De acordo com o Censo da Educação Básica, o número de alunos autistas matriculados nas escolas do Brasil cresceu em 50% de 2022 a 2023. Apesar de leis em vigor auxiliarem na garantia de direitos da pessoa com deficiência à educação, o caminho em busca de uma escola inclusiva é, no geral, desafiador para muitas famílias e se inicia no processo de aceitação da matrícula.
“É comum que pais de criança com Transtorno do Espectro Autistas (TEA) optem por não expor o diagnóstico de seu filho por saberem que, ao fazer isso, a recusa será quase inevitável”, conta Karen Marconato, Coordenadora do Setor ABA à Educação do Grupo Conduzir. Nesse contexto, as legislações brasileiras têm tratado a prática como crime, punindo o gestor escolar que recusar a matrícula de um aluno com deficiência com multas que variam de três a 20 salários mínimos.
Mesmo com a matrícula efetivada, ainda há uma longa batalha, pois as famílias passam a enfrentar um novo ciclo de desafios. “As famílias, sozinhas ou amparadas por profissionais, precisam pleitear um plano de ensino individualizado (PEI), adaptações curriculares, e cuidadores ou mesmo acompanhantes especializados para que seu filho possa ser incluído. Essas medidas também são garantidas por lei, mas, na maior parte das vezes, são pouco aplicadas devido à falta de iniciativa dos próprios profissionais da escola”, explica a psicopedagoga.
Segundo ela, iniciativas eficientes para inclusão de autistas no ambiente escolar não exigem um alto custo, porém demandam um esforço financeiro e, acima de tudo, atitudinal. “A contratação de profissionais para o acompanhamento das atividades pedagógicas, a atuação de um professor de educação especial ou psicopedagogo que se responsabilize pelas adaptações curriculares e a criação ou definição de um espaço que possa servir tanto para atividades pedagógicas como para autorregulação comportamental de autistas são ações totalmente necessárias e que precisam estar no planejamento da instituição para serem efetivamente realizadas”, comenta.
Para oferecer esse trabalho de forma satisfatória, a instituição de ensino deve focar na formação contínua dos profissionais e considerar a permanência de um especialista capacitado que se responsabilize por articular e promover práticas mais inclusivas no ambiente escolar, e na fomentação do conceito de diversidade de maneira mais ampla para firmar uma cultura que evite condutas preconceituosas.
O Grupo Conduzir, referência em Terapia ABA, tem articulado junto
a professores e profissionais de diferentes áreas em prol de uma educação mais
inclusiva. “Por meio de atendimentos clínicos promovemos
a aprendizagem com as melhores práticas em educação aliadas às tecnologias de
ensino da ABA. A atuação de uma equipe especializada permite reduzir a
sobrecarga sobre as famílias nesse árduo processo. Problemas são tratados por
profissionais capacitados que, com competência técnica, conseguem articular com
a escola em busca de melhorias e garantias para efetivar a inclusão escolar”,
declara.
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