Pesquisa Global Learner Survey (GLS),
realizada pela Pearson, aponta que os pais entendem que as escolas devem desempenhar um papel maior no quesito
A
mais recente edição da Global Learner Survey (GLS), pesquisa realizada pela
Pearson – uma das maiores empresas privadas de educação e aprendizagem - trouxe
para debate a questão saúde mental. O levantamento, cujo objetivo principal é
entender como as pessoas estão lidando com tecnologia, saúde e bem-estar, ouviu
cerca de 5 mil entrevistados nos Estados Unidos, Brasil, Reino Unido, Índia e
China. Um dos dados em destaque vai para a atenção que pais de estudantes dão
para a saúde mental no âmbito escolar. Mais de 50% dos que participaram das
análises entendem que a temática precisa ser debatida em sala de aula e
abordado na fase escolar.
Outro
dado coletado pela investigação é que, globalmente, 92% dos pais acreditam que
as escolas deveriam fornecer serviços gratuitos de saúde mental, tanto para
alunos como para seus funcionários. Apenas 26% afirmam que a escola de seus
filhos, realmente, oferece este serviço. Outro aspecto da pesquisa aponta que
88% dos entrevistados acreditam que as crianças precisam praticar mais
atividades físicas como forma de manutenção da saúde mental.
A
análise ainda mostra que os entrevistados apostam também nas práticas
meditativas. A grande maioria dos pais (86%) apoia que escolas tenham parceria
com prestadores de serviços de bem-estar/meditação. Por outro lado, o
aprendizado online é visto com grande ressalva: 80% dos pais querem que as
escolas reduzam a quantidade de aprendizado online ou virtual.
Brasil
e saúde mental
De
todos os países envolvidos, o Brasil lidera a preocupação com os serviços de
saúde mental. Para mais da metade dos brasileiros entrevistados (56%), a
saúde e o bem-estar são serviços considerados importantes. Na sequência, vêm
Índia (com 47%), China (43%) e Estados Unidos (41%). Já os países do Reino
Unido são os que menos consideram a importância da saúde e do bem-estar,
ficando em último lugar do ranking, com 39%.
A
preocupação dos brasileiros também se estende à formação de profissionais da
área de saúde mental, sendo bem maior frente aos demais países entrevistados.
Dos brasileiros ouvidos, 65% consideram importante a formação de mais pessoas
para os cuidados da saúde mental.
Para
as demais nacionalidades do levantamento, a preocupação com a formação de
profissionais para cuidar da saúde mental é bem menor: 58% (indianos); 41%
(norte-americanos e cidadãos do Reino Unido) e 36% (chineses).
Bem-estar
versus capacidade de aprendizado
Bem-estar,
saúde mental e aprendizado caminham em conjunto. Uma vez que o aluno percebe
que está em equilíbrio com essas frentes, há uma chance promissora de ele obter
sucesso em qualquer processo de aprendizado, inclusive em relação à
aprendizagem da língua inglesa.
Para
Mike Mayor, Director of Global Scale of English,
um dos principais desafios da Pearson enquanto educadora da língua inglesa vai
além do fato de manter o bem-estar de seus alunos. É função da companhia
desenvolver a confiança deste aluno, enquanto ele está no processo de aprendizado
de um novo idioma.
“Sempre estamos atentos para buscar o que é necessário para o bom
desenvolvimento do aprendizado em inglês e o item da confiança é extremamente
importante. Como fazemos isso? Observando as fortalezas e fraquezas dos alunos.
Uma vez mapeado, enaltecemos as fortalezas e trabalhamos as fraquezas a
fraquezas de maneira que ele não desista do aprendizado”, diz.
Outros
dados sobre a pesquisa
·
Cerca de 15% dos alunos
relatam que a tecnologia teve um impacto negativo em sua educação.
·
16% globalmente dizem que
isso afetou sua capacidade de foco.
·
9 em cada 10 entrevistados em
todo o mundo relatam que acham que as escolas deveriam desempenhar um papel
maior no treinamento de pessoas para resolver os problemas de saúde mental de
hoje.
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