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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Animação e otimismo são sentimentos entre alunos no retorno às aulas presenciais

Especialista do Hospital São Camilo SP destaca importância da socialização à saúde mental de crianças e adolescentes


Mais um ano se inicia em meio à pandemia de Covid-19 e, com ele, algumas preocupações e questionamentos. E, no âmbito da Educação, não poderia ser diferente. Com o retorno às aulas presenciais, muitas escolas estão em processo de adaptação para receber crianças e jovens de forma segura.

Levantamento realizado pelo Datafolha, em parceria com Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), indica que os sentimentos mais frequentes entre crianças e adolescentes neste momento são animação, maior interesse em relação aos estudos e otimismo com o futuro.

“Resgatar as atividades escolares é de fundamental importância, não somente pela questão acadêmica, mas também pelo importante papel social da educação. É claro que precisamos ter em mente que ainda estamos em uma pandemia, que são necessários cuidados”, destaca o Dr. Hamilton Robledo, pediatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Muitos pais e responsáveis enxergam de forma positiva esse retorno. O Datafolha aponta que 73% dos entrevistados consideram a recuperação da aprendizagem o principal motivo para apoiarem o retorno às aulas presenciais e 22% informaram que a maior motivação é a convivência e a interação que seus filhos terão com professores e colegas.

De fato, a socialização é uma questão importante para os seres humanos e, quando se trata de indivíduos que estão em fase de crescimento, esse tema tem um peso ainda maior.

“Estudar no formato EaD (Educação à Distância) não é o mais adequado para crianças, pois elas, muitas vezes, apresentam dificuldades de concentração. A criança precisa desenvolver autonomia, capacidade de concentração e autodisciplina. Precisa existir uma troca social. Ao meu ver, esse formato de ensino ainda deixa a desejar, além de contribuir negativamente com as desigualdades sociais”, ressalta o médico.

Os impactos do isolamento e das aulas à distância também prejudicam crianças e adolescentes, não só no aprendizado, mas também no desenvolvimento emocional e social. Estudos realizados pelo Conselho Nacional da Juventude, em maio de 2021, confirmam os efeitos da pandemia sobre a saúde dos jovens. A pesquisa constatou que 54% dos adolescentes que foram entrevistados passaram a sentir ansiedade, 56% utilizaram as redes sociais de forma exagerada e 48% reclamaram de exaustão e cansaço constante.

“A pandemia apresentou um impacto negativo na saúde mental de crianças e adolescentes. Foram observadas queixas como insônia, anorexia, crises de ansiedade e até depressão”, aponta Dr. Hamilton.

Para que os alunos possam aproveitar da melhor maneira possível a nova fase e o período em sala de aula, alguns protocolos sanitários devem ser seguidos. “Das diversas medidas que devem ser atendidas, é essencial a utilização de máscaras e do álcool e gel. O ideal é que as escolas também facilitem o acesso a pias com água, sabonete líquido e papel toalha para todos”, reitera o especialista.

Manter o distanciamento social entre pessoas, cadeiras e mesas, participar de grupo reduzido durante as aulas, respeitar escalas de horários para evitar aglomerações e dar preferência para ambientes que tenham ventilação adequada são algumas formas de manter todos em segurança neste momento.


Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Síndrome de Burnout: 4 dicas para líderes identificarem sinais e contribuírem para a prevenção doença entre suas equipes

 Criar um processo de monitoramento emocional está entre as recomendações dadas pela Qulture Rocks

 

A saúde mental de muitos profissionais foi afetada no último ano pelas mudanças nas relações de trabalho, decorrentes da pandemia da Covid-19. Uma pesquisa feita pela LHH e Grupo Adecco, empresa suíça de recursos humanos, revelou que 38% - dos 15 mil entrevistados em diversos países do mundo - dizem ter sofrido pela Síndrome de Burnout ao longo do ano passado. Não à toa, desde o início de 2022, o Burnout passou a ser considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das doenças de trabalho. 

"Até pouco tempo, trabalhar demais era razão para se vangloriar. Hoje em dia é diferente. A mudança da OMS vem justamente para somar nesse sentido. As empresas não devem romantizar o trabalho e o estresse excessivo. Ao invés disso, os líderes devem promover um ambiente corporativo saudável e equilibrado, no qual os funcionários se sintam motivados a desenvolverem suas tarefas, pois isso, consequentemente, vai impulsionar a produtividade da equipe. Trabalhar mais não é sinônimo de trabalhar melhor, mas sem suor, também não há conquista", afirma Francisco Homem de Mello, presidente da QultureRocks, startup de tecnologia para recursos humanos. 

Dentro desse contexto, o executivo separou quatro dicas para líderes identificarem sinais da síndrome e contribuírem para a prevenção da doença.


1. Entenda que os sinais não aparecem de uma hora para outra 

Em primeiro lugar é preciso ter em mente, que existe uma trilha da exaustão emocional, isto é, os sinais de esgotamento não aparecem de um dia para o outro. Pelo contrário, à medida que a saúde mental do liderado está sendo comprometida, alguns reflexos vão aparecendo no dia a dia. Como por exemplo, a necessidade de autoafirmação, insegurança, vazio, aumento do tempo trabalhado e diminuição da produtividade, tristeza, resistência a outras opiniões e, por fim, crises de ansiedade e até depressão.

 

2. Crie um processo de monitoramento emocional 

Hoje em dia, muitas empresas já adotam ferramentas em que os funcionários inserem informações sobre seu humor, hábitos alimentares, prática de atividades físicas e outras ações que contribuem para entender como anda sua saúde mental. Com esse diagnóstico, fica mais fácil entender o momento que a pessoa está e recomendar folga, férias, terapia e até afastamento, quando e se necessário. 

O Head de People e CFO da QultureRocks, André Levy, apresenta estratégias importantes que ajudam a identificar os pontos de atenção. "Outro exemplo de atividade efetiva é a prática de one-on-ones, ou seja, reuniões periódicas entre lideranças e pessoas lideradas para que a gestão entenda quais são os principais desafios enfrentados pelo profissional, além das principais percepções em relação a projetos, empresa e à própria liderança. Assim como a aplicação de uma Pesquisa de Clima, que pode ajudar a entender aspectos das equipes como senso de justiça em relação a cargos e salários, condições de trabalho e reconhecimento sobre as atividades realizadas".


3. Compreenda que a recuperação é gradativa
 

Não espere que, caso alguém tenha se afastado por um período devido à Síndrome de Burnout, ela volte com a mesma produtividade que tinha anteriormente. A recuperação é gradativa e contar com a compreensão de seu líder, sem dúvidas estimula para que o processo funcione melhor e de maneira mais rápida. 

"Percebemos através da nossa experiência e de nossos clientes que as situações de estresse e saúde mental dos colaboradores estão diretamente relacionadas à qualidade da sua performance, chegando a impactar até mesmo o faturamento da empresa no fim do mês. Atualmente, temos o privilégio de contar com inovações e tecnologias que não tínhamos há alguns anos, por isso é nosso dever enquanto líderes, fazer tudo que está ao nosso alcance para ajudar a prevenir a exaustão dos times" alerta Mello.


4. Para reduzir o esgotamento entre a equipe

Por fim, um estudo publicado recentemente pela International Journal of Environmental Research and Public Health, e conduzido por um professor da Goethe University, na Alemanha, demonstrou que líderes que promovem o sentimento de identidade no time contribuem para a prevenção do Burnout entre liderados e lideradas. 

O levantamento apontou as características da liderança que contribuem para reduzir o esgotamento entre a equipe. São elas: senso de pertencimento criado pela liderança; líder visto como uma pessoa da equipe; liderança defendendo os interesses da equipe; e significado e propósito promovido entre o time.

 

QultureRocks - plataforma completa de Gestão de Desempenho, na qual é possível implementar avaliações de desempenho, feedbacks 360, gestão de metas/OKR e outras funcionalidades.


Como ensinar os filhos a se comportarem na escola

Imagem: Kuanish Reymbaev
A preocupação com o comportamento das crianças e com as amizades inadequadas podem tirar os pais do sério




Os pequenos voltaram para a escola e, como todos os pais, você se preocupa não somente com os materiais, uniforme ou condução escolar, mas também com a forma com que os seus filhos irão se comportar em sala de aula e com os colegas. E mais: muitas vezes, a preocupação com que tipo de amizade as crianças estão se envolvendo também é um assunto que tira o sono. “Como vou saber que meu filho fará boas escolhas?”, “Como direcioná-lo para ter uma conduta correta?”. Essas e outras perguntas estão relacionadas a uma coisa: o exemplo de caráter.



Confira o que Melina Pockrandt, autora do livro Ensinando no Caminho (Publicações Pão Diário), tem a falar sobre o assunto:



Por melhores que sejam as estratégias escolhidas, todo investimento pode ir por água abaixo se não houver exemplo vivo de cristianismo dentro de casa. Os filhos precisam ver nos pais que a Palavra de Deus transforma vidas e isso é demonstrado através do caráter! Ninguém conhece mais o seu verdadeiro caráter do que quem vive na mesma casa que você. Devemos ser exatamente aquilo que queremos que nossos filhos sejam.



Se os pais usam uma máscara de crente para ir à igreja, à célula, para se relacionar com os irmãos, os filhos estão observando. Eles veem quando os pais mentem, gritam no trânsito, brigam constantemente em casa, praticam uma disciplina baseada na violência e intimidação, falam mal dos irmãos, assistem programas inadequados, falam palavrão… Enfim, a lista é imensa!



São atitudes mundanas que continuam sendo praticadas dentro de casa e não condizem com um compromisso verdadeiro com Cristo. Invariavelmente, seu filho pensará em algum momento: “De que me adianta servir a esse Deus que não fez diferença no caráter do meu pai e da minha mãe, que não mudou a minha família?”.



Em 1 Timóteo 4:16, Paulo afirma que, ao atentar para sua vida e para a doutrina, perseverando nos deveres, Timóteo salvaria a si mesmo e também aos que o ouvissem. Assim devemos ser com nossos filhos: atentar para a prática da Palavra de Deus em nossa vida e, assim, impactaremos aqueles que nos observam.




E quando chegamos nesse ponto, muita gente fica na defensiva e diz: “Mas todo mundo peca”. Sim, pecamos, porém, não andamos em pecado. O pecado na vida do cristão deve ser acidente de percurso e não hábito. Estamos dia a dia nos livrando do pecado que nos torna vagarosos (HEBREUS 12:1) e, ainda que não sejamos perfeitos, prosseguimos para o final da corrida (FILIPENSES 3:13,14).

 

 

Pão Diário — Conheça o livro Ensinando no caminho, de Melina Pockrandt.

 

Veja dicas de como subir no altar em 2022

unsplash
Maicon Paiva, espiritualista com mais de 30 anos de experiência, dá dicas de como viver um amor pleno com o seu parceiro


Casar não precisa ficar para depois. Com a volta do “novo normal”, possibilitado pelo avanço da vacinação contra o coronavírus e pela liberação do poder público, muitos casais estão se programando para subir no altar neste ano, o que é uma boa estratégia. O mercado de casamento está divulgando valores em conta, na intenção de voltarem às atividades ainda neste ano, e instigar a ideia do matrimônio nos pombinhos apaixonados. Financeiramente, adiar o casamento pode ser uma cilada. 

Desde 2020, os casamentos foram suspensos devido a pandemia e, agora, com a flexibilização da quarentena, os eventos festivos estão voltando a sua normalidade. De acordo com a Associação Brasileira de Promotores de Eventos, os casamentos já podem ser celebrados por casais que estavam no aguardo dessa data tão especial. Mas, para a segurança da saúde contra a pandemia, algumas recomendações ainda são necessárias, como um percentual reduzido de pessoas, o uso de máscaras, o álcool em gel e um distanciamento social mínimo.  

Segundo dados da Abrape (Associação Brasileira dos Promotores de Eventos), a previsão é de que 100% da programação das festividades volte ao normal em 2022. Em 2021, apenas 50% dos eventos puderam ser realizados. 

A pandemia arruinou algumas comemorações tradicionais e festivas, mas o momento de rever o sonho de realizar essa ilustre cerimônia começa agora! Planeje a sua história e antecipe o tão sonhado “sim”. Para Maicon Paiva, espiritualista da Casa de Apoio Espiritual Espaço Recomeçar e especialista em relacionamento e união de casais, é muito importante realizar a Limpeza e Proteção Espiritual antes do casamento para quebrar e proteger a união de todas as possíveis energias negativas. A casa já ajudou mais de 35 mil pessoas a encontrar o caminho da felicidade amorosa e a paz de espírito. 

Se você deseja casar com o amor da sua vida, deixe aflorar esse sentimento e desperte o desejo também no seu amado. Casar é sinônimo de cuidar um do outro, ter uma proteção, e ter alguém que sempre estará ao seu lado, independente do momento. Afinal, casamento é estar presente na alegria e na tristeza, um laço de união eterno. 

Não adie o momento de ser feliz a dois, suba no altar em 2022! O Espiritualista Maicon Paiva, do Espaço Recomeçar, traz 6 dicas para que você case com o seu amor. Confira:

 

1- Crie um bom planejamento 

O primeiro passo para economizar e caprichar em todos os detalhes do casamento é fazer um bom planejamento, pensando na organização da tão sonhada festa. Dependendo do orçamento estabelecido, considere enxugar a lista de convidados, priorizando os mais íntimos. Com isso, vai ser possível fazer tanto a cerimônia quanto a festa, sem precisar, necessariamente, ter que excluir a festa. Procure profissionais que saibam produzir o evento de acordo com o que espera e, consequentemente, evite qualquer frustração.

 

 2- Pesquise e compare preços 

Antes de bater o martelo sobre os investimentos do casório, pesquise e compare os preços, estabeleça um teto de gasto para cada parte da cerimônia e tome cuidado com os valores muito baixos. Entenda: a busca por qualidade deve considerar custo e benefício, não apenas preço. O barato pode sair mais caro do que imagina, então esteja alinhada a todos os detalhes da contratação.

 

3- Faça o Casamento Espiritual 

Você sabia que antes de subir no altar , você pode fazer o Casamento Espiritual com o seu parceiro?! Trata-se de um ritual que proporciona energias positivas e bloqueia tudo o que estiver interferindo nesta união. É indicado para quem está prestes a casar e/ou para quem está passando problemas na relação. Afinal, organizar um casamento pode gerar ansiedade e brigas no casal. Bloqueie essas energias negativas e agende o seu Casamento Espiritual.

 

4-Contrate bons profissionais 

Ao fazer a contratação, busque a realização de uma festa com a sua cara. É válido procurar na internet opinião de clientes que passaram por experiências com a empresa ou conversar com fornecedores para se certificar da escolha.

Escolher bons profissionais é a certeza de ter quase todos os problemas resolvidos, com a convicção de que vai sair tudo conforme combinou e imaginou.

 

5- Defina os convidados 

Fazer a lista de convidados pode e deve ser algo prazeroso, mas deve tomar bastante cuidado ao realizá-la, pois é ela que vai ditar o tamanho da sua festa e, consequentemente, a quantidade de gastos. Comece pela família e pelos amigos mais íntimos, buscando não esquecer de ninguém importante. Se necessário, pode dar uma espiadinha nas redes sociais, pois “é sobre isso e tá tudo bem”.

 

6- Busque estar em equilíbrio na relação 

Quando o grande dia chegar, é fundamental que esteja em equilíbrio na relação. A plenitude do amor e da felicidade deve contagiar o momento e, para isso, não hesite em buscar retirar a negatividade, abrir os caminhos da vida amorosa e libertar todo o mal que possa estar prejudicando o relacionamento. Para isso, procure o Espaço Renovar e agende uma Limpeza Espiritual, para que possa quebrar algum possível sentimento ou energia negativa, restaurando a felicidade amorosa tão necessária nesse momento tão importante na vida a dois.

 

Espaço Recomeçar

https://espacorecomecar.com.br/


Busca por namoro on-line dobra à medida que os usuários buscam conexões para começar o terceiro ano da pandemia

O Brasil é o segundo maior mercado de aplicativos de namoro, perdendo apenas para os Estados Unidos


A Liftoff, plataforma de marketing de aplicativos mobile global, lançou hoje seu relatório sobre aplicativos de namoro para 2022, analisando dados mobile dentro do namoro digital. Com mais de 270 milhões de usuários e fontes prevendo um mercado global de quase US$ 9 bilhões, o estudo mostra que a busca por amor através de smartphones continua aumentando à medida que a pandemia continua afetando os usuários em escala global.  

Esses dados se baseiam em mais de 29 bilhões de impressões de anúncios, 201 milhões de cliques em 13,7 milhões de instalações e 79 aplicativos entre 1° de novembro de 2020 e 1° de novembro de 2021. Abaixo estão os principais insights da pesquisa:

 

Dados ano a ano mostram usuários procurando um relacionamento enquanto a pandemia continua

O namoro online tornou-se um padrão cada vez mais aceito e disparou em popularidade com a pandemia em andamento. À medida que os usuários se adaptam a esse suposto normal, o smartphone continua sendo uma fonte importante de interação social. Ano após ano, de 2020 a 2021, o custo por instalação (CPIs) mais que dobrou, de US$ 2,21 para US$ 4,57. Devido ao aumento das variantes de Covid-19 e os usuários sendo forçados a ficar on-line, os CPIs também aumentaram consideravelmente em 12,8% mês a mês no final do segundo ao começo do quarto trimestre de 2021.

 

No Brasil não foi diferente, de acordo com o Pew Research Center, o país possui o segundo maior mercado de aplicativos de namoro, perdendo apenas para os Estados Unidos. Durante o período da pandemia e isolamento social, o interesse do brasileiro em namoro on-line registrou crescimento de 215% dependendo da região do país, sendo o Tinder o app mais popular por aqui. 

Os profissionais de marketing mobile devem examinar suas estratégias de engajamento para garantir que possam manter essa onda de novos usuários engajados, obrigando-os a permanecer além dos primeiros dias de uso. 

 

Mercado global de aplicativos de namoro tem previsão de alcançar US$ 8,4 bilhões até 2024


Como as oportunidades de relacionamento ficaram limitadas ao ambiente virtual durante o isolamento, cerca de 270 milhões de usuários de aplicativos de namoro foram registrados em todo o mundo. Com o aumento do uso de dispositivos mobile conectados à Internet – e a pandemia continuando a inibir as conexões da vida real – esse número de usuários só deve crescer, levando analistas externos a prever que o mercado global de aplicativos de namoro ultrapassará US$ 8,4 bilhões até 2024. Os profissionais de marketing precisam estar atentos para entrar nesse grupo e tornar seus aplicativos globais.

 

Embora as métricas de compra tenham caído para uma baixa anual de 3,13% em maio de 2021, o verão foi animador para os solteiros e ajudou a engajar os usuários de aplicativos de namoro vacinados e prontos para se relacionar, com isso, em outubro de 2021, as métricas aumentaram para 9,58%.

 

“Com a crescente popularidade dos aplicativos de namoro, espera-se que os profissionais de marketing sejam ágeis e atentos para se manterem competitivos nesse mercado em crescimento”, disse Mark Ellis, CEO da Liftoff. “À medida que as restrições da pandemia diminuem, reunindo novamente os usuários de maneiras diferentes e de forma presencial, os profissionais de marketing precisarão permanecer criativos para chamar a atenção dos usuários para gerar mais matches ao longo do ano”, finaliza Ellis.


 

Usuários do iOS possuem as maiores taxas de compras in-app e registram mais encontros do que usuários do Android


Enquanto os usuários do Android custam mais para converter a compra, com média de US$ 52,17 (em comparação com os US$ 47,19 dos usuários do iOS), os usuários do iOS são duas vezes mais propensos do que o Android a realizar uma compra no aplicativo. Os usuários da Apple também apresentam uma taxa de registro 79% maior do que o sistema do Google, apontando para os usuários do iOS como os que possuem maiores encontros do ambiente mobile. Com esse grupo disposto a gastar mais para encontrar o amor, os profissionais de marketing de aplicativos precisam estar atentos para conquistar este espaço dentro do mercado.


Para mais detalhes sobre a Liftoff e para baixar o relatório completo, clique aqui.

 

 


Liftoff - plataforma completa de marketing de aplicativos mobile que ajuda as empresas a adquirir e reter usuários de alta qualidade em escala.


A psicanalista Natthalia Paccola explica como evitar golpes em aplicativos de relacionamento

É fato que conviver com outras pessoas torna a vida mais alegre, mais leve e proporciona muito aprendizado. Os aplicativos de relacionamento facilitaram, e muito, a união de indivíduos ao redor do mundo.

Entretanto a  psicanalista Natthalia Paccola pontua que junto dos benefícios de conhecer gente diferente e até mesmo encontrar uma parceria duradoura, existe também quem aplique golpe, o que ficou evidente no lançamento da Netflix: “O golpista do Tinder”.

O documentário exibe mulheres que narram o envolvimento que tiveram com um farsante do aplicativo e contam toda a trajetória de paixão, mentiras, roubos e humilhação. A psicanalista afirma que histórias como esta são mais comuns do que se pode imaginar.

“Esses verdadeiros cardápios humanos, onde escolhemos com um clique aquilo que mais nos agrada, pode ser uma excelente opção tanto para fazer novas amizades, quanto para encontrar um parceiro amoroso”, explica.

Estamos vulneráveis o tempo todo, mas para evitar desgastes desnecessários e principalmente acontecimentos graves como sequestros e roubos, é preciso cuidado. 

“Certifique-se sobre quem é a pessoa que irá encontrar, não tenha vergonha de pedir detalhes sobre a sua identidade, redes sociais, pessoas em comum e no menor sinal de que algo está errado, abra bem os olhos”, sugere a psicanalista.

Segundo Natthalia Paccola, a ideia de que somente mulheres frágeis e carentes são vítimas, é equivocada. Na realidade há muitas mulheres, e também homens, independentes, com a vida muito bem resolvida e que por falta de tempo, preferência ou comodismo, aderem ao aplicativo e acreditam no que lhes é dito. 

“Geralmente a malandragem é tanta que convence qualquer pessoa, não nos cabe julgar a vítima e sim buscar soluções para que esses golpistas sejam desmascarados”, conclui.


Leucemia: o que devemos saber?

Mês de Fevereiro é o de conscientização da doença que afetou, em 2020, mais de 10 mil pessoas no Brasil 

 

Muito vem se falando sobre a campanha Fevereiro Laranja, que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a leucemia, doença que atinge células da medula óssea – órgão que fabrica as células do sangue. Neste contexto, é importante ressaltar informações sobre o diagnóstico precoce e a doação de células-tronco. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020 foram diagnosticados 10.810 casos novos de leucemia no Brasil, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. A hematologista Lorena Bedotti Ribeiro, do Grupo SOnHe- Oncologia e Hematologia, explica que na medula óssea saudável as células-tronco nascem, amadurecem e passam por um processo de diferenciação, formando os diversos tipos de células do sangue: glóbulos brancos (leucócitos), glóbulos vermelhos (hemácias) e plaquetas. Quando ocorrem mutações nas células podem surgir as leucemias. “As leucemias são cânceres hematológicos decorrentes de mutações genéticas nas células-tronco da medula óssea, gerando glóbulos brancos doentes que não funcionam normalmente, se multiplicam mais rápido e morrem menos, atrapalhando a produção saudável das demais células da medula. As leucemias podem ocorrer em qualquer fase da vida, desde o nascimento, até em idades muito avançadas, e o diagnóstico costuma ser feito a partir de exames clínicos simples, como o hemograma”, diz. 

Existem mais de 12 tipos de leucemia, que podem ser classificadas como crônicas ou agudas, a partir da velocidade de progressão do quadro ou o tipo de célula comprometida. “Quando crônica, há produção de células maduras, capazes de realizar algumas funções normais, progredindo lentamente.  Quando aguda, produz células imaturas,incapazes de realizar suas funções normais, progredindo rapidamente. Sua classificação também depende do tipo de glóbulo branco acometido podendo ser mieloides ou linfóides”, explica a hematologista. 

Segundo Dra. Lorena, podem ser apresentados como fatores de risco a exposição a produtos químicos e irradiação, tratamento prévio de outros cânceres, exposição a cigarro e desordens genéticas. “Vale ressaltar que a maioria dos casos não apresentam fatores de risco conhecidos, não podendo ser evitados. É importante ficar atento a alguns sinais como fraqueza, cansaço, tontura, palidez, inapetência, perda de peso, falta de ar, febre,suor a noite, dor óssea, hematomas e sangramentos, infecções, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos (ínguas)”, afirma. 

Como qualquer outro tipo de câncer, o diagnóstico precoce proporciona melhores resultados no tratamento. “Normalmente, para diagnóstico são realizados exames com coleta de sangue e/ou punção da medula óssea, como hemograma, mielograma, imunofenotipagem por citometria de fluxo, citogenética, testes moleculares, FISH e biópsia de medula. Tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas e punção lombar para coleta de líquor também podem ser necessárias. Já o tratamento e a duração vão depender do tipo de leucemia, podendo ser com quimioterapia (injetável ou oral), terapias-alvo (substâncias que bloqueiam proteínas ou moléculas envolvidas no crescimento das células cancerígenas), radioterapia, transplante de medula óssea e imunoterapia (anticorpos monoclonais ou personalizada)”, esclarece a hematologista.. 

 

Para quem é indicado transplante de medula? 

Dra. Lorena, que também atua como médica assistente do transplante de medula óssea no Hemocentro e no Hospital de Clínicas da Unicamp, explica que o transplante de células-tronco hematopoéticas é um tratamento potencialmente curativo para uma variedade de neoplasias hematológicas, distúrbios benignos da medula óssea, neoplasias oncológicas, doenças autoimunes e de erros inatos do metabolismo. “É um procedimento no qual o paciente é condicionado com quimioterapia e/ou radioterapia e/ou agentes imunoterápicos, seguido pela infusão de células progenitoras hematopoiéticas de qualquer fonte ou doador para reconstituir a medula óssea. O transplante de medula pode ser dividido em subtipos baseados no doador de células hematopoiéticas, na fonte de células progenitoras hematopoiéticas e no regime preparativo. Cada um desses fatores influencia a eficácia e as toxicidades de curto e longo prazo associadas ao procedimento. Apenas cerca de 25% dos pacientes apresentam doador ideal (aparentado HLA-idêntico). No restante dos casos, torna-se necessário procurar um doador alternativo. Pessoas saudáveis, com 18-35 anos, sem doenças infecciosas, incapacitantes, neoplasias, doenças hematológicas ou autoimunes podem se cadastrar nos bancos de sangue/ Hemocentros para serem doadores e, assim, ajudar esses pacientes a aumentarem suas chances de cura”, finaliza a hematologista. 

 

 

Lorena Bedotti Ribeiro - hematologista do Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia, é médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puccamp), em 2012, universidade na qual também obteve seu treinamento em Clínica Médica. Realizou especialização em Hematologia e Hemoterapia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e em Transplante de Medula Óssea, na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP-RP). Tem título de especialista em Hemoterapia e Hematologia e título de especialista em Transplante de Medula Óssea conferidos pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH).  Atuou de 2018 a 2021, como médica assistente na unidade de transplante de medula óssea no Hospital de Amor de Barretos. Atualmente, atua como médica assistente do transplante de medula óssea no Hemocentro e no Hospital de Clínicas da Unicamp. Tem experiência em oncohematologia, com foco na área de transplante de medula óssea.  

 

Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia

www.sonhe.med.br 

@gruposonhe


“Falta conhecimento dos profissionais da saúde sobre a doença rara”

  • 35% das crianças morrem antes dos 5 anos de idade
  • 28 de fevereiro: Dia Mundial das Doenças Raras
  • Teste do Pezinho pode detectar precocemente cerca de 50 doenças·         


Existem de 6 a 8 mil tipos de doenças raras. Cerca de 70% a 80% delas têm origem genética, 75% afetam crianças e 35% dessas crianças morrem antes dos 5 anos de idade, muitas vezes por causa do diagnóstico tardio. Só no Brasil, existem aproximadamente 13 milhões de pessoas com algum tipo de doença rara. “Esses dados demonstram a necessidade de difusão do conhecimento do que é uma doença rara, como identificá-la e tratá-la”, comenta Dra. Tânia Bachega, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo (SBEM-SP).

 

Um teste fácil e que possibilita diagnosticar cerca de 50 doenças raras é o Teste do Pezinho. Esse teste promove o diagnóstico precoce de uma doença enquanto o bebê é assintomático. “Isso é o que chamamos de janela de oportunidade: diagnosticar o bebê que está doente e evitar as complicações graves”, explica a endocrinologista.

 

Todo bebê tem que fazer o Teste do Pezinho na maternidade. E se lá não for coletado, a mãe tem que levar numa UBS entre o 3º e 5º dia de vida. “Uma vez que o Teste do Pezinho tem um resultado alterado para uma determinada doença, rapidamente este bebê deve ser submetido a um teste comprobatório, mais específico, que definitivamente vai fechar ou excluir o diagnóstico”, explica Dra. Tânia.

 

Ainda há muita confusão entre o que é a impressão digital do pé do bebê (um registro feito para comprovar que esse bebê pertence àquela mãe), com o Teste do Pezinho. O teste é feito com uma agulha muito fina no calcanhar do bebezinho para retirar algumas gotas de sangue. É um teste rápido, indolor e que permite evitar o óbito da criança ou a deficiência intelectual grave. “Tenho relato de mães que não querem submeter seus filhos ao teste por medo da agulha”, pontua a endocrinologista.

 

“O hipotireoidismo congênito é uma doença rara, sendo a causa mais frequente de deficiência intelectual e que pode ser totalmente evitável com o início do tratamento precoce. Mas, para isso, tem que fazer o Teste do Pezinho, porque quando mais tarde colhido, perde-se a janela de oportunidade de um tratamento efetivo. Não basta coletar o teste: o município tem que enviar o papel de filtro com a gota de sangue para o laboratório do ministério da Saúde, que faz o teste, processa e emite o resultado. Como disse anteriormente, um teste alterado precisa ser repetido ou confirmado por outro exame mais específico. Mas esse fluxo de coleta até o resultado e confirmação tem de ser rápido”, pontua Dra. Tânia.

 

Um em cada 3.500 bebês terão hipotireoidismo congênito. A tiroxina é um hormônio produzido pela tireoide da mãe e fornecida ao bebê pela placenta. Quando há deficiência desse hormônio, chamamos de hipotireoidismo congênito. Ao nascer, o bebê parece “normal”, podendo apresentar, em alguns casos, hérnia umbilical, icterícia prolongada, língua grande (macroglossia) e choro rouco. Porém, é o Teste do Pezinho que vai confirmar o hipotireoidismo congênito que, se não detectado e tratado antes dos 30 dias de vida, a criança certamente terá deficiência intelectual grave.

 

“Existem áreas carentes do Brasil que estão com falta dos kits para a realização dos testes. A orientação que dou aos pais e mães é que exijam o resultado antes de 30 dias de vida por escrito: seja pelo papel ou via internet”, diz a endocrinologista.

 

Segundo ela, em locais do Brasil como na maioria dos Estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, o Teste do Pezinho no SUS é um programa de saúde muito bem desenhado, pois não só é feito o teste e o diagnóstico, como também o bebê é encaminhado para uma rede especializada de tratamento e recebe o medicamento. “Não adianta diagnosticar e depois não tratar e não seguir. Muitos pediatras nem sabem como encaminhar o bebê quando recebem o teste da rede privada”, comenta a médica.

 

Equidade – Para Dra. Tânia, falta uma educação continuada dos gestores sobre a importância desse teste. No pré-natal é importante que o obstetra faça as orientações à mãe sobre a importância da coleta do Teste do Pezinho, seja na maternidade particular ou na UBS. Falta um programa de educação em diferentes níveis, passando pelo obstetra durante o pré-natal, na saída da maternidade, nos gestores públicos, todos precisam estar empenhados em fornecer as informações para as famílias sobre a importância desse teste que detecta e trata em tempo algumas dessas doenças raras.

 

“Para as doenças raras que não estão no Teste do Pezinho falta conhecimento médico e dos profissionais da saúde sobre a doença rara. No caso da hiperplasia adrenal congênita, por exemplo, os pacientes ficam perdidos, pois na própria graduação de Medicina o conhecimento está incompleto. É frequente que o paciente enfrente uma odisseia até seu diagnóstico. Luto para sensibilizar nossos administradores para inserir uma grade de doenças raras e de triagem neonatal na graduação de Medicina. Falta uma consciência pública nas políticas de saúde para doenças raras, através da criação de centros especializados de tratamento com ferramentas diagnósticas adequadas e fornecimento de medicações ou fórmulas específicas de dietas para pacientes com doenças como a fenilcetonúria. Há escassez de pesquisas, que geram maior conhecimento fisiopatológico das doenças, novas tecnologia diagnósticas e de tratamento. Sem falar sobre a desigualdade e o preconceito que esses pacientes vivenciam no dia a dia”, conclui a endocrinologista.

 

O Dia Mundial das Doenças Raras foi criado em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras para ajudar na conscientização da sociedade e classe médica sobre a incidência destas enfermidades e as dificuldades que seus portadores enfrentam no dia a dia.

É considerada como doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 para cada 2 mil pessoas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

 

 

SBEM-SP  - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo

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Remédio de R$ 6,5 milhões: preço baseado na cura é injusto e cruel, diz Idec

Instituto critica aumento do preço de tratamento para atrofia muscular espinhal e demanda mais transparência da indústria


Uma reportagem publicada na manhã desta quarta-feira (16) pelo jornal Folha de S.Paulo revelou que o Conselho de Ministros da Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) acolheu um recurso apresentado pela farmacêutica Novartis e reajustou o valor máximo do medicamento Zolgensma - usado para o tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) - de R$ 2,9 milhões para R$ 6,5 milhões. O Zolgensma é considerado o remédio mais caro do mundo e, desde sua aprovação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2020, tem suscitado debates sobre a falta de transparência na composição dos preços dos remédios.

Por decisão da própria Novartis, o medicamento ainda não está disponível para a compra no Brasil, tampouco é oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Isso tem obrigado as famílias de pacientes a recorrerem à Justiça para obrigar o Estado a arcar com os custos de compra e importação. No mercado internacional, o valor do mesmo medicamento é de cerca de R$ 12 milhões.

A reportagem da Folha de S.Paulo também revelou que, para o cálculo do novo valor do Zolgensma, a Cmed levou em conta os custos de tratamento da atrofia muscular espinhal com um medicamento concorrente, o Spinraza, pelo período de 5,2 anos. Nas regras atuais para definição de preços-teto da Cmed não existe nenhuma diretriz que permita comparar a nova tecnologia com o valor hipotético que os pacientes estão dispostos a pagar pela cura de uma doença, ou com outros tratamentos e terapias já disponíveis no mercado.

Desde 2020 o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) vem alertando a sociedade e as autoridades para a falta de transparência no processo de precificação de medicamentos e demandando melhorias na regulação desse mercado. Para Ana Carolina Navarrete, coordenadora do Programa de Saúde do Instituto, o debate sobre o Zolgensma mostra que “os preços dos remédios são arbitrariamente estabelecidos e impostos sobre os pacientes e os sistemas de saúde”.

“Não há transparência na indústria sobre os custos para o desenvolvimento das tecnologias, sua produção e distribuição. Portanto, é impossível saber se o preço de um produto realmente reflete os investimentos feitos pelas empresas. Essas informações têm sido sistematicamente ocultadas da sociedade e também das autoridades regulatórias. O que sobra é uma discussão cruel e injusta, pautada pelo valor que as pessoas e o Estado estão dispostos a pagar para salvar vidas. A cura não tem preço”, afirma Navarrete.

Para a advogada, a Cmed precisa ser fortalecida e ter à disposição ferramentas regulatórias que permitam aferir de maneira mais justa e precisa o valor dos novos produtos que chegam ao mercado brasileiro. “As regras atuais para o cálculo dos preços-teto devem ser atualizadas e aperfeiçoadas, e a boa notícia é que já há um projeto de lei tramitando no Senado nesse sentido. Além disso, essa proposta amplia os requisitos de transparência que recaem sobre a indústria, o que sem dúvidas marcará um ponto de inflexão no debate”, completa.

Navarrete se refere ao PL 5591/20, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que ainda não tem data prevista de votação. Nos próximos dias, o Idec apresentará um pedido baseado na Lei de Acesso à Informação para acessar o conteúdo do processo de avaliação do preço-teto do Zolgensma pela Cmed.


Metade da população mundial será míope em 2050, aponta OMS

 A miopia - alteração ocular que dificulta enxergar a distância - afeta 59 milhões de brasileiros, cerca de 25% da população, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. A estimativa da OMS é que até 2050, aproximadamente 50% da população mundial seja afetada pela doença. 

Em todo o mundo, o número de pessoas atingidas chega a 2,6 milhões, sendo que países do sudoeste asiático têm quase 90% da população míope. 

Um levantamento realizado pela Fundação Abióptica (2019) apontou que 36 milhões de brasileiros usam lentes de contato ou óculos para o tratamento de doenças como hipermetropia, presbiopia, miopia ou astigmatismo. 

O oftalmologista Dr. Ricardo Ducci, especialista no tratamento destas alterações, explica que existe uma cirurgia capaz de corrigir esses problemas de visão, suspendendo a necessidade de óculos. “A cirurgia refrativa promove a remodelação da córnea entregando ao paciente a capacidade de enxergar perfeitamente, sem o uso de acessórios”. 

Dados da empresa Market Scope (2018) apontam que foram realizadas 158 mil cirurgias de correção visual a laser no Brasil naquele ano. “O procedimento pode ser feito com duas diferentes técnicas, de acordo com a necessidade do paciente. Dura aproximadamente 10 minutos - para os dois olhos - e tem resultados imediatos”, explica Ducci. 

A indicação da cirurgia é feita após avaliação médica e não existe grau mínimo ou máximo para a sua indicação. “A possibilidade de correção da cirurgia a laser, que é altamente tecnológica, vai variar de acordo com as características de cada córnea. Algumas pessoas podem corrigir até 15 graus e outras nem a metade disso, por exemplo. É essencial para a cirurgia que o paciente esteja com o grau refrativo estável há pelo menos um ano e não apresente doenças que possam prejudicar a cicatrização da córnea”, afirma. 

A analista de RH, Luiza Bobato Cuman, de 26 anos, realizou a cirurgia em fevereiro deste ano para o tratamento da miopia. “ Eu tinha um grau alto e usava óculos desde os 14 anos. Não me adaptava muito bem com lentes de contato e sempre sonhei em poder ficar sem o acessório. Sofria quando precisava ir a algum evento”, contou. 

Segundo a paciente, a cirurgia trouxe qualidade de vida. “Minha recuperação foi super tranquila. Eu já estava enxergando sem os óculos na manhã seguinte. O doutor Ducci passou uma prescrição de colírios que auxilia muito na recuperação, então em momento nenhum senti dor ou algum incômodo. Eu me emocionei diversas vezes quando consegui fazer atividades e ver coisas que eu não conseguia, sem os óculos”, ressaltou Luiza.

 

POSSIBILIDADE DE EPIDEMIA - A OMS já considera a miopia uma endemia do século XXI. O Conselho Brasileito de Oftalmologia realizou um levantamento que apontou que: sete a cada dez médicos entrevistados identificaram a progressão da miopia em crianças durante a pandemia do Coronavírus no Brasil. 

Foram abordados 295 médicos oftalmologistas, entre abril e junho de 2021. 

Ducci alerta que a doença não é apenas hereditária, apesar de este ser um fator importante. “Estudos comprovam que a falta de exposição ao sol e a consequente exposição frequente a telas, por exemplo, podem causar ou agravar a miopia, o que explica a alta nos casos durante o período de isolamento social”. 

Além disso, dados do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS, apontam que 3,7 milhões de consultas oftalmológicas deixaram de ser realizadas em 2020, ou seja, 35% da população não fez o exame de rotina necessário, o que atrasa o diagnóstico e leva à progressão da doença.


Doença que matou cineasta e jornalista Arnaldo Jabor é a principal causa de incapacidade no Brasil

 

Morreu na madrugada desta terça-feira (15/02) o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor aos 81 anos em decorrência de complicações do Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma síndrome neurológica decorrente da alteração do fluxo de sangue ao cérebro ocasionando a morte de células nervosas da região cerebral atingida. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é a principal causa de incapacidade no Brasil com uma incidência anual de 108 para cada 100 mil habitantes. Além disso, essa síndrome com grande prevalência em adultos e idosos é uma das principais causas de mortalidade no mundo e responsável por um número considerável de internações no país. 

O acidente vascular isquêmico ou infarto cerebral é responsável por 80% dos casos de AVC quando acontece o entupimento dos vasos cerebrais devido a uma trombose (formação de placas numa artéria principal do cérebro) ou embolia (quando um trombo ou uma placa de gordura originária de outra parte do corpo se solta e pela rede sanguínea chega aos vasos cerebrais). 

Os principais sintomas dos acidentes vasculares isquêmicos são fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo; perda súbita da fala ou da visão ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz dificultando assim a cognição do paciente.  

Para o médico Guilherme Torezani, Coordenador de doenças cerebrovasculares do Hospital Icaraí e coordenador da neurologia do Hospital e Clínica de São Gonçalo, as principais implicações da doença envolvem muitas vezes a saída desse paciente de sua vida social, por um tempo mais prolongado ou até mesmo para sempre, dependendo das sequelas do AVC isquêmico.  

“Eu não tive acesso ao prontuário do jornalista falecido, mas acredito que tenha sido um AVC grave que é quando grande parte do tecido cerebral sofre um infarto ou isquemia e nesse caso as sequelas são graves, como: parar de conseguir engolir alimentos que podem inclusive, assim como a saliva pararem no pulmão do paciente gerando infecções ou dificuldade para respirar”, explica o neurologista. 

Guilherme complementa que além desses problemas, o AVC pode causar outras complicações o que pode ter agravado o caso do Arnaldo Jabor, como: restrição de mobilidade e trombose (pelo fato da pessoa já estar muito tempo parada em cima da cama), feridas na pele e até mesmo epilepsia que são complicações intra-hospitalares do AVC que podem aparecer nesses casos mais graves, gerando esses sintomas.   

Para Guilherme, indivíduos que pertencem aos grupos de risco portanto, devem ter mais atenção e fazer avaliações médicas mais frequentes.  

“A prevenção ao AVC se faz com um estilo de vida mais saudável, quando se inclui uma alimentação equilibrada associada à prática de exercícios físicos. Dessa forma, a pessoa consegue manter a pressão cardíaca e taxas de colesterol e glicose nos níveis aceitáveis. Outro ponto importante é evitar o tabagismo e o consumo em excesso de bebidas alcoólicas, o que na verdade além de prevenir o AVC, evita outros problemas graves de saúde”, finaliza Guilherme.


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