O médico Ramon de Mello afirma que a
imunoterapia e terapia-alvo também podem ser adotadas
Uma das grandes preocupações do público
feminino durante o combate ao câncer de mama é a possiblidade de queda de
cabelo. “Mas nem todos os tratamentos trazem essa possibilidade, que está
relacionada à quimioterapia. Hoje, dependendo do tumor, o especialista pode
indicar outros medicamentos, que evitam a queda de pelos do corpo”, explica o
médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia
clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do
corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em
oncologia pela Universidade do Porto, Portugal.
O câncer de mama desponta com o maior
número de casos e responde por quase 30% dos diagnósticos de câncer entre as
mulheres, não considerando o câncer de pele não melanoma, segundo projeções do
INCA (Instituto Nacional de Câncer). “Hoje, a terapia-alvo e a imunoterapia,
por exemplo, apresentam toxicidade e efeitos colaterais diferentes. O avanço da
medicina trouxe esses tratamentos com remédios que inibem a multiplicação das
células cancerígenas, agindo diretamente nos seus receptores. Os novos medicamentos
trabalham ainda para ativar o sistema imunológico, contribuindo para que o
corpo humano combata o tumor”, explica o oncologista.
Porém, o especialista é o responsável
pelo diagnóstico e o tratamento mais adequado. Após essa avaliação, o médico
pode substituir os tratamentos tradicionais de quimioterapia, que não conseguem
atuar de forma tão específica nas células. Inclusive, essa opção acaba afetando
as células saudáveis.
Ramon de Mello destaca que os novos
tratamentos para o câncer de mama vêm sendo utilizado em várias partes do
mundo, com resultados positivos: “Uma outra vantagem é a garantia de uma melhor
qualidade de vida dos pacientes, reduzindo os impactos negativos de uma
quimioterapia”.
“A imunoterapia e as terapias-alvos
também são indicadas para pacientes com o tumor em fases mais avançadas.
Depende da avaliação do médico. Existe, inclusive, a opção de fazer a cirurgia
e adotar a imunoterapia ou terapia-alvo em seguida”, conclui o oncologista.
Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do
Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da
Unimed, em Bauru, SP.
https://ramondemello.com.br/
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