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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Revoada de “bichos de luz” chega mais cedo esse ano. Entenda o porquê

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Docente do Centro Universitário UniBH, bióloga Fernanda Raggi também explica o que são, de onde vêm e como combater a infestação desses insetos

 

Em 2024, uma situação um tanto inédita ocorre em algumas partes do Brasil. Revoadas dos famosos “bichinhos de luz” enchem as luzes da cidade ainda no inverno, trazendo junto seus rastros de pequenas asas espalhados pelo chão. Geralmente encontrados no verão, a chegada repentina desses insetos também representa um alerta climático, tendo em lista o inverno mais quente desse ano, com ondas de calor intercaladas ao longo de toda a estação.
 

Mas afinal, o que são os “bichos de luz” que infestam todos os espaços sem anúncio prévio? Também conhecidos como aleluias ou siriris, eles são um tipo de cupim alado que se deslocam em revoadas durante a fase reprodutiva. Estas revoadas ocorrem principalmente em dias quentes e úmidos, como na primavera e no verão, após períodos de chuva, onde os machos e as fêmeas deixam a colônia anterior para procurar parceiros e formar uma nova. Com o inverno brasileiro em situação parecida às demais estações, eles surgem nesse período também.
 

Os bichos de luz são atraídos pela luz natural e pela luz artificial, mas não pelas mesmas razões. Para encontrar um parceiro, eles guiam-se pela luz natural e, pela luz artificial, são atraídos devido ao comprimento de onda e ao calor que elas emitem. Ao entardecer, com o acendimento das luzes nas casas, os insetos são atraídos para dentro devido o contraste entre a luz interna e a escuridão externa, o que os desorienta e os faz entrar pelas janelas abertas, bem como sobrevoar as lâmpadas.
 

Apesar desses insetos não oferecerem riscos à saúde humana ou aos animais domésticos, podem causar problemas se seguirem vivos após perderem suas asas, como explica a bióloga e docente do Centro Universitário UniBH, Fernanda Raggi.
 

“Quando uma aleluia perde suas asas ela pode criar um ninho em móveis de madeira ou outras estruturas, normalmente acessadas pelos cupins que já conhecemos. Isso pode causar alguns transtornos, provocados por uma formação de colônias muito grande, que possa comprometer a integridade desses objetos de madeira dentro da casa”, conta.
 

Sobre maneiras de combater, a professora alerta. "Como esses cupins se orientam a partir do momento que se atraem pela iluminação, podemos fechar as janelas e apagar as luzes para evitar que entrem. Mas, se entrarem, basta colocar uma bacia com água logo abaixo das lâmpadas, que logo cairão na água atraídos pelo reflexo da luz", orienta. “Além disso, manter os móveis afastados da parede e limpá-los periodicamente pode prevenir a proliferação dessas colônias”, conclui.

 

UniBH

Ânima Educação  

  

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