terça-feira, 10 de abril de 2018

Confiança dos executivos brasileiros para investimentos e contratações volta a níveis pré-crise, revela pesquisa do PageGroup


Levantamento mostra aumento de 21 pontos percentuais para geração de novos postos de trabalho e alocação de recursos financeiros


A confiança dos executivos brasileiros em promover novos investimentos e contratações voltou a atingir índice semelhante aos registrados antes da crise econômica. É o que revela o Estudo de Perspectivas de Carreiras e Profissões LATAM 2018, desenvolvido pelo PageGroup, consultoria líder mundial em recrutamento executivo especializado, que opera com as marcas Page Executive, Michael Page, Page Personnel e Page Interim na região. De acordo com a pesquisa, foi detectado aumento de 21 pontos percentuais tanto para a geração de novos postos de trabalho como para a alocação de recursos financeiros. O estudo aponta que 29% apostavam na expansão do quadro de empregados em 2017. Neste ano, 50% acreditam nessa possibilidade. As intenções de investimentos subiram na mesma proporção: saltaram de 32% no ano passado para 53% em 2018.

De acordo com Patrick Hollard, diretor executivo do PageGroup para LATAM, África e Oriente Médio, a retomada da economia traz mais confiança aos empresários e reflete diretamente nas tomadas de decisões estratégicas, passando por novas contratações e investimentos. “Essa melhora dos indicadores econômicos impacta no planejamento e nas ações das empresas. Com juros mais baixos, inflação estabilizada e nível de atividade em alta, o ambiente de negócios fica mais propenso a movimentações nesse sentido”, pondera.

Participaram do levantamento, realizado em dezembro do ano passado, 17 mil profissionais que ocupam cargos de média e alta gestão no Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México.


 
Peru e México alternam liderança de expectativa de investimentos contratações


O Peru é o país onde mais da metade dos respondentes (59%) afirmam que pretendem investir mais que em 2017, percentual dois pontos acima do verificado na pesquisa anterior (57%). O México aparece em segundo, com 55% de intenções de investimento, acompanhado por Brasil (53%), Argentina (44%), Chile (43%) e Colômbia (39%). No caso das contratações, o México aparece à frente, com 66%. Logo depois vem o Peru, com 51%. Brasil (50%), Argentina (47%), Chile (46%) e Colômbia (44%) completam a relação.
“O Peru e o México também passam por movimentos de expansão de sua atividade econômica. Com essa melhora, o otimismo aumenta e mais decisões precisam ser tomadas, passando obrigatoriamente por novos investimentos e contratações”, explica Patrick Hollard.

Intenção de investimentos maiores na AL em relação ao ano anterior (em %) 

2015 – 30%

2016 – 36%

2017 – 39%

2018 – 50%

Planos de novas contratações na AL (em %)

2015 – 60%

2016 – 63%

2017 – 39%

2018 – 52%


Ainda de acordo com o Estudo de Perspectivas de Carreiras e Profissões LATAM 2018, a expansão da operação e aumento de produtividade seguem como prioridades das companhias para a destinação de recursos:

Expansão da capacidade operativa (30%)

Projetos para aumento de produtividade (25%)

Estratégias empresariais (20%)

Tecnologia da informação (11%)


Marketing (8%)

Recursos Humanos (3%)

Outras (3)



Áreas com possibilidade de contratação no Brasil 

- Operações
- Vendas
- Tecnologia da Informação
- Marketing


Áreas com possibilidade de contratação na América Latina

- Operações 
- Vendas
- Tecnologia da Informação
- Marketing
- Logística


Plano de carreira

Na América Latina, 82% dos profissionais esperam trocar de emprego em um futuro próximo. Destes, 71% esperam fazer a transição de carreira ainda em 2018. Desse modo, os dados mostram um número alto de pessoas que estão em busca de melhores salários, crescimento na carreira e flexibilidade no dia a dia, bem como um equilíbrio entre vida profissional e pessoal e uma localização com acesso mais fácil.


País com maior intenção de movimento
(PERU)

90% pretendem mudar de emprego 

10% pretendem se manter no emprego



País com menor intenção de movimento
(BRASIL)

72% pretendem mudar de emprego

28% pretendem se manter no emprego

Enquanto isso, 52% dos executivos entrevistados gostariam de recrutar novos profissionais para suas equipes, 13 pontos percentuais a mais do que no ano passado (39%), apontando para um ambiente mais estável em 2018. Outra boa notícia é que 80% das empresas não pretendem reduzir seus quadros de funcionários em 2018.

Os participantes da pesquisa também compartilharam quais são os planos mais importantes para suas carreiras ao longo de 2018. A procura por um novo emprego, seja no mesmo setor de atuação ou em um setor distinto, é o principal foco dos profissionais. No estudo passado, o plano primordial dos entrevistados era ganhar experiência na empresa onde já trabalhavam e, neste ano, só aparece na terceira posição, com queda de nove pontos percentuais.

Buscar novas oportunidades no mesmo setor onde atua (28%)

Buscar novas oportunidades em um setor diferente (24%)

Ganhar experiência na sua empresa (22%)

Espera ser promovido (8%)

Investir no seu desenvolvimento acadêmico (7%)

Empreender em um novo negócio próprio (7%)

Mover-se internamente na sua empresa (4%)








 
Retenção de talentos atinge 9 em 10 companhias na América Latina

A pesquisa mostra que novem em cada dez empresas na América Latina possuem programas de retenção de talentos. De acordo com 43% dos gestores participantes do mapeamento, a ação mais importante para reter talentos em suas empresas é o pagamento de bônus atrelado a metas.







“A bonificação é um dos modelos de engajamento mais usados nas empresas em geral. É uma forma de motivar e estimular os resultados de cada um, individualmente ou em equipe, gerando ganhos para os dois lados. Também desenvolve pensamento estratégico, gestão de tempo, trabalho em equipe e interação entre as mais diversas áreas”, analisa Patrick Hollard.

 

 
 
Brasileiros mostram-se inseguros rem relação à busca de emprego

Apesar dos indicadores econômicos apresentarem melhoras nos últimos tempos, os brasileiros mostraram-se entre os mais inseguros, juntamente com os colombianos e chilenos, em relação à busca de emprego nos próximos seis meses. Em contrapartida, os mexicanos estão muito confiantes, enquanto peruanos e argentinos, confiantes.




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