Levantamento mostra aumento de 21 pontos
percentuais para geração de novos postos de trabalho e alocação de recursos
financeiros
A confiança dos executivos brasileiros em promover novos investimentos e contratações voltou a atingir índice semelhante aos registrados antes da crise econômica. É o que revela o Estudo de Perspectivas de Carreiras e Profissões LATAM 2018, desenvolvido pelo PageGroup, consultoria líder mundial em recrutamento executivo especializado, que opera com as marcas Page Executive, Michael Page, Page Personnel e Page Interim na região. De acordo com a pesquisa, foi detectado aumento de 21 pontos percentuais tanto para a geração de novos postos de trabalho como para a alocação de recursos financeiros. O estudo aponta que 29% apostavam na expansão do quadro de empregados em 2017. Neste ano, 50% acreditam nessa possibilidade. As intenções de investimentos subiram na mesma proporção: saltaram de 32% no ano passado para 53% em 2018.
De acordo com Patrick Hollard,
diretor executivo do PageGroup para LATAM, África e Oriente Médio, a retomada
da economia traz mais confiança aos empresários e reflete diretamente nas
tomadas de decisões estratégicas, passando por novas contratações e investimentos.
“Essa melhora dos indicadores econômicos impacta no planejamento e nas ações
das empresas. Com juros mais baixos, inflação estabilizada e nível de atividade
em alta, o ambiente de negócios fica mais propenso a movimentações nesse
sentido”, pondera.
Participaram do levantamento,
realizado em dezembro do ano passado, 17 mil profissionais que ocupam cargos de
média e alta gestão no Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México.
Peru e México
alternam liderança de expectativa de investimentos contratações
O Peru é o país onde mais da
metade dos respondentes (59%) afirmam que pretendem investir mais que em 2017,
percentual dois pontos acima do verificado na pesquisa anterior (57%). O México
aparece em segundo, com 55% de intenções de investimento, acompanhado por
Brasil (53%), Argentina (44%), Chile (43%) e Colômbia (39%). No caso das
contratações, o México aparece à frente, com 66%. Logo depois vem o Peru, com
51%. Brasil (50%), Argentina (47%), Chile (46%) e Colômbia (44%) completam a
relação.
“O Peru e o México também
passam por movimentos de expansão de sua atividade econômica. Com essa melhora,
o otimismo aumenta e mais decisões precisam ser tomadas, passando
obrigatoriamente por novos investimentos e contratações”, explica Patrick
Hollard.
Intenção de
investimentos maiores na AL em relação ao ano anterior (em %)
2015 – 30%
2016 – 36%
2017 – 39%
2018 – 50%
Planos de novas
contratações na AL (em %)
2015 – 60%
2016 – 63%
2017 – 39%
2018 – 52%
Ainda de acordo com o Estudo
de Perspectivas de Carreiras e Profissões LATAM 2018, a expansão da operação e
aumento de produtividade seguem como prioridades das companhias para a
destinação de recursos:
Expansão da capacidade operativa (30%)
Expansão da capacidade operativa (30%)
Projetos para aumento de
produtividade (25%)
Estratégias empresariais (20%)
Tecnologia da informação (11%)
Marketing (8%)
Recursos Humanos (3%)
Outras (3)
Áreas com
possibilidade de contratação no Brasil
- Operações
- Vendas
- Tecnologia da Informação
- Marketing
Áreas com
possibilidade de contratação na América Latina
- Operações
- Vendas
- Tecnologia da Informação
- Marketing
- Logística
Plano de carreira
Na América Latina, 82% dos
profissionais esperam trocar de emprego em um futuro próximo. Destes, 71%
esperam fazer a transição de carreira ainda em 2018. Desse modo, os dados
mostram um número alto de pessoas que estão em busca de melhores salários,
crescimento na carreira e flexibilidade no dia a dia, bem como um equilíbrio
entre vida profissional e pessoal e uma localização com acesso mais fácil.
País com maior
intenção de movimento
(PERU)
90% pretendem mudar de emprego
90% pretendem mudar de emprego
10% pretendem se manter no
emprego
País com menor
intenção de movimento
(BRASIL)
72% pretendem mudar de emprego
72% pretendem mudar de emprego
28% pretendem se manter no
emprego
Enquanto isso, 52% dos
executivos entrevistados gostariam de recrutar novos profissionais para suas
equipes, 13 pontos percentuais a mais do que no ano passado (39%), apontando
para um ambiente mais estável em 2018. Outra boa notícia é que 80% das empresas
não pretendem reduzir seus quadros de funcionários em 2018.
Os participantes da pesquisa
também compartilharam quais são os planos mais importantes para suas carreiras
ao longo de 2018. A procura por um novo emprego, seja no mesmo setor de atuação
ou em um setor distinto, é o principal foco dos profissionais. No estudo
passado, o plano primordial dos entrevistados era ganhar experiência na empresa
onde já trabalhavam e, neste ano, só aparece na terceira posição, com queda de
nove pontos percentuais.
Buscar novas oportunidades no
mesmo setor onde atua (28%)
Buscar novas oportunidades em
um setor diferente (24%)
Ganhar experiência na sua
empresa (22%)
Espera ser promovido (8%)
Investir no seu
desenvolvimento acadêmico (7%)
Empreender em um novo negócio
próprio (7%)
Mover-se internamente na sua
empresa (4%)
Retenção de
talentos atinge 9 em 10 companhias na América Latina
A pesquisa mostra que novem em
cada dez empresas na América Latina possuem programas de retenção de talentos.
De acordo com 43% dos gestores participantes do mapeamento, a ação mais
importante para reter talentos em suas empresas é o pagamento de bônus atrelado
a metas.
“A bonificação é um dos
modelos de engajamento mais usados nas empresas em geral. É uma forma de
motivar e estimular os resultados de cada um, individualmente ou em equipe,
gerando ganhos para os dois lados. Também desenvolve pensamento estratégico,
gestão de tempo, trabalho em equipe e interação entre as mais diversas áreas”,
analisa Patrick Hollard.
Brasileiros mostram-se
inseguros rem relação à busca de emprego
Apesar dos indicadores
econômicos apresentarem melhoras nos últimos tempos, os brasileiros
mostraram-se entre os mais inseguros, juntamente com os colombianos e chilenos,
em relação à busca de emprego nos próximos seis meses. Em contrapartida, os
mexicanos estão muito confiantes, enquanto peruanos e argentinos, confiantes.
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