Especialista
revela as possibilidades de gestação dos 20 aos 35 anos
Embora a medicina considere a faixa dos 20 aos 30
anos como a ideal para uma gestação, a gravidez tardia é uma tendência na
sociedade moderna. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), em 2005, 30,9% dos nascimentos se referiam às mães de
20 a 24 anos. Já em 2015, o percentual nessa faixa etária caiu para 25,1%.
“Apesar da gestação tardia ser uma realidade, são necessários alguns cuidados.
A idade da mulher deve ser considerada quando se decide calcular as
possibilidades de gravidez de um casal. Isto porque, a idade afeta tanto a
quantidade, quanto a qualidade dos óvulos”, alerta Renato de
Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da
Criogênesis.
Abaixo, o especialista indica as chances de
engravidar em cada fase da vida:
20 anos - O período é considerado o
ideal para a gravidez, pois nessa fase a fertilidade da mulher está em alta e
há um risco menor de ter problemas gestacionais, como por exemplo, má formação
genética, pois os óvulos são mais novos.
30 anos - Para muitas mulheres, esse
é o melhor período para pensar na maternidade, como explica Dr. Renato: “a
decisão de postergar a gestação é consequência, principalmente, de fatores
sociais, como a competitividade da vida profissional e a espera de uma melhor
situação econômica. Nesse cenário, mulheres com 30 anos tem 15% de
probabilidade de engravidar a cada mês de tentativa e 80% de chance de gravidez
dentro de um ano”.
Após 35 anos - Ao nascer, a menina já
perde 70% dos oócitos, que são os gametas femininos, resultando em,
aproximadamente, dois milhões de gametas. “Na menarca, ou seja, primeira
menstruação, a mulher possui de 300 a 500 mil de oócitos. Aos 30 anos,
estima-se que apenas 500 oócitos serão selecionados para serem ovulados. E,
depois dos 35 anos, há uma queda importante tanto da quantidade quanto na qualidade
dos oócitos maternos, que por possuírem a idade da mãe, ficam mais suscetíveis
a alterações genéticas e erros na divisão celular quando fecundados. Assim,
principalmente após os 38 anos, aumenta a probabilidade tanto de aborto quanto
de nascimento de uma criança com alguma síndrome genética”, explica.
TRATAMENTOS – Para as mulheres que
desejam postergar a gravidez, os métodos de reprodução assistida, como a
ovodoação e a preservação da fertilidade (congelamento de oócitos), são
alternativas para a conquista da gravidez. Nos casos em que o desejo é
preservar a fertilidade, a melhor técnica é o congelamento de oócitos pela
vitrificação. “Os oócitos captados são congelados e as suas características,
mesmo após o descongelamento, são preservadas. Quando a mulher decidir utilizar
os seus gametas, eles serão descongelados e fertilizados. Os embriões formados
serão transferidos para o útero e o teste de gravidez será feito em,
aproximadamente, 12 dias”.
Porém, o congelamento feito até os 35 anos de
idade, apresenta resultados melhores. “Se a mulher pensa em ter filhos após
essa idade, é essencial que converse com um especialista para avaliar a
possibilidade de criopreservação dos óvulos, uma vez que sua chance de gravidez
será compatível com a idade que tem quando congela os gametas”, finaliza
Renato.
Criogênesis
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