Enquanto China
proíbe Bitcoin, EUA atua para regulamentar. Confira análise de setembro do
especialista em criptomoedas Rodrigo Soeiro, fundador da Monnos
Enquanto a China proibiu Bitcoin, nos Estados
Unidos foram dados novos passos rumo à regulamentação do setor. E na América
Latina, El Salvador avançou rápido com adoção do Bitcoin e mais de 2 milhões de
pessoas já foram “bancarizadas” no país. Veja abaixo 7 fatos sobre o setor de
criptomoedas em setembro, com análise do especialista Rodrigo Soeiro, fundador
da Monnos (https://monnos.com) – CryptoBank
e primeira plataforma brasileira de criptomoedas que opera globalmente e tem
proposta voltada para leigos.
1- China proibiu Bitcoin no país e busca por
plataformas DeFi aumentou em 450%
2- Estados Unidos não bane criptomoedas e busca
maior regulamentação do setor
3- El Salvador avançou rápido com adoção do
Bitcoin: mais de 2 milhões de pessoas já foram “bancarizadas” no país
4- Na Europa, mercado financeiro suíço aprovou o
primeiro fundo de criptomoedas
5- Twitter passou a disponibilizar serviços em
Bitcoin
6- Emirados Árabes aprovaram comércio de
criptomoedas na zona franca de Dubai e milhares fizeram doação em criptomoedas
ao Iêmen
7- Bitcoin despenca
Confira a análise detalhada do especialista:
1- China proibiu Bitcoin no país e busca por
plataformas DeFi aumentou em 450%
O mês de setembro foi bem agitado para o setor de
criptomoedas – o que não é novidade. Houve, mais uma vez, repressão da China
sobre o Bitcoin, que anteriormente já tinha banido a mineração no país e agora
resolveu banir a negociação de criptoativos dentro de suas fronteiras.
Apenas nesta década, a China já soma 19 repressões
semelhantes a criptomoedas e mesmo assim não consegue banir efetivamente. Ainda
hoje, 1,21% dos nós de Bitcoin se encontram na China, além de mineradores
clandestinos, que ainda não foram identificados pelo governo.
Após esse novo banimento, o mercado de finanças
descentralizadas (DeFi) explodiu na China, subindo mais de 450% apenas no
último mês, já que usuários buscaram novas maneiras de negociar seus ativos
digitais.
2- Estados Unidos não bane criptomoedas e busca
maior regulamentação do setor
Já do outro lado do mundo, os Estados Unidos
discutiram o projeto HR3684 mais uma vez, que foi recém aprovado pelo Senado
americano: um projeto de infraestrutura que visa regulamentar ainda mais o
setor e que já recebeu 539 emendas. Todos os entusiastas e desenvolvedores do
setor estão apreensivos com o final desta história.
Ainda nos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente
do Sistema de Reserva Federal (FED) americano, anunciou perante o Comitê de
Serviços Financeiros da Câmara que não pretende banir o Bitcoin nem a
criptoeconomia, indo em direção contrária à China. Ele reforçou a necessidade
regulatória sobre o setor.
3- El Salvador avançou rápido com adoção do
Bitcoin: mais de 2 milhões de pessoas já foram “bancarizadas” no país
Em setembro, El Salvador adotou o Bitcoin como
moeda oficial, além do dólar americano. Em três semanas, cerca de 2 milhões de
pessoas já foram “bancarizadas” com criptomoedas no país, recebendo 30 dólares
em Bitcoin em uma carteira com segunda camada, que entrega suas transações de
maneira mais rápida e com menores taxas de rede.
Também foram instalados 200 caixas eletrônicos e 50
quiosques com funcionários para tirar dúvidas e educar a população sobre o uso
do Bitcoin e da carteira disponibilizada. Nela, o usuário controla seu saldo em
dólares e em Bitcoin, com autonomia para converter a qualquer momento.
4- Na Europa, mercado financeiro suíço aprovou o
primeiro fundo de criptomoedas
A adoção de criptomoedas continua ganhando forças
na Europa. Recentemente, a FINMA, Autoridade de Supervisão do Mercado
Financeiro Suíço, aprovou o Crypto Market Index Fund, da Crypto
Finance, extensão da Pernet von Ballmoos AG (PvB), o
primeiro fundo de criptomoedas de acordo com a lei da suíça. Contudo, tal fundo
só foi autorizado a negociar em criptomoedas com um “volume de negociação
suficientemente grande". Portanto, o Crypto Finance irá acompanhar o Crypto
Market Index 10 da Six Exchange para manter os reguladores
tranquilos.
5- Twitter passou a disponibilizar serviços em
Bitcoin
Já no mundo digital, o Twitter anunciou uma
integração com a empresa Strike, para disponibilizar serviços de gorjetas em
Bitcoin para os usuários da rede social. Assim é possível transferir valores em
qualquer parte do mundo, de forma muito barata e quase instantaneamente,
através da Lighting Network pelo Twitter.
Este movimento, de uma das maiores e mais
relevantes redes sociais do mundo, pode levar o preço do Bitcoin a novos
patamares no futuro, provocando um aumento na adoção em massa por seus
usuários. E esse é o pontapé inicial para que outras redes sociais comecem a
integrar serviços similares com criptomoedas.
6- Emirados Árabes aprovaram comércio de
criptomoedas na zona franca de Dubai e milhares fizeram doações em criptomoedas
ao Iêmen
No Iêmen, que está em guerra civil desde 2014 e tem
bloqueio aéreo, terrestre e marítimo desde março de 2015, milhares de pessoas
passam fome. E, no meio deste terror no Oriente Médio, as criptomoedas estão
salvando vidas. David Beasley, diretor executivo do Programa Mundial de
Alimentos das Nações Unidas, está recebendo doações em criptomoedas da
comunidade e repassando para comerciantes do Iêmen e casas de câmbio para que a
população possa adquirir alimentos e medicamentos. As doações estão sendo
realizadas em Bitcoin, Bitcoin Cash, Dogecoin e Nano.
Ainda no Oriente Médio, os Emirados Árabes
aprovaram o comércio de criptomoedas na zona franca de Dubai. Esta iniciativa é
resultado de um acordo da Autoridade de Valores Mobiliários, a SCA, com a
Autoridade do Centro de Comércio Internacional de Dubai, a DWTCA. Isto pode
levar Dubai a ser um novo centro de criptomoedas no futuro, já que sua economia
está sendo traçada com direção inovadora e digital.
7- Bitcoin despenca
Em setembro, o Bitcoin abriu em USD 47.100,
buscando até USD 52.700 na primeira semana do mês. Contudo, os valores despencaram
para níveis também vistos em maio do mesmo ano, lateralizando seu preço entre
USD 41.000 e USD 45.000.
Monnos
Nenhum comentário:
Postar um comentário