O mercado de
viagens não para nunca, mesmo tendo tido uma baixa nos últimos tempos por conta da
situação econômica e política do país, ele ainda cresce e se mantém ativo. Confira as
principais previsões listadas pelo Espaço Tur para este mercado
em 2018.
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sexta-feira, 4 de maio de 2018
Apagão de talentos ou talentos apagados
Depois de dois anos de
recessão, a economia brasileira ainda apresenta dados contraditórios. A
instabilidade política e as incertezas na economia continuarão a ser algumas
das referências mais significativas para o país. Enquanto alguns setores se
defrontam com quedas expressivas, outros já iniciaram a recuperação.
Com base nesse cenário ainda confuso,
entre os temas da agenda que voltam à discussão está a necessidades de pessoas
capacitadas e preparadas para enfrentar essa nova realidade. O que dizem os
especialistas é que precisaremos, em um futuro breve, de alguns milhares de
“talentos” em todas as funções.
A expressão talento não é por acaso.
Precisa-se de gente para trabalhar, mas não de qualquer tipo. Precisa-se de
talentos diferenciados. Quer dizer, pessoas que não necessitem de treinamento e
já entrem em campo para jogar (plug and play); pessoas que se adaptem rapidamente
às necessidades da empresa; pessoas que decodifiquem as mudanças e se adiantem
a elas; pessoas que protagonizem e empreendam o caminho futuro da empresa. Se
for isso, de fato, trata-se de raros talentos. A busca, dessa forma, será
intensa e estressante, pois a quantidade necessária parece não condizer com a
quantidade disponível no mercado, daí a expressão “apagão de talentos”.
Por outro lado, duas outras situações
interessantes abrem-se para análise diante de um cenário tão inusitado. A
primeira diz respeito àqueles que já estavam se acostumando a viver fora das
empresas: os mais seniores que, diante da demissão voluntária ou involuntária,
tornaram-se consultores organizacionais. A restrição de idade é olhada pelo
lado positivo, além de internalizarem imediatamente suas qualificações e
competências, podem treinar outros e formar sucessores. Essa é uma solução de
curto prazo, porque o repertório desse profissional entra em utilização assim
que ele inicia seu trabalho; de médio prazo, porque ele pode prover capacitação
a outros e, de longo prazo, porque forma pessoas para o futuro. O rompimento de
estereótipo de “mais velho” se mostra, nesse momento, de muita utilidade e
inteligência, reflexo também da escassez do mercado.
No caso da segunda situação, dos
recém-consultores, a análise é praticamente a mesma. Eles começam a voltar para
as empresas e iniciar seu aporte de competências ao processo de trabalho.
Muitos justificam esse retorno por causa da “proposta irrecusável” feita pela
empresa, já que trabalhar e empreender sozinho é bem diferente do vínculo
empregatício. Hoje, o trabalho como terceiro, como contratado por tempo
determinado, ou por projeto, são perfeitamente admissíveis, sem falar na
flexibilidade das formas de remuneração desenvolvidas para sustentar esses
tipos de contrato. Parece que tudo se encaixa muito bem.
Olhando agora para dentro da empresa,
o que podemos ver nessa questão de necessidade de talentos?
A exigência atitudinal que recai
sobre as pessoas foi e tem sido muito alta diante da insegurança desse período
transitório. Exige-se rapidez no entendimento da complexidade para se obter
vantagens competitivas e isso acaba se traduzindo em um dia a dia
organizacional para poucos sobreviventes. Serão esses os verdadeiros talentos?
Na verdade, e no fundo de toda essa discussão, estão sempre esses “heróis” que
devem ser os agentes das tais transformações e mudanças.
Paralelo à situação, nunca se falou
tanto em sintomas do estresse no trabalho, crises comportamentais e assédio
moral dentro das empresas. Coachs estão trabalhando como nunca no acolhimento
dos dramas individuais. Os estudos de clima organizacional denunciam todas as
dificuldades enfrentadas pela maioria na experiência do cotidiano. Os talentos
internos, em algumas empresas, estão se apagando ou sendo apagados.
Apesar do momento, talvez seja a hora
de um esforço de recuperação interna. Esses talentos, cuja contribuição é e foi
inegável em qualquer cenário, precisam ser valorizados e trazidos novamente à
batalha, só que agora de uma forma diferente.
Os ajustes nas condições de trabalho
e de gestão que geram, em parte, essas consequências inadequadas de
comportamento precisam ser enfrentadas. As queixas, para quem quer ouvi-las,
estão por toda parte. Diagnósticos não faltam. Estudos de clima, de engajamento
e mesmo a comunicação informal são suficientes para prover informações
significativas, que justifiquem uma intervenção saneadora nesta questão.
Está na hora de acender novamente os
talentos internos, eles merecem.
Norberto Chadad - Engenheiro Metalurgista
pela Universidade Mackenzie, Mestre em Alumínio pela Escola Politécnica,
Economista pela FGV, Master em Business Administration pela Los Angeles
University, CEO da Thomas Case & Associados e Fit RH Consulting, e tem
“Paixão por Pessoas”.
Persistência do desemprego no país intensifica a procura por profissionais com maior qualificação e estabilidade emocional
De janeiro a março deste ano, a quantidade de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,7 milhões de pessoas) recuou em 402 mil pessoas
O restabelecimento da economia brasileira está acontecendo de maneira mais morosa do que o esperado e com isso o desemprego continua a crescer e hoje atinge 13,7 milhões de trabalhadores no país.
De acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos três primeiros meses de 2018, o total de pessoas empregadas no setor privado com carteira de trabalho assinada, foi de 2,9 milhões, o que representa um declínio de 1,2% em relação ao trimestre antecessor. No mercado informal, o desemprego também aumentou. Entre os meses de janeiro e março deste ano, a quantidade de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,7 milhões de pessoas) recuou em 402 mil pessoas.
Com este panorama que ainda reflete as
consequências da crise, o trabalhador atual precisa saber lidar com o
desemprego e descobrir novas formas de conquistar um novo emprego. Para isso, a
consultora e diretora da empresa Leaders HR – Consultants, Astrid Vieira, lista
algumas das principais ações e atitudes que devem ser desenvolvidas e colocadas
em prática por parte dos brasileiros que procuram se recolocar no mercado de
trabalho.
Astrid explica que em consequência do desemprego e
instabilidade econômica, muitas pessoas vêm desenvolvendo distúrbios emocionais
e físicos que atrapalham significativamente em sua recolocação no mercado.
“Para essas pessoas, é imprescindível que procurem pela ajuda profissional de
um coach ou psicólogo para que sejam desenvolvidas defesas e resistência
contra doenças como a síndrome do pânico, depressão, ansiedade, gastrite
nervosa, dentre outras”, comenta.
A consultora também aconselha que o desempregado se
mantenha ocupado durante o período ocioso. “No tempo em que se encontra sem
emprego, os trabalhadores precisam permanecer ativos. Seja na procura por vagas
de emprego, contato com headhunters, recrutadores e consultores de recursos
humanos, ou mesmo, na participação em cursos, feiras, congressos, conferências
e palestras. O importante é adquirir novos conhecimentos e habilidades, e não
se abater ou desenvolver algum problema de saúde", pontua.
Se manter flexível e apto a trabalhar em áreas que
não contemplem exatamente o campo de atuação usual ou ideal; saber organizar o
próprio tempo; aprender a equilibrar os gastos; aprimorar sua capacitação e
realizar algum trabalho voluntário, são algumas atitudes, que de acordo com
Astrid Vieira, podem ajudar o trabalhador a enfrentar o desemprego e acelerar
sua retomada profissional.
Segundo
Astrid, ao longo do momento de desocupação, existem várias vias a serem
seguidas por parte dos profissionais. Grande parte dos profissionais que se
encontram desempregados, vem procurando pela ajuda de empresas de recolocação
profissional, onde recebem apoio e acompanhamento de carreira. “Hoje trabalho
com profissionais de diversos segmentos, dentre eles, consigo observar maior
chance de recolocação nas Áreas comercial, compras, financeira, segurança do
trabalho; e nos Segmentos, de serviços, varejo, mineração, construção civil,
instituição financeira e entidades de classe”, aponta.
Para as pessoas que procuram abrir um negócio
próprio, Astrid explica que é preciso investir em cursos de gestão e empreendedorismo,
pois todas os problemas e benefícios desse novo investimento devem ser
conhecidos. “Já para as pessoas que não querem ser empresários, mas querem
atuar como colaboradores para outras empresas, é necessário que desenvolvam uma
rede profissional de relacionamentos que seja eficiente, sólida e equilibrada”,
conclui.
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