Criar um processo de monitoramento emocional está entre as recomendações dadas pela Qulture Rocks
A saúde mental de muitos profissionais foi afetada no último ano pelas mudanças nas relações de trabalho, decorrentes da pandemia da Covid-19. Uma pesquisa feita pela LHH e Grupo Adecco, empresa suíça de recursos humanos, revelou que 38% - dos 15 mil entrevistados em diversos países do mundo - dizem ter sofrido pela Síndrome de Burnout ao longo do ano passado. Não à toa, desde o início de 2022, o Burnout passou a ser considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das doenças de trabalho.
"Até pouco tempo, trabalhar demais era razão para se vangloriar. Hoje em dia é diferente. A mudança da OMS vem justamente para somar nesse sentido. As empresas não devem romantizar o trabalho e o estresse excessivo. Ao invés disso, os líderes devem promover um ambiente corporativo saudável e equilibrado, no qual os funcionários se sintam motivados a desenvolverem suas tarefas, pois isso, consequentemente, vai impulsionar a produtividade da equipe. Trabalhar mais não é sinônimo de trabalhar melhor, mas sem suor, também não há conquista", afirma Francisco Homem de Mello, presidente da Qulture﹒Rocks, startup de tecnologia para recursos humanos.
Dentro desse contexto, o executivo
separou quatro dicas para líderes identificarem sinais da síndrome e
contribuírem para a prevenção da doença.
1. Entenda que os sinais não aparecem de uma hora para outra
Em primeiro lugar é preciso ter em
mente, que existe uma trilha da exaustão emocional, isto é, os sinais de
esgotamento não aparecem de um dia para o outro. Pelo contrário, à medida que a
saúde mental do liderado está sendo comprometida, alguns reflexos vão
aparecendo no dia a dia. Como por exemplo, a necessidade de autoafirmação,
insegurança, vazio, aumento do tempo trabalhado e diminuição da produtividade,
tristeza, resistência a outras opiniões e, por fim, crises de ansiedade e até
depressão.
2. Crie um processo de monitoramento emocional
Hoje em dia, muitas empresas já adotam ferramentas em que os funcionários inserem informações sobre seu humor, hábitos alimentares, prática de atividades físicas e outras ações que contribuem para entender como anda sua saúde mental. Com esse diagnóstico, fica mais fácil entender o momento que a pessoa está e recomendar folga, férias, terapia e até afastamento, quando e se necessário.
O Head de People e CFO da Qulture﹒Rocks, André Levy, apresenta estratégias importantes que
ajudam a identificar os pontos de atenção. "Outro exemplo de atividade
efetiva é a prática de one-on-ones, ou seja, reuniões periódicas entre
lideranças e pessoas lideradas para que a gestão entenda quais são os
principais desafios enfrentados pelo profissional, além das principais
percepções em relação a projetos, empresa e à própria liderança. Assim como a
aplicação de uma Pesquisa de Clima, que pode ajudar a entender aspectos das equipes
como senso de justiça em relação a cargos e salários, condições de trabalho e
reconhecimento sobre as atividades realizadas".
3. Compreenda que a recuperação é gradativa
Não espere que, caso alguém tenha se afastado por um período devido à Síndrome de Burnout, ela volte com a mesma produtividade que tinha anteriormente. A recuperação é gradativa e contar com a compreensão de seu líder, sem dúvidas estimula para que o processo funcione melhor e de maneira mais rápida.
"Percebemos através da nossa experiência
e de nossos clientes que as situações de estresse e saúde mental dos
colaboradores estão diretamente relacionadas à qualidade da sua performance,
chegando a impactar até mesmo o faturamento da empresa no fim do mês.
Atualmente, temos o privilégio de contar com inovações e tecnologias que não
tínhamos há alguns anos, por isso é nosso dever enquanto líderes, fazer tudo
que está ao nosso alcance para ajudar a prevenir a exaustão dos times"
alerta Mello.
4. Para reduzir o esgotamento entre a equipe
Por fim, um estudo publicado recentemente pela International Journal of Environmental Research and Public Health, e conduzido por um professor da Goethe University, na Alemanha, demonstrou que líderes que promovem o sentimento de identidade no time contribuem para a prevenção do Burnout entre liderados e lideradas.
O levantamento apontou as
características da liderança que contribuem para reduzir o esgotamento entre a
equipe. São elas: senso de pertencimento criado pela liderança; líder visto
como uma pessoa da equipe; liderança defendendo os interesses da equipe; e
significado e propósito promovido entre o time.
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