O primeiro passo para conseguir usar o cartão de crédito com responsabilidade é definir um limite
“De fato, o cartão de crédito acaba sendo uma forma
prática de conseguir pagar qualquer fatura, mas é necessário cuidado e cautela
no momento de efetuar os pagamentos utilizando esse recurso, caso contrário,
pode acabar se tornando uma bola de neve e a pessoa acaba ficando com várias
dívidas”, explica o educador financeiro Tiago Cespe, criador da Cespe
Educação Financeira. O primeiro passo para conseguir usar o
cartão de crédito com responsabilidade é definir um limite.
Para isso, é necessário analisar qual é a renda
mensal que a pessoa recebe e quanto ela pode gastar por mês. Depois, é só
entrar em contato com a instituição financeira e pedir para ela travar o limite
do cartão no valor máximo que a pessoa pode gastar. Esse valor máximo deve
conter uma pequena parte reservada para imprevistos. “É
importante não cair em tentações também, pois a operadora pode oferecer um limite
maior, mas se a pessoa quer evitar gastar descontroladamente, a melhor opção é
colocar um limite. Caso acontecer uma fatalidade em um determinado mês e tiver
que ser necessário gastar além desse valor, é possível entrar em contato com a
central do cartão e mudar o valor”, afirma Cespe.
Outro ponto importante é sempre conferir a fatura
do cartão. Através dela, é possível ver o que foi gasto no mês, se foram feitas
algumas compras desnecessárias e que podem ser evitadas nos próximos meses e
ter uma noção do valor total necessário mensalmente. “Muitas
pessoas também costumam fazer vários cartões de crédito de diferentes
instituições ou empresas, e se o consumidor em questão for do tipo que gasta
desenfreadamente, isso pode ser um problema, pois conforme ele vai
ultrapassando o limite de um cartão, ele vai utilizando os outros, e só
consegue perceber o estrago no outro mês, quando as faturas chegam”,
pontua o educador financeiro.
Mas se for uma pessoa que consegue manter o
controle de suas finanças, ter várias opções de cartões pode até ser algo
positivo, pois através deles é possível conseguir alguns benefícios como milhas
ou até descontos em determinados produtos. É necessário também ficar atento em
relação ao tipo de cartão de crédito que está sendo utilizado pelo consumidor e
quais são as taxas cobradas pela instituição financeira.
“Por conta da correria cotidiana ou até mesmo pelo
desinteresse em saber sobre essas tarifas cobradas pelas operadoras, muita
gente acaba pagando por serviços que nem sequer utilizam. Os cartões
internacionais, por exemplo, costumam ter anuidades mais caras, e algumas
pessoas usam esse tipo de cartão mesmo não tendo a intenção de viajar para o
exterior, então isso acaba sendo algo que não compensa”, diz
Cespe. Existem também algumas opções de cartões de crédito que não cobram
anuidade, então o ideal é pesquisar cada tipo de cartão, seus benefícios e
vantagens.
Com o objetivo de facilitar os gastos do mês,
algumas pessoas costumam pagar tudo com o cartão de crédito, pois acham mais fácil
ter apenas uma fatura com todos os valores que precisam ser quitados
mensalmente. Porém, pagar conta de luz, água e telefone no cartão não é muito
vantajoso, pois as administradoras costumam cobrar uma tarifa para esse tipo de
serviço.
Sendo assim, o melhor é deixar esse tipo de conta
para ser paga com dinheiro ou no débito. “Uma dica importante é procurar profissionais
especializados em consultorias financeiras, pois eles são capazes de analisar o
perfil do consumidor e oferecem uma orientação sobre como funcionam os cartões
de créditos e como utilizá-los”, finaliza o educador financeiro.
Cespe Educação Financeira
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