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| Jovens de 18 a 30 anos representaram cerca de 62% dos compradores da MRV este ano |
O sonho da casa própria permanece como o principal
desejo de consumo dos brasileiros — acima do carro, das viagens e até da
estabilidade financeira. Segundo pesquisa do Datafolha, 93% das pessoas que
vivem de aluguel ou em imóveis cedidos desejam adquirir um imóvel próprio.
Esse sentimento não se limita às gerações anteriores. Um estudo do
Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da PUC do Paraná revelou que 95% dos
integrantes das gerações Y e Z ainda desejam ter um imóvel. Já um levantamento
da MRV, maior construtora da América Latina, aponta que os jovens de 18 a 30
anos representaram cerca de 62% dos compradores da companhia entre janeiro e
outubro de 2025.
No Rio, a geração Z representou 57% dos compradores
nesse período. Em São Paulo, a mesma faixa etária respondeu por 58,7% dos novos
proprietários. A explicação para essa demanda está nos aspectos sociais,
culturais e afetivos que cercam a relação dos brasileiros com a moradia.
Especialistas em habitação apontam que o sonho da casa própria é
movido pela busca por pertencimento, estabilidade e segurança — especialmente
em um contexto em que o aluguel consome parcela significativa do orçamento de
muitas famílias. Há ainda a ideia de uma “herança imobiliária”, conceito que
traduz o desejo de deixar um bem para as próximas gerações, além do valor
emocional atribuído ao lar, entendido como o espaço onde se constroem memórias,
vínculos e histórias.
“Temos observado um movimento muito forte dos jovens que desejam
conquistar sua independência cada vez mais cedo, seja para morar sozinhos ou
iniciar uma vida a dois. Esse público é também mais exigente: busca
empreendimentos sustentáveis, seguros, com boas áreas de lazer e infraestrutura
completa”, destaca Viviane Sieiro, diretora comercial da MRV no Rio de Janeiro.
Segundo a executiva, os programas habitacionais como o Minha Casa,
Minha Vida têm papel fundamental nesse processo, porque oferecem condições mais
acessíveis de financiamento, taxas de juros competitivas e prazos que podem
chegar a até 35 anos:
“Isso torna o sonho do primeiro apartamento mais viável para essa
geração que já entende a moradia como um investimento em qualidade de vida e
futuro”, acrescenta.
Esse é o caso do empresário Luiz Cláudio Souza, que comprou seu
primeiro imóvel aos 29 anos. Hoje, aos 31, ele afirma ter conseguido unir
estabilidade e investimento:
“Percebi que era o momento certo para comprar porque a queda da
Selic tornaria meu financiamento mais vantajoso e, ao mesmo tempo, valorizaria
o bem. Além disso, encontrei uma parcela que ficou bem melhor do que o aluguel
que eu pagaria por um imóvel do mesmo padrão. E ainda posso alugar durante as
épocas festivas, como réveillon e carnaval, o que me ajuda a cobrir várias
parcelas ao longo do ano”, conta.
A chef de cozinha Jéssica da Silva Santos, de 35 anos, mãe solo de
três filhas, acreditava que, com uma renda de pouco mais de R$2 mil, comprar um
apartamento era algo bem distante de sua realidade. No entanto, movida pelo
desejo de encontrar um local mais seguro para morar com as crianças, decidiu
buscar as melhores condições de financiamento e, finalmente, conseguiu tirar o
sonho do papel. O difícil agora está sendo encontrar palavras que representem
essa conquista:
“Quando peguei a chave, em setembro deste ano, me arrepiei
inteira. É algo que não sei descrever. Quando passo pela portaria e vejo tudo
organizado com segurança, penso: consegui. Sou a mulher e o homem da minha
casa. Tenho gratidão a Deus e a todas as pessoas boas que cruzaram meu caminho”,
conta, emocionada.
Sonho que movimenta o país
Casos como o de Luiz e de Jéssica revelam como o setor da
construção cumpre um papel social essencial na comunidade. Para além do âmbito
pessoal, o setor também movimenta a economia e inspira políticas públicas de
habitação. Programas como o Minha Casa, Minha Vida ampliaram o acesso ao
crédito e ao subsídio habitacional, permitindo que famílias de renda média e
baixa concretizem esse projeto de vida.
Para a MRV, o enfoque em empreendimentos acessíveis e com
infraestrutura completa visa justamente alcançar esse público e cumprir sua
missão de combater o déficit habitacional. A companhia atua com o Minha Casa
Minha Vida desde a sua criação e tem mais de 92% de seu portfólio enquadrado no
perfil do programa, somando mais de 40 mil unidades em todo o país. Ao todo, a
empresa já entregou mais de 500 mil chaves pelo Brasil, realizando o sonho de
mais de 1,5 milhão de pessoas.
“O lar é visto como o ponto de partida para a melhoria na
qualidade de vida e a busca por melhores perspectivas para muitas famílias. As
construtoras têm uma grande responsabilidade e um papel central nesse processo,
porque entregar um imóvel exige planejamento urbano e viabiliza o progresso de
famílias, comunidades e cidades”, afirma Viviane Sieiro, diretora comercial da
MRV no Rio de Janeiro.
www.mrv.com.br

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