Estudo da Kantar mostra que os pais ainda são pouco considerados na hora de formular publicidade para produtos de bebê
O Dia dos Pais é uma data
que levanta diferentes questões sobre "modelos tóxicos" de masculinidade
e como redefinir os papeis dos homens.
Mas redefinir a
masculinidade não é apenas uma questão social – é um imperativo empresarial. O
levantamento da Kantar, “Connecting with men: How brands can
decode modern masculinity” (“Conectando-se com os homens:
como as marcas podem decodificar a masculinidade moderna”), mostra que os
anúncios que retratam homens em papéis positivos, dando bons exemplos para os
outros, têm melhor desempenho do que aqueles que não o fazem: são 37 pontos
percentuais mais altos quando se trata de aumentar o poder de demanda de longo
prazo – o share de volume que a marca alcançaria apenas baseado nas percepções
dos consumidores - e 21 pontos percentuais mais altos para probabilidade de
aumentar as vendas no curto prazo.
E
isso inclui a representação dos homens como pais. Duas categorias se destacam
quando os assuntos são paternidade e o papel dos homens no lar.
• Produtos para bebês: apenas 24% dos anúncios de produtos para bebês são testados com homens. Trata-se de uma oportunidade perdida de envolver o crescente público de pais ativamente envolvidos em cuidados infantis. Na verdade, mais propagandas de itens para animais de estimação são testados com ambos os sexos (95%) do que anúncios de cuidados com bebês e alimentação.
• Produtos para o lar: enquanto os homens estão assumindo mais responsabilidades em casa — especialmente porque mais deles vivem sozinhos —, a indústria de publicidade não está acompanhando o ritmo. Apenas 15% dos testes de anúncios em cuidados domiciliares buscam feedback do público masculino. Isso ocorre apesar do fato de que anúncios que os retratam como tomadores de decisão ativos na vida doméstica geram um engajamento mais forte e repercutam melhor.
Para o levantamento da
Kantar, as marcas precisam estar profundamente cientes da evolução das
masculinidades e adaptar suas estratégias de marketing de acordo, incluindo dar
atenção ao papel de pai dentro de categorias específicas.
“Ao reconhecer seus públicos existentes e potenciais além dos estereótipos, e por meio de retratos intencionais de homens de uma forma positiva e inclusiva, as marcas podem predispor mais pessoas e forjar conexões significativas, ao mesmo tempo em que impulsionam mudanças sociais positivas”, afirma Vils.
O levantamento também lista
algumas dicas para as marcas:
• Lembre-se: a masculinidade
não é um monólito. Não existe um “tipo de homem" para representar
represente todos;
• Tenha em mente que evitar
estereótipos de gênero é um imperativo social e comercial;
• Crie melhores conexões com
os homens por meio de estratégias inclusivas sem comunicações exclusivas para
eles;
• Teste sua criatividade sem
preconceito de gênero embutido;
• Evite estereótipos de
gênero – ou você limitará suas oportunidades de predispor mais pessoas à sua
marca.
O “Connecting with men: How brands can
decode modern masculinity”, da divisão Insights da Kantar, se
baseia em dados de banco próprio, no
Brand Inclusion Index 2024, no
US MONITOR e
em análises qualitativas no Brasil, nos Estados Unidos, na Tailândia e na
Turquia.
Kantar
www.kantar.com/brazil
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