Reunião entre
países exportadores que teve como foco a discussão do artigo 118 revela que
alternativas ao uso de antibióticos serão imprescindíveis
A partir de 28 de janeiro de 2022, produtos de
origem animal destinados à exportação para o mercado europeu deverão estar em
conformidade com os novos requisitos da UE relativos à proibição do emprego de
medicamentos antimicrobianos reservados ao uso humano. Essa discussão,
refere-se especialmente ao cumprimento da implementação do artigo 118 do regulamento
(UE) 6/2019,
De acordo com relatório da Divisão de Promoção e
Negociação de Temas do Agronegócio II, a restrição ao uso de certos
medicamentos na produção animal estaria inserida no contexto do Plano de Ação
da UE contra a resistência antimicrobiana e da meta de redução do recurso a
medicamentos veterinários estabelecida pela estratégia ´Farm to Fork´.
Entre os debates, é irrefutável a aplicação do
regulamento (UE)6/2019. “A Comissão Europeia preparou proposta de ato delegado
com os critérios para a designação dos antimicrobianos que deverão ser
reservados ao uso humano a expectativa da Comissão é de que ele seja publicado
até setembro de 2021”, discorre o documento nomeado como Missão do Brasil junto
à União Europeia. Nos termos do artigo 37(5) do regulamento (UE)6/2019, tal
lista deverá ser objeto de proposta de regulamento de execução da Comissão, a
ser adotado e publicado antes de 28/1/2022”.
Durante o encontro, a Comissão antecipou que
deverá criar nova lista de terceiros países autorizados a exportar animais e
produtos de origem animal destinados ao consumo humano que cumprem os
requisitos do regulamento da UE sobre medicamentos veterinários.
Esse novo ato mostra que o encaminhamento de
restrições comerciais aos países produtores que utilizam os antibióticos
caminha a passos largos; não somente do ponto de vista de mercado – com grandes
redes se posicionando sobre o tema, como o clássico exemplo do Mc Donald’s,
também por parte da OMS com recomendações específicas sobre o uso do
medicamento, de forma geral.
Alternativas para um mercado mais exigente
Nesse cenário, o Brasil é um dos países que
necessita rever os modelos de produção, afinal, a União Europeia é um dos
grandes compradores, sendo o nosso País o maior fornecedor de carnes para essa
localidade. Neste cenário ferramentas que auxiliem a esta transição de forma
menos impactante à produtividade animal ganham força, desta forma, os
Beta-Glucanos e o seu papel como imunomoduladores tornam-se protagonistas neste
contexto.
Nas últimas décadas, os Beta-Glucanos vêm
recebendo especial atenção na nutrição humana, principalmente pela capacidade
de ativar os mecanismos de defesa do hospedeiro e por seus efeitos
antitumorais, anti-inflamatórios, antimutagênicos e hipoglicêmicos. Com a
crescente restrição mundial do uso de antibióticos, eles também se tornaram
assunto de grande relevância para a nutrição animal. Todo esse interesse por um
motivo: eles são capazes de modular as funções imunológicas, sendo ainda
responsáveis pela proteção do organismo animal contra infecções e substâncias
nocivas.
Os Beta-Glucanos são considerados modificadores
da resposta biológica e, ao serem reconhecidos pelo organismo, possuem a
capacidade de desencadear uma série de funções na resposta imune (imunomodulação).
Ainda, são extremamente eficientes em animais imunocomprometidos, uma vez que
estes ficam mais propensos a infecções por bactérias, fungos e vírus.
De acordo com as mais recentes pesquisas,
aponta-se que a ingestão contínua de Beta-Glucanos diminui os riscos de doenças
em animais, ressaltando a importância do seu efeito protetor ao organismo pela
modulação do sistema imune dos tecidos linfoides associados ao intestino, que
são áreas permanentemente expostas a patógenos.
Diversas pesquisas suportam a eficiente ação dos
beta-glucanos sobre a imunidade, indicando que sua utilização na nutrição
animal pode auxiliar na resistência contra enfermidades, na melhora de algumas
funções do organismo, no aumento da produção de anticorpos e atuar de forma a favorecer
o fortalecimento do sistema imune de forma preventiva, ou seja, animais
suplementados com beta-glucanos estariam mais bem preparados para responder aos
desafios encontrados na produção animal.
Soluções da Yes são uma opção aos antimicrobianos
Um exemplo de aplicação disponível no mercado é o
GlucanGold, da Yes, empresa que desenvolve soluções biotecnológicas para uma
nutrição animal eficaz, segura e sustentável, um ingrediente natural, com mais
60% de Beta-Glucanos, obtido através de um processo biotecnológico de
purificação e concentração da parede celular de leveduras Saccharomyces
cerevisiae. Seu uso em dietas para animais proporciona o equilíbrio do sistema
imunológico, contribuindo para uma proteção mais eficaz e duradoura aos desafios
sanitários e ambientais.
Dentre os benefícios do uso da solução
destacam-se o fortalecimento das defesas naturais, redução na mortalidade,
melhor resposta pós-vacinal e viabilidade. Ou seja, tem capacidade de reduzir o
uso de medicamentos e antibióticos, propiciando a produção de um alimento mais
seguro e de melhor qualidade para o consumidor, sem contar o impacto positivo
na eficiência produtiva e na rentabilidade da atividade.
“O Glucangold apresenta a particularidade de
imunomodular de forma equilibrada o sistema de defesa dos animais, promovendo,
a maior expressão de sinalizadores anti-inflamatórios. Desta forma, os animais
permanecem fortalecidos, sem um superestímulo às respostas pró-inflamatórias o
que implicaria em gasto energético excessivo.
Verônica Lisboa - coordenadora Técnica de Pesquisas na YesSinergy
Referências
https://opresenterural.com.br/o-uso-de-beta-glucanos-purificados-na-avicultura-moderna/
https://yessinergy.com/glucangold-5/
https://www.avisite.com.br/index.php?page=noticias&id=24521
https://www.avisite.com.br/index.php?page=noticias&id=24167
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