"A questão dessas manifestações.... foi
voltada para Lula livre”, afirmou o presidente
O presidente Jair Bolsonaro comentou
nesta quinta-feira (16) a repercussão das manifestações contra o
contingenciamento de verba para a educação. Em conversa com jornalistas, na
cidade de Dallas, no Texas, Bolsonaro disse que o problema da educação no Brasil
é antigo e que seu governo não é culpado pelos maus resultados do país em
exames internacionais, como o PISA, o Programa Internacional de Avaliação de
Alunos.
“Parece que até 31 de dezembro a
Educação estava uma maravilha, e de lá para cá virou esse horror. Veja as notas
do Pisa (programa internacional de avaliação de estudantes), que começaram em
2000. Somos os últimos classificados num grupo de aproximadamente 65 países.
Cobrem a tabuada da garotada da nona série: 70% não sabem a regra de três. Quem
diz não sou eu, é o Pisa. Não sabem interpretar um texto, não sabem responder a
perguntas básicas de ciência. Eu que sou o responsável por isso?”, disse o
presidente.
Para Bolsonaro, as manifestações de
quarta-feira (15) foram orquestradas e lideradas por grupos políticos
ideológicos que não pensam no futuro do Brasil.
"A questão dessas
manifestações.... foi voltada para Lula livre. Eu fico triste que os
espertalhões de sempre ficam usando da boa-fé da garotada para protestar uma
coisa que interessa a eles e não ao futuro do Brasil”, afirmou.
Ao todo, foram bloqueados 5% do
orçamento anual do MEC, o que corresponde a R$ 7,4 bilhões de um total de R$
149 bilhões. Houve ainda congelamentos específicos para as universidades
federais, em que o contingenciamento atingirá 3,5% do orçamento de cada
instituição, ou 30% do total das chamadas verbas discricionárias, ou seja, “não
obrigatórias”.
"Educação é importantíssimo. Eu
também não gostaria de cortar nada, ou contingenciar nada, em lugar nenhum, mas
é uma realidade. Se não fizer isso, estaria incurso na Lei de Responsabilidade
Fiscal e responderia talvez com impeachment até. Acho que ninguém quer isso no
Brasil", justificou Bolsonaro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário