Nirsevimabe em bebês prematuros com menos de 35 semanas gestacionais e bebês com doença cardíaca congênita (DCC) e/ou doença pulmonar crônica da prematuridade (CLD) elegíveis para receber palivizumabe. Entre julho de 2019 e maio de 2021, um total de 925 bebês com maior risco de infecção grave por VSR entrando em sua primeira temporada de VSR foram randomizados para receber Nirsevimabe ou palivizumabe. A segurança foi avaliada monitorando a ocorrência de eventos adversos emergentes do tratamento (TEAEs) e eventos adversos graves emergentes do tratamento (TESAEs) até 360 dias após a dose. Os níveis séricos de Nirsevimabe após a dosagem (no dia 151) neste ensaio foram comparáveis aos observados no ensaio MELODY de Fase 3 (Ensaio 04), indicando que é provável uma proteção semelhante nesta população àquela em bebês saudáveis a termo e prematuros tardios. 

O perfil de segurança de Nirsevimabe foi semelhante ao palivizumabe no estudo MEDLEY Fase 2/3 e consistente com o perfil de segurança em bebês saudáveis a termo, prematuros tardios e prematuros em comparação com placebo nos estudos MELODY e Fase 2b. Embora incomuns, as reações adversas mais relatadas foram erupções cutâneas 14 dias após a dose (a maioria das quais leves a moderadas) e reações não graves no local da injeção dentro de 7 dias após a dose. 

Os resultados dos ensaios MELODY, Fase 2/3 MEDLEY e Fase 2b ilustram que Nirsevimabe ajuda a proteger os bebês durante sua primeira temporada de VSR contra infecção por VSR com uma dose única. Essa população de bebês inclui bebês saudáveis a termo, prematuros tardios e prematuros, bem como bebês com condições de saúde específicas que os tornam vulneráveis à infecção grave por VSR.  

Esses testes formam a base das submissões regulatórias que começaram em 2022. 

 

Sanofi   

 

Voz rouca no inverno: cuidados para manter a saúde vocal durante a estação fria

Especialista explica quando é preciso procurar por ajuda médica

 

É só o tempo frio chegar para começar a temporada das crises respiratórias. São as rinites, sinusites, resfriados e gripes chegando para mudar a rotina de muita gente. O que nem sempre é esperado, mas que pode ser muito comum, são as mudanças na voz, a famosa rouquidão. Mas, será que isso é natural do inverno ou é um motivo para preocupação?

Segundo o Dr. André Freire Kobayashi, Otorrinolaringologista na Clínica Dolci, toda alteração na tonalidade da voz tem uma razão para acontecer e não deve ser desconsiderada. A voz é produzida pela vibração das pregas vocais, estruturas presentes na laringe constituídas por músculos, ligamentos vocais e estruturas de revestimento. Para que o som seja projetado normalmente, toda a região por onde o ar passa deve estar saudável: laringe, faringe, traqueia, cavidades nasais e seios da face. Estas estruturas que compõem o trato vocal moldam o som e influenciam a ressonância vocal.

A mudança na voz pode ser mais comum nessa época do ano porque o frio acaba afetando não somente a laringe, como também todo o trato vocal. Por isso e por conta da baixa umidade do ar, a região fica suscetível a irritações, inflamações e até infecções. Daí a necessidade de alguns cuidados para evitar piores consequências como laringites, faringites e amigdalites.

“É importante que as pessoas tenham em mente que ficar rouco não é normal. Existe algum motivo para isso estar acontecendo e precisa ser investigado. É claro que, quando a rouquidão é acompanhada de outros sintomas típicos de uma gripe, já sabemos o possível motivo. Mas quando ela aparece isoladamente e/ou persiste por mais de 15 dias, é preciso buscar uma consulta com otorrinolaringologista para avaliar todos os níveis anatômicos que possam estar afetados”, explicou o especialista.

Um hábito muito simples e necessário durante o inverno é manter a garganta hidratada. Mesmo sem sentir tanta sede como no verão, o ideal é ter sempre por perto uma garrafa de água e ir tomando ao longo do dia. Isso deixa a mucosa umidificada, impedindo que ela se irrite ou se contamine facilmente por algum agente externo.

Outro cuidado é atentar-se aos sintomas nasais. O nariz tem a função de filtrar, aquecer e umidificar o ar. A laringe, por sua vez, depende da boa qualidade da respiração nasal para o seu funcionamento adequado. Quando a função nasal está comprometida no inverno, o ar que entra pela boca tende a agredir mais a via aérea, uma vez que ele se encontra seco, frio e com mais poluentes.

“Além da hidratação, é recomendado um tratamento nasal adequado para melhorar a saúde vocal. Muitos casos têm um desfecho mais favorável quando se inicia uma lavagem nasal como soro fisiológico já no início dos sintomas. Alguns alimentos e alguns hábitos, como consumo excessivo de bebida alcoólica e tabagismo devem ser evitados", orientou.

Incluir alimentação adequada, evitar pigarros e sussurros, manter repouso vocal relativo na vigência dos sintomas e manter os ambientes umidificados completam a lista de cuidados com a saúde da voz. E se, mesmo assim, a tonalidade da voz mudar, a tosse ou irritação surgir, uma consulta médica é a única alternativa.

 

Dr. André Freire Kobayashi - otorrinolaringologista na Clínica Dolci Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo. Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Residência Médica de Otorrinolaringologia na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Título de Especialista pela ABORL. Fellowship em Laringologia no Departamento de Otorrinolaringologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Infarto silencioso: Entenda mais sobre os ataques cardíacos que podem ocorrem sem você perceber

Divulgação / MF Press Global
De acordo com o Dr. Roberto Yano, o infarto silencioso pode ser tão perigoso quanto o infarto tradicional, e quando não tratado adequadamente pode levar a sequelas graves e até a morte.



O infarto silencioso, também conhecido como infarto subclínico, é uma condição cardíaca grave, mas com sintomas que podem passar despercebidos. O infarto ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do músculo cardíaco é interrompido, por oclusão de uma artéria da coronária, resultando em danos ao músculo cardíaco.

Ao contrário do infarto tradicional, no qual o sintoma de dor no peito é evidente, o infarto silencioso ocorre sem apresentar sinais óbvios, o que pode torná-lo perigoso, por dificultar que o paciente não procure ajuda médica em tempo hábil.

 

É possível identificar um infarto silencioso?

De acordo com o médico cardiologista Dr. Roberto Yano, apesar de ter sintomas pouco perceptíveis e atípicos, é possível identificar o infarto silencioso através de uma boa avaliação clínica e exames complementares.

Um dos maiores problemas na identificação do infarto silencioso é que seus sintomas podem ser facilmente confundidos com sintomas de estresse, ansiedade, cansaço, uma gastrite, entre outras causas”.

Não raro o paciente que está infartando pode ter sintomas atípicos, ou seja, nem sempre chega com a dor precordial clássica. Principalmente mulheres, idosos e diabéticos, podem manifestar o infarto através de sintomas atípicos, como falta de ar, sudorese fria, sensação de desmaio, dor nas costas, dor na região do estômago”. Explica Dr. Roberto Yano.

 

É possível prevenir um infarto silencioso?

Sim. A prevenção do infarto silencioso é a mesma da prevenção do infarto tradicional. É importante realizar sempre os exames de rotina, manter todos os fatores de risco para infarto bem controlados, como a pressão arterial, a glicemia, os níveis de colesterol e triglicérides, evitar logicamente o tabagismo, fazer exercício físico regular, evitar o estresse, dormir bem, e se alimentar adequadamente”.

Por fim, pessoas com esses fatores de risco devem estar especialmente atentas à saúde cardíaca e realizar os exames regulares para detectar precocemente as doenças do coração, ou melhor para evitar a ocorrência de quaisquer doenças cardíacas”. Indica Dr. Roberto Yano. 

 

Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 2 milhões engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram.

 

Inverno pode piorar condições da rosácea, condição crônica da pele que afeta principalmente o rosto

Mudanças climáticas, como o frio e o vento, podem desencadear sintomas e aumentar a sensibilidade da pele em algumas pessoas 

 

A rosácea é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta no geral o centro da face e pode ser caracterizada por vermelhidão, telangiectasias (vasinhos), pápulas (bolinhas) e pústulas, algumas vezes podendo inclusive ser confundida com acne. É uma doença bastante prevalente no nosso meio e está associada a fatores imunológicos, genéticos, desregulação vascular e também fatores ambientais, como exposição solar e dieta.

Estima-se que mais de 16 milhões de brasileiros sejam afetados por essa doença de pele. Dados estatísticos mostram que a rosácea afeta principalmente pessoas com pele clara, entre 30 e 50 anos de idade. Durante o inverno, fatores como o clima frio, ventos e banhos quentes podem desencadear ou agravar os sintomas da rosácea. Por isso, é essencial que os pacientes adotem medidas de cuidado.

“Determinados alimentos podem servir como gatilho. Os elementos da dieta mais comumente associados com a exacerbação da rosácea são as bebidas quentes, como café e chá, os alimentos apimentados (contém capsaicina), os alimentos que contém cinamaldeído, como tomate, chocolate e cítricos, além do consumo de bebidas alcoólicas. O álcool também pode ser um gatilho para a rosácea através da histamina, devido ao metabolismo da acetona e acetaldeído. Alimentos com alto índice glicêmico podem estar associados à inflamação e exacerbação da rosácea.”, explica a dermatologista e diretora da SBD-RS, Juliana Boza.

O tratamento da rosácea geralmente envolve uma abordagem combinada, incluindo cuidados tópicos para reduzir a inflamação e vermelhidão, medicamentos orais para casos mais graves.

“Em relação aos tratamentos, além de observar e evitar os possíveis fatores de piora, temos tratamentos tanto tópicos, de aplicar na pele, quanto por via oral. Alguns cuidados diários com a pele também são importantes, como lavar com sabonetes para pele sensível ou syndet, evitar tônicos adstringentes e esfoliantes, pois eles podem agredir ainda mais a barreira cutânea de quem sofre com rosácea. O uso de protetor solar diário é fundamental, também a escolha do protetor deve observar o tipo de pele do paciente e levar em consideração a presença da rosácea. Muitos pacientes podem ter benefício na realização de lasers e luz pulsada, tanto para tratamento quanto para evitar recidivas”, acrescenta a médica.

A SBD-RS ressalta a importância de procurar um dermatologista para diagnóstico e tratamento adequados da rosácea. Cada caso é único, e somente um profissional especializado poderá indicar o melhor tratamento para cada paciente, que pode incluir medicamentos tópicos, orais ou procedimentos específicos.

 

Marcelo Matusiak

 

Viver Mais e Envelhecer Menos

 

Importância da Produção de Energia Celular 

 

É o que todos nós desejamos, acredito! E hoje a medicina natural ou antienvelhecimento está aí para nos ajudar a concretizar o sonho, o desejo. Como? Vem comigo e vamos observar o que acontece com o oxigênio a partir do momento que inalamos o ar atmosférico.

Não importa se emitimos um pensamento ou fazemos a digestão, todo aspecto fisiológico do corpo depende da produção aeróbica de energia celular. O cabelo, a pele, os órgãos sexuais, a força, a visão, o fígado, ou seja, tudo depende da energia. Sem a produção de energia aeróbica pelas células, não conseguimos, pensar, andar, reproduzir, combater infecções, desintoxicar, fazer proteínas e assim por diante. Assim, nada é mais importante para a saúde do que a energia celular produzida a partir do oxigênio que respiramos – Afirma o médico Frank Shallenberger.

Após inalarmos o oxigênio presente no ar, este chega aos pulmões e a partir daí o sangue oxigenado “viaja” até o coração. E como todos nós sabemos, este trabalha sem parar, enviando o sangue oxigenado para todas as partes do corpo. Porém, existe aí uma parceria importante entre o coração e as artérias, pois são elas que levam o sangue impulsionado pelo coração a todos os tecidos e células. No entanto, para que esta parceria funcione bem é preciso que as artérias sejam flexíveis, de maneira que possam expandir para acomodar o aumento repentino da pressão, ao receber o volume de sangue enviado pelo coração. Daí, quando o coração relaxa, entre os batimentos cardíacos, as artérias têm que contrair e voltar à forma original, se preparando para o próximo batimento cardíaco. Sim, é a obra perfeita do Criador!

Portanto, para uma boa circulação, a flexibilidade das artérias é tão importante quanto o bom funcionamento do coração. Quando as artérias perdem a flexibilidade e se tornam restritas devido ao estresse, envelhecimento e outros fatores, o resultado é o aumento da pressão sanguínea. Pois o corpo tenta, “desesperadamente”, corrigir o fluxo sanguíneo. Na verdade, ele tem uma missão – fazer o oxigênio chegar às fábricas de produção de energia, ou seja, alcançar as mitocôndrias presentes em todas as células. Pois bem, é aí, dentro dessa diminuta e maravilhosa fábrica, a mitocôndria, que o oxigênio, juntamente com carboidratos, gorduras e na presença de enzimas altamente específicas, será transformado em energia celular. O processo, conhecido como Ciclo de Krebs, é complexo, e além de produzir energia aeróbica, também produz água e gás carbônico como subprodutos. Imagine que a energia produzida é equivalente à moedas guardadas em um banco – moedas conhecidas como ATP.

As mitocôndrias são estruturas sofisticadas e influenciadas pela alimentação e pelos hormônios. Conforme envelhecemos, as fábricas de energia se tornam vulneráveis e passíveis de sofrer danos. Mas hoje, experts em antienvelhecimento acreditam que a diminuição de produção energia é devido ao dano sofrido pelas mitocôndrias e, consequentemente, estas seriam as responsáveis por todas as doenças, enfermidades, e fragilidades típicas do processo de envelhecimento.

O fator crítico para o bom funcionamento das mitocôndrias é, naturalmente, o abastecimento adequado da importante matéria prima, o oxigênio. O que significa dizer que é preciso haver tanto ferro como hemoglobina suficientes, bons pulmões, respiração adequada, bom funcionamento do coração, artérias flexíveis e a presença adequada da enzima 2,3 DPG. No entanto, felizmente todos esses fatores podem ser mantidos saudáveis, com tanto que façamos exercícios regulares!

Pessoas sedentárias e fora de forma, principalmente aquelas que fumam, diminuem dramaticamente a eficiência da mitocôndria. Segundo Shallenberger, não há a menor dúvida de que a falta de exercícios regulares é a maneira mais fácil de diminuir a eficiência da mitocôndria.

Mas o que acontece se todo o processo de fabricação de energia aeróbica não estiver funcionando bem? Pois é, a natureza é maravilhosa e criou uma saída de emergência – O processo anaeróbico de produção de energia, ou seja, como diz o nome, o metabolismo anaeróbico é uma maneira das células conseguirem energia extra sem usar oxigênio. O abastecimento extra é detonado em situações quando o corpo precisa de mais energia por um pequeno período, por exemplo para resolver uma situação de perigo ou ameaça, como fugir de um animal, escapar de um incêndio, ou seja, ocasiões que precisamos agir com rapidez.

Mas a produção de energia anaeróbica também ocorre diariamente, como parte da função celular e é considerada normal, saudável. No entanto, há duas questões aqui: a produção de energia anaeróbica é limitada, muito inferior a aeróbica e quando há uma situação crônica de diminuição da produção aeróbica ocorre um aumento da produção anaeróbica para que haja compensação, e é aí que começam os problemas.

Os motivos devidos à diminuição de produção de energia aeróbica são, portanto, má oxigenação das células e/ou danos causados às mitocôndrias, o que pode ser causado por diversas fatores:

● Ingestão deficiente de proteínas

● Desidratação

● Consumo excessivo de carboidratos

● Deficiência hormonal

● Respiração inapropriada

● Sono inadequado

● Falta de exercícios

● Nutrição inadequada

A correção dos aspectos mencionados acima para uma boa produção de energia celular é importantíssima, mas nada supera a extraordinária necessidade de corrigirmos a deficiência hormonal. Pois o corpo usa hormônios para regularizar a produção de energia. São eles que acionam as células para produzirem mais energia quando o corpo precisa. Quando há deficiência dos hormônios catabólicos as células não são “estimuladas” e todas as funções do corpo se tornam truncadas. Os hormônios mais importantes para a produção de energia celular são: cortisol, hormônio do crescimento, insulina, progesterona, testosterona, e os hormônios da tiroide. Portanto, os cuidados com os níveis hormonais também são imprescindíveis à boa saúde e produção de energia celular. Mas não esqueçam de se exercitar, sem exageros! Caminhadas são um grande acréscimo à rotina diária! 



Florence Rei - formada em Química pela Oswaldo Cruz em São Paulo, graduada pela Faculdade de Medicina OSEC em Biologia e formada em Microscopia Eletrônica. Atualmente vive na Flórida (USA) e desde 2019 vem atuando como pesquisadora independente e escritora.
www.florencerei.com


Amor se Doa

 


Obesidade: Os cuidados com a saúde mental de pacientes com a doença

Divulgação / MF Press Global
De acordo com o cirurgião especialista em cirurgia bariátrica, Dr. Fabio Rodrigues, a perda de peso é só um dos fatores para o tratamento de obesidade


A obesidade tem se tornado cada vez mais comum, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de adultos, em todo o mundo, estão acima do peso ideal, dentre eles, 500 milhões são considerados obesos. 

No entanto, a obesidade, ao contrário do que se pensa comumente, não é um problema apenas de peso, o aspecto mental é um dos mais importantes para o desenvolvimento da doença, mas muitas vezes é negligenciado, como explica o cirurgião especialista em cirurgia bariátrica, Dr. Fábio Rodrigues.

 

A intervenção mais conhecida para tratar obesidade é a cirurgia bariátrica, mas ela não tem como objetivo apenas reduzir o peso do paciente, por isso, em todos os procedimentos que realizo sempre é feito um acompanhamento multidisciplinar do paciente para garantir que ele não volte a ganhar peso e ajudar a evitar doenças associadas”.

Ter esse apoio de profissionais de diversas áreas ajuda a tornar o tratamento mais completo e melhorar os resultados, tornando-os mais duradouros, isso é comprovado não apenas pelos relatos de nossos pacientes, mas também cientificamente” Afirma Dr. Fábio.

 

*O cérebro e a obesidade: Um fator importante*


O cérebro é um dos órgãos que está mais fortemente relacionado à obesidade e é o foco do novo estudo “Problemas neuropsicológicos para a obesidade”, publicado pela revista científica Contribuciones a las ciencias sociales, tendo sido produzido pelo Dr. Fábio Rodrigues em uma parceria com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que reforça a necessidade de profissionais de diversas áreas no tratamento da condição.

A relação entre comportamento, cognição e obesidade é complexa e multifacetada. Diversos fatores, como influência da mídia, aspectos culturais, pressão social, ansiedade e controle inibitório, desempenham um papel importante no desenvolvimento e manutenção da obesidade. A compreensão desses aspectos é fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e tratamento da obesidade”.

É necessário adotar uma abordagem interdisciplinar envolvendo profissionais da nutrição, psicologia e outras áreas para lidar com a complexidade dessas questões. Além disso, é importante considerar os aspectos emocionais e cognitivos dos indivíduos, como a imagem corporal, a regulação emocional e a auto regulação do comportamento alimentar” Afirma o estudo.

O artigo faz parte de uma série de estudos e métodos comprovados cientificamente aplicados pelo Dr. Fábio Rodrigues em seu consultório como forma de aumentar a eficácia do tratamento bariátrico e prevenir problemas como depressão e novo ganho de peso.


Doutor Fábio Rodrigues - graduado em Medicina desde 2003, com especialização em cirurgia geral e bariátrica, além de pós-graduação em cirurgia minimamente invasiva. Atua como cirurgião da obesidade e das doenças metabólicas desde 2015 e já acumula mais de 1.500 cirurgias realizadas. Atualmente, além das cirurgias bariátricas, vem concentrando também seu foco na performance dos pacientes após a cirurgia.



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