Manter os níveis de glicose, pressão
arterial e peso dentro do patamar estipulado pela OMS ajudam a conviver bem com
o diabetes, doença que se tornou uma epidemia mundial
Manter o controle adequado dos níveis de glicose, pressão arterial e peso são fatores importantes para quem convive com o diabetes, doença que avança a um ritmo alarmante e atinge cada vez um número maior de pessoas. Celebrado em 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes – estabelecido pela IDF (International Diabetes Federation) desde 1991 – tem a finalidade de aumentar a atenção para a enfermidade, que poderá ser uma das principais causas de morte na próxima década, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Atualmente, a OMS estima que existem 415 milhões de afetados pela doença em todo o mundo. Desse total, aproximadamente 90% corresponde ao diabetes tipo 2, doença derivada de fatores de risco como obesidade, má alimentação e falta de atividade física¹. Nestes pacientes, a prevalência de hipertensão arterial é de 1.5-2² vezes superior do que em pessoas sem diabetes. Além disso, 60% dos pacientes não alcançam os níveis de glicose no sangue recomendados por seu médico³.
Estes fatores, somados ao sobrepeso dos pacientes, podem desencadear complicações de saúde como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, e retinopatia diabética, explica João Salles, médico endocrinologista, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. “O controle adequado do diabetes não só significa uma vida mais saudável para o paciente, mas também reduz as suas complicações derivadas. Por isso, o diagnóstico e o monitoramento adequados, em conjunto com o tratamento ideal e um estilo de vida saudável, formam o segredo para o controle correto da doença”, ressalta.
Os 3 fatores que evitam complicações do diabetes
· Glicose: antes de comer, 80–130 mg/dl e 1-2 horas após comer, menos de 180 mg/dl.
· Pressão arterial: igual ou não superior a 120/80 mm/Hg.
· Índice de massa corporal (ICM): menor que 25.
Atitudes simples podem fazer a diferença
- Seguir o tratamento médico
tualmente os médicos contam com
diversas alternativas de tratamento para ajudar seus pacientes a reduzir e
controlar seus níveis de glicose da maneira mais simples. Uma destas opções são
os inibidores do cotransportador sódio-glicose tipo 2 (SGLT2, por suas siglas
em inglês). A canagliflozina pertence a esta categoria de tratamentos, e
oferece um controle glicêmico melhorado, além de reduzir o peso corporal e a
pressão arterial sistólica. Estes benefícios, como um todo, ajudam os pacientes
a controlar o diabetes e a reduzir o impacto negativo das complicações da
doença. A
- Manter-se ativo
Estabelecer um plano de atividade física constante e de acordo com o perfil e horários do paciente, ajuda não apenas a normalizar os níveis de glicose, mas a reduzir a pressão arterial e o risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
- Comer saudavelmente
O nutricionista é a pessoa mais indicada para
definir o regime alimentar mais conveniente, mas o diabético deve priorizar
refeições reduzidas em gordura, açúcares e sais, para evitar que o seu
colesterol, glicose e pressão arterial subam.
Referências
[1] Organización Mundial de la Salud. Diabetes. Nota descriptiva N°312. Disponível em http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs312/es/ Consultado em março de 2016.
2 Valdes Ramos, Eduardo; Bensosme Rodriguez, Niurka. Frecuencia de la hipertensión arterial y su relación con algunas variables clínicas en pacientes con diabetes mellitus tipo 2. Rev Cubana Endocrinol. Disponível em http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1561-29532009000300002 Consultado en marzo de 2016.
3 The Global Partsership for Effective Diabetes Managemenet. Improving glicose management: Ten steps to get more patients
[1] Organización Mundial de la Salud. Diabetes. Nota descriptiva N°312. Disponível em http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs312/es/ Consultado em março de 2016.
2 Valdes Ramos, Eduardo; Bensosme Rodriguez, Niurka. Frecuencia de la hipertensión arterial y su relación con algunas variables clínicas en pacientes con diabetes mellitus tipo 2. Rev Cubana Endocrinol. Disponível em http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1561-29532009000300002 Consultado en marzo de 2016.
3 The Global Partsership for Effective Diabetes Managemenet. Improving glicose management: Ten steps to get more patients
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