"Disseminar informação de qualidade é a maneira mais eficaz de atuar na prevenção do câncer de mama, doença que pode atingir tanto pessoas trans, quanto cisgênero" revela Lu Braga, voluntária da causa que já venceu o câncer duas vezes
Outubro Rosa é o mês
da conscientização coletiva sobre a importância da prevenção contra o câncer de
mama. No entanto, a escassez de informação ainda deixa homens e mulheres trans
em situação de vulnerabilidade, com maior exposição à doença e menos cientes
das práticas de prevenção que poderiam, em muitos casos, salvar suas vidas.
Segundo uma pesquisa
feita pela University Medical Center, em Amsterdã, mulheres trans possuem 47
vezes mais chances de desenvolver câncer de mama, do que homens cisgênero. No
caso destas, o risco possui ligação com os hormônios de afirmação de gênero,
como o estrogênio, que podem resultar em transformações físicas.
Informação e
prevenção: as maiores armas contra o câncer de mama
De acordo com a
Sociedade Brasileira de Mastologia é importante que tanto pessoas cis quanto
trans adotem uma postura preventiva em relação à doença, mantendo-se alerta e
realizando o teste do "toque" a fim de identificar a presença de
possíveis nódulos nos seios. Além disso, a entidade ainda aponta algumas
medidas que podem reduzir o risco de câncer de mama, são elas: adoção de uma
alimentação saudável, prática de atividades físicas e realização de exames
preventivos como a mamografia, que deve ser feita anualmente.
O câncer de mama pode
levar a pessoa ao óbito ou a perda da mama. O diagnóstico precoce eleva em até
95% as chances de cura. "O método mais eficaz no combate ao câncer de
mama, é feito com a disseminação de informação sobre os métodos de prevenção,
controle e identificação do câncer de mama, levando as mulheres a realizarem o
autoexame, além do diagnóstico em exames como a mamografia", afirma Lu
Braga, voluntária da causa que já venceu o câncer duas vezes.
Iniciativas de
prevenção por quem conhece a doença de perto
Neste Outubro Rosa, Lu
Braga está viabilizando a criação de um podcast onde busca trazer especialistas
no tema para desmistificar o assunto e esclarecer dúvidas. "Há muita gente
ainda que não realiza os exames por dúvida ou receio. Minha missão é ajudar a
levar o máximo de pessoas possível a realizar os exames e, assim, acredito que
estarei ajudando a salvar vidas. Não existe nada mais importante e valioso do
que isso", ressalta Lu.
No primeiro encontro,
já disponível em seu canal no YouTube, Lu recebe Pedro Exman, médico
oncologista e coordenador do Núcleo de Mama do Hospital Oswaldo Cruz. Ao longo
do bate-papo, o profissional esclarece diversas questões sobre o câncer de mama
e apresenta o que há de novo no tratamento da doença. Veja o resultado desta
conversa em https://bit.ly/3mQ03yP .
No segundo episódio,
também no ar, Lu recebe Willy Montmann, fundador do time de vôlei Angels -
maior time trans do Brasil; Mikaella Reis, transexual; e Júlio Marques,
advogado especialista em Direito da Saúde. O encontro tem como pauta o câncer
de mama em pessoas trans e os direitos destes pacientes. Confira o bate-papo
completo em: https://bit.ly/3AOWtK8
.
Lu Braga
- Voluntária de pacientes com câncer há mais de
20 anos. Encabeçou inúmeras campanhas de doação de sangue e de cadastro de
medula óssea no Brasil. Foi a primeira paciente do Instituto Internacional Moça
Bonita - primeiro trabalho no mundo, sem fins lucrativos, voltado para mulheres
jovens com câncer com idade entre 20 e 50 anos.
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