Dermatologista
Flávia Addor alerta sobre a importância de ter hábitos saudáveis e usar
protetor solar desde jovem
A maior expectativa de
vida é uma realidade e uma aspiração para toda humanidade. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a expectativa do brasileiro ao
nascer aumentou para 76 anos, em média, referente a 2017. Diante desses dados,
consequentemente algumas questões também surgem, entre elas, como cuidar do
corpo e da pele com o avanço da idade? Ainda segundo o IBGE, a população
brasileira está em trajetória de envelhecimento e, até 2060, o percentual de pessoas
com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5%. Ou seja, 1 em cada 4
brasileiros será idoso.
Segundo a Dra. Flavia Addor,
dermatologista especialista pela Sociedade
Brasileira de Dermatologia e mestre em dermatologia, “Este ganho é
reflexo do avanço tecnológico na saúde e as melhores condições de vida da
população. Esta tendência levou a uma nova leitura do que é “ser velho”, e um
fato é certo: todo este contingente de pessoas deseja qualidade de vida e
saúde; em relação a pele, unhas e cabelos, ainda há outra questão: Ninguém quer
aparentar a idade que possui”, explica a médica.
Há mais mulheres idosas do
que homens idosos, embora esse padrão seja complexo e mutável. No âmbito
mundial, as mulheres vivem 4,5 anos mais do que os homens. Em 2013, para cada
100 mulheres acima dos 60 anos havia 85 homens. Aos 80 anos, a proporção era de
100 mulheres para 61 homens. A expectativa de vida dos homens está alcançando a
das mulheres nas regiões mais desenvolvidas e é provável que se obtenha uma proporção
mais equilibrada de homens e mulheres na população idosa nas próximas décadas,
segundo o relatório publicado pelo Centro Internacional de Longevidade Brasil
(ILC-Brasil).
Mas antes de não querer
aparentar a idade que possui, as pessoas precisam se preocupar com a saúde e o
bem-estar, consequentemente, a beleza surgirá de dentro para fora. “Conhece-se
atualmente grande parte dos efeitos nocivos ambientais e do estilo de vida
sobre a pele; entretanto, os mecanismos imunitários, de reparação ou defesa do
organismo ainda necessitam de maior atenção, pois fatalmente serão impactados
por condições inerentes à idade mais avançada”, comenta a dermatologista.
Dependendo
da genética e do estilo de vida, as funções fisiológicas normais da pele podem
diminuir em 50% até a terceira idade. Como a pele é o órgão que mais reflete os
efeitos da passagem do tempo, sua saúde e sua aparência estão diretamente
relacionadas aos hábitos alimentares e ao estilo de vida escolhido. “Conhecer
o papel destes fatores na saúde da pele é, portanto, uma missão do
dermatologista, possibilitando uma abordagem mais ampla, responsável e efetiva
na pele destes pacientes”, esclarece a doutora.
“É muito importante conscientizar os mais jovens da
adoção de hábitos saudáveis à pele, pois faz parte de uma estratégia
inteligente para uma pele com menos morbidades à medida em que o tempo avança.
Além de medidas óbvias (e nem sempre tomadas) como a proteção solar, outras
orientações e prescrições dermatológicas devem prover os recursos para escolhas
adequadas no que se relaciona a integridade da pele ao longo da vida. Num
momento em que nossa humanidade vive plenamente suas escolhas, deverá também
receber as informações sobre suas consequências”, finaliza Addor.
Dra.Flávia Addor - Dermatologista formada pela Santa Casa
de São Paulo, com mestrado no Departamento de Dermatologia da Universidade de
São Paulo e extensão universitária na Vrije university (Bruxelas) e pós
graduada em Nutrologia pela Associação Brasileria de Nutrologia (ABRAN). É
membro da Academia Americana de Dermatologia e sócia titular da Sociedade
Brasileira de Dermatologia.
Referências:
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