Para toda crise há sempre uma saída. Como é
improvável que possamos prever todas as crises ou fugir delas, o melhor é
aprender a conviver com elas positivamente. Quando todos tiverem pelo menos um
pouco de otimismo, a situação pode melhorar, mas quando todos falam em crise,
fortalece-se o momento conturbado. Cito uma antiga frase britânica, cuja
tradução é: “Não devem ser ouvidos os que costumam dizer que a voz do povo é a
voz de Deus, pois a impetuosidade do vulgo está sempre próxima da insânia.”
Em época de crise, existe uma grande demanda de
vagas no mercado de trabalho por profissionais diferenciados e atualizados. O
momento exige que os profissionais fortaleçam suas habilidades e suas
competências.
Qual é o perfil profissional que as empresas
procuram? Posso afirmar que elas se interessam por atitudes específicas no
momento de selecionar um colaborador. São elas: habilidade de comunicação,
interesse, facilidade de trabalho em equipe, aptidão para aceitar desafios
diferentes, além de ser comprometido e competitivo. Vale ressaltar que o motivo
das empresas contratarem funcionários competitivos está no desejo de se
superação que estes profissionais carregam e não apenas no interesse por exibir
seus conhecimentos técnicos, o que é muito peculiar à geração Y.
Por outro lado, entre os profissionais que estão
trabalhando – hoje, mais do que nunca – continuarão nas empresas aqueles que
realmente fizerem a diferença. As atitudes e as ações contam mais do que a
descrição exata do cargo.
Profissionais aperfeiçoados, reciclados,
flexíveis, responsáveis, criativos para superar situações difíceis, capazes de
trabalhar em equipe e de agregar valor à marca estarão com os empregos
garantidos, especialmente aqueles que se candidatam a assumir funções dos que
já saíram. Os que pensam “não ganho a mais para fazer isso” ou “isso está longe
das tarefas que exerço” estão negando o reconhecimento como um bom profissional
e poderão amargar rapidamente o desemprego. Afinal, as funções nas empresas
continuam as mesmas, contudo em número menor de pessoas para executá-las.
Atualmente, as atualizações nos organogramas são
constantes e nenhum colaborador pode se dar ao luxo de ficar restrito ao que
costuma fazer nas épocas de “vacas gordas”, quando os custos absorviam os
erros, incompetências e desperdícios. Os tempos são outros: a crise mudou a
perspectiva das empresas e ninguém é exclusivo. A recomendação é para que todos
'saiam do seu quadrado' e tenham uma visão horizontalizada da empresa, pois a
visão vertical e restrita não tem mais espaço no mundo corporativo.
Esteja pronto para desempenhar as qualidades
destacadas e ser um profissional que toda empresa deseja. Pondo-as em
exercício, o crescimento e o sucesso serão conduzidos a você naturalmente.
Norberto Chadad - Engenheiro Metalurgista pela Universidade Mackenzie,
Mestre em Alumínio pela Escola Politécnica, Economista pela FGV, Master em
Business Administration pela Los Angeles University, presidente da Thomas Case
& Associados e Fit RH Consulting, e tem “Paixão por Pessoas”.
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