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sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Pindamonhangaba Utiliza Tecnologia para Combater Ondas de Calor e Alertar População

Reprodução
 Prefeitura de Pindamonhangaba
Pindamonhangaba implanta sensores climáticos avançados, fornecendo alertas de calor através de um novo aplicativo, aprimorando a segurança da população em períodos de clima extremo.

  

O calor intenso e a baixa umidade do ar têm sido preocupações em Pindamonhangaba, mas a cidade está dando um passo à frente na gestão do clima com a instalação de sensores de temperatura, umidade e pressão em vários pontos estratégicos. A Prefeitura de Pindamonhangaba, por meio da Secretaria de Tecnologia, Inovação e Projetos, lançou o programa Pinda Cidade Inteligente para melhorar a qualidade de vida da população e manter todos informados sobre as condições climáticas extremas. 

No mês de Abril de 2023, esses sensores inteligentes foram implantados e, desde então, têm se mostrado uma ferramenta crucial graças à sua tecnologia avançada e ao armazenamento de dados e histórico confiável. Na manhã de quarta-feira (20), esses sensores emitiram alertas devido às altas temperaturas em três pontos da cidade: no paço municipal, a temperatura atingiu 33.6ºC, com umidade relativa do ar em 32,5%; em Trabiju, 35,8ºC com 35,5% de umidade; e na UPA de Moreira César, um índice alarmante de calor de 38,5ºC, aliado a uma baixa umidade do ar de apenas 20,5%. 

A grande novidade é que esses alertas estão agora disponíveis para a população por meio do novo aplicativo oficial da cidade, o Pindamonhangaba APP, lançado oficialmente nesta quarta-feira (20). Isso significa que os residentes podem acessar informações em tempo real sobre as condições climáticas e tomar medidas para proteger sua saúde e bem-estar. 

Para evitar problemas de saúde durante períodos de calor intenso, a Secretaria de Saúde está oferecendo orientações valiosas à população. Estas incluem evitar exposição direta ao sol entre 11h e 16h, vestir roupas leves de cores claras, evitar atividades físicas sob o sol, manter-se hidratado e ter uma garrafa de água sempre à mão, dar preferência a alimentos frescos como frutas e verduras, buscar sombra, aplicar protetor solar e usar acessórios como óculos escuros, bonés e chapéus. Além disso, é importante manter ambientes bem ventilados e, em veículos sem ar-condicionado, manter as janelas abertas. 

Danilo Veloso, secretário de Inovação, Tecnologia e Projetos, enfatiza a importância desses sensores para melhorar a qualidade de vida dos moradores de Pindamonhangaba: "Esses sensores são uma revolução em nossa capacidade de compreender e lidar com as condições climáticas extremas que enfrentamos. Eles nos fornecem dados precisos e históricos que são inestimáveis para tomar decisões informadas." 

Além de ajudar a população a se proteger das altas temperaturas, os sensores também têm um impacto significativo em várias áreas, incluindo a agropecuária. Com base nos dados coletados, os agricultores podem tomar decisões informadas sobre o momento ideal para o cultivo de plantas, frutas e hortifrútis, levando em consideração a umidade e as temperaturas ideais. 

Os sensores, que utilizam energia solar, são eficientes e econômicos, coletando dados a cada 15 minutos e enviando-os para uma base em nuvem. Isso permite a geração de históricos de informações que podem ser usados para compreender melhor o clima e tomar decisões informadas em diversas áreas.

 

 Reprodução
 Prefeitura de Pindamonhangaba

Pindamonhangaba está comprometida em usar a tecnologia em benefício de seus cidadãos e já ganhou reconhecimento como uma Cidade Inteligente. O prefeito Dr. Isael Domingues destaca: "Pindamonhangaba está preparada para o futuro, é convidada para debater tecnologia e sustentabilidade nos Estados Unidos e participa de feiras de tecnologia em Taiwan. Nosso compromisso principal é usar a tecnologia a favor dos nossos cidadãos." 

Com a instalação desses sensores avançados e o lançamento do Pindamonhangaba APP, a cidade está demonstrando um compromisso contínuo com a segurança e o bem-estar de seus habitantes durante os períodos de clima extremo. A população agora pode contar com informações precisas e oportunas para se proteger e se preparar para as condições climáticas desafiadoras.


Wendt Global desembarca no Brasil para revolucionar o mercado de realocações de executivos e personalidades

A Wendt Global, respeitada empresa internacional especializada em serviços de realocação para executivos e personalidades, anuncia sua expansão para o mercado brasileiro. Esta movimentação estratégica visa atender à crescente demanda de profissionais brasileiros que buscam oportunidades no exterior.

Com sede no Panamá, a Wendt Global conquistou rapidamente seu espaço na oferta de soluções de realocação altamente personalizadas e eficazes para executivos de alto escalão e influentes personalidades em todo o mundo. A fundadora da empresa, a experiente executiva Kátia Wendt, desempenhou um papel crucial no sucesso da organização, trazendo consigo sua vasta experiência de mais de 20 anos como executiva de multinacional no setor da Saúde e sua habilidade em lidar com clientes de diversas origens culturais e linguísticas.

Kátia, que já passou por seis realocações pessoais, traz sua expertise única para ajudar outros profissionais a navegar com sucesso pelas complexidades da realocação global. Como Coach e mentora de Realocação, ela utiliza suas habilidades interpessoais, profundo entendimento das necessidades dos executivos e seu domínio de três idiomas (português, inglês e espanhol) para orientar e apoiar indivíduos durante as transições de carreira e mudanças geográficas.

"A mudança de país pode ser desafiadora em diversos níveis. É preciso, por exemplo, estar ciente das obrigações fiscais, pagamento de impostos e tantas outras burocracias que devem ser levadas em conta, tanto no Brasil quanto no exterior. Além disso, existe a mudança cultural, idioma local, encontrar casa para morar, escola para crianças, entre tantas outras questões", explica Kátia. "Nosso time aborda tudo isso. Temos uma equipe pronta para atender às mais diversas demandas e esclarecer dúvidas sobre qualquer assunto relacionado ao tema", completa.

Kátia acredita que este é o momento ideal para investir no mercado brasileiro, já que a demanda por profissionais qualificados fora do país está em alta. "Expandir meu negócio para o Brasil sempre foi um sonho, e hoje tenho a oportunidade de realizá-lo. Minha missão é trazer o que há de mais moderno no universo de realocação para brasileiros que buscam oportunidades no exterior. Estou muito emocionada  com o desafio e tenho certeza que tudo tem tudo para dar certo", finaliza.


Sensores previnem falhas de equipamentos e evitam multas milionárias a empresas do setor elétrico

Atrasos em obras ou blecautes por mau funcionamento de componentes elétricos podem gerar penalidades de até 2% da receita dos empreendimentos ou revogação da licença


Painéis fotovoltaicos e pás eólicas demandam cuidados no transporte
Freepik

 

O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em agosto pelo governo federal, prevê um investimento de mais de R$ 160 bilhões para impulsionar o setor elétrico brasileiro nos próximos três anos. Deste montante, R$ 89 bilhões vão para a área de transmissão de energia e R$ 75 bilhões para a geração, segmento em que estão projetados 343 novos empreendimentos até 2026.

 

A expansão do setor também eleva os desafios logísticos para a implantação de usinas, especialmente no transporte de equipamentos elétricos sensíveis, como transformadores, pás eólicas e painéis fotovoltaicos. “Como estes componentes geralmente são produzidos em regiões distantes dos empreendimentos, o risco de danos durante a viagem é grande. E eventuais defeitos de funcionamento podem acarretar penalidades pesadas para os geradores de energia”, explica Afonso Moreira, CEO da AHM Solution, empresa especializada em prevenção a danos em operações logísticas.

 

De acordo com a Resolução Normativa nº 846/2019 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), casos de atrasos em obras ou blecautes provocados por falhas de equipamentos podem levar a multas de até 2% da Receita Operacional Líquida do empreendimento ou até à revogação da autorização de funcionamento.

 

No artigo 12 da norma, a agência estabelece penalidade de 1% da receita para o empreendimento que: “descumprir os prazos estabelecidos nos atos de delegação de concessões, permissões ou autorizações para implantar instalações de energia elétrica”; ou “implantar, operar ou manter instalações de energia elétrica e os respectivos equipamentos de forma inadequada, em face dos requisitos legais, regulamentares ou contratuais aplicáveis”.

 

Já no artigo 13, a Aneel determina multa de 2% da receita ao empreendimento que: “provocar, dar causa ou permitir a propagação de distúrbio que ocasione o desligamento de consumidores ou usuários em decorrência de falha de planejamento ou de execução da manutenção ou operação de suas instalações, ou retardar o restabelecimento do sistema”.

 

Por fim, no artigo 18, o regulador classifica, como infração sujeita à penalidade de revogação de autorização, o “descumprimento aos cronogramas, às obrigações ou aos encargos decorrentes da autorização”.

 

O CEO da AHM Solution cita um outro fator da complexidade logística dos empreendimentos do setor elétrico. “Como utilizam equipamentos de alto custo e que não são fabricados em larga escala, é preciso se certificar que eles chegam ao seu destino em plenas condições de funcionamento e, caso isso não ocorra, fazer a manutenção no local, pois a reposição total é muito custosa e demorada”, afirma.

 

Uma das soluções adotadas por fabricantes e empreendedores do setor elétrico é monitorar as condições de transporte do equipamento durante todo o trajeto, entre a fábrica e a obra. “Assim, é possível verificar não apenas se o componente sofreu algum dano como identificar em que ponto da viagem isto ocorreu e quem foi o responsável”, completa Moreira.

 

Entre as tecnologias adotadas com esta finalidade estão registradores de impacto, que monitoram em tempo real os níveis de vibração durante o transporte, desde os mais aceitáveis até aqueles que podem danificar o equipamento.

 

“Esses registradores emitem alertas a qualquer momento e relatórios completos ao final da viagem, permitindo ao fabricante ou ao empreendedor corrigir rapidamente eventuais problemas e assim, evitando multas pesadas por falhas de equipamentos ou atrasos em obras”, conclui o especialista, referindo-se ao sistema conhecido como Shocklog.

 

Mais informações em https://ahmsolution.com.br/


Sustentabilidade: crescem as buscas por profissões voltadas para a preservação do meio ambiente


Aumenta também o interesse pelos salários voltados para essas carreiras

 

Setembro foi um mês marcado por diversas datas voltadas para a preservação ambiental. Entre elas, o Dia do Biólogo, Dia da Amazônia, Dia Nacional do Cerrado, Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio, Dia Mundial pela Limpeza das Águas, Dia Internacional da Árvore e o Dia da Defesa da Fauna.


Datas como essas são significativas para trazer à memória da população a importância da preservação ambiental e a existência dos diversos aspectos relacionados à natureza que não estão tão próximos das pessoas no seu dia a dia. Neste cenário, pode-se dizer que nunca foi tão importante falar sobre sustentabilidade, pois tem-se observado diversos fenômenos naturais em todo o mundo que vêm colocando em risco a vida de toda a população da Terra. 


Picos de calor históricos, terremotos e volumes de chuva elevados são alguns exemplos dos fenômenos que já fazem parte do que está sendo chamado de ebulição global. Na ebulição global, a tendência é o aumento constante das temperaturas médias globais, que tem, entre algumas de suas consequências, o aquecimento dos oceanos, colocando em risco a vida marinha, e a redução da absorção dos gases do efeito estufa.


Para entender essa conjuntura, a Onlinecurriculo, plataforma de currículos online, realizou uma pesquisa levantando informações sobre o interesse pelos termos, iniciativas e pelas profissões voltadas para a preservação ambiental


A busca por algumas profissões voltadas para o estudo e a preservação do meio ambiente tiveram crescimento no último ano, considerando o período de agosto de 2022 a agosto de 2023. As buscas no Google por “engenheiro agrônomo digital” cresceu em 420%; a por “engenharia de pesca” teve um aumento de 83%; a procura por “analista ambiental” cresceu em 53%, e a pesquisa por “geógrafo” aumentou em 23%.


Observou-se também uma intensificação do interesse na remuneração de diversas profissões voltadas para o estudo da natureza e dos ecossistemas. A procura pelos salários de biólogo marinho cresceu em 156%; de biólogo, aumentou em 82%; de biólogo ambiental, em 51%, e de zootecnista, em 22%.


Algumas expressões relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade também apresentaram crescimento. Buscas relacionadas ao termo ESG, que vem do inglês Environmental, social, and corporate governance (Governança ambiental, social e corporativa, em português) cresceram consideravelmente no último ano, com a procura por “profissional ESG o que faz” aumentando em 400% e a busca por “especialista em ESG” aumentando em 56%. Outro termo da área bastante buscado foi “ODS”, que significa “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” e teve aumento na procura em 50%.


O aumento do número de profissionais voltados para o estudo e dedicação da preservação do meio ambiente é essencial para este momento e para que se tenha uma perspectiva mais positiva para os próximos anos no enfrentamento desse cenário. Para quem está entrando no mercado de trabalho, essas também são áreas em efervescência que terão cada vez mais espaço de atuação, gerando oportunidades para quem apostar nessas atividades.

 

SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE CRÉDITO – SCR


Em breve síntese, o Sistema de Informações de Créditos (SCR) é um instrumento de registro e consulta de informações sobre as operações de crédito, bem como limites de crédito concedidos com a finalidade de supervisionar a atividade bancária e prevenção de crises por parte das instituições financeiras.


Vale dizer que as Instituições Financeiras se utilizam de bancos de dados dos mais variados tipos, tanto públicos quanto privados, para avaliarem o risco de crédito. Esses bancos de dados podem ser divididos em dois grupos: os de dados restritivos e os de dados múltiplos.


Os bancos de dados restritivos armazenam apenas informações negativas, relativas a inadimplências de dívidas, sendo os exemplos mais conhecidos o SPC e o SERASA. Já os de dados múltiplos armazenam tanto informações negativas quanto as informações positivas, relativas a pagamentos na data correta, em atrasos, em aberto ou até inadimplências.


O Sistema de Informações de Créditos (SCR) é um banco de dados de informações múltiplas, trazendo tanto informações positivas quanto negativas dos clientes de Instituições Financeiras, sendo destinado ao registro de crédito, avais, finanças, coobrigações e repasses interfinanceiros iguais ou superiores a 200 reais, sendo administrado pelo Banco Central (BCB), que armazena as informações, disciplina o processo de correção e atualiza as bases de dados, sendo fomentado mensalmente por todas as instituições financeiras.


Fora criado em 2017 a partir da Resolução do Banco Central do Brasil (BCB) nº 4.571/2017 e é regido pela Lei do Sigilo Bancário (LC. Nº 105/2001).


O art. 3º da Resolução do BCB prevê quais as operações de créditos consideradas, quais sejam: empréstimos e financiamentos, aditamento, operações de arrendamento mercantil, entre outros.


As informações prestadas ao BCB podem ser acessadas pelas câmaras e prestadores de serviços de compensação e liquidação, bem como por entidades autorizadas a exercer atividades de depósito centralizado ou de registro de ativos financeiros e valores mobiliários, como uma forma de controle de qualidade.


Os dados constantes no sistema são de responsabilidade exclusiva das instituições remetentes, abrangendo não só as informações adicionadas, mas também as correções e inclusões, identificações de operações de crédito, o cumprimento de determinações judiciais e o registro de manifestações de discordância apresentadas pelo contratante.


Independentemente da realização de operações de crédito com o cliente, as instituições devem manter a guarda e autorização para consulta em meio que permita comprovar sua autenticidade, por meio físico ou eletrônico, pelo período de 05 anos contados da data da última consulta. Além disso, também são obrigadas a prestar as informações ao BCB, não tendo facultatividade em relação a quais informações serão ou não enviadas.


A Lei Complementar 105/2001 dispõe que a troca de informações entre as instituições financeiras com o objetivo de cadastramento não viola o dever de sigilo, desde que obedeça às normas definidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo BCB.


De acordo com a Resolução nº 5.037 de 2022, do Conselho Monetário Nacional, as informações constantes no SCR somente podem ser consultadas por clientes do sistema, desde que especificamente autorizados para esse fim. Assim sendo, sem a autorização do cliente, nenhuma instituição financeira ou empresa poderá acessar as informações do sistema.


A Primeira Turma do STJ deu provimento ao REsp. do BCB a fim de reconhecer a ilegitimidade para figurar o polo passivo de indenização por cliente que teve o seu CPF incluído no SCR sem notificação prévia.


O TRF4 havia determinado que o Sisbacen e suas ramificações (como o SCR) seriam equiparados aos órgãos de proteção de crédito, aplicando a Súmula 359, que prevê a necessidade de notificação do devedor antes de proceder à inscrição.


O referido entendimento, entretanto, fora reformado pelo STJ. Na decisão, a Ministra Regina Helena Costa explica que, para ela, não há fornecimento de produto ou serviço pelo BCB para ser consumido, mediante pagamento, pelo cliente da instituição financeira, sendo inviável que a autarquia seja responsável pela notificação prévia do cliente acerca da inserção de seus dados no Sisbacen.


Isso porque, a inclusão é promovida individualmente pelas instituições financeiras credoras, não tendo o BCB acesso prévio à informação a fim de promover a notificação, principalmente porque o sistema teria acesso a informações positivas e negativas, não somente às negativas, como explicado anteriormente.


Nesse sentido, ressaltou a Ministra que o papel do BCB é gerir o Sisbacen, distinto dos cadastros privados como o Serasa e o SPC, que obtêm lucro no cadastro de inadimplentes, vez que fornece ao BCB não só informações de inadimplementos, mas também adimplementos, pagamentos realizados em dia, confiabilidade do pagador e possibilidade de crédito.


Conclui-se, por todo o exposto, que os bancos de dados de informações múltiplas se diferenciam de órgãos de negativação de crédito principalmente porque não tem caráter restritivo, mas sim informativo, possibilitando às instituições financeiras mitigarem os riscos de operação, sem, entretanto, deixar de levar em consideração os acordos realizados entre banco e cliente.


O sistema ainda segue rigorosamente as regras de sigilo bancário e LGPD, devendo o acesso às informações do cliente, precedida de autorização do interessado, não possuindo caráter restritivo ou limitador de crédito, eis que possuem informações positivas e negativas.


As recentes decisões do STJ diferenciam o SCR de órgãos como Serasa e SPC, haja vista que, além de ser um registro obrigatório por parte das Instituições Bancárias, não se trata apenas de informações negativas, como também de informações positivas.


Assim sendo, pode-se concluir que o benefício imediato da utilização do SCR é a facilitação na tomada de decisão de crédito, diminuindo o risco às instituições financeiras e amentando a competição entre as instituições do SFN, reduzindo o custo para o consumidor final.


Por fim, vale demonstrar que qualquer tipo de danos por inserção errônea de informações negativas no SCR pelas Instituições Bancárias, de forma diferente dos bancos de dados restritivos, não resulta em presunção de prejuízo ao cliente. Os danos, no caso em tela, devem ser comprovados pelo cliente afetado pela inserção.

 

 Lucca Matteucci Kley Scheer – Advogado na área do Consumer do Vigna Advogados e Associados



FONTES
https://www.afeam.am.gov.br/scr/. Acesso em 10/09/2023.
http://www.creditasa.com.br/wp-content/uploads/2021/04/Modelo-orientacoes-e-esclarecimentos-sobre-o-Sistema-de-Informacoes-de-Creditos-SCR-do-Banco-Central-do-Brasil-V2.pdf. Acesso em 10/09/2023.
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/15042021-BC-nao-pode-ser-responsabilizado-por-inscricao-indevida-no-Sistema-de-Informacoes-de-Credito.aspx. Acesso em 10/09/2023.
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias-antigas/2014/2014-09-24_12-07_STJ-decide-que-Sisbacen-e-como-SPC-e-esta-sujeito-ao-Codigo-de-Defesa-do-Consumidor.aspx. Acesso em 10/09/2023.
https://jus.com.br/artigos/6649/a-central-de-risco-de-credito-do-banco-central. Acesso em 10/09/2023.
https://processo.stj.jus.br/processo/pesquisa/?aplicacao=processos.ea&tipoPesquisa=tipoPesquisaGenerica&termo=REsp%201365284. Acesso em 10/09/2023.
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/scr. Acesso em 10/09/2023.
https://www.pine.com/scr/. Acesso em 10/09/2023.


ALGUNS COMENTÁRIOS SOBRE A RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ROBÔS E DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O desenvolvimento de máquinas com a capacidade de agir e pensar por si e comportando-se com autonomia de desígnios e que pudessem substituir ao homem em suas atividades, sempre esteve presente no imaginário da civilização na forma de filmes e livros. Nos últimos anos, todavia, a ficção tem se tornado realidade em diversos segmentos da atividade econômica, e como não poderia ser diferente, na advocacia.

Embora a concepção dos robôs cristalizada nos filmes, antropomorfizada, ainda seja mais presente na ficção, sua concretude na forma de programas e sistemas de computador está cada vez mais presente em nosso dia a dia, com repercussões diretas no mundo do direito. Sua capacidade de agir de forma cada vez mais autônoma com o passar dos anos faz com que eles deixem de serem encarados como meras ferramentas, passando a desempenhar ações independentes de qualquer orientação humana mediante uso de Inteligência Artificial.

Além da automatização de processos e rotinas de forma inteligente, os robôs já desempenham diversas atividades em substituição a ação humana, como no desarmamento de bombas, na inspeção de cabos submarinos e na vigilância aérea de florestas, por exemplo. E quando autômatos precisam tomar decisões com base que dados que eles próprios irão analisar sem qualquer interação com seus criadores humanos, as polêmicas são inevitáveis.

Não é demais recordarmos, que a Responsabilidade Civil Extracontratual, ou aquiliana, na teoria clássica é caracterizada pela presença de quatro elementos, em resumo: ação ou omissão, culpa ou dolo, nexo de casualidade e o dano. Levando-se em conta que robôs que agem por meio da tecnologia disponibilizada por inteligência artificial e algoritmos podem vir a causar danos, independente da intercessão de qualquer ser humano, algumas perplexidades se impõem na prática.

Uma primeira delas é a possibilidade de as próprias entidades dotadas de inteligência artificial serem responsabilizadas por seus atos, algo que está longe de pertencer a ficção. Neste sentido, temos a Resolução de 16 de fevereiro de 2017, emanada do Parlamento Europeu, recomendando a Comissão de Direito Civil sobre Robótica (2015/2103-INL), que analisasse os impactos futuros que a Inteligência Artificial pode vir a gerar na sociedade como um todo. Tal recomendação, inclusive, se volta a investigar a possibilidade de instituição de uma situação jurídica específica para alguns os robôs autônomos mais sofisticados, compreendendo inclusive, o dever de reparar danos.

O Crimin Outra dúvida ligada a responsabilidade civil extracontratual nestes casos, pode levar em conta que os robôs dotados de inteligência artificial possuem a habilidade de acumular experiências próprias e agir de acordo com processos decisórios próprios em alguns casos. Por exemplo, a autonomia criada pela Inteligência Artificial rompe a cadeia de responsabilização que os liga a fabricantes e programadores? E o dever de indenizar patrimonialmente os danos eventualmente causados, como imputá-los a uma máquina?

Os próprios escritórios de advocacia precisam usar de muita parcimônia na adoção de robôs e sistemas autônomos em suas atividades diárias, sob pena de causar sérios danos aos seus clientes. Recentemente, conforme reportagem do New York Times largamente reproduzida no Brasil em diversos portais, o advogado norte americano Steven A. Schwartz utilizou o Chat GPT para redigir uma petição em um processo movido em face de uma companhia área, e a inteligência artificial simplesmente inventou julgados e acórdãos utilizados pelo jurista.

O magistrado do processo afirmou que o documento elaborado pelo advogado se encontrava repleto de citações e decisões judiciais falsas, o que prejudicou o trâmite processual, o cliente e sua própria carreira, uma vez que a situação ganhou grande repercussão na imprensa. Culpa da Inteligência Artificial ou culpa do advogado?

Temos a percepção clara de que o ordenamento jurídico se encontra, neste momento, em um processo de assimilação dos impactos de tais tecnologias altamente disruptivas a seus dogmas e conceitos, com vista realizar as devidas adaptações se for o caso, a esta nova realidade.

Com efeito, atualmente o meio jurídico, ao analisar as complexas relações entre consumidores, vítimas, empresários, fabricantes, programadores e os próprios robôs, ainda se debruça sobre mais perguntas do que respostas, o que é absolutamente natural. René Descartes, um dos fundadores da filosofia moderna e figura central na Revolução Científica no Século XVI, afirmou: “daria tudo que sei pela metade do que ignoro.” E é justamente essa ânsia pelo conhecimento e pelo progresso que nos torna tão humanos.



Paulo Roberto Vigna - Advogado, sócio do escritório Vigna Advogados Associados e da VignaTax Consultoria Fiscal e Tributária, Mestre em Relações Sociais do Direito, com MBA em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, pós-graduado em Direito Empresarial e em Direito Tributário pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, especializado em Gestão de Tributos pelo Instituto Trevisan (São Paulo). Inscrito na seccional na ordem dos advogados do Brasil em Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Distrito Federal, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e em Lisboa- Portugal. Professor do curso de MBA em Gestão Estratégica Empresarial em São Paulo. É autor dos livros "Recuperação Judicial" e "Manual de Gestão de Contratos" e produz artigos sobre direito tributário, empresarial e tecnologia aplicada a ciência jurídica.


São Paulo, Bahia e Ceará estão entre os estados em que mais se pede empréstimo no Brasil, revela Mapa do Crédito

  

Seja para quitar as dívidas ou aplicar no próprio negócio, panorama da FinanZero destaca regiões com mais solicitações de crédito nos últimos meses de 2023   


 

Uma pesquisa recente realizada pela FinanZero mostra que a frequência com que cada estado tem recorrido aos empréstimos ao longo deste ano não poderia ser mais diferente. No Mapa do Crédito, a fintech traz um panorama do comportamento financeiro das diferentes regiões do país desde janeiro de 2023.

 

Seja por razões como quitar dívidas, investir ou aplicar no próprio negócio, são três os estados onde mais se solicitaram empréstimos de janeiro até o momento: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além dos representantes do Sudeste, o Top 5 ainda é composto por Paraná e Bahia.

 

Para chegar aos números finais, a fintech analisou os milhões de pedidos recebidos nacionalmente até agosto deste ano, comparados em seguida a nível regional e estadual. Dentro de cada um dos 27 estados, o total de solicitações ao longo dos últimos oito meses também foi seccionado, de modo a se compreender as fatias ocupadas por diferentes finalidades e objetivos durante a procura por crédito pessoal. 

 

De São Paulo ao Pará: os estados com a maior demanda por empréstimo do Brasil 




De forma geral, o levantamento revelou que São Paulo é o estado responsável por liderar o ranking daqueles que mais pedem crédito pessoal em todo o país (31,2% do total). Todos os demais representantes do Sudeste se encontram no topo da lista, com exceção do Espírito Santo — correspondendo, juntos, a 50% dos pedidos feitos à fintech ao longo de 2023. 

 

Ao menos no número de estados presentes no pódio, a região Sul não fica tão atrás em relação às demais: logo abaixo de Minas Gerais (8,9%), o Paraná se mostrou aquele em que, com exceção do Sudeste, mais se solicitaram empréstimos este ano até o último mês (5,3%), também ao lado do Rio Grande do Sul (5%) e Santa Catarina (3,9%). Unidos, no entanto, os percentuais de pedidos entre os sulistas não chegaram a representar 15% do total nacional. 

 

Ainda compõem a lista de estados mais interessados nos empréstimos Bahia (5,3%) e Ceará (3%), da região Nordeste, assim como Goiás (3,9%) e Pará (2,9%), representantes do Centro-Oeste e Norte. 

 

Dívidas são a razão para 3 em cada 10 pedidos de empréstimo nos últimos meses

 


 

Em meio à alta inflação e taxas de juros consideráveis, boa parte dos pedidos de empréstimo até agosto foram justificados por um mesmo motivo: a quitação de dívidas. Para se ter uma ideia, entre janeiro a agosto, cerca de 31% das solicitações feitas à FinanZero tiveram o endividamento como base, sobretudo em um contexto no qual o problema atinge quase 80% das famílias brasileiras segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

 

Embora alcance os diferentes estados de Norte a Sul, vale destacar que a fatia ocupada pelas dívidas não é a mesma nos pedidos ao redor do país. No estado em que mais se recorre aos empréstimos, por exemplo, 36,8% das solicitações entre os paulistas foram motivadas por elas. Em locais como o Rio Grande do Sul, por sua vez, os números aumentam, chegando à marca de 38,1% do total

 

Já evidenciando a preocupação da população com a qualidade de suas residências, outro motivo comum entre os brasileiros foi a renovação da casa, cujo percentual ultrapassou os 15% nos últimos oito meses e a alçou à segunda maior justificativa para a procura geral por crédito no período. No estado do Pará, aliás, a porcentagem é ainda maior: no total, tal razão justificou mais de 18% dos pedidos, a equiparando à fatia ocupada pelas dívidas (20,4%). 

 

Nordeste lidera pedidos de empréstimo para negócio próprio 

 


 

De forma geral, é possível dizer que a terceira maior razão por trás dos pedidos destaca uma faceta específica da relação dos brasileiros com o crédito pessoal: dos donos de pequenas empresas a profissionais do tipo MEI, tem sido cada vez mais comum se deparar com solicitantes recorrendo a empréstimos via pessoa física para empreender

 

Isso porque, ao lado da quitação das dívidas e o investimento no imóvel, a abertura ou expansão do próprio negócio justificou 14,7% das solicitações gerais à Finanzero durante o período em questão, à frente de razões como estudos e saúde e com maior representatividade no Nordeste  — visto que nove de seus estados compõem o top 10 relacionado a tal motivo. 

 

Apenas a título de exemplo, no Ceará (20,6%), Rio Grande do Norte (20,2%) e Paraíba (20,1%),  dois em cada 10 pedidos por crédito pessoal tiveram como base o negócio próprio, algo que o diretor operacional da fintech, Rodrigo Cezaretto, associa ao forte espírito empreendedor nordestino. 

 

“Estamos falando de uma região marcada pela cultura do empreendedorismo, com um grande número de pessoas dispostas a abrirem novas empresas, mesmo que isso signifique ter de driblar certas dificuldades financeiras” comenta. “Sobretudo diante dos desafios e riscos iniciais, os empréstimos muitas vezes fornecem o capital necessário para dar partida ao negócio, acelerando seu processo de expansão nesses períodos de menor receita”. 

 

 

FinanZero


20 razões para dolarizar o patrimônio

 

A opção por uma estratégia de investimento que ofereça liquidez e baixo risco de desvalorização não é tarefa fácil num cenário de alto grau de instabilidade como o do mercado brasileiro. Para minimizar o impacto do Risco Brasil, o economista e consultor financeiro Roger Correa, que há 24 anos atua nos Estados Unidos, elencou 20 razões para os brasileiros dolarizarem o seu patrimônio. Confira:

 

1 – À frente no índice global. O índice global WCAUWORD, que mede diariamente o valor de todas as ações negociadas nas Bolsas de Valores do mundo, tem um valor equivalente a cerca de US$ 122 trilhões. Os Estados Unidos são responsáveis por quase metade deste montante, cerca de US$ 54 trilhões (46% desse total). A lista ainda traz: China com US$ 13 trilhões, Japão com US$ 6,6 trilhões, Hong Kong com US$ 6 trilhões e Reino Unido com US$ 3,6 trilhões. Já o Brasil, na lanterna, corresponde a apenas 0,6% do total negociado, com US$ 769 bilhões somente.


2 - O dólar oferece lastro. O dólar americano é a moeda mais utilizada no planeta, sendo considerada a principal moeda de reserva global.


3 – Confiabilidade do dólar. De acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), no primeiro trimestre de 2023, o dólar americano representava cerca de 60% de todas as reservas cambiais conhecidas dos bancos centrais no mundo.


4 - O dólar é perene: A ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece 185 moedas que são usadas em 195 países. A maioria dessas moedas que existem no mundo é usada principalmente em seus respectivos países ou zonas  econômicas e, por mais fortes que sejam, nenhuma delas teve sucesso a longo prazo para substituir ou rivalizar com o dólar como moeda de reserva mundial.


5 - Pagamentos internacionais são feitos em dólar: Órgãos internacionais como o Banco Mundial e o FMI usam o dólar como moeda principal ao conceder empréstimos e doações para quaisquer países. Da ajuda humanitária a um país em dificuldades até recursos para obras públicas, tudo é pago na moeda norte-americana.


6 - Índice universal. As dívidas públicas internacionais são medidas em dólar, fazendo com que a moeda sirva como referência na avaliação de pacotes de estabilização financeira, por exemplo.


7 – Sem concorrência. Atualmente, as moedas internacionais conhecidas como “principais”, ou seja, o euro, o iene e a libra esterlina, são aceitos em muitas transações comerciais ao redor do mundo. No entanto, a moeda de reserva real por excelência é o dólar, usado mais do que qualquer outra moeda no mundo.


8 - O dólar é a moeda de maior popularidade. Além dos 23 países que usam a moeda de forma oficial, diversos outros também utilizam a moeda em suas operações financeiras.


9 - Brasil dolarizado. No primeiro trimestre de 2023, o Brasil possuía a 7ª maior reserva de dólares do mundo, com US$ 346 bilhões e ao considerar o dólar a R$4.99 isso equivale a 1,726 trilhões de reais em reservas dolarizadas. A China lidera o mundo com suas reservas de 3,2 trilhões em dólar, seguido pelo Japão com 1,25 trilhão, em 3º e 4º lugares, a Rússia e a Índia com 589 bilhões em reservas aproximadamente.


10 - Petróleo e outras commodities. O dólar é a moeda usada para quantificar o preço do barril de petróleo bruto, do ouro e, em geral, de várias outras commodities.


11 - Carona benéfica. Muitos países menores atrelaram suas respectivas moedas nacionais ao dólar dos Estados Unidos, vinculando assim suas fortunas econômicas à moeda norte-americana.


12 - Moeda mais procurada: O dólar é a principal moeda do mundo negociada no mercado cambial. Cerca de 85% das negociações nos mercados à vista a termo e de swap são feitas em dólar. Um estudo do FMI mostrou que de 1999 até 2019, o dólar já chegou a representar 96% das faturas comerciais nas Américas, 74% na região da Ásia-Pacífico e 79% no resto do mundo.


13 - Padrão internacional. Bancos estrangeiros usam dólares para conduzir a maior parte de seus negócios.


14 - Equilíbrio global. Estima-se que no segundo trimestre de 2023, cerca de 60% das reservas cambiais mundiais de moeda estrangeira estariam em dólares americanos e que quase 90% do comércio mundial ocorre em dólar (adicionado). 


15 – Estabilidade. Desde a década de 1980, o Federal Reserve (Fed) tem conseguido manter níveis de inflação baixos e estáveis. O único período em que isso não aconteceu foi durante a pandemia, quando a grande maioria das economias do mundo passaram por fortes ajustes e alta inflação.


16 – Liquidez. O mercado financeiro norte-americano e em particular o de Treasury (mercado de títulos) é o mais líquido do mundo. Um dos motivos é justamente a persistente preferência pelo dólar no comércio internacional.


17 – Segurança. Há uma grande oferta de ativos em dólares que são considerados muito seguros. Assim, quando outras moedas estão em crise, os investidores preferem confiar no dólar norte-americano. Outro detalhe importante aqui para nossa análise é o número de bilionários que existem no Brasil, que hoje ocupa a 8ª posição com 62 bilionários. A grande maioria são herdeiros de conglomerados de bancos. Já nos Estados Unidos, o número 1 no mundo, conta hoje com 735 bilionários dos mais distintos segmentos, em sua grande maioria, empreendedores que deram muito certo, pois o País oferece um regime voltado ao crescimento.


18 - Credor de última instância: O Fed pode fornecer dólares em tempos de crise por meio da chamada linha de swap com 14 bancos centrais nos Estados Unidos. O que significa que o banco central norte-americano fornece dólares aos bancos centrais estrangeiros que, por sua vez, transferem para bancos diferentes em tempos de crise. Foi o que aconteceu em 2008, quando até o Banco Central do Brasil esteve no swap do Fed.


19 - Sucesso econômico: A força da economia dos Estados Unidos é o verdadeiro suporte para o dólar. Esta também acaba sendo a principal razão pela qual a moeda é a mais utilizada no mundo. Estima-se que no Forex (mercado de câmbio estrangeiro) sejam transacionados, diariamente, contratos representando volume total entre US$ 1 trilhão e 3 trilhões.


20 - Preferência dos investidores: O mercado Forex oferece a possibilidade de investir mais de 170 moedas diferentes. No entanto, o dólar representa cerca de 88% de todas as trocas cambiais.

“Somente em 2022 o número de brasileiros que ingressou no sólido mercado americano cresceu quase 30%”, comparado a 2021, destaca o especialista. Segundo pesquisa do portal Business insider, 54 bilhões de dólares foram investidos por brasileiros no mercado norte-americano somente em 2022.

São diversas as possibilidades para estabelecer um projeto assim aqui nos Estados Unidos. Iniciamos com o famoso “como trazer seu dinheiro da forma correta”, via Banco Central, via corretora de câmbio credenciada, e uma vez que o patrimônio esteja em dólar, seguro e protegido pelas sólidas leis americanas, criamos para nossos clientes várias estratégias do que pode ser feito, uma vez que os recursos estarão aqui.

A estruturação de carteiras administradas, compra de ações, de títulos públicos e privados, portfólios de ETF’s, aberturas de empresas, investimentos em imóveis, aquisições de apólices de seguros de vida resgatáveis em dólar, entre outras várias estratégias, fazem parte da nossa rotina diária com nossos clientes.

Por fim, é importante destacar que o mundo funciona em dólar, porque a moeda é a mais forte e estável entre as economias globais. Lembre-se que todas as operações realizadas em nosso dia a dia, desde as mais básicas como a compra de um produto em um site internacional, até mesmo transações comerciais entre grandes empresas são feitas na moeda norte-americana.

Roger instiga e pergunta aos médicos (as): Quanto custava US$1,00 em janeiro/2010? R$ 1,74. Em janeiro/2015? R$ 2,69. Em janeiro/2020 R$ 4,06 e agora em setembro/2023 quanto está custando o dólar? Na casa de R$ 4,96 / R$ 4.98. Se analisarmos essa última década percebemos que houve uma grande valorização da moeda americana frente ao real, correto? Por que você ainda não dolarizou parte do seu patrimônio brasileiro para o dólar? 

 

Armazém do futuro em prol das pessoas, da eficiência e da sustentabilidade

Nos últimos anos, o mundo passou por mudanças drásticas e aceleradas, fazendo com que temas relacionados ao ESG (em português, Meio Ambiente, Social e Governança) ganhassem destaque nos negócios, independentemente do setor. Na intralogística, área de grande importância para as empresas, não foi diferente. O segmento, que antes tinha apenas como preocupação realizar a movimentação, armazenamento, seleção e transporte de produtos, precisou se reinventar. 

De olho nas tendências e nas novas tecnologias presentes atualmente, os serviços de intralogística passaram (e ainda passarão) por transformações. Por isso, o chamado “armazém do futuro” precisa ser pensado desde já e deve ter como foco três pilares fundamentais: flexibilidade, produtividade e responsabilidade socioambiental. 

Quando falamos em flexibilidade, é importante levar em consideração que esses armazéns devem ser capazes de mudar rapidamente para atender as necessidades e exigências do mercado – seja por uma substituição de produto, por sazonalidade ou por alteração de estratégia, por exemplo.

Em relação ao pilar de produtividade, é fundamental que os sistemas de armazenamento e os equipamentos de movimentação de carga sejam capazes de realizar suas funções de maneira eficiente e eficaz. Resumidamente, é de suma importância ter o equipamento certo para a operação certa, reduzindo custos totais operacionais e aumentando a capacidade produtiva do armazém.

Já o terceiro pilar, que é o de responsabilidade socioambiental, pode ser dividido em dois macro grupos: o de responsabilidade com as pessoas – ou seja, funcionários, acionistas, consumidores, fornecedores e sociedade em geral – que leva em consideração a atenção específica a cada um desses grupos de pessoas, buscando relações sinérgicas e de “ganha-ganha” entre todos, sempre focando no bem estar e na felicidade de cada um dos indivíduos de forma harmônica e equilibrada. 

O segundo macro grupo é o do meio ambiente. É interessante refletirmos que não falo apenas em salvar os animais, as plantas e os demais seres vivos, bem como preservar os rios, o ar, o mar e o restante do planeta, pura e simplesmente porque é o certo a se fazer, mas sim em salvarmos nós mesmos, seres humanos, de um futuro desolador. Falo efetivamente de garantirmos as condições necessárias para que tenhamos uma vida saudável e um desenvolvimento sustentável. 

Considerando os pilares dois e três e refletindo sobre o atual mercado brasileiro de equipamentos de movimentação de carga, pouco mais de 50% dos equipamentos anualmente comercializados são movidos a motores a combustão.  Isso quer dizer que temos basicamente 50% dos operadores no Brasil submetidos a ruídos, calor, vibrações, gases e partículas provenientes da queima de GLP, GNV e Diesel, além de termos basicamente metade da frota destinada a “empilhar” realizando funções logísticas as quais não se destinam, como transporte horizontal. Ainda que sejam capazes de realizar outras operações, não o fazem com o melhor desempenho ou o melhor custo. 

Não podemos ainda esquecer que empilhadeiras a combustão são fontes emissoras de gases do efeito estufa, sendo responsáveis por aproximadamente 16 toneladas de CO2 emitidos ao longo de 1 ano, considerando para essa base equipamentos de 2,5 toneladas, rodando aproximadamente 2.000 horas por ano. Para efeito comparativo, no mercado Europeu, os equipamentos a combustão representam apenas 16% do volume anual comercializado. Isso quer dizer, então, que toda essa diferença foi convertida em contrabalançadas elétricas? A resposta é não! 

A redução do volume de contrabalançadas a combustão ocorreu convertendo-se parte delas em contrabalançadas elétricas e o restante em transpaleteiras, rebocadores, empilhadeiras retráteis, selecionadoras de pedidos e afins. Ou seja, utilizando-se o equipamento certo para a função certa, além de contribuir diretamente para a redução dos gases de efeito estufa, na direta ampliação de produtividade, redução de custos operacionais totais e em expressiva melhora na qualidade das condições de trabalho dos operadores. Notem que essas mudanças beneficiaram as empresas, os funcionários, a sociedade em geral, o meio ambiente e, seguramente, os acionistas.  

Discutidos e explicados os pilares nos quais acredito que moldarão os armazéns do futuro, não posso deixar de falar do inevitável e necessário processo de automatização. Diante disso, é natural que haja uma preocupação em relação à empregabilidade. No entanto, é necessário entender que tal ação trará mais produtividade para as operações de intralogística – especialmente se comparado com o que temos em operação atualmente – e será um passo econômico importante, permitindo que pessoas, como dito anteriormente, realizem funções mais “intelectuais”.

É importante ressaltar que teremos um grande desafio e responsabilidade em garantir que os profissionais tenham acesso à adequados cursos e treinamentos, de maneira que não ocorra a marginalização de pessoas, mas sim o desenvolvimento de profissionais que passarão a exercer novas atividades.

Convido a todos que se juntem para uma mudança consciente em busca de um ambiente com colaboradores mais felizes e motivados, com salários justos, além de empresas mais eficientes e rentáveis, uma sociedade mais igualitária, um meio ambiente mais limpo e preservado e, claro, com um desenvolvimento sustentável. Nos vemos nos armazéns do futuro! 

 

Raphael Souza - Gerente Corporativo Comercial da Jungheinrich Brasil - uma das líderes globais em intralogística


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