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quinta-feira, 1 de junho de 2023

Catarata infantil: especialista lista as causas e explica como tratar a doença

Algumas doenças,como a catarata, são comumente relacionadas à terceira idade. No entanto, o problema ocular pode atingir também crianças no nascimento ou ao longo da infância. Estima-se que 3 a cada 10.000 crianças manifestem a catarata infantil. A enfermidade, também conhecida como catarata congênita, é uma das principais causas de cegueira infantil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O médico oftalmologista do Núcleo de Oftalmologia, Dr. Cícero Narciso, explica que a doença, no caso das crianças, atua como uma película opaca nos olhos. “A catarata infantil faz com que elas percam a transparência do cristalino, uma lente translúcida que fica dentro do olho, atrás da pupila. A perda ocorre por meio da formação de uma película opaca de espessura mediana, que provoca a sensação de embaçamento da visão. A formação desse ‘vidro fosco’ nos olhos é capaz de comprometer a visão dos pequenos, em casos graves”, esclarece Dr. Cícero.

A doença tem sintomas visíveis e aparentes. Dentre os mais comuns em crianças, está a pupila esbranquiçada, ou leucocoria, como descreve o especialista. “Esse sintoma pode se manifestar logo após o nascimento ou após poucos meses. A leucocoria é um sinal de que a catarata já está em um grau mais avançado e, caso não haja o tratamento imediato, pode acontecer uma piora considerável da doença ao longo do tempo, levando ao desenvolvimento de estrabismo e nistagmo, por exemplo” complementa.

A doença pode afetar um ou os dois olhos, sendo classificada em uni ou bilateral. O seu diagnóstico, segundo Dr. Cícero, acontece por meio do ‘Teste do reflexo vermelho’ ou, como é conhecido popularmente, ‘Teste do Olhinho”. “Se o recém-nascido apresentar sintomas logo na primeira semana, recomenda-se que seja realizada a testagem. No teste, uma luz é projetada sob o olho do bebê para observar possíveis alterações na estrutura ocular. Caso não seja identificado nenhum obstáculo na entrada e saída de luz pela pupila, a saúde ocular do bebê não está comprometida pela doença”, pontua o especialista.

A catarata infantil possui cura. O diagnóstico precoce aliado a um tratamento eficiente são a chave para a eliminação da doença, como enfatiza Dr. Cícero. ”O primeiro passo é buscar um médico oftalmologista especialista no assunto. Só por meio de uma orientação adequada, será possível encontrar e realizar o tratamento mais eficaz e indicado para cada criança. Em alguns casos o procedimento mais adequado é a remoção do cristalino, em outros o tratamento pode ser realizado apenas com colírios e demais medicamentos. Cada caso deve ser analisado de forma singular, a fim de recuperar a visão da criança”, finaliza.

 

Núcleo de Oftalmologia


Com chegada do inverno, cresce demanda por vacinas contra doenças respiratórias

Especialistas explica sobre leis que garantem vacinação gratuita no combate a doenças que aumentam incidência em período de tempo frio

 

Com a temporada de inverno se aproximando é essencial ressaltar a importância da vacinação contra doenças respiratórias. As vacinas desempenham um papel crucial na prevenção e controle dessas doenças, garantindo a saúde e bem-estar da população. 

Tanto que é um direito assegurado pela constituição. Principalmente através da Lei nº 6.259/1975, que estabelece as diretrizes para a organização das ações de vigilância epidemiológica e de táticas de imunização no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e da Lei nº 8.080/1990, dispondo sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, garantindo a assistência integral à saúde, incluindo a vacinação, como direito de todos os cidadãos brasileiros.

As doenças respiratórias, como a gripe sazonal, o resfriado comum e a pneumonia, são especialmente comuns durante os meses de inverno. Essas condições podem levar a sintomas graves, complicações e até mesmo hospitalização. No entanto, por meio da vacinação, é possível reduzir significativamente o risco de contrair essas doenças e suas complicações associadas.

Numa crescente de demanda por estas doenças, acarreta também programas para o seu combate. Quem esclarece o é advogado especialista em direito médico e direito público, Thayan Fernando Ferreira. “Vacinação é coisa séria e precisamos seguir à risca as necessidades do cartão de vacina. Tanto que há bastante tempo fomos taxados por leis, códigos e determinações que ajudam a instaurar um calendário vacinal como método preventivo a dezenas de doenças que assolaram a sociedade em outros tempos. Vacinar-se não é obrigatório, mas é de bom tom”, confirma. 

Thayan, que também é membro da comissão de direito médico da OAB-MG e diretor do escritório Ferreira Cruz Advogados, ainda conta sobre programas que ajudam na educação do brasileiro quanto a vacinação. “Além das leis, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é uma política do Ministério da Saúde que tem como objetivo oferecer vacinas gratuitas à população, abrangendo crianças, adolescentes, adultos e idosos. O PNI conta com uma lista de vacinas obrigatórias e um calendário nacional de vacinação, que orienta o momento adequado para a administração de cada imunizante”, salienta.

Vale ressaltar que as leis e políticas de vacinação gratuita podem variar em diferentes países. Portanto, é importante consultar as leis e regulamentações específicas de algum país de residência para obter informações atualizadas sobre a vacinação gratuita disponível, além, é claro, de verificar como é o código para outros países em casos de viagens ao exterior.

Entretendo, especialistas defendem que a vacinação contra doenças respiratórias oferece proteção tanto para o indivíduo vacinado quanto para a comunidade em geral. Ao se vacinar, você está fortalecendo seu sistema imunológico e reduzindo a probabilidade de adoecer. Além disso, ao evitar a infecção, você ajuda a interromper a cadeia de transmissão, protegendo pessoas vulneráveis, como idosos, crianças pequenas e indivíduos com sistemas imunológicos enfraquecidos.

Além da imunização, é fundamental adotar medidas preventivas diárias, como lavar as mãos regularmente, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, evitar o contato próximo com pessoas doentes e manter ambientes bem ventilados. Essas e outras orientações podem ser encontradas em sites de órgãos de saúde oficial como o portal do Ministério da Saúde.

 “Neste inverno, priorize sua saúde e a saúde daqueles ao seu redor. Vacine-se contra doenças respiratórias e incentive seus familiares, amigos e colegas a fazerem o mesmo. Juntos, podemos construir uma comunidade mais saudável e protegida. Para mais informações sobre as vacinas disponíveis e locais de vacinação, entre em contato com seu médico ou autoridades de saúde locais”, orienta o especialista.

 

Opioides no Brasil: Biomédico do CEUB alerta para o uso indiscriminado da medicação

Especialista faz alerta sobre o aumento do uso de analgésicos à base de ópio no Brasil e no mundo

 

Sentir dor e, sobretudo, 'conviver' com a dor sempre foi um problema para parte da população mundial. Nesse contexto, o tratamento da dor representa um grande desafio para profissionais de saúde ao redor do globo. O biomédico, mestre e doutor em Ciências (Fisiologia e Farmacologia) e professor de Enfermagem do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Danilo Avelar comenta a preocupante questão da dependência dos opioides, um problema de saúde pública em ascensão no Brasil.

Danilo Avelar explica que existem diferentes classes de medicamentos que aliviam a dor, como os anti-inflamatórios e analgésicos, entre eles a dipirona e a aspirina, além dos anestésicos com seus diversos subtipos. Já a morfina tem características moleculares semelhantes ou derivadas do ópio, substância conhecida por seu notável efeito no sistema nervoso, inibindo quase completamente a dor - que chegou a protagonizar a histórica 'Guerra do Ópio'.

Segundo o especialista do CEUB, os opioides são uma classe de fármacos eficazes no tratamento da dor, porém seu uso inadequado pode levar à dependência. Um exemplo é o fentanil, substância muito mais potente do que a própria morfina e que se tornou um preocupante problema de saúde pública, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA, as mortes por overdose relacionadas ao uso de opioides aumentaram de 21 mil em 2010 para 80,4 mil em 2021, um crescimento de quase quatro vezes em pouco mais de uma década. Somente em 2021, mais de 100 mil óbitos foram registrados nos EUA relacionados à overdose por fentanil e substâncias similares, representando um aumento de quase 280% em relação a 2016.

"Nos Estados Unidos, há mais de duas décadas, houve uma promoção indevida do consumo de medicamentos opioides como uma opção mais viável e fácil para o tratamento da dor. Algumas empresas farmacêuticas afirmaram que substâncias como a oxicodona eram seguras e não causavam dependência. Essa abordagem resultou em um aumento alarmante no número de prescrições desses medicamentos", detalha Avelar.

No caso do Brasil, a popularidade dos opioides segue crescendo. Entre 2012 e 2018, a venda prescrita de analgésicos à base de opiáceos ou opioides sintéticos aumentou expressivamente, conforme dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com um crescimento de 465%. De acordo com pesquisa realizada pela Fiocruz em 2019, 2,9% da população já fez uso ilegal dessas substâncias, sem prescrição médica, um número significativamente maior do que o de pessoas que utilizam crack ou cocaína.

Investigações realizadas recentemente pela Polícia Federa em estados brasileiros resultaram na apreensão de lotes irregulares de fentanil. O biomédico do CEUB considera que esses acontecimentos servem como um alerta para a possível tendência de aumento na demanda por opioides sintéticos, tanto de forma legal quanto ilegal, em território nacional. "É crucial intensificar a vigilância e o controle dessas substâncias, bem como implementar políticas públicas que garantam o acesso adequado a esses medicamentos para aqueles que realmente necessitam", alerta.

Segundo Danilo Avelar, além do aumento da fiscalização nas prescrições e nas liberações dos lotes que saem das indústrias, associadas a políticas públicas de acesso a essas medicações para quem realmente precisa, é necessário aumentar as ações de vigilância e o controle sobre substâncias (farmacêuticas/tóxicas) que podem ser produzidas em laboratórios clandestinos e vendidas de forma ilegal. "Medidas como estas são imperativas já nesse momento, para evitar uma 'pandemia de dependência e mau uso de opioides' no Brasil", pontua o professor.

 

Como o cigarro afeta a saúde bucal

Especialista da Clínica Omint Odonto e Estética explica como o cigarro pode afetar os dentes e dá dicas de cuidados 


O cigarro é um dos maiores inimigos da saúde bucal, pois contém substâncias tóxicas que afetam as células da boca e prejudicam as funções dos tecidos. Segundo dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - Vigitel 2021, o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 9,1%, sendo 11,8% entre homens e 6,7% entre mulheres. 


“Ao fumar, a fumaça do cigarro entra em contato diretamente com a boca, que é a primeira parte do corpo a ser exposta às toxinas do tabaco. Essas toxinas incluem nicotina, alcatrão, amônia, formaldeído e outras substâncias que podem alterar o comportamento das células bucais e provocar inflamações, infecções, lesões e até câncer”, explica o coordenador técnico da Clínica Omint Odonto e Estética, Marcus Azevedo do Amaral.  


O especialista enfatiza ainda que a fumaça do cigarro tem uma temperatura elevada e isso pode causar queimaduras na mucosa e reduzir o fluxo sanguíneo nos vasos da boca. “Isso diminui a oxigenação dos tecidos e a capacidade de cicatrização e defesa do organismo contra as bactérias que causam doenças na gengiva e nos dentes”, diz. 


O cigarro pode causar vários problemas, que variam de acordo com o tempo e a frequência do consumo de tabaco. Alguns dos principais são mau hálito, manchas nos dentes, doença periodontal e câncer de boca.  “A melhor forma de prevenir os problemas bucais causados pelo cigarro é parar de fumar”, destaca Azevedo.  


Essa atitude pode reduzir significativamente o risco de desenvolver doenças e melhorar a qualidade de vida. Por isso, a Clínica Omint possui um Plano Antitabagismo que define e incentiva ações de controle e combate ao tabagismo para clientes e colaboradores, por meio de ações educativas.  

“Mas, sabemos que essa não é uma tarefa fácil. Por isso, é importante seguir algumas recomendações para minimizar os danos, como escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, usar fio dental diariamente, beber bastante água e visitar o dentista regularmente para realizar uma limpeza e avaliação geral da saúde bucal”, finaliza Marcus.

 

Clínica Omint Odonto e Estética


Melanose solar: indícios acima dos 50 anos

Divulgação
Flávia Villela, médica especialista em Dermatologia, fala sobre melanose solar e os impactos para a pele, além da prevenção e tratamento da lesão de pele

 

Sabe aquela mancha que aparece de repente em alguma parte do corpo, como no rosto, colo e braços? Pois bem, pode ser uma melanose solar, causada por exposição ao sol. Mas calma, ela não indica riscos à saúde, mas escurece a pele, deixando a região em tons castanhos.

Essa lesão benigna surge em áreas expostas ao sol, de maneira crônica, onde a radiação ultravioleta atinge o melanócito, que é a célula responsável pela produção de melanina - o pigmento que dá cor à pele, consequentemente, induzindo a produção de manchas.

A melanose solar pode se apresentar em diferentes tons de castanho na região que recebeu sol excessivo, sem proteção e a longo prazo, como por exemplo: rosto, colo, dorso das mãos e braços, além dos ombros.

Dra. Flávia Villela explica que a lesão é mais característica em pessoas de pele clara, se manifestando a partir dos 50 anos, justamente pelo acúmulo de hábitos negativos quando o assunto é exposição solar e que é diferente de melasma, uma condição multifatorial com causas ligadas à predisposição genética, fatores hormonais, etc.

‘’A melanose não demonstra riscos à saúde e muito menos indica a presença de câncer de pele ou outras doenças. Já o melasma é classificado como uma doença crônica que piora com o sol. Nos dois casos tem relação com o sol e é indispensável o uso de filtro solar e sua reposição. Isso vale para os momentos de praia ou piscina, mas para o sol do dia a dia também’’, diz.

A médica ainda alerta que é preciso evitar o período em que o sol está mais quente, das 10 às 16 horas, e que tratamentos dermatológicos de consultório, como o laser de Co2 fracionado, responsável por eliminar as manchas, além de renovar as camadas da pele e o peeling químico com cauterização, que consiste na aplicação de ácidos para clarear a pele e resolver distúrbios estéticos, ajudam a tratar a lesão.

Segundo ela, a melanose é um fotodano (dano solar) e o filtro solar é parte essencial do tratamento e prevenção. A especialista ainda recomenda o uso de clareadores noturnos para prolongar os cuidados em casa, além da importância de consultas preventivas a fim de descartar o diagnóstico.

‘’Uma queixa frequente no consultório é a coloração de pele alterada devido ao surgimento das manchas escuras em todo rosto e corpo, que é resultado da exposição solar, sem proteção durante anos e anos, principalmente em peles maduras. Esse efeito cumulativo se distancia da jovialidade, saúde e qualidade da pele, e inclusive, deve ser monitorado para controlar o quadro’’, finaliza Flávia Villela.

 

Os benefícios do sono nos estudos

 Especialista da Gama Ensino, Lorenzo Tessari, explica a importância da qualidade do sono no processo de aprendizagem 

 

Como é sabido, enquanto dormimos o nosso cérebro realiza um ciclo de atividades, esse processo permite examinar e fortalecer as conexões sinápticas, que é quando a informação gerada por um neurônio é transmitida a outro. O sono é essencial para fixar a memória, pois é quando o cérebro analisa, e em sua maior parte armazena as informações processadas no dia a dia, na memória de longo prazo.

Para o Lorenzo Tessari, Chief Operating Officer (COO) da Gama Ensino, startup de tecnologia desenvolvedora de um algoritmo proprietário que identifica os gaps de aprendizado dos alunos para o direcionamento dos seus estudos,  fatores como a insônia podem ter consequências negativas e duradouras no desenvolvimento da memória. "A qualidade de sono afeta a capacidade de retenção e recuperação de informações, além de levar à atrofia do hipocampo, região neuronal essencial para a formação da memória", esclarece Lorenzo.

Estudos indicam que a qualidade do sono é fundamental não apenas no campo do conhecimento, mas na vida dos indivíduos e estudantes como um todo. Portanto, é crucial dormir bem para que a nossa memória possa ser formada e consolidada de maneira eficaz. A falta do sono prejudica a retenção do que se aprende ou o que será aprendido.

Estudos indicam que uma higiene do sono é fundamental para melhorar essa necessidade fisiológica do nosso corpo, por isso, o Lorenzo listou e compartilha recomendações para melhorar a qualidade do sono, como: 

  • Após às 15 horas evitar bebidas e alimentos que tenham cafeína em sua composição; 
  • No período da noite optar por uma refeição leve, pouco gordurosa e em pouca quantidade; 
  • Ao despertar, se exponha a luz natural; 
  • Para aqueles com dificuldades em dormir à noite evitar cochilos durante o dia ou no período da tarde; 
  • Três horas antes de dormir, evitar estudar ou trabalhar; 
  • Ao acordar durante à noite não buscar pelo celular ou relógio; 
  • Estabelecer uma rotina ou um horário para acordar, incluindo aos fins de semana.

Ainda segundo Tessari, o processo de aprendizagem envolve muitos fatores, logo estabelecer uma estratégia de estudos aliado a uma rotina saudável com cuidados a saúde física e mental, podem ajudar os estudantes na conquista de seus objetivos. Além disso, espera-se um melhor resultado em reter conhecimento bem como colocá-lo em prática quando necessário seja na sala de aula ou nos exames e concursos. 

 

Gama Ensino
https://gamaensino.com/
Gama Pré-Vestibular
gamaprevest.com


Contexto ambiental tem forte influência na dependência de drogas, mostra estudo

Pesquisadores observaram comportamento e estruturas cerebrais
 de camundongos após desenvolvimento de vício em cocaína
 e observaram maior agitação e ativação encefálica nos animais que relacionavam
o uso da cocaína a um determinado ambiente (
foto: arquivo do pesquisador)

 

O contexto ambiental desempenha um papel fundamental na compulsão por drogas de abuso, funcionando como uma espécie de gatilho, revela um estudo que envolveu pesquisadores das universidades Federal de São Paulo (Unifesp), Federal do Espírito Santo (Ufes), Estadual de Santa Cruz (Uesc) e de Bristol (Inglaterra). O grupo analisou o comportamento e as estruturas cerebrais envolvidas no processo de dependência por cocaína em modelo animal. Os resultados foram publicados recentemente na revista Biomedicines.

“Foi surpreendente ver a força do ambiente interferindo no contexto da dependência, algo que, de acordo com a literatura científica, acontece com diversas drogas com potencial de abuso, lícitas e ilícitas, como álcool e opioides”, diz Beatriz Monteiro Longo, professora de neurofisiologia da Unifesp e coordenadora do trabalho.

O estudo contou com apoio da FAPESP por meio de dois projetos (22/10520-0 e 2022/00249-8) e acompanhou camundongos fêmeas (escolhidas pela maior suscetibilidade a drogas e pela resposta comportamental rápida, conforme estabelecido na literatura) em dois experimentos que envolviam a injeção de cocaína tanto nas gaiolas-moradia, onde os animais passavam a maior parte do tempo, quanto em um local neutro, chamado pelos cientistas de campo aberto.

As duas experiências seguiram a mesma rotina. Inicialmente, houve uma fase de preparação, na qual, durante três dias consecutivos, todos os animais foram levados por dez minutos ao campo aberto para se habituarem. Ao final, sua atividade locomotora basal foi medida e eles foram distribuídos em três grupos.

Os animais do grupo que funcionou como controle receberam apenas solução salina dentro de suas gaiolas-moradia, cinco minutos antes de serem levados ao campo aberto, onde permaneceram por dez minutos. Então, retornaram à moradia, onde, duas horas mais tarde, receberam novamente solução salina. Para os animais do segundo grupo, foi administrada uma primeira injeção de cocaína durante a permanência no campo aberto e, após duas horas, os animais receberam uma segunda injeção, mas de solução salina, em suas gaiolas-casa. Ao terceiro grupo foi dada a primeira injeção de solução salina no campo aberto e a segunda injeção de cocaína nas gaiolas. Ou seja, os dois grupos que receberam cocaína tiveram o mesmo histórico farmacológico (receberam a mesma droga na mesma dose), sendo que um grupo associava os efeitos psicoestimulantes da cocaína com o ambiente (campo aberto) e o outro, não.

A intervenção foi feita a cada dois dias, durante duas semanas, tempo suficiente para o desenvolvimento da dependência, que foi observada por uma resposta comportamental progressiva e persistente de hiperlocomoção.

No primeiro experimento, a atividade locomotora dos animais voltou a ser avaliada no último dia de tratamento. O grupo que recebeu cocaína de forma pareada ao campo aberto apresentou aumento significativo na atividade locomotora quando comparado ao grupo-controle e a ele mesmo no primeiro dia de injeção.

No segundo experimento, depois de todo o procedimento, os camundongos foram mantidos por dez dias em suas gaiolas sem receber substâncias para, então, serem ali desafiados com cocaína e, na sequência, serem expostos ao campo aberto por dez minutos.

Como esperado, os dois grupos que haviam recebido a droga apresentaram aumento na atividade locomotora. Porém, no grupo injetado com cocaína no campo aberto, a movimentação foi ainda mais intensa. Segundo os pesquisadores, essa agitação retrata o efeito farmacológico da droga, que se soma ao efeito do ambiente na fase de expressão da dependência, que mimetizaria o desejo compulsivo pela droga em humanos quando o vício já está estabelecido.

“Para entendermos o que isso significa em seres humanos, basta pensar na pessoa que sempre bebe em determinado barzinho e, quando passa na frente dele, imediatamente sente vontade de entrar e tomar uma cerveja”, exemplifica Longo.


O que acontece no cérebro

Para acompanhar como cada etapa do desenvolvimento da dependência funciona os cientistas analisaram, além do comportamento, as diferentes estruturas encefálicas dos animais dos três grupos por meio da quantificação da proteína c-Fos, que funciona como um marcador da atividade neuronal e regulador intracelular das alterações causadas pela cocaína. Nessa avaliação foi empregada uma inovadora análise quantitativa de imagens 3D, conhecida como estereologia. Os cientistas constataram a ativação de áreas límbicas, relacionadas ao controle de emoções e comportamentos.

“Observamos ainda que as áreas cerebrais com atividades aumentadas são diferentes de uma fase para a outra: na primeira [fase da indução], todas as áreas do sistema límbico investigadas [córtex pré-frontal dorsomedial, núcleo accumbens core, amígdala basolateral e área tegmental ventral] estavam mais ativadas, mostrando que essas estruturas seriam importantes para o desenvolvimento da dependência; já na expressão da dependência [vício cestabelecido], algumas não estavam expressas”, diz Renan Santos-Baldaia, doutor em farmacologia, professor da Universidade Nove de Julho (Uninove) e primeiro autor do estudo. Foi o caso da área tegmental ventral, importante para a liberação de dopamina, neurotransmissor ligado ao sistema de recompensa do cérebro, o que sugere que as áreas analisadas participam de forma distinta nas duas fases.


Tratamento e políticas públicas

Os resultados do estudo ajudam a apontar possíveis caminhos para o tratamento da dependência química. “Por conta de sua complexidade, envolvendo inúmeras estruturas encefálicas, e do impacto que sofre do ambiente, modulá-la apenas farmacologicamente talvez não seja a melhor alternativa – atuar no ambiente, inclusive, talvez seja mais viável”, acredita Santos-Baldaia.

“Além disso, sabendo que o ambiente tem tanta influência no vício, será que a melhor opção para um dependente químico é isolá-lo da sociedade em uma clínica de reabilitação, que o tira do contexto, mas leva a uma chance de recaída muito grande no retorno ao ambiente anterior? Ou seria melhor, de alguma forma, substituir o prazer farmacológico?”

Nesse caso, o estudo acende um alerta importante para a necessidade de políticas públicas que transformem ambientes sem oportunidades culturais e de lazer, como as periferias, por exemplo, para que o prazer farmacológico não seja a única opção.

O artigo Distinctive Neuroanatomic Regions Involved in Cocaine-Induced Behavioral Sensitization in Mice pode ser lido em: https://doi.org/10.3390/biomedicines11020383.

  

Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/contexto-ambiental-tem-forte-influencia-na-dependencia-de-drogas-mostra-estudo/41519/


Dicas de Headhunter: Supere-se sempre

David Braga, CEO e headhunter da Prime Talent Executive Search orienta sobre como manter a perseverança na vida pessoal e profissional para alcançar sonhos e metas 

 

Se tem algo que toda e qualquer empresa busca são profissionais diferenciados. Aqueles que entregam seus resultados e conseguem assumir o máximo de tarefas, em variadas disciplinas. É o que chamamos de “talento”, ou seja, aquele que se diferencia em meio a muitos outros colaboradores. Especialmente no momento em que as organizações buscam obter mais resultado, com menos pessoas, maior aplicação de tecnologia e um ambiente diverso, com pessoas de perfis variados. Se adaptar aos diversos contextos tem sido cada vez mais fundamental e, por isso, não basta apenas ter talento no que se faz. 

Perseverança é a atitude dos profissionais de sucesso. A palavra vem do latim perseverantia, que é o mesmo que determinação persistente. Quem tem perseverança, tem constância e aplica esse conceito tanto na sua vida pessoal, quanto na profissional para alcançar seus sonhos, metas e objetivos. A palavra no grego se escreve proskartereo, que significa "dar continuidade a uma ação após intenso esforço". 

Certa vez o esportista Usain Bolt disse a seguinte frase: "Eu treinei quatro  anos para correr nove segundos. Tem gente que não vê resultados em dois meses e desiste". E você, desiste no primeiro obstáculo, ou busca com garra, alcançar seus objetivos? A perseverança usualmente está conectada à sua determinação. É estar firme e constante em um propósito. Sendo assim, perseverar não é apenas persistir. É ser coerente com seu projeto de vida.

 

Para refletir

Veja dicas valiosas que abordo com os executivos com quem trabalho o reposicionamento no mercado de trabalho:

  • É importante você buscar o seu autoconhecimento, para conhecer quais são suas competências e habilidades e em que você ainda precisa melhorar;
  • Construir uma carreira exitosa, depende primeiramente de você;
  • Ter protagonismo e assumir o controle de sua vida é de vital importância;
  • Ao longo de nossa trajetória profissional, iremos nos deparar com adversidades, pessoas complexas e problemas no dia a dia. Tudo isso vai nos moldando e trazendo maior maturidade emocional;
  • Antes de desistir no primeiro desafio, pense quais aprendizados você pode obter perseverando.


David Braga - CEO, board advisor e headhunter da Prime Talent, empresa de busca e seleção de executivos, presente em 30 países pela Agilium Group; é conselheiro de Administração e professor convidado pela Fundação Dom Cabral; além de conselheiro da ABRH MG, ACMinas e ChildFund Brasil. Instagrams: @davidbraga | @prime.talent

 

A importância de um Plano de Continuidade de Negócios para a sua empresa

Preparar-se para situações de crises ou desastres não é comum para os brasileiros, pois é cultural termos uma visão otimista das coisas e da vida. Isso reflete também no comportamento de muitas empresas brasileiras que só entendem o valor e a importância de um Plano de Continuidade de Negócios quando já estão na situação de crise ou de desastre. Para evoluirmos em relação a gestão empresarial e de riscos, é preciso mais que fé, otimismo ou sorte. Estar preparado é a primeira regra em uma boa gestão de riscos e pode minimizar perdas, abalo na imagem da empresa, desvalorização, desastres ambientais, desemprego, entre outros. Para isso, existe o Plano de Continuidade de Negócios (PCN), mas, afinal, o que é isso?

O PCN é um produto da Gestão de Continuidade de Negócios, que é parte da Gestão de Riscos Empresariais, e consiste em um conjunto de planos, estratégias, acordos e arranjos, com o objetivo de prevenir, preparar e responder adequadamente a situações de disrupção do negócio, que podem levar a crises ou desastres.

A interrupção de processos de negócios críticos em qualquer tipo de negócio, pode ocasionar impactos de imagem, financeiros, operacionais, legais, ambientais e socioambientais, oferecendo uma oportunidade para a materialização de riscos e consequências prejudiciais aos stakeholders das organizações.

A gestão da continuidade de negócios é uma parte importante da governança corporativa e de riscos, e está ligada diretamente a capacidade de resiliência de uma organização. Isto pode representar maior ou menor risco para investimentos ou para seus clientes. Em uma boa análise de fornecedores, este item pode ser o diferencial decisivo para um comprador.

De acordo com o levantamento “The State of Cybersecurity 2023: The Business Impact of Adversaries on Defenders”, da empresa Sophos, que traz um panorama sobre os impactos da cibersegurança, 52% das organizações avaliadas disseram que as ameaças cibernéticas estão muito avançadas para elas lidarem sozinhas. Além disso, 64% gostariam que a equipe de TI pudesse dedicar mais tempo a questões estratégicas e menos tempo no combate a incidentes.

A cada dia, acompanhamos ataques de ransomware (código malicioso que pode obter dados com o uso de criptografia, e em seguida exigir um resgate em criptomoedas). Isso acontece em diversos setores de varejo, financeiro, saúde, entre outros. O Relatório de Ameaças Cibernéticas SonicWall 2023 revelou que o Brasil é o quarto maior alvo de ransomware do mundo, atrás somente dos Estados Unidos, Reino Unido e Espanha.

Recentemente, o Hospital Universitário da USP sofreu uma ação de ransomware, que invadiu todos os sistemas e fez com que muitos processos fossem feitos em papel para não prejudicar o atendimento. A empresa de computação na nuvem, Ativy Digital, também sofreu um ataque do mesmo tipo em março. Na ação, que afetou os sistemas de acesso aos hosts, os cibercriminosos pediram um resgate que logo foi interrompido quando eles perceberam as tentativas de restauração por parte da empresa. Felizmente, neste caso, não houve indícios de vazamento de dados.

O Plano de Continuidade de Negócios é um importante investimento para empresas de todos os portes, e ajudará a sobrevivência frente a situações como ciberataques, ciber incidentes, danos de infraestrutura crítica, interrupção de processos ou problemas em parceiros. Além disso, avaliar os riscos de processos, pessoas e tecnologias em uma organização, mapear potenciais cenários de crises e preparar toda a organização para enfrentar isso, é um dos maiores valores agregados dessa prática.


3 passos para elaborar um Plano de Continuidade de Negócios   

Respeitando uma das melhores referencias no tema, o DRII (Disaster Recovery Institute International), fundado em 1998 nos EUA, recomendo de forma estratégica os seguintes passos: 

  1. Pré-Plano
    1. Criar um programa corporativo de continuidade de negócios;
    2. Identificar, classificar e tratar os riscos a continuidade;
    3. Análise de impactos no negócio (Quais partes do negócio merecem mais atenção?);
  1. Plano
    1. Definir estratégias para continuidade para processos, pessoas e tecnologias;
    2. Preparar a resposta a incidentes (nem todo incidente é uma emergência e nem todo incidente é uma crise!);
    3. Elaborar o Plano de Continuidade de Negócios (Tecnologia e processos precisam estar preparados!);
  1. Pós-Plano
    1. Treinar e conscientizar equipes e liderança;
    2. Auditar, medir e monitorar a Continuidade;
    3. Adequar a comunicação em crises (Planos de comunicação em crises);
    4. Coordenar com agências externas.

Gerir riscos é estar preparado! E para isso, o ideal é compreender as suas capacidades, seus riscos e como enfrentá-los. Infelizmente, sendo proveniente de uma ameaça cibernética, de um ataque direcionado, de uma falha operacional ou de uma interrupção de tecnologias ou de parceiros, uma situação de disrupção pode ser o fator decisivo para a vida ou a morte de uma empresa. Portanto, um plano de continuidade de negócios, trata-se de uma boa preparação para minimizar perdas e impactos aos negócios, protegendo assim marcas, reputações, empregos e regiões.

 


Jeferson D’Addario - CEO do Grupo DARYUS, professor coordenador do MBA em Gestão e Tecnologia em Segurança da Informação (GTSI), do MBA em Gestão de Risco e Continuidade de Negócios (GRCN) do Instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista (IDESP) e consultor sênior em Continuidade de Negócios e Gestão de Riscos.

Grupo DARYUS
https://www.daryus.com.br/

 

Sustentabilidade em Saúde é coisa de gente grande?

Até meados dos anos 1990 as organizações eram avaliadas quanto ao seu desempenho somente pelo viés financeiro (lucro ou prejuízo). Mas o inglês John Elkington, conhecido como o Pai da Sustentabilidade Corporativa, entendeu que além do aspecto financeiro era importante saber como as organizações chegavam ao resultado apresentado, considerando sua interação com as pessoas e também com o Meio Ambiente. Nascia ali o conceito do Tripé da Sustentabilidade.

Nos anos seguintes, essa discussão se concentrou majoritariamente em mercados com foco mais comercial ou restrita às grandes empresas. Contudo, o documentário “Uma Verdade Inconveniente” (2006), produzido pelo ex-vice-presidente americano Al Gore, lançou luz à questão dos efeitos devastadores do aquecimento global e os riscos ao planeta, ligando um sinal de alerta em todas as cadeias produtivas mundo afora.

Tive a honra de ter sido um dos primeiros profissionais no Brasil a discutir a Sustentabilidade na Saúde, por meio do desenvolvimento e implantação do 1º departamento de Sustentabilidade Corporativa em um hospital público no País e na América Latina, em 2010: o Hospital Municipal de Cubatão, no Litoral de São Paulo.

À época, em meio a um quase total desconhecimento sobre o projeto, sobre questionamentos em “investimento sem retorno” e outras mazelas, conseguimos resultados formidáveis, como a redução em 7% do custo operacional da unidade, apenas com a implantação de uma política de consumo consciente, ao rever padrões de consumo, qualificando fornecedores e otimizando processos. Tivemos diversos ganhos, como exposição espontânea positiva na mídia nacional e internacional, redução do absenteísmo e rotatividade, dentre outros.

Nos últimos anos, a discussão sobre Sustentabilidade avançou, mas não de forma igualitária e qualificada. É extremamente comum conversar com diretores de hospitais, laboratórios e outros serviços de Saúde e descobrir que a Política de Sustentabilidade da instituição consiste em disponibilizar lixeiras para a coleta seletiva de resíduos, que na maioria das vezes servem para tudo, menos para o descarte de recicláveis. E quando questiono o motivo de não existir uma estratégia clara para o tema, conectada ao Planejamento Estratégico, a resposta padrão é: “não é o momento de falarmos disso”; ou “não temos recursos”; ou ainda: “a Comissão de Resíduos e a Comissão de Humanização já cuidam bem disso”.

Esses erros crassos acontecem por falta de conhecimento qualificado sobre Sustentabilidade, mesmo entre os gestores nos níveis mais elevados da hierarquia. Isso faz com que o tomador de decisões não tenha sensibilidade para saber, por exemplo, que Sustentabilidade não é só Meio-Ambiente, como é amplamente difundido, mas a capacidade que aquela organização ou ecossistema de Saúde tem de se manter operando por longas décadas.

Além disso, é muito comum o gestor imaginar altos custos com reformas nas instalações físicas, colocação de painéis solares ou softwares de última geração. Mas antes mesmo de falarmos em recursos é preciso preparar os atores envolvidos no processo e construir uma cultura de Sustentabilidade, baseada em sensibilização, capacitação e melhoria contínua. Muitas vezes isso requer investimento zero, a não ser tempo e resiliência.

Tudo aquilo que é cultural leva tempo para ser construído de forma sólida, e Sustentabilidade não é diferente. Isso esbarra na visão imediatista que busca por resultados a curto prazo, além da dificuldade em tangibilizar resultados como melhoria na percepção de valor da sua marca e outros resultados que são mais “abstratos” que a redução na conta de luz ou água, de um mês a outro.

Para ser realmente “Sustentável” uma organização precisa buscar aprendizagem constante e ter a inovação e adaptabilidade no core do negócio, tendo finalidade lucrativa ou não, público, privado, de grande ou pequeno porte. Em suma, trabalhar a Sustentabilidade é gerar maior eficiência operacional e competitividade, para não correr o risco de desaparecer, caso as políticas públicas não acompanhem a mesma filosofia.

 

Alexandre Hashimoto - especialista em Gestão e Negócios e doutor em Sustentabilidade e Empreendedorismo. Atua como consultor, palestrante, treinador e autor do livro Gestão de Sustentabilidade em Organizações de Saúde.

 

Dia Mundial do Meio Ambiente: como as empresas podem fazer a sua parte?

Com foco no desenvolvimento responsável, a Mercur, empresa gaúcha de 98 anos, avança nas suas práticas socioambientais para reduzir os impactos no planeta


No próximo dia 5 de junho, celebra-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Essa data tornou-se referência para a sensibilização ambiental, mobilizando milhões de pessoas por meio de atividades, eventos e ações de engajamento em todo o planeta. Em 2023, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) comemora 50 anos da instalação desse dia para fomentar a reflexão e a ação mundial em prol do meio ambiente. 

Com uma atuação direcionada em reduzir seus impactos ambientais, a Mercur, indústria das áreas da saúde e educação, tem focado seus negócios em soluções em que a cadeia produtiva, a sociedade e o meio ambiente sejam beneficiados. Para isso busca cocriar aquilo que faz sentido na vida das pessoas ao fomentar o cuidado e a proteção ao meio ambiente como um Jeito Mercur de ser e fazer. 

Na sua evolução empresarial, o cuidado passou a ser prioridade nos processos de relação com o meio natural, com as comunidades, com a cocriação e legitimação de soluções e de inovações empreendidas em seus produtos e serviços. Dessa forma, cada uma das ações da Mercur passou a ser questionada e refletida com o propósito de fomentar um mundo adequado para todas as pessoas e também para o meio ambiente. “Percebemos que poderíamos fazer a diferença tendo um olhar mais atento para as matérias-primas que utilizamos em nossos processos. Assim, passamos a buscar soluções mais responsáveis que passam pela redução dos impactos socioambientais da Mercur”, explica Jorge Hoelzel Neto, Facilitador da Direção da Mercur. 

Diante desse cenário, a empresa tem adotado diversas práticas de gestão socioambiental que buscam diminuir e compensar o impacto da Mercur no meio ambiente e apoiar na regeneração do planeta. Iniciativas estruturantes como a redução do uso de água potável em mais de 60% entre os anos de 2009 e 2022, por meio da coleta das águas das chuvas, possibilitam à empresa a fazer o reuso de água em diversos banheiros, por exemplo. Desde 2016, a empresa não faz testes em organismos vivos e realiza ensaios biológicos, um tipo de experimento científico que investiga os efeitos de uma substância em testes in vitro. Outras ações realizadas pela empresa gaúcham também podem servir de inspiração para outras indústrias brasileiras: 

 

Redução do uso de plástico nas embalagens: desde 2012, a Mercur reduziu e eliminou o uso de plástico nas suas embalagens dos produtos de saúde. Em nove anos, deixou de utilizar mais de 370 toneladas de plástico. As embalagens de plástico dos produtos para a área da saúde foram substituídas por caixas de papel cartão reciclável, de fonte renovável, muitas com certificação FSC (Forest Stewardship Council ou Manejo Florestal). A impressão é feita com tinta atóxica e o acabamento em verniz à base d'água, para evitar a contaminação ao meio ambiente após o uso e facilitar a reciclagem. 

 

Insumos renováveis: A Mercur alterou a formulação das borrachas de apagar naturais e substituiu a carga mineral não renovável por fécula de mandioca, de origem vegetal. Assim, as borrachas de apagar passaram a ter até 75% de matéria-prima renovável em sua composição, contribuindo na redução de impactos com o meio ambiente. Na área da saúde, a Ponteira Articulada é um acessório desenvolvido para proporcionar mais segurança e estabilidade ao usuário durante a caminhada com muletas. Ela é fabricada em borracha natural e sua composição apresenta sílica, de origem vegetal, extraída da cinza da casca do arroz, o que a torna cerca de 60% renovável. 

 

Carbono neutro: Em 2009, a empresa passou a monitorar as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) gerados nas suas operações e de seus parceiros. Para reduzir essas emissões, passou a utilizar modos alternativos ao rodoviário (como a cabotagem, por via marítima) para transportar produtos e matérias-primas, além de iniciar o plantio de árvores nativas, a fim de compensar os impactos negativos que não podem ser reduzidos. Para cada tCO2e (tonelada de CO2 equivalente), são plantadas 6,3 árvores, tornando a Mercur uma empresa Carbono Neutro, desde 2015. 

 

Usina de Energia Solar Fotovoltaica: desde janeiro de 2023, a Mercur produz 50% de energia limpa utilizada nas duas plantas da empresa (centro e Distrito Industrial) localizadas em Santa Cruz do Sul/RS. A Usina gera 1.600MWh de energia por meio de 2.690 painéis em uma área de dois hectares. O impacto ambiental causado no local da construção foi compensado com o plantio de árvores nativas em um espaço de preservação da empresa. Foram realocadas jerivás e butiazeiros e plantadas 1,2 mil mudas de espécies nativas como compensação. A madeira de eucalipto retirada da área abasteceu a caldeira da empresa por mais de cinco meses.  

Essas e outras práticas socioambientais da empresa são amparadas nos direcionadores e evoluem com o engajamento das pessoas que contribuem com o processo e sabem que suas atividades cotidianas estão interligadas nas transformações socioambientais da Mercur e da sociedade.

  

Mercur
mercur.com.br

 

Com Pix, transações digitais per capita quase dobram no País

Em 2022, o sistema de transferências instantâneas alcançou a maior participação em número de transações em relação aos demais meios de pagamento, de 29%

 

O volume de transações financeiras digitais por pessoa praticamente dobrou desde o lançamento do Pix no fim de 2020, acompanhado, no mesmo período, de uma redução mais acelerada dos saques de dinheiro físico no País, afirmou o Banco Central.

As operações per capita por meio digital eram de 242 em 2020 e passaram a 453 em 2022. Em 2012, eram 131.

No ano passado, o sistema de transferências instantâneas criado pelo BC já alcançou a maior participação em número de transações em relação aos demais meios de pagamento, de 29%.

Por outro lado, a quantidade de saques em caixas eletrônicos e agências bancárias caiu de 3,4 bilhões em 2020 para 2,6 bilhões no ano passado. Em valores, a queda foi de R$ 2,5 trilhões para R$ 2,1 trilhões. Em 2012, o número era de 3,9 bilhões, com movimentação financeira de R$ 4,5 trilhões.

"A quantidade e o volume financeiro de saques em ATMs e agências bancárias vêm se reduzindo ao longo do tempo de forma gradual. De 2020 em diante, essa redução de uso parece ser mais acentuada, o que pode ser explicado pelas mudanças comportamentais da pandemia, a introdução do Pix e o aumento de transações com cartões", detalhou o BC.

As avaliações foram feitas no boxe "Evolução de Meios Digitais para a Realização de Transações de Pagamento no Brasil", que faz parte do Relatório de Economia Bancária de 2022, a ser divulgado na íntegra no dia 6 de junho, às 8 horas.

Segundo o BC, o avanço das transações digitais antecede o Pix e as mudanças provocadas pela pandemia de covid-19, embora tenha se tornado mais vigoroso nos últimos dois anos. Um marco, diz o órgão, é a criação formal das instituições de pagamento, conforme regulação do órgão em 2016.

Houve ainda o crescimento da utilização do telefone celular para fins de realização de transações financeiras, hoje o principal canal de relacionamento da população brasileira com o sistema.

Em relação à participação de cada instrumento de pagamento na quantidade total de transações financeiras de 2012 a 2022, o BC observou um crescimento mais acelerado no uso de cartões, com possível relação, segundo o órgão, da entrada de instituições de pagamento, que emitem cartões de crédito e cartões pré-pagos.

Com o uso do Pix, a partir do fim de 2020, houve redução relativa da utilização dos demais meios de pagamento, mas a autarquia pondera que, em termos absolutos, há contínuo aumento da utilização de cartões, com estagnação de boletos e redução acelerada no pagamento com cheques.

Em 2022, o cartão de crédito representou 20% da quantidade de transações, o de débito, 19%, e o pré-pago, 9%. O conjunto de cartões representava 39% de participação em 2012, mas não havia a modalidade pré-pago.

Já o boleto representou 11% do volume de transações no ano passado, contra 28% em 2012.

O cheque apresentou participação quase nula em 2022 ante 7% em 2012.

"Em apenas dois anos de operação, entre novembro de 2020 e dezembro de 2022, o Pix tornou-se o instrumento com maior quantidade anual de transações (participação de 29%)", destacou o BC, acrescentando papel importante do meio de pagamento na inclusão de pessoas que nunca haviam realizado transferências.

"As instituições de pagamento vêm tendo papel relevante na inclusão financeira, ao proporcionar contas de pagamento a pessoas que anteriormente não tinham nenhum relacionamento com o sistema financeiro", completou.

Em relação ao valor transacionado por meio de pagamento, o BC ressaltou que as transferências inter e intrabancárias continuam liderando, respondendo por cerca de 65% do volume financeiro transacionado em 2022. O Pix representou 12%, atrás ainda do boleto (13%).


 Estadão Conteúdo


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