A conexão entre as
áreas do conhecimento tem-se mostrado uma tendência para a solução de problemas
complexos da sociedade
Com a pandemia da COVID-19, as instituições de
ensino superior tiveram de aprimorar os recursos tecnológicos e humanos para
facilitar o aprendizado, além de aperfeiçoar as didáticas e as metodologias de
ensino, para complementar a formação técnica dos profissionais com atividades
multidisciplinares e mais sensíveis aos problemas da sociedade. Nesse contexto,
a educação do futuro, na verdade, já chegou, e é preciso estar por dentro dela,
para formar profissionais mais atuantes e diferenciados no mercado de
trabalho.
O professor José Carlos de Souza Júnior, reitor do
Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), alerta que
modernizar a educação, mesmo antes de surgir a pandemia, já era necessário. ”Na
Mauá evitamos a dicotomia entre os extremos Generalista e Especialista, podendo
nosso egresso, por meio de escolhas durante sua jornada na Mauá, optar por
diferentes posições dentro do espectro de formação, enfatizando especialmente a
criação de um mindset Nexialista, formando um profissional com a
competência de estabelecer as conexões de valor tão necessárias para a
resolução dos problemas complexos da sociedade atual”, explica o reitor.
Ao longo dos últimos dois anos, as instituições
também perceberam que as aulas presenciais não necessariamente representam
qualidade do aprendizado. O aluno que se desloca até a instituição de ensino
para assistir, muitas vezes de forma passiva, a um conteúdo que poderia ser
absorvido por encontros remotos, acaba não aproveitando o que a presença
oferece de mais rico: um ecossistema de diferentes possibilidades de conexão e
vivência. “Por isso, a conexão entre os cursos e com os colegas de outras
áreas é tão importante no ambiente acadêmico. Só vale a pena para o aluno ir
até o campus, quando há valor agregado, ou seja, quando ele pode
aproveitar a sua ida à instituição para usufruir dos laboratórios, vivenciar a
cultura de conexão do local, fomentar relacionamentos e trocar conhecimentos
com os colegas de outras áreas”, reforça o prof. José Carlos.
A educação moderna procura equilibrar as atividades
fora da sala de aula e da grade curricular do curso do aluno. Aspectos
relacionados com as competências socioemocionais (Essential Skills)
não podem ser relevados pela instituição de ensino e devem estar na ordem do
dia da educação moderna. O reitor da Mauá relata dois casos, entre muitos, em
que a Mauá, por meio do programa de Projetos e Atividades Especiais (PAE),
auxilia a formação completa do profissional. No primeiro caso, estudantes com
alto grau de introspecção podem optar por atividades (p. ex. técnicas de
apresentação de teatro) que os auxiliem na exposição mais clara e eficiente de
suas ideias e o relacionamento interpessoal. Um segundo caso, recorda o reitor,
refere-se à utilização de ferramentas de concentração (p. ex. Yoga) por algumas
atividades para auxiliar os estudantes em obter uma boa concentração (mindfullness),
uma dificuldade bastante presente para uma geração acostumada a tratar
simultaneamente diferentes demandas. Muitas vezes reflete-se na dificuldade de
concentração para a realização de uma avaliação sob a forma de prova.
“Enfim, a educação do futuro tem como base o novo
modo de ensinar, transmitir e construir conhecimentos. Seu foco está na
qualidade das experiências vivenciadas pelos estudantes no campus,
fora do campus e na sua atuação no mercado de trabalho. A proposta é
oferecer ao aluno recursos que tornem as aulas mais instigantes e deem a ele
maior autonomia com relação ao aprendizado. Isso, em consequência,
proporcionará uma atuação diferenciada na solução de problemas, especialmente
os mais complexos. Creio que ainda há muito o que se fazer, mas estamos
empenhados em promover uma educação moderna, inclusiva e participativa”,
conclui o reitor.
Instituto Mauá de Tecnologia - IMT
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