De janeiro a março deste ano, a quantidade de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,7 milhões de pessoas) recuou em 402 mil pessoas
O restabelecimento da economia brasileira está acontecendo de maneira mais morosa do que o esperado e com isso o desemprego continua a crescer e hoje atinge 13,7 milhões de trabalhadores no país.
De acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos três primeiros meses de 2018, o total de pessoas empregadas no setor privado com carteira de trabalho assinada, foi de 2,9 milhões, o que representa um declínio de 1,2% em relação ao trimestre antecessor. No mercado informal, o desemprego também aumentou. Entre os meses de janeiro e março deste ano, a quantidade de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,7 milhões de pessoas) recuou em 402 mil pessoas.
Com este panorama que ainda reflete as
consequências da crise, o trabalhador atual precisa saber lidar com o
desemprego e descobrir novas formas de conquistar um novo emprego. Para isso, a
consultora e diretora da empresa Leaders HR – Consultants, Astrid Vieira, lista
algumas das principais ações e atitudes que devem ser desenvolvidas e colocadas
em prática por parte dos brasileiros que procuram se recolocar no mercado de
trabalho.
Astrid explica que em consequência do desemprego e
instabilidade econômica, muitas pessoas vêm desenvolvendo distúrbios emocionais
e físicos que atrapalham significativamente em sua recolocação no mercado.
“Para essas pessoas, é imprescindível que procurem pela ajuda profissional de
um coach ou psicólogo para que sejam desenvolvidas defesas e resistência
contra doenças como a síndrome do pânico, depressão, ansiedade, gastrite
nervosa, dentre outras”, comenta.
A consultora também aconselha que o desempregado se
mantenha ocupado durante o período ocioso. “No tempo em que se encontra sem
emprego, os trabalhadores precisam permanecer ativos. Seja na procura por vagas
de emprego, contato com headhunters, recrutadores e consultores de recursos
humanos, ou mesmo, na participação em cursos, feiras, congressos, conferências
e palestras. O importante é adquirir novos conhecimentos e habilidades, e não
se abater ou desenvolver algum problema de saúde", pontua.
Se manter flexível e apto a trabalhar em áreas que
não contemplem exatamente o campo de atuação usual ou ideal; saber organizar o
próprio tempo; aprender a equilibrar os gastos; aprimorar sua capacitação e
realizar algum trabalho voluntário, são algumas atitudes, que de acordo com
Astrid Vieira, podem ajudar o trabalhador a enfrentar o desemprego e acelerar
sua retomada profissional.
Segundo
Astrid, ao longo do momento de desocupação, existem várias vias a serem
seguidas por parte dos profissionais. Grande parte dos profissionais que se
encontram desempregados, vem procurando pela ajuda de empresas de recolocação
profissional, onde recebem apoio e acompanhamento de carreira. “Hoje trabalho
com profissionais de diversos segmentos, dentre eles, consigo observar maior
chance de recolocação nas Áreas comercial, compras, financeira, segurança do
trabalho; e nos Segmentos, de serviços, varejo, mineração, construção civil,
instituição financeira e entidades de classe”, aponta.
Para as pessoas que procuram abrir um negócio
próprio, Astrid explica que é preciso investir em cursos de gestão e empreendedorismo,
pois todas os problemas e benefícios desse novo investimento devem ser
conhecidos. “Já para as pessoas que não querem ser empresários, mas querem
atuar como colaboradores para outras empresas, é necessário que desenvolvam uma
rede profissional de relacionamentos que seja eficiente, sólida e equilibrada”,
conclui.
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