sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Mais de 19 milhões de tentativas de golpe usaram jogos como GTA, Minecraft e Call of Duty como iscas

Comportamento digital da Geração Z é explorado por cibercriminosos que usam mods e arquivos maliciosos para espalhar malware e roubar contas em plataformas de jogos 

 

A popularidade dos games entre a Geração Z virou um campo minado para cibercriminosos: a Kaspersky revela que mais de 19 milhões de tentativas de golpes digitais usaram títulos como GTA, Minecraft e Call of Duty como isca em pouco mais de um ano. O levantamento da empresa expõe como a paixão por mods e a busca por novas experiências transformam jogadores em alvos fáceis para malware e roubo de contas, impulsionando um mercado ilegal de ativos digitais que já movimenta fóruns e canais fechados. A Kaspersky está lançando o “Case 404”, jogo interativo de cibersegurança que ensina a Geração Z a reconhecer ameaças e a proteger o seu mundo digital enquanto fazem o que mais gostam: jogar. 

A Geração Z passa mais tempo em games do que qualquer outra geração - não apenas jogando, mas buscando tendências virais e novas experiências. No entanto, os cibercriminosos acabam explorando essa busca por novidades da Gen Z para aplicar golpes. O relatório da Kaspersky analisou mais de 19 milhões detecções de ataques, entre abril de 2024 e maio de 2025, que utilizaram jogos populares para a Geração Z como iscas para fraudes. Durante um pouco mais de um ano de análise, mais de 400 mil jogadores foram afetados em todo o mundo. 

Apesar de o GTA V ter sido lançado há mais de uma década, a franquia continua sendo uma das mais exploradas do mundo para golpes por conta da popularidade de modding em mundo aberto e a comunidade online engajada. No total, a Kaspersky detectou 4.456.499 tentativas de ataques que envolveram arquivos maliciosos de conteúdos relacionados ao game. O GTA VI, previsto para 2026, será um dos lançamentos mais aguardados da indústria dos jogos e os especialistas preveem um potencial aumento deste tipo de ataques, com os cibercriminosos explorando o hype pelo game com a distribuição de instaladores falsos, ofertas de acesso antecipado ou convites falsos para a versão beta. 

Entre os demais jogos mais explorados pelos cibercriminosos, o Minecraft ficou em segundo lugar, com 4.112.493 tentativas de ataque – principalmente por conta de seu vasto ecossistema de modding e à sua popularidade duradoura entre os jogadores da Geração Z. Em seguida, destacam-se Call of Duty (2.635.330) e The Sims 2 (416.443). O primeiro, por conta da procura de cheats e versões pirateadas em torno de lançamentos competitivos de Call of Duty, enquanto os fãs de The Sims procuram conteúdos personalizados ou pacotes de expansão não lançados. 

Como resultado desses ataques, os dispositivos dos usuários podem ser infectados por diversos tipos de programas indesejados ou maliciosos — desde downloaders, que instalam outros programas nocivos, até trojans que roubam senhas, monitoram atividades, permitem acesso remoto aos criminosos ou instalam ransomware. Os objetivos desses ataques variam, mas um dos mais comuns é o roubo de credenciais de contas de jogos, que depois são vendidas na dark web ou em fóruns fechados. 

O comércio de contas de jogos roubadas e itens digitais evoluiu rapidamente: deixou de ser uma prática restrita à dark web e agora está presente em fóruns privados, grupos fechados e até canais no Telegram. Com poucos cliques, qualquer pessoa pode acessar essas plataformas e encontrar anúncios vendendo skins raras, contas de alto nível ou acesso a itens premium. Esse acesso facilitado transforma o golpe em uma ameaça real e constante, ampliando o alcance do mercado ilegal de ativos digitais e tornando o que antes era uma prática técnica e clandestina em um mercado — rápido, acessível e global. 

“Desde blockbusters de mundo aberto como o GTA até simuladores acolhedores como The Sims, os cibercriminosos visam jogos de todos os gêneros que os jovens adoram. O que os une é o público: A Geração Z é a mais ativa digitalmente, deixando para trás um rico rastro de dados, cliques e curiosidade. É por isso que a autodefesa digital já não é opcional. Aprender a reconhecer as ameaças deve ser tão natural como subir de nível num jogo. Através do “Case 404”, queremos capacitar os jovens jogadores com ferramentas e instintos para protegerem o que mais lhes interessa - a sua identidade digital, as suas contas e a sua liberdade de jogar em segurança, explica Vasily Kolesnikov, especialista em segurança da Kaspersky. 

Para enfrentar esse cenário e jogar com segurança, a Kaspersky recomenda:

  • Baixe jogos, mods e ferramentas somente de fontes oficiais. Evite torrents, sites de terceiros ou links compartilhados em fóruns e chats, mesmo que prometam skins raras ou bônus gratuitos.
  • Desconfie de ofertas boas demais para serem verdade. Se um site ou mensagem oferecer algo muito vantajoso (como moeda gratuita ou itens lendários), provavelmente é — especialmente se pedir suas credenciais de login.
  • Use senhas fortes e exclusivas para cada conta de jogo ou e-mail. Um gerenciador de senhas pode ajudar a criá-las e armazená-las com segurança.
  • Ative a autenticação em dois fatores (2FA) sempre que possível, principalmente em plataformas como Steam, Epic Games e Discord.
  • Não compartilhe suas contas ou informações de login, nem mesmo com amigos. O acesso compartilhado costuma levar à exposição acidental ou ao roubo de dados.
  • Use uma solução de segurança confiável, como o Kaspersky Premium, para detectar anexos maliciosos que possam comprometer seus dados.
  • Garanta uma navegação e troca de mensagens seguras com o Kaspersky VPN, ocultando seu endereço IP e evitando possíveis vazamentos de dados.
  • Jogue o game “Case 404” - criado especialmente para os jogadores da Geração Z. Nesta aventura de detecção de ameaças, os jogadores mergulham em casos fictícios inspirados em ameaças digitais reais, aprendendo a detectar fraudes, tentativas de phishing e táticas de aquisição de contas comuns nos jogos.

 

Kaspersky
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