O novo lifting sem cirurgia é a aposta dos profissionais de estética para este verão e merece cuidados importantes
De acordo com
dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, somente nos últimos três
anos, a procura de pessoas por procedimentos não-cirúrgicos aumentou 390% e,
nesse cenário, a nova tendência se torna um grande aliado dos profissionais
para atender os desejos, as expectativas e as necessidades de seus pacientes.
De olho no que promete bombar neste verão de 2022, especialistas comentam sobre
a nova tendência na área de estética e bem-estar: os fios de PDO
(polidioxanona). Com a principal função de rejuvenescimento, a técnica consiste
em um lifting repaginado menos invasivo, preservando seu efeito de sustentação
e melhora da textura e elasticidade da pele, através do estímulo de produção de
colágeno.
De acordo com o cirurgião plástico Dr. Lucho Montellano, Membro da SBCP e
Pós-graduado em Cirurgia Plástica pelo Instituto Ivo Pitanguy (PUC-RJ), o
procedimento ocorre em duas etapas: a primeira é a inserção do próprio fio
promovendo uma tração mecânica gerando o efeito de sustentação ao puxar os
tecidos e, imediatamente, amenizando a flacidez. A segunda etapa é a substância
liberada pelo próprio material que compõe o fio (pdo), que estimula as células
indutoras de colágeno, produzindo efeito revitalizante.
Os fios são sintéticos, monofilamentares e biodegradáveis e apresentam ampla
variedade: lisos (bioestimuladores de colágeno), torcidos (traumatizantes e
eficazes em estimular a neocolagênese) ou espiculados (mais espessos, com maior
tração e efeito lifting imediato após a inserção).
Indicações, contraindicações e cuidados
"A combinação de fios com diversas características amplia os resultados em
tratamentos de melhora de rugas e sulcos, definição do contorno da face,
tratamento de estrias e celulites, correção de irregularidades da pele pós
lipoaspiração, redução de flacidez etc. A degradação do fio depende da reação
de cada paciente, mas geralmente acontece entre o sexto e oitavo mês. Já o
efeito lifting pode durar até dois anos devido às novas fibras de
colágeno", explica o cirurgião.
Os fios de PDO são contraindicados para quem está com pele infeccionada ou
inflamada, pessoas com doenças autoimunes e oncológicas, com tendência a
queloides, coagulopatias, distúrbios neuropsiquiátricos, em estado de gravidez
e aleitamento. Já em portadores de hepatites ou HIV, e obesos, o tratamento
apresenta eficácia menor.
O procedimento pode causar leve inchaço e vermelhidão, que costumam desaparecer
em poucos dias. Mas é recomendado realizar compressas geladas na região até as
primeiras 48 horas após o procedimento para alívio dos sintomas. É importante
evitar massagear e pressionar, como dormir em cima do rosto, durante os
primeiros cinco dias.
"Também é indicado evitar a prática de exercícios físicos mais intensos
para não prejudicar os resultados", orienta o médico e ressalta que
"é extremamente importante que a realização da técnica exija do
profissional profundo conhecimento da anatomia humana, além de avaliar
corretamente as características de cada paciente e entender a real necessidade
de execução do procedimento."
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