Esse ganho é ainda maior para profissionais do
Nordeste, onde o percentual sobe para 21,7%
O ensino profissional e técnico tem
sido encarado com bons olhos por quem quer se reposicionar e conquistar uma
vaga no mercado de trabalho brasileiro. Para se ter uma ideia, aqui no país,
profissionais que fizeram cursos técnicos ganham, em média, 17,7% a mais do que
pessoa com perfis semelhantes e que terminaram apenas o ensino médio. Esse
ganho é ainda maior para profissionais do Nordeste, onde o percentual sobe para
21,7%.
No Brasil, o Serviço Social da
Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) atuam
justamente para ajudar a indústria brasileira a ser mais competitiva por meio
de ações que aumentam a produtividade das empresas. Os serviços fazem parte do
chamado Sistema S, conjunto de nove instituições de interesse de categorias
profissionais, que atuam para melhorar a produtividade da mão de obra, além de
oferecer serviços culturais e de lazer.
Por reconhecer a importância do
Sistema S, o deputado federal Júlio César (PSD-PI) ressalta que as instituições
são fundamentais na geração de oportunidades profissionais, principalmente
entre os mais pobres. “Sei a importância que o Sistema S tem na qualificação da
mão de obra, e sei o tanto quanto é importante a qualificação da mão de obra
para que as empresas possam utilizar gente preparada, com conhecimento,
inclusive com conhecimento técnico”, opina ele.
Em 2018, o SESI registrou mais de um
milhão de matrículas em educação básica. Cerca de 3,5 milhões de pessoas são
beneficiadas com serviços de saúde e segurança da instituição, que possui mais
de 500 escolas pelo País.
Já o SENAI registrou mais de 2,3
milhões de matrículas em cursos técnicos e profissionais, além de fazer
parceria com mais de 19 mil empresas de serviço técnico e tecnológico.
Na opinião do economista e
especialista em educação Cláudio de Moura e Castro, que passou por órgãos como
a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Banco Mundial, o SENAI
oferece um ensino próximo ao de escolas de países avançados.
“Uma coisa me chamou a atenção. Eu vi
nenhuma escola de país em desenvolvimento que chegasse próximo das escolas do
SENAI. Pelo contrário, essas escolas estão praticamente no mesmo nível daquelas
escolas que a gente admira nos países avançados”, elogiou.
O Serviço Social da Indústria (SESI)
conta com 505 escolas, 114 unidades de vida saudável e 539 unidades móveis de
educação básica pelo Brasil. O SESI também tem uma rede de escolas que
beneficia 1,2 milhão de jovens com educação básica.
Já o Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (SENAI) oferece cursos profissionais para 28 áreas da indústria
brasileira. Desde 1942, o SENAI formou cerca de 73 milhões de trabalhadores no
Brasil com as ações de qualificação profissional.
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