Neste
13 de outubro, a Sociedade Paulista de Reumatologia alerta sobre os riscos e
formas de prevenção de um dos problemas cardiovasculares que mais matam no
mundo, segundo a OMS
A trombose atinge 180
mil pessoas no Brasil por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de
Angiologia e Cirurgia Vascular. A doença é caracterizada pela formação ou
desenvolvimento de um coágulo sanguíneo que causa a obstrução e inflamação na
parede do vaso, dificultando o fornecimento de sangue para o corpo. Os membros
inferiores são os mais atingidos. Os principais sintomas são dor, calor,
vermelhidão e rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo, e é
mais comum após os 40 anos.
Os cuidados devem ser
redobrados com os pacientes reumáticos - condição que afeta o movimento de 12
milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. De modo geral, eles são
mais propensos a desenvolver trombose em função da atividade da doença que
possuem e pelo uso de alguns medicamentos, como o corticóide, em altas doses.
Dentre as doenças associadas mais comuns estão: lúpus eritematoso sistêmico e
vasculites como arterite de takayasu, doença de behçet e arterite de células
gigantes.
No entanto, a doença
reumatológica que mais causa trombose é a Síndrome Antifosfolípide (SAF).
"O paciente com SAF tem maior chance de ter trombose de repetição, mesmo
em tratamento. Nestes casos, as mulheres jovens são as mais acometidas",
explica a reumatologista Renata Rosa.
De acordo com o grupo
de estudo internacional APS ACTION, pacientes brasileiros com SAF quando
comparados a pacientes estrangeiros têm mais livedo reticular - manchas na pele
associadas à trombose -, são mais obesos e sedentários, têm mais alteração
cognitiva, isto é, dificuldade de entendimento, e menos alteração plaquetária.
Para evitar a trombose
nos pacientes com SAF, o médico que acompanha o paciente deve fazer uma
avaliação dos fatores de risco. Além da prescrição de remédios para prevenção,
que consiste no uso de ácido acetilsalicílico e outros medicamentos que impedem
a recorrência de trombos, como o marevan e a heparina. Também é importante
manter o peso controlado e a saúde em dia, sempre acompanhando pressão alta,
colesterol, triglicérides e glicemia.
"Neste 13 de
outubro, que é o Dia Mundial da Trombose, nós fazemos um alerta quanto à pesquisa
dessa doença. Inúmeras vezes o paciente tem um diagnóstico tardio e só descobre
que tem SAF depois de ter mais de uma trombose", reforça a reumatologista.
Renata Rosa - Médica assistente do Serviço de Reumatologia no
Hospital do Servidor Público Estadual e médica colaboradora da disciplina de
Reumatologia pela Faculdade de Medicina do ABC - São Paulo.
Sociedade Paulista de
Reumatologia - SPR
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