Comportamento digital da Geração Z é explorado por cibercriminosos que usam mods e arquivos maliciosos para espalhar malware e roubar contas em plataformas de jogos
A popularidade dos games entre a Geração Z virou um campo minado para
cibercriminosos: a Kaspersky revela que mais de 19 milhões de tentativas de
golpes digitais usaram títulos como GTA, Minecraft e Call of Duty como isca em
pouco mais de um ano. O levantamento da empresa expõe como a paixão por mods e
a busca por novas experiências transformam jogadores em alvos fáceis para
malware e roubo de contas, impulsionando um mercado ilegal de ativos digitais
que já movimenta fóruns e canais fechados. A
Kaspersky está lançando o “Case
404”, jogo interativo de cibersegurança que ensina a Geração Z
a reconhecer ameaças e a proteger o seu mundo digital enquanto fazem o que mais
gostam: jogar.
A Geração Z passa
mais tempo em games do que qualquer outra geração - não apenas jogando, mas
buscando tendências virais e novas experiências. No entanto, os cibercriminosos
acabam explorando essa busca por novidades da Gen Z para aplicar golpes. O relatório
da Kaspersky analisou mais de 19 milhões detecções de ataques, entre abril de
2024 e maio de 2025, que utilizaram jogos populares para a Geração Z como iscas
para fraudes. Durante um pouco mais de um ano de análise, mais de 400 mil
jogadores foram afetados em todo o mundo.
Apesar de o GTA V
ter sido lançado há mais de uma década, a franquia continua sendo uma das mais
exploradas do mundo para golpes por conta da popularidade de modding em mundo
aberto e a comunidade online engajada. No total, a Kaspersky detectou 4.456.499
tentativas de ataques que envolveram arquivos maliciosos de conteúdos
relacionados ao game. O GTA VI, previsto
para 2026, será um dos lançamentos mais aguardados da indústria dos jogos e os
especialistas preveem um potencial aumento deste tipo de ataques, com os
cibercriminosos explorando o hype pelo game com a distribuição de instaladores
falsos, ofertas de acesso antecipado ou convites falsos para a versão beta.
Entre os demais
jogos mais explorados pelos cibercriminosos, o Minecraft ficou em segundo
lugar, com 4.112.493 tentativas de ataque – principalmente por conta de seu
vasto ecossistema de modding e à sua popularidade duradoura entre os jogadores
da Geração Z. Em seguida, destacam-se Call of Duty (2.635.330) e The Sims 2
(416.443). O primeiro, por conta da procura de cheats e versões pirateadas em
torno de lançamentos competitivos de Call of Duty, enquanto os fãs de The Sims
procuram conteúdos personalizados ou pacotes de expansão não lançados.
Como resultado
desses ataques, os dispositivos dos usuários podem ser infectados por diversos
tipos de programas indesejados ou maliciosos — desde downloaders, que instalam
outros programas nocivos, até trojans que roubam senhas, monitoram atividades,
permitem acesso remoto aos criminosos ou instalam ransomware. Os objetivos
desses ataques variam, mas um dos mais comuns é o roubo de credenciais de
contas de jogos, que depois são vendidas na dark web ou em fóruns fechados.
O comércio de
contas de jogos roubadas e itens digitais evoluiu rapidamente: deixou de ser
uma prática restrita à dark web e agora está presente em fóruns privados,
grupos fechados e até canais no Telegram. Com poucos cliques, qualquer pessoa
pode acessar essas plataformas e encontrar anúncios vendendo skins raras,
contas de alto nível ou acesso a itens premium. Esse acesso facilitado
transforma o golpe em uma ameaça real e constante, ampliando o alcance do
mercado ilegal de ativos digitais e tornando o que antes era uma prática
técnica e clandestina em um mercado — rápido, acessível e global.
“Desde
blockbusters de mundo aberto como o GTA até simuladores acolhedores como The
Sims, os cibercriminosos visam jogos de todos os gêneros que os jovens adoram.
O que os une é o público: A Geração Z é a mais ativa digitalmente, deixando
para trás um rico rastro de dados, cliques e curiosidade. É por isso que a
autodefesa digital já não é opcional. Aprender a reconhecer as ameaças deve ser
tão natural como subir de nível num jogo. Através do “Case
404”, queremos capacitar os jovens jogadores com ferramentas e instintos
para protegerem o que mais lhes interessa - a sua identidade digital, as suas
contas e a sua liberdade de jogar em segurança, explica Vasily
Kolesnikov, especialista em segurança da Kaspersky.
Para enfrentar
esse cenário e jogar com segurança, a Kaspersky recomenda:
- Baixe
jogos, mods e ferramentas somente de fontes oficiais. Evite
torrents, sites de terceiros ou links compartilhados em fóruns e chats,
mesmo que prometam skins raras ou bônus gratuitos.
- Desconfie
de ofertas boas demais para serem verdade. Se
um site ou mensagem oferecer algo muito vantajoso (como moeda gratuita ou
itens lendários), provavelmente é — especialmente se pedir suas
credenciais de login.
- Use
senhas fortes e exclusivas para cada conta de jogo ou e-mail. Um
gerenciador de senhas pode ajudar a criá-las e armazená-las com segurança.
- Ative
a autenticação em dois fatores (2FA) sempre
que possível, principalmente em plataformas como Steam, Epic Games e
Discord.
- Não
compartilhe suas contas ou informações de login, nem mesmo com amigos. O
acesso compartilhado costuma levar à exposição acidental ou ao roubo de
dados.
- Use
uma solução de segurança confiável, como o Kaspersky
Premium, para detectar anexos maliciosos que possam comprometer seus
dados.
- Garanta
uma navegação e troca de mensagens seguras com
o Kaspersky
VPN, ocultando seu endereço IP e evitando possíveis vazamentos de
dados.
- Jogue
o game “Case
404” - criado especialmente para os jogadores da Geração Z.
Nesta aventura de detecção de ameaças, os jogadores mergulham em casos
fictícios inspirados em ameaças digitais reais, aprendendo a detectar
fraudes, tentativas de phishing e táticas de aquisição de contas comuns
nos jogos.
Mais informações no site
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