De
acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, 4,3% dos brasileiros sabem
que são hipertensos e não se tratam
A hipertensão, ou
pressão alta, como é popularmente conhecida, chega a atingir aproximadamente
32% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Os
idosos são os mais afetados pela doença, uma vez que com o passar dos anos,
acontece o processo de envelhecimento que pode resultar no endurecimento dos
vasos sanguíneos.
Para os profissionais
da saúde, a regularidade das consultas médicas é a melhor forma de prevenir
qualquer doença. Fazer check ups todos os anos, ter uma alimentação
saudável e balanceada e praticar exercícios físicos reduzem diversas doenças e
melhoram a qualidade de vida. Doenças comuns aos brasileiros, como a
hipertensão, assim como diabetes e obesidade, podem ser identificadas de
maneira precoce e gerar um tratamento mais certeiro e competente.
De acordo com a
cardiologista do dr.consulta Claudia Scalisse, a falta de tratamento da
hipertensão pode prejudicar a qualidade de vida do paciente. “A longo prazo
podem ocorrer desdobramentos graves, como insuficiência cardíaca, acidente
vascular encefálico, insuficiência renal, entre outros tantos que podem levar à
morte”.
Os sintomas da
pressão arterial alta variam para cada paciente. Alguns podem sentir dores de
cabeça, tonturas, náuseas e outros apresentam sintomas inespecíficos, como
mal-estar generalizado, cansaço e indisposição. “É importante ressaltar que
existem pessoas que não apresentam sintomas mesmo quando a pressão está
elevada, o que aumenta o risco de complicações. Por isso a prevenção e
consultas regulares com o médico são essenciais”, explica a cardiologista.
Existe também a
possibilidade de diagnosticar a hipertensão em gestantes durante a gravidez,
trazendo risco tanto para a mãe quanto para o bebê. Isso pode levar à restrição
de crescimento intrauterino, parto prematuro e em quadros não controlados pode
causar morte materna e fetal. Obstetra e Cardiologista precisam trabalhar
juntos em prol da mãe e do bebê, visto que algumas medicações utilizadas no
controle da pressão arterial são contraindicadas na gestação e no período da
amamentação.
A primeira medida a
ser tomada quando se descobre a doença é mudar seu estilo de vida: diminuir o
consumo de sal, adotar uma dieta rica em frutas e vegetais, controlar melhor o
peso, iniciar a prática de exercícios físicos, além de usar medicações
prescritas. O paciente precisa estar ciente de que, apesar de ser uma doença
crônica, pode ser controlada, portanto é altamente contraindicado que as
medicações sejam descontinuadas sem orientação médica. “É essencial a conscientização
doa brasileiros para a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de
tratamento correto, uma vez que a doença contribui direta ou indiretamente com
50% das mortes por causa cardiovascular”, finaliza a especialista.
dr.consulta
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