A comédia
clássica de Molière simboliza uma transgressão ao patriarcado e ao
conservadorismo, além de trazer à tona com ironia, leveza e elegância, a
sagacidade feminina. Brian Penido Ross interpreta o protagonista em cena
Um texto
clássico de mais de 360 anos de Molière
que evoca a sagacidade feminina em uma trama cheia de humor. Sucesso visto por
mais de 12 mil pessoas e permeado por esse universo, Escola de Mulheres chega com temporada popular no Teatro Itália. A nova temporada acontece
de 8 de março a 20 de abril,
com sessões aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h.
Sob direção de Clara
Carvalho, a obra é um gesto de transgressão ao patriarcado e ao
conservadorismo, além de trazer à tona com ironia, leveza e elegância, a
sagacidade feminina.A montagem é protagonizada por Brian
Penido Ross, prêmio Bibi Ferreira, que está em cena ao lado de Ariell
Cannal, Felipe Souza, Fulvio
Filho, Gabriela Westphal, Nando
Barbosa, Leandro Tadeu, Paulo
Marcos, e Vera Espuny.
“Este é um texto
escrito em 1662, quando Molière tinha 40 anos e estava na plenitude de sua
potência criativa. Ele também fazia o papel de Arnolfo, personagem que repele
frontalmente a ideia de ser traído e, para isso, educa a jovem Inês para que
ela se torne sua esposa ideal, criando-a na mais absoluta ignorância. Mas, como
em muitas de suas peças, as personagens femininas de Molière são perspicazes,
inteligentes e descobrem como se empoderar numa circunstância a princípio
desfavorável e o plano de Arnolfo mostra-se muito difícil de implementar.
Sente-se no texto a simpatia de Molière pelas mulheres. O machismo patológico é
escancarado, ridicularizado e, sentimos um viés francamente feminista. É esse
viés que colocamos em cena”, comenta Clara Carvalho.
A peça, que foi
um sucesso estrondoso na sua estreia em Paris, e gerou infindáveis discussões
sobre a polêmica comportamental que trazia, é exemplarmente clássica, com
unidade de tempo – tudo se passa em 24hs – espaço e ação e a encenação busca
mesclar sugestões do século XVII com traços contemporâneos. Tudo se passa numa
praça e, ao fundo, um painel com o sol nos remete a Luís XIV, patrono das artes
e da trupe de Molière. Por conta da polêmica que seu texto gerou, Molière
escreveu logo, depois da estreia, uma outra peça para responder a seus
detratores, A Crítica à Escola de Mulheres.
Brian Penido
Ross comenta as características de seu personagem e as comparou com outros
clássicos do autor: “Arnolfo é um burguês de meia idade e está sujeito às convenções do amor e do casamento,
ao contrário do comportamento libertino dos homens e mulheres da corte de Luís
XIV. Ele faz toda sorte de intrigas sobre homens que foram traídos e deseja
obsessivamente não se tornar um deles. Molière tem uma galeria genial de
personagens com comportamentos compulsivos, como Argan, de O Doente
Imaginário, ou Harpagão, de O Avarento. Num momento em que o Brasil
está lidando com pautas conservadoras e repressivas, rir de Arnolfo e
acompanhar a rápida e comovente evolução de Inês em sua compreensão do mundo é
muito salutar."
Ariell Cannal,
um dos idealizadores, ressalta a atualidade do texto clássico: “É incrível que
um texto escrito há 360 anos converse tanto com a nossa realidade
contemporânea. Numa sociedade onde as mulheres precisam de projeto de lei para
conquistarem a igualdade salarial, um autor tão feminista como Molière pode
mostrar à plateia que as vontades e desejos femininos têm, sim, força e razão
de existir. Molière é um autor necessário”.
Durante a
preparação da peça a equipe se inspirou em filmes como A Viagem do
Capitão Tornado, (1990, de Ettore Scola; Molière, (1976, de Ariane
Mnouchkine); O Rei Dança, (2000, Gérard Corbiau); Vatel – Um
Banquete para o Rei, (2000, Roland Joffe, além montagens
disponibilizadas pela Comédie-Française e pelo Teatro Odéon.
FICHA
TÉCNICA – Escola de Mulheres
Idealização: Ariell Cannal, Brian Penido Ross e Clara Carvalho.
Autor: Molière.
Direção
/ Tradução / Adaptação: Clara
Carvalho.
Elenco: Ariell Cannal (Horácio), Brian Penido Ross (Arnolfo),
Felipe Souza (Cupido), Fulvio Filho (Crisaldo), Gabriela Westphal (Inês),
Leandro Tadeu (Oronte), Nando Barbosa (Alain) , Paulo Marcos (Henrique),
Vera Espuny (Georgette).
Direção
de Movimento: Guilherme Sant'Anna.
Músicas
/ Letras / Direção Musical:
Gustavo Kurlat.
Arranjos
/ Produção Musical: André
Bedurê.
Violão
/ Baixo / Instrumentos Virtuais:
André Bedurê.
Violino: Naianne Cunha.
Desenho
de Luz: Wagner Pinto.
Assistente
de Iluminação: Gabriel Greghi.
Cenógrafo: Chris Aizner.
Design
Gráfico do Cenário: Adriana
Alves.
Cenotécnico: Denis Chimanski.
Figurinista: Marichilene Artisevskis.
Costureiras/Modelistas: Judite Geronimo de Lima, Ateliê Bella Modas.
Modelista
Casacos: Paula Gaston.
Alfaiate: Pedro Almeida Barre.
Envelhecista: Foquinha Cris.
Design
Gráfico da Divulgação: Mau Machado.
Fotógrafo: Ronaldo Gutierrez.
Redes
Sociais: Renato Fernandes.
Assessoria
de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato
Fernandes.
Produção
Executiva: Nando Medeiros.
Assistentes
de Produção: Nando Barbosa e Paula Stricker.
Direção
de Produção: Ariell Cannal / Cannal
Produções.
Serviço:
ESCOLA
DE MULHERES
Teatro
Itália (Av. Ipiranga, 344 - República, São
Paulo - SP)
Temporada: De 8 de março a 20 de abril de de 2025. Sábados, às 20h;
e domingo, às 19h
Ingressos:: R$40
(Inteira) / R$20 (Meia) (Promoção de Carnaval)
A partir de 15/3: R$60 (Inteira) / R$30 (Meia)
Compra
Online: https://cannal.link/escolaIngressos
Classificação: 12 Anos. Duração: 85 Minutos
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