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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Janssen retoma no Brasil estudo clínico de Fase 3 de sua candidata à vacina contra a COVID-19

Pesquisa vai avaliar eficácia e segurança de dose única da vacina em até 7 mil brasileiros com 18 anos ou mais em 11 estados do País


A Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, acaba de anunciar a retomada no Brasil do estudo clínico de Fase 3, ENSEMBLE, de sua candidata à vacina contra a COVID-19, JNJ-78436735. O reinício ocorre depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a avaliação independente realizada pelo Conselho de Monitoramento e Segurança de Dados (DSMB), que supervisiona o estudo ENSEMBLE, recomendando a retomada do recrutamento para o ensaio clínico.

Após a avaliação completa de um evento médico grave, experimentado por um participante do estudo, nenhuma causa clara foi identificada. Com base nas informações coletadas até o momento e nas contribuições de especialistas independentes, a companhia não encontrou evidências de que a vacina candidata tenha causado o evento.

O estudo no Brasil deverá incluir até 7 mil brasileiros em 28 centros de pesquisa nos estados de São Paulo, Bahia, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os centros estão sendo ativados gradualmente e reiniciarão o processo de recrutamento de voluntários com 18 anos ou mais, com ou sem outras doenças associadas ao risco elevado de progressão grave de COVID-19.

Os voluntários interessados em participar do estudo poderão se inscrever de duas maneiras: diretamente nos centros de pesquisa ou pelo site Ensemble Study , criado pela Janssen para dar suporte ao recrutamento. A partir da inscrição, os centros de pesquisa avaliarão as informações dos candidatos para incluí-los nos exames adicionais para a participação no estudo. A lista dos centros pode ser consultada no site clinicaltrials.gov, no site da Janssen Brasil ou pelo SAC da companhia (0800 701 1851, de segunda à sexta, das 8h às 18h, e pelo e-mail sac@janbr.jnj.com).

"A Fase 3 é uma etapa fundamental para conseguirmos desenvolver uma vacina eficaz e segura contra a COVID-19. O Brasil tem enfrentado bravamente essa pandemia. Acreditamos que realizar o estudo aqui é uma forma de apoiar o país no enfretamento dessa crise", comenta Fábio Lawson, Diretor Médico da Janssen Brasil.


ESTUDO DE FASE 3

O ENSEMBLE é um estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo desenhado para avaliar a segurança e eficácia da vacina em dose única versus placebo em até 60 mil adultos com idades a partir de 18 anos, incluindo uma parcela particularmente significativa de voluntários com mais de 60 anos. A pesquisa incluirá, além do Brasil, participantes na Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, África do Sul e Estados Unidos.

Os resultados iniciais do estudo de Fase 1/2a1, em andamento, demonstram que uma única dose da vacina induziu uma forte resposta de anticorpos neutralizantes em quase todos os participantes com 18 anos ou mais e foi bem tolerada. As respostas imunes foram semelhantes em todos os grupos etários estudados, incluindo os adultos mais velhos. Com base nesses resultados, a companhia está dando andamento ao estudo global de Fase 3 com a dose única da vacina de concentração de 5x1010 partículas de vírus (vp). Mais informações podem ser acessadas no site clinicaltrials.gov.

Mais de 100.000 pessoas até o momento já foram vacinadas utilizando a tecnologia AdVac® da Janssen que também foi utilizada para desenvolver e fabricar a recém-aprovada vacina da Janssen contra o Ebola e elaborar candidatas à vacina contra o Zika, o vírus sincicial respiratório (VSR) e o HIV.

Desde o início da pandemia a Johnson & Johnson está comprometida a disponibilizar à população uma vacina acessível, sem fins lucrativos, para uso de emergência durante a pandemia, uma vez que demonstradas sua segurança e eficácia.

Para mais informações sobre a abordagem multifacetada da Johnson & Johnson no combate à pandemia, visite: http://www.jnj.com/coronavirus .

 


Johnson & Johnson

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Janssen

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1 http://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.09.23.20199604v1

 

Brasil registra 5 milhões de pessoas recuperadas

Número é superior à quantidade de casos ativos, ou seja, pessoas que estão em acompanhamento médico. Informações foram atualizadas às 17h30 desta terça-feira (03/11)

 

O Brasil já registra mais de 5 milhões de pessoas curadas da Covid-19. No mundo, estima-se que pelo menos 29 milhões de pessoas diagnosticadas com Covid-19 já se recuperaram. O número de pessoas curadas no Brasil é superior à quantidade de casos ativos (377.337), que são os pacientes em acompanhamento médico. O registro de pessoas curadas já representa a grande maioria do total de casos acumulados (90,3%). As informações foram atualizadas às 17h30 desta terça-feira (03/11) e enviadas pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde. 

A doença está presente em 99,9% dos municípios brasileiros. Contudo, mais da metade das cidades (3.447) possuem entre 2 e 100 casos. Em relação aos óbitos, 4.700 municípios tiveram registros (84,4%), sendo que 650 deles apresentaram apenas um óbito confirmado. 

O Governo do Brasil mantém esforço contínuo para garantir o atendimento em saúde à população, em parceria com estados e municípios, desde o início da pandemia. O objetivo é cuidar da saúde de todos e salvar vidas, além de promover e prevenir a saúde da população. 

Dessa forma, a pasta tem repassado verbas extras e fortalecido a rede de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), com envio de recursos humanos (médicos e profissionais de saúde), insumos, medicamentos, ventiladores pulmonares, testes de diagnóstico, habilitações de leitos de UTI para casos graves e gravíssimos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIS) para os profissionais de saúde. 

O Ministério da Saúde já destinou aos 26 estados e o Distrito Federal R$ 177,3 bilhões, sendo que desse total foram R$ 133,1 bilhões para serviços de rotina do SUS, e outros R$ 44,2 bilhões para a Covid-19. Também já foram comprados e distribuídos 23,7 milhões de unidades de medicamentos para auxiliar no tratamento do coronavírus, 301,5 milhões de EPI, mais de 15,5 milhões de testes de diagnóstico para Covid-19 e 79,9 milhões de doses da vacina contra a gripe, que ajuda a diminuir casos de influenza e demais síndromes respiratórias no meio dos casos de coronavírus. 

O Ministério da Saúde, em apoio a estados e municípios, também tem ajudado os gestores locais do SUS na compra e distribuição de ventiladores pulmonares, sendo que já entregou 11.661 equipamentos para todos os estados brasileiros. 

As iniciativas e ações estratégicas são desenhadas conforme a realidade e necessidade de cada região, junto com estados e municípios, e têm ajudado os gestores locais do SUS a ampliarem e qualificarem os atendimentos, trazendo respostas mais efetivas às demandas da sociedade. Neste momento, o Brasil registra 5.566.049 casos confirmados da doença, sendo 11.843 registrados nos sistemas nacionais nas últimas 24h.

Em relação aos óbitos, o Brasil possui 160.496 mortes por coronavírus. Nas últimas 24h, foram registrados 243 óbitos nos sistemas oficiais, sendo que 274 óbitos ocorreram nos últimos três dias. Outros 2.316 permanecem em investigação. 



Ministério da Saúde


Coronavírus: por que doenças pré-existentes são perigosas?

Pacientes com doenças crônicas fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus. Essas enfermidades enfraquecem o organismo de diferentes formas


 

No contexto da Covid-19, comorbidades como diabetes, obesidade, hipertensão, tuberculose, entre outros, aumentam o risco de agravamento do quadro do paciente. Para aqueles que não tratavam as enfermidades previamente, a evolução da doença causada pelo novo coronavírus pode ser ainda pior. Muitos desses casos poderiam não ter uma evolução tão grave se a pessoa fizesse o tratamento adequado da doença pré-existente.

 

Segundo o Diretor da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Cardiologista e Clínico Geral, Dr. Abrão Cury, o grupo de maior risco é o das pessoas com problemas cardíacos, seguido pelos diabéticos. “As pessoas que têm problemas no sistema respiratório aparecem em terceiro lugar. Até 50% das pessoas diagnosticadas com a Covid-19 na China tinham comorbidades, o que eleva o risco da doença e, em alguns casos, torna necessária a internação. Os idosos são o principal grupo de risco, com taxa de letalidade após o contágio de até 14%, em comparação com os 3% da média geral”, esclarece Dr. Abrão Cury.

 

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o perfil das vítimas inclui pessoas com idades entre 30 e 90 anos e com doenças como, em ordem decrescente, cardiopatia, diabetes, pneumopatia, doença renal crônica e imunodepressão. “As mulheres não só morrem menos no Brasil por causa do novo coronavírus, o que confirma uma tendência global, como, também, contraem menos a covid-19. Entre os infectados, 42% são mulheres e 58% são homens”, explica o Diretor da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

                                                                                                                           

De acordo com o Ministério da Saúde, as taxas de letalidade para pacientes com comorbidades em face da infecção pelo novo coronavírus são câncer: 5,6%, hipertensão: 6%, doença respiratória crônica: 6,3%, diabetes: 7,3% e doença cardiovascular: 10,5%.

 

“São comuns os casos de pacientes com doenças pré-existentes como diabetes, hipertensão e tuberculose que desconhecem tais comorbidades até serem internados com Covid-19. Outra preocupação também é com aqueles que sabem da enfermidade, mas não fazem o tratamento adequado”, alerta Dr. Abrão Cury.

 

A covid-19 se tornou um novo momento para muitos pacientes descobrirem questões ocultas sobre a própria saúde, principalmente aqueles que não se cuidavam ou faziam check-up de rotina. “Paciente com uma doença pré-existente que está controlada, por meio de tratamento, pode apresentar uma resposta melhor à Covid-19. Em casos de pessoas que não têm a comorbidade controlada, muitas vezes precisamos aliar o tratamento contra o coronavírus com medicamentos para a doença pré-existente. E neste caso, a atenção precisa ser ainda maior", ressalta


 

Doenças pré-existentes:


"Infelizmente, temos notado muitos pacientes com a Covid-19 que têm um IMC (Índice de Massa Corporal) que se enquadra na obesidade, mas não percebiam. Isso é preocupante. Estamos identificando muitas doenças, até então desconhecidas pelos pacientes, nas internações, como hipertensão e diabetes. São mazelas motivadas por hábitos ruins ou questões genéticas. Elas fazem com o que o paciente esteja no grupo de riscos do coronavírus”, diz.

 

Obesidade, hipertensão e diabetes são as comorbidades desconhecidas, ou sem tratamento adequado, mais comuns entre pacientes com quadro grave de Covid-19. Elas também são as doenças crônicas mais comuns entre os brasileiros em geral, segundo o Ministério da Saúde. Outras enfermidades como tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crônica e problemas cardíacos também podem estar entre as mazelas desconhecidas por pacientes infectados pelo coronavírus, que são internados em estado grave.

 

As doenças pré-existentes costumam ser descobertas em meio aos diversos exames feitos em pacientes internados com a Covid-19. Para o Dr. Abrão Cury, um dos principais motivos para que essas comorbidades não tenham sido descobertas previamente em diversos casos é porque são silenciosas. “Desta forma, como muitos deixam de fazer exames preventivos, acabam descobrindo a mazela apenas quando sentem alguma dificuldade”, alerta.

 

Pequeno empreendedor não se engane na hora de registar

Conheça as diferenças entre nome fantasia, domínio, razão social e outros.


Na hora de empreender e criar uma empresa os pequenos empreendedores podem ter muitas dúvidas com os diversos termos que são utilizados nesse meio, principalmente na hora de diferenciar os nomes e conceitos apresentados ao INPI. Mas não se preocupe, a equipe A Capelatto está aqui para tirar todas as suas dúvidas.


  1. A razão social

Esta é aquela que precisa ser registrada na junta comercial, também pode aparecer como “nome empresarial”. Ela não necessariamente precisará ser aquela apresentada na sua fachada, cartão ou site.

Este nome é o qual, você pessoa jurídica, se individualiza e exerce suas atividades. Assim a sua empresa é reconhecida, seja ela uma sociedade limitada ou sociedade anônima.


1.1 Como criar esse nome?

Normalmente é recomendado usar o seu nome ou sobrenome, junto de um ou mais sócios + Ltda para criar o nome de uma forma simplificada. Ou então, usar Nome + Atividade + Ltda para criar um nome como um descritivo. Lembre-se também de sempre pesquisar na Junta Comercial a disponibilidade desse.


  1. Nome fantasia

Este será o nome “comercial” do negócio. É aquele que irá dar a “cara” da sua empresa e também estará presente nos materiais de divulgação (banners, folders, apresentações). É por meio deste nome que a sua corporação será conhecida pelo público, e que também chamamos de marca, ou seja, é uma das caracteristicas das marcas quando se vai decidir qual nome irá adotar. Complicou? Não se preocupe, traremos um material falando sobre este tema :)

  O seu registro se dá unicamente através do INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial.


  1. Domínio

A questão domínio é mais simples, caracteriza-se pelo seu website (ex: www.marcaxxutensílios.com).

Você deve comprar esse domínio e estabelecer um tempo para possuir este. Você pode registrar vários domínios como preferir, mas lembre-se que um domínio forte precisa ser duradouro e marcante. 

O registro do domínio se dá junto ao Registro.br aqui no Brasil ou junto ao Register.com, todavia, existem outras opções de extenção além do .com.br  ou ;com


  1. O registro de marca

Este sim propriamente é o conjunto do SEU NOME FANTASIA + SUA LOGO, ele deverá ser registrado no INPI. Só dessa maneira você terá certeza de que será a única empresa a utilizar o nome para um determinado segmento.

O registro da marca tem validade por 10 anos e abrangência nacional.

Antes de iniciar o processo de registro de marca, e alcançar o devido registro A Capelatto realiza a análise de marca, que é de extrema importância, pois, visa analisar não somente outras marcas iguais, mas elementos gráficos, fonéticos, atividades, cunho ideológico entre outros, cuja proteção se dará dentro do país em que a empresa pretende obter o registro, e inclusive olhar se a empresa pretende explorar a atividade em outros países.

A propriedade da marca se dá exclusivamente para a atividade que a empresa exerce, não podendo a mesma impedir que outra empresa utilize e registre a mesma marca para alguma atividade que não seja semelhante com sua atividade, ou que não concorra direta ou indiretamente.

A LPI traz previsão para o titular da marca que, tendo seus direitos violados, possa adotar as medidas cabíveis para ver seu direito restabelecido, inclusive pelos danos morais sofridos.

 


A Capelatto

Márcia Araújo da silva - Diretora executiva

Contato: (41) 3051-5551

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Visão do teletrabalho: autogerenciamento e equilíbrio

O home office (trabalho em casa) e o teletrabalho (trabalho em localidades fora da empresa com utilização de meio tecnológicos) transformaram-se nas principais alternativas para muitos profissionais e empresas em todo o mundo. No Brasil, não foi diferente. A pandemia e o necessário isolamento social foram responsáveis pela adoção, em grande escala, do trabalho em casa. A necessidade do trabalho via "home office" ou teletrabalho para algumas profissões apresentam pontos positivos e negativos. Para aqueles que conseguem efetivamente controlar o seu tempo de trabalho, desconectando-se do trabalho; aproveitando o convívio familiar, entre outras necessidades do humano, a experiência parece ter andado bem. Contudo, há aqueles que, pela exigência empresarial ou pela ausência do próprio autocontrole, acabam ficando horas e horas além do tempo que deveria ser dedicado ao trabalho e sofrem consequências sérias como doenças posturais, oculares, ou até mesmo psíquicas em razão do excesso de trabalho.

Esse processo acelerado de adaptação ao teletrabalho ou ao “home office” reavivou a discussão sobre uma legislação mais rígida e clara sobre os direitos dos trabalhadores que estão sob esse modelo. As regras do teletrabalho, em especial, estão nos artigos 75-A a 75-E da CLT, em razão da alteração legislativa realizada pela lei 13.467/2017, a reforma trabalhista, tendo como significado "a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com utilização de tecnologias da informação e de comunicação, que por sua natureza, não se constituam como trabalho externo". Existem correntes que defendem um endurecimento da lei e outro lado, importantes vozes destacando que a regulação se dará por categoria via instrumentos coletivos. Independente do caminho que será seguido, o importante é que se preservem os direitos fundamentais dos trabalhadores e se mantenha ativa a possibilidade da atividade empresarial.

Além disso, é importante destacar que, apesar de muitas empresas sinalizarem que vão adotar o teletrabalho mesmo no pós-pandemia, nem todo profissional pode exercer suas atividades nessas circunstâncias. Inúmeros cargos de gestão exigem a presença do profissional para reuniões constantes, interações e tarefas de supervisão muitas vezes despontam como atividades presenciais necessárias. Há ainda, os trabalhadores que estão a desempenhar trabalhos em localidades específicas que tornam inviável o teletrabalho, como a atuação na construção civil, indústrias de vários segmentos, como a química, montadores de veículos, entre outras tantas. Outro fator complicador é a necessidade de uma estrutura digital na empresa para o trabalho à distância funcionar bem, sem deixar espaços que comprometam a atuação do empregado com clientes, prestadores, e sobretudo com cuidados relacionados a própria ergonomia do trabalhador quando distante da empresa. 

Vale ressaltar também que nem todos profissionais e empresas estavam preparados para essa nova realidade repentina. Muitos não contam com os equipamentos necessários para manter um trabalho online ou autodisciplina que é necessária para manter a produtividade em casa. A Pesquisa Potencial do teletrabalho na pandemia, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revelou que no Brasil o trabalho em especial na modalidade “home office” é possível para 22,7% das ocupações.

O essencial é que a relação à distância funcione na questão produtiva e qualitativa, até porque há uma interessante e significativa redução de custos de aluguel dos espaços empresariais, por exemplo. Segundo recente Pesquisa de Gestão de Pessoas na Crise de Covid-19, realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), cerca de 94% das empresas brasileiras afirmam que atingiram ou superaram suas expectativas de resultados com o trabalho home office. No entanto, 70% dessas empresas pretendem encerrar ou reduzir a prática para apenas 25% dos funcionários quando a pandemia terminar.

E de olho nesse cenário novo nas relações trabalhistas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) publicou uma nota técnica com 17 recomendações para o teletrabalho para empresas, sindicatos e órgãos da administração pública. Entre os pontos abordados pelo MPT estão a preservação da privacidade, reembolso de despesas, infraestrutura para o trabalho remoto, informação sobre desempenho, ergonomia, pausa para descanso, ajuste de escala para as necessidades familiares e controle de jornada. As orientações do MPT são bem colocadas e interessantes e visam em certa medida proteger o humano, mas acredito que referidas regras serão claramente firmadas apenas pelos sindicatos das respectivas categorias.

E mesmo com essas preocupações e recomendações, na prática não acreditamos que sempre haverá uma tendência a melhora do trabalho em razão do home office, pois há inúmeras variáveis que se apresentam, como: tratamento recebido pelo empregado da empresa para a qual presta serviços, tempo que anteriormente ficava no trânsito, organização pessoal, entre outros.

O controle da jornada de trabalho, por exemplo é um dos grandes desafios especificamente do teletrabalho. A flexibilidade da jornada é comum nesse regime, não obstante a própria CLT exclua em tese através do inciso III do artigo 62 do regime de teletrabalho o pagamento das horas extras, a atividade poderá ser questionada em razão do princípio da realidade que norteia as relações de emprego, de modo que poderá ser  flexível e sem qualquer controle, parcialmente flexível, ou ter horários rígidos.

É comum em diversas áreas os funcionários serem avaliados com base na produtividade e entrega de projetos, sem a necessidade de manter uma rotina fixa. A sociedade, de modo geral, ainda guarda resquícios do período industrial quanto ao controle de trabalho acreditando, ainda, que o real controle está na visualização do empregado enquanto esse produz, que isso o fará mais ativo. Entretanto, parece ser uma visão já relativizada. O forçoso isolamento social serviu para mudar essa concepção da presença física do chefe para determinadas profissões. E, por outro lado, existem aqueles que extrapolam os seus horários por conta de grande demanda ou por pressão da empresa. É preciso encontrar um equilíbrio.

A discussão será contínua. Nesse caminho sem volta, o equilíbrio significa o reconhecimento de que o antigo cartão de ponto deve ser substituído pelo autogerenciamento do tempo de trabalho. O ideal é que essa nova relação não seja tóxica e nem prejudique a saúde do trabalhador. O progresso na comunicação e na tecnologia não pode significar uma regressão nos direitos e ao mesmo tempo não pode ser uma negativa do avanço.

 


Ricardo Pereira de Freitas Guimarães - advogado, especialista, mestre e doutor pela PUC-SP, titular da cadeira 81 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho e professor da especialização da PUC-SP (COGEAE) e dos programas de mestrado e doutorado da FADISP-SP

 

A importância da educação técnica dos jovens como alavanca para a retomada da economia

Com a aceleração dos processos digitais por conta da pandemia, é recorrente ver nos noticiários a dicotomia, sempre existente e agora ampliada, no mercado de tecnologia da informação. De um lado, muitas empresas, que indo na contramão da crise estão em busca de profissionais da área. De outro, a escassez da mão de obra - não há profissionais com formação e especialização adequadas para suprir a demanda do mercado. E o que fazer diante desse cenário? Minha reflexão vai muito além de suprir a cadeia produtiva, penso que esse jovem, na maioria das vezes, é a promessa de muitos lares, sendo ele o indivíduo com maior chances de conquistar emprego ou renda, para a retomada de recursos para sua própria família.

Olhando para a realidade de hoje, em outras palavras tenho como premissa que a formação dos jovens será a porta de entrada para a retomada do emprego e como consequência a reativação da economia. Enquanto as inovações tecnológicas se transformaram em grandes aliadas para manter pessoas no mercado de trabalho, recentes dados divulgados pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram uma retração de quase 10%, em relação ao primeiro trimestre de 2020. Desde 1980 não há registro de tamanha queda no desempenho, segundo pesquisadores da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Mais uma vez, o jovem mostra-se como uma alternativa, uma possibilidade de mudar esse cenário, de promover mudanças no mercado de trabalho. Afinal, as empresas precisam de novos talentos para criar e manusear as tecnologias e inovações que o mundo exige, e esse é um caminho sem volta! Por que será então que estes jovens são os mais afetados pelo desemprego? Segundo o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), com a pandemia do Covid-19, haverá uma retração de até 34,2% na renda da população jovem com grande impacto na faixa etária que vai de 15 a 24 anos de idade.

E como mudar esse cenário?

Como podemos equalizar a saúde financeira de inúmeras famílias que dependem desses jovens, e a tão buscada qualificação de profissionais para ocupar cargos que exigem conhecimentos técnicos, a curto prazo. Estas questões que deveriam ser tratadas de forma conjunta.

Com programas que duram o mínimo de seis meses, diversas instituições oferecem ensino qualificado que vai de encontro com às exigências do mercado de trabalho. E cada vez mais, as empresas estão apostando e reconhecendo a importância dos cursos técnicos, cuja formação em tempo recorde, é mais rápida do que as universidades podem realizar.

Existe espaço e necessidade para eles. Segundo uma pesquisa da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), o mercado de TI oferece 70 mil novas vagas de trabalho por ano no Brasil, porém as universidades formam apenas 46 mil alunos a cada ano. Nesse caso, todos os anos, sobram 24 mil vagas de trabalho por falta de profissionais para ocupá-las.

A meu ver, não existe outra solução, senão aproximar as empresas desses programas educacionais que os qualifiquem e acompanhem os jovens em toda a trajetória até o mercado de trabalho. E pode acreditar, as Organizações Não-Governamentais estão prontas para apontar e preparar projetos que profissionalizam e formam os jovens muito além do mercado de trabalho.





Kelly Lopes - empreendedora social e superintendente do Instituto da Oportunidade Social - IOS. Graduada e pós-graduada em Tecnologia da Informação, especialista em gestão para o Terceiro Setor, MBA em Gestão Empresarial pela FGV e MBA em Gestão de RH Estratégico, Kelly Lopes atuou com desenvolvimento e implantação de software por 9 anos na TOTVS. Em 2008, foi convidada a assumir a gestão do Instituto da Oportunidade Social - IOS - organização fundada pela TOTVS para promover o aprimoramento profissional e a empregabilidade de jovens e pessoas com deficiência - onde atualmente ocupa o cargo de superintendente. Kelly também é vice-presidente voluntária do Projetos Amigos das Crianças - PAC.


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Cinco dicas valiosas para a prova de Matemática no Enem

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A prova de Matemática do Enem costuma tirar o sono de boa parte daqueles que se preparam para realizar o exame. Isso porque a prova contém muitas questões para serem resolvidas em poucas horas, o que aumenta ainda mais o desafio para os estudantes. Um dos caminhos para conseguir realizar uma boa prova é procurar saber bem o que vai encontrar pela frente. Com base nas edições anteriores do Enem, professores de Matemática levantaram cinco dicas essenciais para garantir uma boa nota na prova.


1) Conteúdos do Ensino Fundamental também caem na prova

De acordo com o professor de Matemática do Colégio Semeador, de Foz do Iguaçu (PR), Rodrigo Vitorassi, apesar de a preparação para o Enem estar mais concentrada no Ensino Médio, é indispensável ter domínio sobre os conteúdos e conhecimentos de Matemática que são ensinados também no Ensino Fundamental. "Pela experiência com os conteúdos mais cobrados nos últimos anos, já sabemos que essa prova envolve cinco áreas: conhecimentos numéricos, geométricos, algébricos, estatísticas e probabilidade. Dentre esses conteúdos, alguns estão presentes no Ensino Fundamental, como, por exemplo, grandezas proporcionais, que começam a ser ensinadas no sétimo ano com grandezas inversamente proporcionais, diretamente proporcionais, regra de três simples e compostas, porcentagem matemática financeira, além de áreas de figuras plana, aritmética, potenciação e conjuntos numéricos. Se o aluno tiver um bom domínio sobre esses conteúdos, vai ajudar bastante na resolução de muitas questões, garantindo ainda mais agilidade", explica Vitorassi.


2) É importante conhecer a estrutura das questões

O professor do Curso Positivo, Adilson Longen, ressalta a importância de os candidatos conhecerem a prova com mais profundidade. “Cada questão tem uma estrutura composta de três partes. A primeira é o texto base, um contexto, que geralmente é um pouco mais extensa. Na segunda parte, há o enunciado da questão, que avalia uma habilidade e que está ligado diretamente à primeira parte. Já na terceira parte, o candidato encontra as alternativas, que são chamadas de distratores. A primeira e a terceira partes conversam entre si, porém, é da segunda que vem a questão em si. Quanto à terceira parte, as alternativas são elaboradas de tal maneira que sejam resultantes de uma operação ou uma interpretação, correta ou não, que o candidato faz. Não são respostas aleatórias. São pensadas a partir de possíveis interpretações que os alunos possam ter. Observem que, quando a questão exige uma resposta numérica, as alternativas são apresentadas ou em ordem crescente ou decrescente de valores. Por isso, deve haver uma preocupação em conhecer detalhadamente o processo como um todo. Quanto mais os candidatos conhecerem essa forma de avaliar, mais capazes se sentirão no seu enfrentamento”, pontua. 


3) Cuidado com os distratores

Cada questão da prova é composta por cinco alternativas de resposta: uma é a correta e as outras quatro são chamadas de distratores. A professora do Colégio Positivo Joinville (SC), Maridalva Paulo, explica que as alternativas incorretas não são colocadas na questão aleatoriamente. "Elas não são pegadinhas, como muitos pensam. São alternativas devidamente pensadas para testar o aluno, que pode se deixar levar por um erro de interpretação ou falta de atenção. O objetivo é verificar se o aluno tem a habilidade para resolver a questão", explica.


4) Capacidade de compreensão de um enunciado exige leitura diária

A compreensão correta do enunciado da questão é o ponto de partida para o acerto. Isso é essencial para todas as provas, não apenas a de Matemática. E, segundo o professor Rodrigo Vitorassi, o estudante só vai adquirir a capacidade de interpretar bem um enunciado se fizer da leitura uma prática constante. "O que eu sempre oriento é ler todos os dias textos dos mais variados tipos e temas, não só de Matemática, porque esses textos podem ajudar a melhorar a leitura e a interpretação. Outra coisa importante é realizar exercícios de provas anteriores, prestando atenção aos textos e enunciados para se familiarizar com o formato das questões do Enem", completa.


5) Atenção para a forma como a prova é corrigida

A prova do Enem permite situações em que dois estudantes que façam a mesma prova e acertem o mesmo número de questões tenham notas bem diferentes entre si. A professora Maridalva Paulo explica: "A prova do Enem é corrigida por meio da TRI - Teoria de Resposta ao Item. Ela leva em consideração três aspectos. O primeiro deles é a dificuldade apresentada no item. O segundo, a diferenciação de conhecimento; e o terceiro item é a análise de acertos casuais - o famoso chute. Se o estudante tem um bom conhecimento sobre todo o conteúdo, ele vai acertar as difíceis, médias, e nunca vai errar as fáceis. Mas se ele chutar as últimas porque não deu tempo de ler e resolver, é preciso considerar que ele pode ter errado questões muito fáceis no processo, e vai perder pontos valiosos - pois esses três aspectos são considerados na correção. Se o estudante não sabe, não pode deixar em branco, tem que chutar - mas se for chutar, escolhe fazer isso com as questões mais difíceis para ter uma pontuação final mais alta", recomenda.

  

O que esperar da indústria de cosméticos no pós-pandemia

A crise mundial causada pela Covid-19 acelerou tendências que devem influenciar os lançamentos da indústria em 2021


A crise causada pela Covid-19 transformou o padrão de consumo global. A mudança não afetou o interesse do consumidor nas novidades da indústria de cosméticos, mas acelerou novas demandas que já estavam no horizonte das equipes de P&D e Marketing. Mesmo antes da pandemia, o mundo passava por uma redefinição de um conceito de beleza global que privilegia a aceitação e o bem-estar. Assim, o autocuidado deverá consolidar o protagonismo nos lançamentos da indústria para 2021. Saiba o que será destaque nos eventos mundiais da beleza no pós-pandemia.

Compra Engajada – O isolamento social engajou o consumidor com os pontos de venda online. As marcas devem priorizar os canais digitais – websites, vendas por mídias sociais e plataformas de compra para atender aos clientes – e isso muda tudo. O processo de compra online permite com que o consumidor pesquise sobre a empresa, sobre os princípios ativos, sobre as iniciativas sociais que a marca desenvolve e que serão decisivas para fechar negócio. Em outras palavras, o processo de compra se torna muito mais engajado e, para além dos benefícios do produto, o novo-consumidor evita a superficialidade e que o seu investimento não seja em vão.

Faça Você Mesmo – A pandemia diminuiu o poder de compra de muitas famílias e, com isso, muitos consumidores passaram realizar alguns procedimentos em casa. A tendência do Faça Você Mesmo não vai tomar o serviço de profissionais da beleza, ao invés disso deverá guiar lançamentos em 2021 que apostem na customização de produtos. Por exemplo, ampolas com princípios ativos que podem ser misturados com o creme-base de acordo com a necessidade de cada um, ou fórmulas compatíveis que possam ser misturadas para criar produtos exclusivos – seja pela cor, benefícios ou texturas. O fato é que a jornada de autodescobrimento das pessoas durante a pandemia se reflete no desejo de decidir sobre aquilo que é melhor para evidenciar a própria beleza – seja na vida pessoal ou nos produtos que aplica na pele e nos cabelos.

Pesquisa e Laboratório – O trabalho da ciência nunca foi acompanhado tão de perto pelo grande público. A pandemia evidenciou o valor do trabalho da ciência – inclusive, dos químicos que desenvolvem um trabalho nos laboratórios da indústria de cosméticos. Com isso, junto a utilização de princípios ativos naturais e orgânicos, há o crescente interesse em integrar tais ingredientes com matérias-primas desenvolvidas em laboratório – ácidos, moléculas, nanopartículas e vitaminas estabilizadas graças à inovação tecnológica de ponta.

Com os principais eventos da indústria da beleza adiados para 2021, o próximo ano deverá ser um marco de inovação tecnológica para o segmento e decisivo para a recuperação financeira das empresas do segmento. Contudo, é certo que os cuidados com o bem-estar e aparência não perderam espaço com o trabalho remoto ou no novo normal– as pessoas querem se sentir bem consigo mesmas mesmo que seja para uma reunião online ou uma ida ao supermercado. Cabe a indústria, ouvir os consumidores e se preparar para um novo posicionamento de marca.

 


Fábio Yamamora - CEO da Yamá Cosméticos


Pesquisa aponta que trabalho freelancer deve crescer no cenário pós-COVID

Levantamento global indica que apelo pela mobilidade segue em crescimento

 

Estudo global realizado pela ADP Research Institute, com trabalhadores de quatro continentes, demonstra que a busca por formas de trabalho mais flexíveis segue como um dos principais desejos das pessoas no que diz respeito a forma de atividade laboral, mesmo no cenário trazido pelo novo coronavírus. 

A pesquisa, que foi realizada nos cenários pré e pós-COVID-19, indica que, na primeira edição, entre os trabalhadores entrevistados no Brasil, 18% afirmaram preferência por atuar em um trabalho freelancer, caso tivessem esta escolha. Já na segunda consulta, efetuada em junho deste ano, essa porcentagem subiu para 20%.

Segundo a vice-presidente de Recursos Humanos da ADP na América Latina, Mariane Guerra, os trabalhadores estão, cada vez mais, valorizando formas de trabalho que permitam um maior equilíbrio entre vida profissional e outras atividades que lhes interessam. Por isso, é natural vermos um incremento de formas laborais mais flexíveis, como o freelancer. 

“Um outro dado trazido pelo estudo enfatiza também que, com o avanço das novas tecnologias, que permitiu aos trabalhadores executarem com facilidades as suas atividades de forma remota, os gestores, também, estão mais receptivos à implementação de formas de trabalho que possibilitem maior tempo livre aos funcionários”, pontua Mariane. 

A pesquisa aponta, ainda, que a porcentagem de trabalhadores brasileiros que afirmam que suas empresas possuem uma política oficial que permite trabalho flexível quase que dobrou na comparação com a primeira edição do estudo, passando de 27% dos entrevistados para 50%.

A primeira parte da pesquisa foi realizada entre os meses de novembro e dezembro de 2019, e ouviu 32 mil trabalhadores, em 17 países do mundo. Já a segunda edição, ocorreu entre os meses de maio e junho deste ano, portanto pós-coronavírus, e ouviu 11 mil trabalhadores, em seis países (Espanha,Reino Unido, EUA, China, Índia e Brasil), selecionados como representativos das regiões Ásia-Pacífico, Europa, América do Norte e América Latina, para o trabalho comparativo.  

 


ADP (NASDAQ-ADP)

https://www.adp.com.br


Reformas travadas vão levar o país a uma crise profunda, alerta Instituto Unidos pelo Brasil

A ausência de debates para aprovação da reforma administrativa e tributária podem levar o país a uma perigosa extensão da crise econômica agravada pela pandemia do novo coronavírus. O Instituto Unidos Pelo Brasil realizou na última segunda-feira, dia 26 de outubro, um encontro virtual para discutir sobre as reformas previstas pelo governo Bolsonaro que, poderão tornar a economia mais dinâmica e o ambiente econômico propício ao empreendedorismo. Entre os participantes do estavam o deputado federal Baleia Rossi (MDB) e Marly Parra, que já foi eleita como uma das 40 mulheres mais poderosas do Brasil.

Para o presidente do MDB, Baleia Rossi, esse é o momento ideal para debater e aprovar a reforma no Congresso Nacional para acelerar os avanços econômicos. Ele defende transparência no setor tributário para que as pessoas saibam exatamente o que pagam de impostos no país. “Nós tivemos um avanço na unificação de algumas propostas que inclui a minha PEC 45 com outras propostas que se comunicam entre si e esse é um momento oportuno para trabalharmos esse assunto em conjunto. Esse diálogo com o governo federal é importante e, é preciso que haja a participação do Ministro Paulo Guedes e que a reforma siga os trâmites na Câmara federal este ano”, afirmou o deputado federal.

Até agora, a pandemia ceifou pouco mais de 1 milhão de empregos e embora a recuperação tenha surpreendido analistas só as reformas vão permitir ao Brasil dinamizar sua economia. “Seguindo o que o deputado federal Baleia Rossi falou, o governo precisa colocar em votação as reformas que têm sido ameaçadas pelo corporativismo. O estado menor, com menos impostos, se torna mais dinâmico e temos que enfrentar essas mudanças agora que estamos saindo da pandemia justamente para podermos enfrentar crises de forma mais tranquila sem comprometer o futuro com nova emissão de dívida como fizemos agora” explica Nabil Sahyoun, presidente do Instituto Unidos Pelo Brasil.

 

 

 

Conheça as 4 fases da liderança

Durante boa parte da minha carreira, me beneficiei, significativamente, de pessoas que tinham mais confiança em mim do que, algumas vezes, eu mesma. Também fui apoiada por pessoas que me deram feedbacks muito diretos sobre como poderia estar bloqueando meu crescimento (muito obrigada a elas) e de tantas outras que apontaram os pontos cegos e as etapas a serem seguidas para que eu continuasse meu desenvolvimento profissional (muitíssimo obrigada a estas).

Essas lições foram vivências que me ajudaram a traçar meu caminho e a avaliar e colaborar com as equipes, tanto como líder quanto como colaboradora individual. Com elas, podemos desenvolver quatro fases de liderança”.

 

Fase 1: Eficácia

É aqui que a capacidade, a execução e as habilidades básicas de gerenciamento desempenham um papel crítico; chegamos num ponto em que nos tornamos eficazes no que fazemos. Desempenhamos bem e entregamos resultados valiosos nesta etapa, fundamental para uma carreira longeva e de sucesso. Mas, para crescermos como líderes, precisamos ir além de dominar o trabalho com eficácia.

 

Fase 2: Escalabilidade

Nesta fase, tratamos da escalabilidade, quando deixamos de liderar equipes de poucas pessoas e passamos a liderar grandes equipes. Cada uma dessas posições requer um conjunto de competências diferentes, assim como um conjunto de comportamentos diferentes.

Tal como acontece com a tecnologia, existe uma escala para a liderança e essa jornada exige que os executivos melhorem suas habilidades em comunicação, gerenciamento de tempo, delegação, capacitação, gerenciamento de conflitos e de crises.

Este também é o momento em que provavelmente teremos de lidar, pela primeira vez, com conceitos além de nossa função principal – passaremos a executar um portfólio mais amplo, incluindo ações administrativas; teremos de lidar com questões financeiras e definir estratégias.

Trata-se de um momento decisivo, e as pessoas ambiciosas costumam crescer mais rapidamente do que imaginavam a princípio. Mas é preciso ter muito cuidado com o chamado Princípio de Peter, a tendência a subirmos na hierarquia de uma corporação até nos tornarmos incompetentes para a função – e perdermos a credibilidade. Alguns exemplos? Macbeth foi um eficaz chefe militar, mas um rei incompetente; e Sócrates, o excepcional filósofo, foi um péssimo advogado.

Tendemos, todos e todas nós, a subir até nosso nível de incompetência. Por isso, precisamos aprender e desenvolver continuamente o nosso potencial.

 

Fase 3: Resiliência

Já na terceira fase da liderança, a jornada se torna interna. Esta é a fase da resiliência, na qual começamos a nos desafiar e a ter dúvidas: “Estou pronta para isso?” ou “O que está acontecendo comigo por dentro?” ou “Por que me sinto assim?” ou ainda “Por que me sinto criticada?” e “Por que me sinto marginalizada?”.

Emocionalmente, pode ser muito difícil passar do ambiente externo para o ambiente interno, e essa incapacidade de se dar o devido valor é o ponto de partida para a tão popular Síndrome do Impostor – não por acaso, mais comum entre executivas do que entre executivos.

Devemos lembrar de que, em algum nível, liderança é sobre o que a pessoa faz, mas também sobre o que ela se torna. Devemos permanecer fiéis aos nossos valores essenciais para crescermos como seres humanos. Só assim é possível nos tornarmos mais conscientes para superarmos os desafios, termos atenção plena no dia a dia para realizarmos com sucesso.

 

Fase 4: Transformação

Se passarmos por estas três fases, chegaremos à última, que é a fase da transformação, quando nos tornamos um/uma líder que transcende o cargo, o título e as próprias funções. Passamos a ter seguidores que estão muito além de nosso controle. É aqui que podemos inspirar as pessoas e promover transformações duradouras na cultura e nas organizações, que vão além do nosso mandato como administrador. As pessoas nos procuram como um coach e temos a chance de deixar um legado.

Enquanto procuramos desenvolver líderes em nossas organizações, podemos avaliar as pessoas neste espectro de quatro fases e, em seguida, medir suas capacidades baseadas em uma matriz de intenção e capacidade. Para tanto, sigo um miniguia básico, bastante eficaz:

  • Pessoas com grande intenção e grande habilidade: preciso reconhecê-las
  • Pessoas com baixa intenção e alta capacidade: preciso inspirá-las
  • Pessoas com baixa capacidade e alta intenção: preciso treiná-las
  • Pessoas com baixa intenção e baixa capacidade: preciso gerenciá-las o mais rapidamente possível

Quando nos lançamos na tarefa de formar equipes, podemos investir nessas quatro fases para transformar o desenvolvimento de nosso pipeline de liderança e produzir organizações de alto desempenho, 100% capacitadas e sustentáveis. O ideal é fazermos isso com paixão e comprometimento, sem nunca perdermos de vista quem somos.


 

Paula Paschoal - diretora sênior do PayPal Brasil


Aposentadoria de transexuais: como solucionar a equação

No dia 12.11.2019, foi aprovada a reforma da previdência, por meio da aplicação da Emenda Constitucional 03/2019. Neste cenário, diversas alterações foram inseridas, tanto no que concerne ao cumprimento dos requisitos ante a conquista dos benefícios, quanto à mudança relacionada à forma de cálculo aplicada. Em que pese as mudanças tenham sido amplas, a discussão sobre a equiparação entre tempo de contribuição e idade do trabalhador para homens e mulheres não logrou grandes alterações.

Ainda que a idade da mulher, para a aposentadoria por idade, tenha sido alterada para 62 anos, e a do homem permanecido em 65 anos, espécie esta corretamente denominada por voluntária, vez que será a regra definitiva adotada quando da finalização das regras transitórias; ainda considera-se a diferenciação por meio da acepção de uma igualdade material, que considera a desigualação a fim de que a igualdade seja atingida. 

Entende-se que pelo fato de a mulher desempenhar dupla jornada, deve esta se aposentar mais cedo, tanto pelo maior desgaste sofrido, ou como política de ajustes de prejuízos. Nesse cenário, o questionamento ainda mais polêmico e difícil de ser debatido é em relação à aposentadoria do transexual: como conciliar a mudança de gênero com a idade e tempo de contribuição para a aposentadoria? Como solucionar esta equação? 

Para o transexual, há uma convicção íntima deste pertencer a um determinado sexo, que se encontra em discordância com os demais componentes de ordem física que o designaram no momento do nascimento. Nesta situação, a pessoa almeja a colocação de sua aparência física em concordância com o seu verdadeiro sexo. 

No que concerne às implicações do direito previdenciário para os direitos dos transexuais, a resposta, quanto à aplicação da idade e do tempo de contribuição para garantia da aposentadoria, não se mostra fácil de ser equacionada, até porque não há muita experiência prática no assunto e se trata de fenômeno recente. 

Nos casos, a justiça tem firmado o entendimento de que uma vez alterado o gênero em Certidão de nascimento, independente de cirurgia de mudança de sexo, o gênero a ser considerado é aquele que consta em Certidão no momento do requerimento da aposentadoria. Em tal situação, para o homem que se torna mulher, como ocorre na maioria dos casos, haveria uma vantagem, visto que tanto a idade como o tempo de contribuição exigidos para as mulheres, são menores do que os homens, inclusive no que se refere ao cumprimento das regras de transição pós-reforma da previdência. Todavia, e se o caso for a mudança de sexo de mulher para homem? Como proceder? Neste contexto, poderia se dizer que haveria uma agravante, pois, uma vez considerada a lógica aplicada à mulher, tal pessoa deveria cumprir mais tempo para possuir direito à aposentadoria? 

Também não há um consenso sobre este assunto. No entanto, assim como a intepretação de que a mulher deveria se aposentar mais cedo porque sofre com as consequências referente às dificuldades existentes na sociedade por conta do preconceito e do machismo preponderante, que impõe à mulher maiores dificuldades de ascensão na sociedade; o aumento da idade nestes casos também não deveria ser considerado, a não ser que seja por vontade própria, vez que os transexuais são intensamente segregados da comunidade, e, portanto, também possuiriam, ainda em maior medida, grandes dificuldades de desenvolvimento social e profissional. 

Os grupos vulneráveis, dentro de uma política de Seguridade Social e de garantia de manutenção de um Estado de Bem-Estar social, são protegidos de forma diferenciada, assim como trata o art. 201, 1º, incisos I e II, da CF, que asseguram tratamento diferenciado às pessoas com deficiência e aos trabalhadores que exercem suas atividades em condições insalubres e/ou periculosas, e que causam, portanto, prejuízo à saúde e integridade física. Nesse sentido, deveria se assegurar, como medida de proteção social, os direitos de os transexuais se aposentarem mais cedo, independente do gênero, de forma diferenciada, tal como a legislação previdenciária já garante em casos especiais.

Sobre o assunto, o Ministro Celso de Mello deu parecer favorável aos transexuais quanto à mudança de sexo, ao tratar que “de nada adianta superar esse impasse – a dicotomia entre a realidade morfológica e a psíquica – se a pessoa continua vivendo o constrangimento de se apresentar como portadora do sexo oposto”, e cabe aos intérpretes do direito, como operadores de transformação social, promover uma mudança positiva também no direito previdenciário, a fim de assegurar a estas pessoas uma tratamento diferenciado que venha a garantir a dignidade da pessoa humana: indicador mais idôneo de uma civilização evoluída e com sedimentação nos direitos sociais conquistados.

 



Carla Benedetti - advogada, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP, associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), coordenadora da pós-graduação em Direito Previdenciário do Estratégia Concursos e do grupo de pesquisa em Direito Previdenciário do IDCC (Instituto de Direito Constitucional e Cidadania).


A assepsia como esperança na manutenção do negócio e do emprego

A vida como ela é, dia após dia, vivida e vivenciada em suas peculiaridades instáveis e imprevisíveis em tempos de pandemia, faz com que os cidadãos de um modo geral repensem suas rotinas, seus estilos, suas relações e, principalmente, seu futuro, nunca tão desafiado e incerto como hoje. Nesse turbilhão de acontecimentos, enquanto esse futuro não chega para nos salvar, precisamos sobreviver e nos manter em plena atividade para ganhar o pão, o álcool em gel e o nosso sabão de cada dia.

Realidade alterada, a base capitalista da sociedade permanece imutavelmente presente pela necessidade de produção e promoção de lucro, tendo no trabalhador propriamente dito sua força motriz, em harmonia de dependência na prestação de serviços e na remuneração compensatória, onde qualquer desbalanço gera a quebra do negócio e, consequentemente, a perda do emprego ou da prestação de serviços.

Com o desequilíbrio sendo provocado por uma causa maior que atinge o valor supremo da existência humana, a vida, o fiel da balança passa a ser um elemento fundamental que ganha status de instrumento corporativo elevado a princípio institucional, capaz de garantir a perpetuidade do empreendimento. O que antes era cumprido por foça de lei, hoje passa a ser cumprido por condição de existência. Ambos, empregador e empregado, incorporam de forma imperiosa em suas obrigações contratuais e sociais a assepsia no ambiente de trabalho.

Portanto, a eliminação ou neutralização do risco de contágio passa a ser a principal esperança para a manutenção das relações sociais, comerciais e trabalhistas, sem a qual se perde negócio, se perde trabalhador, se perde consumidor. Um ambiente seguro de trabalho deixa a mera imposição da letra fria da lei constitucional e infraconstitucional para, na prática do dia a dia, ganhar ares de protagonista, chamariz em mídia e alavanca de produção, em verdadeiro fio condutor do negativo para o positivo, da falência para o próspero, da miséria para o sustento do trabalhador e seus dependentes de uma forma geral.

É desta forma que a vida em sociedade dará sequência a sua realidade adaptada, impondo cuidado com a segurança e medicina do trabalho antes mesmo do negócio, como pauta impreterível em reuniões de operação, de marketing ou de recursos humanos; para assim retomarmos a autonomia no controle das nossas ações, assegurando certa previsibilidade para atingirmos o futuro mais rapidamente salvando o negócio e o emprego. Afinal, com saúde nos manteremos vivos e com trabalho seremos dignificados.

 


Decio Sebastião Daidone Jr. - advogado trabalhista, professor universitário, mestre em Direito do Trabalho e Processo do trabalho pela PUC/SP, sócio do Barcellos Tucunduva Advogados e membro do Comitê Jurídico Trabalhista da ABIPLA (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional)

 

Proposta de nova Constituição indica desconhecimento da história do Brasil, diz especialista

O recente plebiscito chileno no qual a população local optou pela criação de uma nova Constituição, extinguindo a atual – vigente desde o governo o comando do então ditador Augusto Pinochet (1915 – 2006) – abriu margens para a elaboração de uma nova carta magna brasileira, que alteraria a vigente desde 1988.

A mudança é defendida pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP- PR), que afirmou em evento virtual organizado pela Academia Brasileira de Direito Constitucional que situação atual do País é ingovernável e que o Brasil deveria seguir o exemplo do Chile.

A favor das modificações, estão parlamentares que defendem existir direitos demais e deveres de menos na antiga constituição.

Para o professor pós doutor Marcelo Válio, o ponto de vista é inválido e demonstra total desconhecimento da história nacional, bem como das mínimas noções de direito. “Trata-se de flagrante ideia inconstitucional, pois acarretaria a quebra da ordem democrática constitucional, bem como das mínimas regras para se invocar o Poder Constituinte Originário”, diz o especialista.

 



Marcelo Válio - Graduado em 2001 PUC/SP, é especialista em direito constitucional pela ESDC, especialista em direito público pela EPM/SP, mestre em direito do trabalho pela PUC/SP, doutor em filosofia do direito pela UBA (Argentina), doutor em direito pela FADISP, pós doutor em direito pelo Universidade de Messina (Itália) e pós doutorando em direito pela Universidade de Salamanca (Espanha), e é referência nacional na área do direito dos vulneráveis (pessoas com deficiência, autistas, síndrome de down, doenças raras, burnout, idosos e doentes).

 

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